Reconciliação

Isaac fez um discurso de como seria necessário eu usar isso. Que no começo ele também não concordava, mas depois viu que era necessário. Sentei em um banco e ele me amarrou com a corrente. E depois ele pegou algo que tampou minha boca. Fiquei assustada, mas depois de que virei lobisomem, não posso me assustar com mais nada.

—Eu vou lá em cima ver se o Deaton quer alguma coisa, daqui a pouco eu volto.- não acredito que ele vai me abandonar. Será que ele está com medo de mim? Mas é um covarde mesmo. Ascenti com a cabeça e ele vai. Fico olhando para o chão e tentando não pensar nas coisas que estão acontecendo fora daqui, mas infelizmente não consigo. Me culpo por Mary ter fugido. Se eu tivesse os escutado, talvez eu a pegaria e todos estariam bem agora. Mas não, a gênio aqui preferiu bancar a heroína mais uma vez, e se fuder. Eu não queria ter entrado naquela mata naquele dia. Por que eu quis tentar salvar aquela garota? E a pessoa que me mordeu(que até agora não sei quem foi), por que não me matou logo? Morrer teria sido menos doloroso do que carregar esse fardo. E como se não bastassem essas coisas, ainda tem Isaac. Também me apaixonei pela pessoa errada. Eu só faço coisa errada! Sinto meu corpo ficar quente. E então sei que a lua está começando a comandar meu corpo. Espero que não aconteça nada de ruim.

Começo a me debater, tentando encontrar um jeito de me soltar. Preciso sair daqui, sinto necessidade de matar alguém. Quero me alimentar do desespero e do sangue de alguém. Começo a imaginar um lugar com alguém morrendo de medo e depois eu o arranhando até a morte. Ah, como eu preciso disso. Agora! Tenho fazer de tudo para sair dessas malditas correntes! Me debato mais, e nada. Esse tampão na minha boca está me deixando mais furiosa ainda. Isaac entra na sala e me olha meio triste. Ele me faz sofrer tanto, que tal começar tudo matando ele? Ele se aproxima de mim e tento pular para cima dele, mas não consigo.

—Você quer sair daí, não quer?-ele diz .- Vai ter que ser forte.- o que eu mais quero é poder sair dessas correntes e arrancar seu pescoço. -Você precisa se concentrar em algo, criar uma espécie de âncora. Lembre de alguém, ou algum momento. Isso vai te trazer de volta. -só quero matá-lo. Me sacudo mais, e mais. -Vamos Anne, você consegue. Não deixe esse monstro maligno te vencer,você é mais forte!-então algo dentro de mim muda. Um flashback passa por minha cabeça. Eu dentro do quarto de Max, prestes a mata-lo, então Isaac entrou e me ajudou. Ele me ajudou a me controlar. Ele disse essas mesmas palavras. Ele me fez vencer esse mostro dentro de mim, e que não pode me domar. Quando vejo, não estou mais transformada. Todo o meu ódio se transformou em medo, e arrependimento e eu estou me afogando em lágrimas. Não acredito que queria matar a pessoa que eu amo. Sim, eu amo Isaac. -Anne? -ele pergunta com um tom de esperança. Balanço a cabeça confirmando, então ele tira o pano que estava estampando minha boca. -Acha que já está bem o suficiente para eu te soltar?

—Não! -praticamente grito. Ele me olha surpreso.

—O que foi?

—Não quero correr o risco de machucar você. -então ele vem e tira as correntes de mim.

—Pode me machucar, eu mereço.-ele diz como um sussurro. O abraço forte, e depois de alguns segundos ele retribui o abraço.

—Eu nunca te machucarei Isaac. -então ele se afasta de mim.

—Mas eu não passo dizer o mesmo. Anne eu só sei machucar as pessoas que eu amo, e eu não quero te machucar. -ele acabou de dizer que me ama? Meu Deus!
—Eu não ligo se você me machucar, só quero você do meu lado. -eu me aproximo e deposito um beijo leve em seus lábios. -Eu te amo. -então ele me aproxima mais dele e o beijo é mais intenso. Saudades, como eu estava com saudades disso. Ele para de beijar minha boca e beija meu pescoço.

—Scott falou que não era para deixar você sair daqui, temos que esperar até amanhã. -ele diz enquanto me beija.- Vamos para o quarto da Lydia. -não consigo segurar uma risada. Não sei se é por talvez hoje eu ter minha" primeira vez", ou se é porque vou dormir no quarto de Lydia.-Tudo bem, quarto de hóspedes.

—Melhor. -digo depositando um beijo em seus lábios. Isaac me pega no colo, e então saímos do porão.
***
Estamos aos beijos pela casa quando ouvimos uma tosse forçada. Deaton.

—Já consigo me mover, vou embora tá? Até amanhã. -ele diz saindo.

—Chau.-Isaac diz, e assim que ele fecha a porta começamos a rir.

—Vou fingir que isso não foi constrangedor.

—Logo você?

—É. Eu tinha esquecido completamente da existência dele aqui.

—O papo entre nós estava realmente bom. -ele diz voltando a beijar meu pescoço.

—É. ..onde a gente estava indo mesmo?- digo mordendo os lábios.

—Você tem certeza que é isso mesmo que você quer? -ele pergunta olhando em meus olhos.

—Eu nunca tive tanta certeza na minha vida. -então ele abre a porta do quarto, entramos e ele me joga na cama.

—Sua virgem. -Ele diz tirando minha camisa.

—Idiota.-digo beijando seus lábios e deitando em cima dele.