Second chance for Love.

Perfeita Simetria


O amor é uma proteção em uma feroz tempestade. O amor é paz no meio de uma guerra (...)

Love Is Not A Fight (escutem a musica)

“Entre mil outros, você. Entre mil sorrisos,

o seu. Entre mil amores, o nosso.”

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Dezembro...

Às vezes, como agora, ele se pegava pensando em como sua vida tomou rumos diferentes.

Ele sempre imaginou casar-se com Annabeth e sair da proteção do acampamento.

Morar em uma casinha de dois andares construída pela própria esposa, que estava estudando para ser arquiteta.

Trabalhar com biologia marinha e construir seu próprio negocio.

E quem sabe futuramente ter filhos?

Uma menininha de olhos cinza e cabelos pretos, ou um menininho de cabelos loiros e olhos verdes-mar?

Ele sempre teve em sua mente que aquilo era sua felicidade, ia ser seu eternamente.

Mas não foi.

E ele só teve certeza disso quando tudo desmoronou.

E Perseu só conseguiu pensar em como tudo aquilo não era para ele.

Em como ele nunca conseguiria ter a visão de "família Feliz" aquele tempo...

Francamente, um filho dos três grandes não deveria nem existir, quem dirá ter uma família e trabalhar como Biólogo.

Mas ao ser transformar em Deus, ah sim, viu que ali estava sua família.

Ele nunca conseguiria um trabalho normal... Por que ele nunca foi normal.

Ele era filho de um dos três grandes e de uma Primordial!

Ser normal nunca foi algo "seu".

Ele nascera para ser algo a mais que normal.

E depois agora ele finalmente entendia.

Não tinha que ter ódio nem rancor de Annabeth... Não mais!

Tinha magoa, e a certeza de que nunca mais confiaria nela.

Mas ele tinha que a agradecer.

Se ela não tivesse o decepcionado tanto, ele não estaria ali.

Sentado em frente a um dos lagos do Olimpo com a pequena ruiva deitada ao seu lado enquanto desfrutam do sol brilhante que Apolo trouce.

Ele não estaria ali, sorrindo bobamente enquanto olhava para a melhor amiga, que lhe dava mil e um motivos para o livro que ela estava lendo ser melhor que o que ele estava lendo.

Como se ele se importasse de ser melhor que ela em algo.

Só em ver os olhos dela brilhando em desafio enquanto arrebitava o nariz e dizia que "Romeu e Julieta" eram um dos melhores livros que ela já lera. Quem liga se ele odiava o livro? E discordava totalmente dela?

Ela estava feliz, e ele estava feliz por ela estar feliz.

Sinceramente? Ele agradecia a ex-noiva.

Claro ela poderia ter lhe poupado à dor e a desconfiança.

Mas de certo modo foi bom.

Ele aprendeu a confiar em Héstia.

Já a loira, ele sempre confiou nela. Ele cresceu com ela.

Mas a ruiva, ah não, a ruiva lhe ajudou a se reerguer. O ajudou a se ajustar na nova "condição" de vida.

Foi sua amiga, sua irmã, sua protetora e agora era a mulher por quem estava apaixonado.

Ele criou um vinculo tão especial com ela que não sabia explicar.

Era como se ela fosse tudo o que faltava para lhe completar.

Do mesmo modo que para ela, ele era tudo o que ela procurou em toda a existência.

Ele nunca iria ter uma casinha de dois andares com uma menininha de olhos cinza e cabelos pretos correndo pelo quintal e um emprego qualquer.

Mas ele poderia, e iria, ter uma pequena ruiva de olhos verdes, ou quem sabe um menino de olhos azuis e cabelos pretos e seu "trabalho" no Olimpo.

Teria seus semideuses para proteger, teria uma família para lutar mesmo não sendo a simples família que sempre tinha imaginado. Era a sua família agora.

A questão para Perseu e que desde o dia que Apolo e Ártemis tinham se acertado na frente do Olimpo todo ele vinha pensando em tomar uma atitude.

Ele já sabia que estava apaixonado pela ruiva, e que ela lhe amava.

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Para que esperar mais? Se ele poderia finalmente desfrutar de todo o amor que ela estava ali para lhe proporcionar?

Todos pareciam estar se encaixando.

"Talvez seja o espirito natalino" – pensara ele uma vez para logo rir de seu tolo pensamento... Deuses não acreditam em natal.

Mas ele como fora criado como mortal boa parte da vida, acreditava.

E se não o fosse, bom as Parcas finalmente queriam ser boas e deixar as guerras de lado por um tempo.

As coisas estavam todas se encaixando e todos pareciam felizes.

Sua mãe Sally estava gravida e agora era somente uma mortal que teria seu filho e viveria o resto de seus dias feliz com seu marido.

Sua mãe Nyx, a quem aprendeu a gostar, estava bem. O visitava quase sempre e conversavam sobre varias coisas. Não tinha um imenso amor por ela ainda... Mas eles eram imortais, teria muito tempo para amar a mãe.

Hera parecia cada dia mais feliz com Zeus, o deus dos céus realmente estava se esforçando e sendo um bom marido.

Afrodite e Hefesto estavam o típico casal de conto de fadas, a deusa e o deus não se soltavam um minuto e se via a felicidade nós olhos dos dois a quilômetros de distancia.

Até mesmo seu pai parecia esta se entendendo com Atena, ele só não sabia se Poseidon nutria algo pela "rival”, mas se até Atena estava deixando as brigas de lado... Por que ele não podia abandonar o medo?

Por que não poderia ele deixar o medo e ser feliz com a ruiva que estava a poucos metros de distancia de si?

Talvez fosse finalmente à hora de largar o medo de lado e ser feliz.

”Talvez já tenha passado da hora de esquecer o medo" - pensou.

[...]

Hestia estava radiante.

Desde o dia em que tinha pedido desculpas a Perseu por seu comportamento irracional eles tinham andado mais próximos que nunca.

A Deusa ainda se lembra de como seu coração pulou de alegria ao ouvir ele dizer que estava apaixonado por ela.

Lembra-se também de como se sentiu frustrada quando ele não a beijou, mas de como se sentiu feliz quando ele a tirou para dançar no meio da sala sem nenhuma melodia.

Sentia-se uma tola adolescente e não uma Deusa de éons de idade.

Ela nunca fora insegura de nada e nem dependente de ninguém.

Mas desde o dia que vira aquele menino com seus mais ou menos doze anos, o único que olhou tempo o suficiente para as chamas para notá-la, viu que ele era especial.

E a cada ano que passava e a cada vitória que ele tinha a cada dor, cada demonstração de lealdade, ela se sentia cada vez mais admirada.

E quando a admiração começou a mudar para algo a mais ela se assustou.

Já tinha se admirado por outros Heróis claros, ao longo dos séculos os heróis foram aprendendo em cima dos erros dos outros....Mas ela nunca tinha se apaixonado! Por ninguém.

E agora, mesmo depois do Deus confessar que estava se apaixonando por ela, a insegurança ainda a dominava.

O que aconteceria quando ele finalmente a beijasse?

Ela não sabia lidar com isso ainda.

Sabia que o amava mais lidar com o ciúme ainda era difícil.

Ela queria que ele deixasse o medo de lado e a tomasse para si.

Queria poder ser dele, e quem sabe construir uma família com ele futuramente.

Já fazia quase um mês que Apolo tinha pedido a mão de Ártemis em namoro e parecia que todos estavam felizes com isso.

Nem Zeus implicava mais!

Mas Perseu continuava com medo de a amar.

Com medo de se machucar novamente.

"Filha de Atena desprezível" – pensou uma vez quando viu o homem olhar uma foto deles crianças abraçada.

O ciúme que sentiu ao ver o olhar de saudades do homem foi imenso, mas a dor e a vontade de matar a garota quando as primeiras lagrimas rolaram do rosto de Perseu aplacou qualquer ciúme.

Lembrava-se de abraçá-lo e dizer que ia ficar tudo bem, que ela e os outros sempre estariam ali com ele.

Ali, viu que o deus ainda era nada mais que um menino.

Um menino que ainda tinha medo de amar devidos os traumas recentes.

E ela estava disposta a esperar.

Por que amar é sacrificar.

Mas todo esse medo dele, a deixava frustrada!

Céu precisava realmente a amar para lhe dar um beijo?

"Tempo ao tempo Héstia,tempo ao tempo." disse a si mesma olhando para o Deus e refazendo seus pensamentos...Perseu não era um homem qualquer.

Ele tinha a acordado cedo para passearem nós jardins já que não tinham nado o que fazer o dia todo, e agora estavam ali... Sentados a beira do lago conversando sobre livros...

Ou melhor, ela estava falando Perseu parecia perdido em pensamentos já que não respondia sua pergunta.

–Você vai ler ou não? - Questionou de braços cruzados olhando para o deus.

[...]

– Tudo bem, eu me rendo! Vou ler Romeu e Julieta. - Perseu suspirou dramaticamente se deitando na grama de barriga para cima e cobrindo os olhos com os braços.

– Ha! Sabia! Ninguém se opõe tanto a Willian Shakespeare! Tenho certeza de que quando ler vai amar! - disse a mulher sorrindo satisfeita.

–Só vou ler por que se não vai ficar falando no meu ouvido por éons ruiva. - debochou ainda de olhos fechados.

De modo que não viu a cara de falso ultraje da deusa que se levantou dizendo com toda indignação possível

– Pois bem! Não precisa ler, já que lhe perturbo tanto.

–Que? Não! Hés estou brincando. - disse se sentando em um pulo, agarrando a cintura da mulher e a puxando para si... Só para depois notar que ela gargalhava.

– Sua pequena travessa. - disse rindo junto com a mulher só depois notando a distancia que seus corpos se encontravam.

Bom distancia, não seria a palavra certa, já que não havia quase nenhuma.

Como em aqueles romances clichês seus olhos se encontraram e nenhuns dos dois viram mais nada ao seu redor.

A gargalhada que por ambos era partilhada foi se perdendo até só o barulho dos peixes no lago ser ouvido.

Seus rostos estavam próximos, próximos de mais para o bem de ambos.

Próximos como nunca estiveram antes.

Os olhos verdes brilhavam encarando os Azuis-mar que brilhavam em sentimentos que a ruiva emocionada não pode decifrar.

O coração da mulher, que nunca tinha estado tão perto de seu amado ou de qualquer outro homem, batia furiosamente descompassado.

Tudo a volta de ambos pareceu esquentar, e aquela paz tão presente se fez por meio da Deusa que estava desconcentrada de mais para prestar atenção nos danos que seu nervosismo estaria causando no mundo mortal.

O homem estava uma pilha de sentimentos.

Insegurança, felicidade, desespero, medo... Amor. E a paz, ah sim, a doce paz que emanava da mulher com mil emoções no rosto que estava em seus braços.

Se deixando levar por emoções ficou perigosamente mais perto.

"Esqueça o medo" – pensou - "Se entregue a felicidade, a ame e deixe-se ser amado”.

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A mulher sentiu a respiração do homem se mesclar com a dela o que a tornou mais ofegante.

Lentamente ele encostou seus lábios nos dela com receio de que a mulher se afastasse.

No entanto ela se entregou e deixou que seus lábios fossem tocados pelos dele que continuou apenas encostou suavemente seus lábios sobre os dela tornando maior ainda aquela tortura.

_ Perseu... _Ela sussurrou como um pedido para que suas bocas pudessem estar juntas como tinha desejado desde a primeira vez que o vira.

_ Você não sabe como eu imaginei fazer isso... Como eu desejei em finalmente... - o homem sussurrou em seu ouvido.

Sua voz rouca devido às emoções só fez a respiração da mulher se tornar mais ofegante.

Encostando novamente seus lábios de jeito mais firme fazendo com que ambos gemessem ao sentirem o sabor um do outro.

Ela agarrou o pescoço dele, E ele reforçou o aperto em sua cintura com uma mão, enquanto a outra passeava entre suas costas acariciando-a, dando uma ótima sensação a deusa.

Eles se viram entregues a um elo invisível. Não foi apenas um beijo, mas foi como se o seu corpo estivesse sendo invadido por uma coisa diferente, algo que ela nunca imaginou.

Como se suas almas se reconhecessem, talvez? Não sabemos.

Talvez devamos encontrar uma nova palavra para a descrição do que estava a acontecer naquele momento, mas duvido que ache.

Naquele momento nada mais importava a não ser a sensação de seus lábios juntos em prefeita sincronia.

Héstia tentava compreender a todo custo o motivo te ter passado tantos éons sem isso.

E sua resposta veio com ao separar os lábios do homem a sua frente e olhar os olhos brilhantes do mesmo.

De que adiantaria outros lábios que não fosse o dele sobre os seus?

Com o rosto completamente vermelho a mulher sorriu timidamente para o amigo que lhe acariciou a face sorrindo em seguida.

Não eram necessárias as palavras, era o momento perfeito de ambos.

Ambos sabiam o que nutriam um pelo outro.

Ambos sabiam que era mais forte do que qualquer outro sentimento já experimentado.

Ambos saiam que da li por diante nada mais seria igual.

Mas nada disso importava mais para nenhum dos dois.

Ali abraçado a melhor amiga, ele viu que seus medos já tinham ido a muito tempo.

Só estava preso de mais ao sentimento para se dar conta de que ele na realidade né existia mais...Complicado? Sim, mas todos são.

Observando a forma como a mulher o olhava, com tanto amor mais também com receio ele não pode deixar de sorrir.

Como viveu sem ela por tantos anos? Como achou que algum sentimento já sentido chegava perto desse?

Por Poseidon, seu coração parecia em combustão olhando a mulher, agora aconchegada de forma melhor, em seus braços.

A mesma mulher que o irritava de forma fácil, que o dava paz de uma forma incrível, mas não há paz de seu poder, e sim aquela paz.

A que você sente quando esta tudo bem, e que não existe lugar melhor do mundo para se estar.

Era essa paz que o Deus sentia no momento.

A mesma paz que ele, sem ter consciência, emanava e embriagava a mulher.

Novamente seus olhares se encontraram na explosão de sentimentos e palavras que não precisavam ser ditas.

Sem medos e receios, seus lábios se encontraram outra vez.

E Perseu soube naquele momento que a amaria para sempre.

E nada a tiraria dele.