Sam parou de beijar Spencer. Ele olhava abobado pra ela.

– Spencer, eu aceito ser a sua namorada.

– Como assim?

– Você me disse ontem que adoraria que eu fosse sua namorada. Esqueceu?

– Claro que não. Mas, você já pensou tão rápido assim? Tem certeza?

– Tenho muita certeza. Então, é pegar ou largar.

– É pegar – disse Spencer, puxando Sam para si e a beijando.

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Alguns dias depois, Carly voltou a Seattle, após Spencer ter dito a ela que não havia a menor possibilidade de Sam querer matá-la, mesmo já sabendo de tudo.

Carly teve uma grande surpresa quando Sam bateu à porta do apartamento dos Shay e beijou Spencer na boca quando o irmão foi atender a porta.

– Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – perguntou Carly, sem compreender o que vira.

– É muito simples, estamos namorando. Você não contou a ela Spencer? – perguntou Sam.

– Não. Eu não sabia como contar isso – explicou Spencer.

– Isso é sério? – perguntou Carly.

– É sim. Por quê? Isso te incomoda? Ele é seu irmão e não seu marido – alfinetou Sam.

– Não. Eu só fiquei surpresa, nunca imaginei – falou Carly.

– Pois é, muitas coisas que a gente nunca imagina que possa acontecer, acabam acontecendo e a gente percebe que não conhece as pessoas tanto quanto imaginava – disse Sam, jogando indireta.

– Bom, eu desejo felicidades ao casal – falou Carly, sem graça.

Sam e Spencer já estavam juntos há mais de uma semana quando Freddie descobriu. Ele foi deixar Isabelle no apartamento de Sam.

– Ela dormiu, com cuidado – disse Freddie, entregando a filha adormecida para Sam.

Sam levou a filha para o quarto e Freddie desconfiou da presença de Spencer no local:

– Spencer, já não tá meio tarde? Acho que a Sam e a Belinha devem querer descansar agora. Você pode terminar de conversar com a Sam outro dia.

Sam voltava do quarto:

– O Spencer vai ficar, ainda não terminamos o nosso vinho.

– Então, eu vou ficar aqui com vocês. Adoro vinho – falou Freddie sentando-se no sofá, ao lado de Spencer.

– Se arranca nerd, está empatando o meu namoro – falou Sam.

– Namoro??? – perguntou Freddie, perplexo – Que namoro? Vocês dois, juntos? Não pode ser!

– Qual o problema? Nós estamos separados. É hora de seguirmos a vida. Você é livre pra ficar com quem quiser e eu também.

– Você é mãe! Tem que dar o bom exemplo pra Belinha. Como pode não ter vergonha de meter o seu nam... – Freddie não conseguiu falar – Ele dentro de casa? Está querendo seguir os mesmos passos da sua mãe?

– Nós dois nem nos beijamos na frente da Belinha. Mas, não é porque sou mãe que vou virar uma velha mal humorada e sozinha que nem a sua.

– Mais respeito com a minha mãe!

– Chega Freddie, vaza! – ordenou Sam.

Freddie olhou para Spencer:

– Nunca imaginei que fosse capaz disso Spencer. Você era como um pai pra mim.

– Nem eu pensei que você fosse capaz de desonrar minha irmãzinha e de magoar uma mulher incrível como a Sam – devolveu Spencer.

Freddie abaixou a cabeça e saiu.

Dias depois, Carly e Freddie encontraram-se no elevador. Ela não deixou de reparar no abatimento dele:

– Tá tudo bem Freddie? Você emagreceu e está com olheiras. Não tem dormido direito, nem comido?

– Só estou cansado. Muito trabalho na Pera Store e horas extras, porque não posso deixar de pagar uma boa pensão pra Belinha.

– Está certo. Mas, é só isso mesmo?

– O que mais seria?

– O namoro da Sam com o Spencer, por exemplo. Você já sabe né?

– Sei. Mas, não me importo. É justo que ela siga com a vida dela.

– Jura que pensa assim? Pensei que você iria querer dar uma surra no Spencer quando soubesse.

– Não, desejo que sejam felizes.

– Melhor assim.

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Carly ia sair do elevador, quando Freddie a segurou pelo braço:

– Carly, topa ir jantar comigo no Pini’s hoje à noite?

– Não sei se devo.

– O que te impede? A Sam? Ela nem liga mais pra mim, está feliz da vida com o Spencer.

– É, você tem razão. Está bem.

– Saímos às 20h – falou ele, aproximando-se dela e beijando-a na face, pouco antes de entrar no seu apartamento.

No jantar, o clima de flerte imperou. Mais tarde, de volta ao Bushwell Plaza, os dois despediram-se na entrada de seus apartamentos.

– Valeu pelo jantar Freddie. Tava tudo uma delícia – agradeceu Carly.

– Podemos repetir quantas vezes você quiser. Aliás, eu quero sair com você de novo amanhã – falou ele, aproximando-se da garota e acariciando os cabelos castanhos escuros dela.

– Então, isso significa...

– Significa isso – falou Freddie puxando Carly e a beijando com paixão.

Carly e Freddie começaram a namorar, para alegria de Marissa. Certa noite, num jantar na casa dela, Carly chegou a ficar desconfiada com a simpatia da sogra.

– Carly, querida, me conte como vai a faculdade? – perguntou Marissa.

– Vai bem. Eu sempre tiro ótimas notas, sou a melhor aluna do curso.

– Sempre tão inteligente! Freddie, cuide bem dessa menina – aconselhou Marissa.

– Pensei que a senhora não gostasse de mim. Não aprovou meu namoro com o Freddie quando éramos adolescentes – observou Carly.

– Ah, bobagem! Vocês dois eram muito novinhos ainda, por isso pensei que não era o momento certo para namorarem. Mas, agora são adultos. Assim que você se formar pode se casar com o Freddie. Ele não se casou na igreja com aquela lá.

– Mãe, não precisa se referir à Sam desse jeito – disse Freddie.

– Ora, aquela lá só fez atrasar sua vida. Já a Carly, tenho certeza de que vai te levar pro bom caminho. É uma garota ajuizada, de família, educada, estudiosa, ao contrário da outra – falou Marissa.

– Eu agradeço os elogios Sra. Benson, mas a Sam também tem muitas qualidades – defendeu Carly.

Mais tarde, Carly foi se despedir de Freddie na porta e observou:

– Sua mãe nunca gostou tanto assim de mim. Ela está me colocando num pedestal agora só porque odeia a Sam.

– É melhor que ela te aprove, porque assim me incomodo menos, já que te escolhi pra minha namorada.

– Será?

– O que?

– Será que você me escolheu pra sua namorada ou, como a sua mãe, só está me elegendo porque ficou com raiva da Sam?

– Tire essas bobagens da cabeça – falou Freddie levantando a cabeça de Carly, fazendo-a olhar fixamente em seus olhos – Você me faz muito feliz, acredite nisso – beijando-a em seguida.

No dia seguinte, Sam e Spencer resolveram levar Isabelle ao Vitamina da Hora, porque a menina adorava a vitamina de morango de lá.

Quando chegaram, a pequena saiu correndo e abraçou as pernas de um homem:

– Pa-pá!

Freddie pegou a filha no colo e se virou, vendo Sam e Spencer. Carly se aproximou, trazendo duas vitaminas.

Após cumprimentos constrangidos, Sam pegou a filha e foi se sentar com Spencer. Carly e Freddie foram para a mesa ao lado.

Costela apareceu e se ofereceu para levar Isabelle à cozinha para que ela visse como eram preparadas as vitaminas. Sam deixou a menina ir, permanecendo na mesa com Spencer.

De repente, Freddie começou a beijar Carly. Quando ele parou, Sam não perdeu tempo e puxou Spencer para um beijo. Freddie olhou indignado para a cena, e, tão logo Sam largou Spencer, ele começou a beijar Carly de forma ardente, puxando-a para seu colo. Sam sentou-se no colo de Spencer e voltou a beijá-lo.

Costela apareceu com Isabelle no colo:

– Que pouca vergonha é essa aqui? Minha lanchonete é de família.

Os dois casais se largaram rapidamente, constrangidos.

– Ela é uma mãe de família que não sabe se dar ao respeito – disse Freddie, apontando para Sam.

– E por acaso o pai de família aí sabe se dar ao respeito? – perguntou Sam, irritada.

– Chega! Não quero barraco por aqui. Tomem suas vitaminas quietos – determinou Costela, devolvendo Isabelle para Sam.

Já no Bushwell Plaza, dois casais precisavam discutir a relação.

No apartamento de Sam:

– Sam, eu saquei que você estava querendo fazer ciúme no Freddie. Eu sou bobo, mas não sou burro – falou Spencer.

– Foi impressão sua – tentou disfarçar Sam.

– Sam, numa boa, eu entendo. Você não vai conseguir esquecer o Freddie do dia pra noite, afinal, vocês têm uma filha e uma história. Mas, eu estou disposto a te conquistar. Se você deixar... se abrir uma frestinha... eu consigo chegar ao seu coração.

Sam aproximou-se e beijou Spencer rapidamente. Sentiu-se constrangida ao lembrar que a filha estava sentada no sofá, assistindo desenho.

No apartamento dos Bensons:

– Freddie, o que foi aquilo na lanchonete? – perguntou Carly, nervosa.

– Aquilo o que? – perguntou Freddie, fazendo-se de desentendido.

– Você ficou me agarrando pra fazer ciúme na Sam.

– Claro que não.

– Tá me achando com cara de idiota?

– Nunca, sua cara é linda!

– Nem vem com elogio. Eu estou furiosa! Se quer saber, acho melhor terminarmos.

– Carly, por favor, não faz isso. Me desculpa pela cena patética de hoje. Não sei o que me deu.

– Eu sei o que te deu. Você ama a Sam!

– Carly, eu amo a Sam, mas também te amo. É confuso mesmo, sempre foi.

– Freddie, eu não te quero pela metade.

– E nem me terá pela metade. A minha história com a Sam já foi, eu vou me conscientizar disso. Só me dá um tempo.

– Não sei se você merece – disse Carly num tom mais calmo, quase rindo.

– Ah, mereço sim – falou ele, aproximando-se dela e a beijando.

Aos poucos, o clima foi esquentando e Freddie pegou Carly no colo, levando-a para seu quarto.

– Não, seu maluco! Sua mãe pode nos flagrar – advertiu Carly.

– Que nada. Minha mãe vai dormir na casa da minha tia, porque ela está com aquelas alergias estranhas de novo.

Horas depois, os dois, nus, dormiam abraçados, quando Carly acordou ouvindo murmúrios de Freddie:

– Humm, não vai embora... eu te amo... não... fica comigo....

– Freddie, está acordado? – perguntou Carly.

– Oh meu amor...

– Você me chamou de meu amor? – indagou ela, contente.

– Sam, eu te amo... te amo... te amo... Sam...

Carly ouviu o bastante. Levantou-se da cama, cuidadosamente, vestiu-se e foi embora.

No dia seguinte, Freddie foi no apartamento de Carly:

– Você foi embora sem se despedir minha linda! Acordei e não te encontrei mais na cama – falou ele, tentando beijá-la, mas Carly se esquivou.

– Freddie, eu quero terminar o nosso namoro.

– Por quê? O que eu te fiz? Ainda é por causa daquela história do Vitamina da Hora? Eu já me desculpei.

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– Freddie, você não está dividido entre mim e a Sam.

– Não mesmo. Eu quero estar com você, só com você.

– Sua razão quer, mas seu coração não. Freddie, o amor da sua vida é a Sam, não há mais a menor dúvida disso.

– Como pode afirmar isso?

– Você falou isso enquanto dormia, você disse: Sam, te amo; e ficou repetindo.

– Eu devia estar sonhando.

– Eu já li na internet que quando dormimos acabamos falando os nossos sentimentos mais profundos e sinceros.

– Isso é bobagem.

– Não é não. Freddie, eu estou triste, porque, eu acho que estava, ou melhor, ainda estou apaixonada por você. Mas, não estou chateada com você, porque sei que está tentando esquecer a Sam e que gosta de mim sim, mas não me ama, e fazer o que? Quem pode mandar no coração? Eu vou superar. Desejo, sinceramente, que você seja muito feliz. Vou torcer para que a Sam te aceite de volta. Vocês foram feitos um para o outro.

– Não Carly, nós ainda podemos tentar e...

– Chega. O jogo chegou ao fim e eu perdi. As cartas estão todas abertas na mesa e tudo ficou muito claro. O coração do Freddie é da Sam. E viva Seddie! – falou Carly com um sorriso, sem esconder uma melancolia no olhar.

– Sinto muito se te fiz sofrer.

– Acontece. Pelo menos, tivemos a oportunidade de viver um romance com início, meio e fim muito claros. Não precisamos mais ficar imaginando como teria sido se tivéssemos ficado juntos. É melhor a mais dura realidade a alimentar eternamente um sonho sem sentido.

– É, nisso você tem razão.

– Amigos? – perguntou Carly estendendo a mão para Freddie.

– Amigos – concordou Freddie, apertando a mão de Carly e a abraçando em seguida.

Mais tarde, Carly tocou a campainha do apartamento de Sam.