Second Chance

Supresa


Annabeth

– Então vocês estão juntos? - me perguntou a morena de olhos azuis.

– Sim – admiti – Acho que sim.

– E ele é casado?

– É sim.

– Okay.

– Okay? – perguntei confusa. – Não me vais disser “Annabeth não devias te ter metido com um homem casado, você vai parecer uma vadia”.

– Claro que não – riu ela – E dai? Ele é casado, mas e depois? Se ele está se divorciando que mal tem?

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–Nossa me deixou sem palavras agora – murmurei. Percy foi embora depois de termos acidentalmente nos assumido para Thália, por isso fiz questão de lhe explicar a história toda… e pelos vistos… está a reagir bem… Ouvi um som electrónico vindo do bolso de Thália. Ela notou, pegou no celular, e sorriu quando desbloqueou a tela.

– Que foi?

– Nada.

– Nada? – insisti – Esse sorriso não me parece ser “nada”.

– Ai é um conhecido meu.

– Eu o conheço?

– Não – disse Thalia – Foi aquele filho da puta que me captou com o carro dele.

– O cara te atropelou?

– Esse idiota – riu Thália.

– E o que ele quer?

– Me compensar por quase me ter matado.

– Compensar? Como assim?

– Me convidou para sair?

– E você vai?

– Óbvio que sim – riu thália – o cara vai me pagar um bilhete para ir ao cinema… já que é grátis o melhor é aproveitar.

– Vão ao cinema os dois – riu Annabeth com um sorriso malicioso.

– Não… Não e Não. – se apressou Thália – Vamos como meros conhecidos.

– Conhecidos que andam a sair.

– E?

– E que me parece que você está achando certa piada nele.

– Sim… adoro lhe infernizar a vida.

– Então não vai rolar nada?

– Não. - disse ela dando aos ombros. – O que vai fazer hoje?

– Hoje tenho de ir á faculdade para pagar as propinas em atraso.

– O meu pai tem me estado a encher o saco, quer que eu decida o curso que quero cursar.

– E você já sabe?

– Não – disse ela – Eu queria ter um emprego onde se passasse o dia todo dormindo, e no final ainda recebíamos o dinheiro.

– Emprego de sonho neh? – gargalhei.

– Infelizmente não encontro nenhum. – riu ela. – Mas se quisesse seguir algum curso talvez medicina.

– Serio?

– eu sei que não sou muito inteligente, nem nerd, nem qualquer outra palavra que signifique estudar… mas eu gostava.

– Então força.

– Achas?

– Sim – disse – Se gostas porque não tentar?

– É acho que tens razão.

– Bem tenho de ir á faculdade – avisei.

– Eu também vou andando, fiquei de ir ter com o meu pai hoje.

– Como está o Zeus? – perguntei assim que chegamos á porta nos preparando para sair.

– O meu pai? Está óptimo, continua chato e mandão mas agora que se divorciou da filha da puta da minha madrasta está optimo.

Rimos enquanto descíamos as escadas parando na rua.

– Vamos eu te dou boleia – disse Thalia

– Obrigado – disse.

– E quando vais ver o teu amante?

– Ele me convidou para uma surpresa.

– Whon até já te faz surpresas – disse Thália com um ar irritante.

– É – disse sorrindo.

– Ele é bonito – confessou – mas é velho.

– Nem tanto.

– Ele tem 25 você 20. – disse ela rindo – tens razão ainda é carne nova.

Não pude deixar de corar.

– E você? Quando se vai encontrar com o motorista?

– O meu “quase assassino” disse que ás 15h me vinha buscar,

– Hummmm.

– Hummm oque?

– Nada.

– Já disse que não temos nada, para de fazer essa cara.

– Eu não fiz cara nenhuma – ri.

– Fez sim. Você tá fazendo agora mesmo.

– Não estou.

– Está sim.

– Pronto não mais cara nenhuma – disse bufando

***

Estava em casa, me vestindo para o encontro de Percy. Ainda era estranho, pois ainda não me acostumei muito com a ideia de estar a namorar um cara em pleno divorcio e com um filho. Não tinha nada contra Brian, na verdade eu amava aquele pequeno, apenas… não sei coisas da minha mente… eu tinha plena consciência que amava ele… e apesar de ainda não estar habituada a tal sentimento… gostava da sensação que isso me dava. Usava um vestido azul escuro simples, porém até que era bonito, prendi os cabelos no coque acima da nunca. Logo ouvi alguém tocar á campainha, e fui abrir. Um moreno de cabelos negros e olhos verdes me esperava, Percy vestia uma camisa branca, com um colete verde fino por cima.

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– Oi – disse ele sorrindo.

– Hey

– Você está linda.

– Obrigada – sorri – você também está muito bonito.

Senti os seus braços a me rodearem a cintura, me puxando ao encontro do seu corpo.

– Eu tive saudades - murmurou ele colando a testa.

– Eu também.

– Eu sei que deve ser um pouco estranho para você, mas preciso de saber se você vai estar ao meu lado… eu… tenho medo que você não queira estar comigo… por eu ser.. você sabe…

– Eu estive pensando nisso hoje – afirmei – e eu decidi estar ao seu lado… eu… quero estar com você.

– Você nem sabe a alegria que eu sinto ao ouvir isso – disse ele sorrindo, finalmente os seus lábios alcançaram os meus, começando um beijo profundo.

– Eu passei a tarde toda pensando em você.

– Eu passei a tarde toda pensando na surpresa.

– Você é muito curiosa – riu ele roçando o polegar na minha bochecha.

– ah vamos lá me conte.

– Não posso, porque assim deixa de ser surpresa.

– Vá la - supliquei – Me dê só uma pista.

– Muito bem – disse ele olhando para o teto pensando um pouco – Okay é algo que você queria muito.

– Aff continuo na mesma.

– Então… eu vou te levar a um sitio com que sonhas ir á muito tempo.

– Não sei – disse depois de pensar um tempo.

– Eu prometo que você vai gostar.

– Você não vai mesmo contar para mim pois não?

– Não – gargalhou ele.

Revirei os olhos e saímos. Percy conduzia o seu carro até ao tal destino desconhecido.

– Sempre deixou o Brian com a sua tia Afrodite?

– Sim – disse ele com um sorriso.

– E lhe contou o que se passou?

– Achei melhor não lhe esconder – avisei – Alem disso Brian ficou com algumas marcas no pescoço, e Afrodite notou, por isso tive que contar. Ela não reagiu bem, na verdade ficou um pouco louca quando soube o que acontecera, ela gosta muito de Brian logo ficou escandalizada com o que aconteceu.

– E sobre nós?

– Eu contei que me ia divorciar, e ela ficou feliz com isso, ela nunca aprovou a minha decisão de ter casado com Rachel… perguntou onde tinha dormido e eu falei que passei a noite em casa de Luke, ao inicio não vi mal em contar sobre a gente, mas depois me lembrei que você queria ir devagar…

– Obrigado por entender.

– Ora essa – disse ele – Nós combinamos que iamos com calma, e eu compreendo que você queira assim, não é facil a minha situação e quem tem de agradecer sou eu… é você quem tem me ajudado e estado ao meu lado – disse ele carinhoso, a sua mão alcançou a minha, entrelaçado os dedos aos meus. – E a sua amiga? Sempre lhe falou sobre nós?

– Sim – admiti. – Mas não fique zangado.

– Porquê ficaria?

– Não sei… eu lhe pedi que não contasse nada, mas acabei eu por contar.

– Eu não estou zangado – disse ele com um sorriso.

– É que Thália é a minha melhor amiga, como se fosse uma irmã.

– Eu entendo Annabeth, e quero que saiba que eu também contei a uma pessoa.

– Serio?

– Sim, ele é um grande amigo meu, um amigo de infacia, ele ficou feliz em saber que eu encontrei uma pessoa.

– Ainda bem – sorri.

Olhei pela janela, regalei os olhos ao ver que estavamos em Nashville a zona mais movimentada de Nova York.

– Percy que fazemos aqui?

– Lembra de você me ter falado que um dos seus sonhos era ir ver um musical, pois bem hoje vamos ver um musical da Broadway.

– Serio?

– Sim – sorriu ele.

– Qual?

– Eu reparei que quando passei a noite em sua casa, vi que em cima do seu criado mudo estava um livro “Os Miseráveis” e como ele vai estar em cena esta semana eu quis fazer esta surpresa.

– Percy… eu… - disse sem controlar a alegria – Obrigada, mil vezes obrigada.

– Gostou da ideia?

– Amei Percy – disse me esticando dando um beijo em seu rosto.

– Já chegamos – disse ele estacionando em frente ao “Mazdon Teathre”. Assim que desligou o carro, as suas mãos prenderam a minha face me dando um beijo longo e urgente.

– Eu te amo – sussurrou ele me acariciando as bochechas.

– Eu também - afirmei dando outro selinho nele.

– Vamos?

– Vamos logo.

Percy comprou os dois bilhetes, no sentamos nas filas do meio esperando que o espectáculo começasse. O teatro estava cheio de gente que sorriam e esperavam ansiosos pelo inicio. As luzes apagaram, fazendo com que o imenso teatro mergulhasse num manto escuro... e logo musical teve inicio.

O musical conta a historia de, Jean Valjean que rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Cumprida a pena, Jean é posto em liberdade condicional com a obrigatoriedade de se apresentar regularmente, correndo o risco de passar o resto da vida preso se não o fizer. Como ex-presidiário Valjean sente-se discriminado por todos, contudo tenta recomeçar a sua vida e redimir-se do tortuoso passado. Considerando-se livre, Jean Valjean quebra a condicional resultando na fuga contínua pela perseguição do inspetor Javert.

Enquanto isso, do outro lado da França Fantine enfrenta uma grande luta com sua filha Cossete. Ao viajar para o interior do país, a mãe deixa a menina com o casal Thenardier, que maltratam a criança, a fazem de escrava e roubam seu dinheiro. Enquanto isso Fantine arranja emprego no interior, manda dinheiro para sua filha, enquanto o casal cobra cada vez mais e mais. Um dia um funcionário da fábrica descobre que a mesma tem uma filha ilegítima, e a expulsam do emprego em que trabalha. Desolada, e sem jeito de conseguir dinheiro, ela vende os invejados cabelos e dentes, e com mais cobrança dos vilões, ela se prostitui, porém está com tuberclose. Por fatos ocorridos no passado, Jean Valjean conhece a doente Fantine e lhe faz a promessa de cuidar de sua filha, Fantine morre sorridente nos braços de Valjean.

Ao final da peça, a minha cara estava completamente lavda em lágrimas. O braço firme de Percy se mantinha ao meus ombros. Tentava não soluçar mas ea dificil… As pessoas em volta estavam iguais a mim, algumas pessoas mais sensiveis não se envergonhavam em chorar. Ao meu lado uma mulher forte de meia idade secava as lagrimas com o seu lenço.

– Quer um lenço querida? – perguntou ela.

– Obrigada – agradeci, retirando um da sua caixa de lenços de papel.

– Não tem de quê – riu ela.

– Ainda a chorar? – perguntou Percy assim que entramos no carro.

– Desculpa.

– Não tem de pedir desculpa é um musical lindo.

– É mesmo – disse limpando as ultimas lagrimas que se mantinham fixas nos olhos. – Você já tinha visto o musical?

– Não

– E porque não chorou?

– Ué eu sou homem, não choro com essas coisas.

– Insensivel. – resmunguei.

– Oquê? – riu ele.

– Quem não chora com aquilo?

– Os homens.

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– O homem que estava ao meu lado chorou.

– É porque é maricas – gargalhou ele.

– Não é maricas, é sensivel… eu gosto de homens sensiveis são fofos.

– Eu sou sensivel. – riu ele.

– Não chorou.

– Aff – suspirou ele – Okay eu já tinha visto o filme.

– Então sempre mentiu – gargalhei. – então se mentiu… é porque chorou.

– Não – disse ele corado.

– Você chorou – disse rindo.

– Você propria o disse que aquilo fazia chorar – reclamou ele fazendo um bico.

– Hey – chamei colando o seu corpo ao meu. – Eu acho fofo os homens chorarem.

– Ai sim?

– Muito – respondi dando um beijo nos lábios dele. Ele riu entre o beijo, as suas mãos prenderam o meu rosto, enquanto ele mantinha os seus lábios enconstados aos meus.

– Annabeh? – chamou ele contra o meu pescoço.

– Diz Percy.

– Só tenho de ir buscar o Brian daqui a umas horas… e que tal se fossemos passar o resto da tarde juntos?

– Gostava muito – disse me arrepiando quando so seus lábios voltaram aos meus - Quer vir para minha casa?

– Com certeza. – riu ele. – Ligou o carro começando a viagem até minha casa. – Eu já fui tratar as coisas no cartório.

– Serio?

– Sim – disse ele – Eu quero resolver este assunto… e já andei a ver alguns apartamentos no site de imobiliária.

– Algum que lhe interesse?

– Sim – riu ele. – Já assinalei alguns… vou ver eles amanha.

– Ah sim… -porra que resposta mais sem graça Anabeth.

– Quer vir comigo?

– Porque?

– Por nada, gosto de estar com você. – disse ele passando um braço á minha volta.

– Tudo bem eu vou. – sorri. Se seguiu um longo silêncio… até que ganhei coragem para lhe perguntar.

– Percy?

– Diz amor

Não pude deixar de corar quando ele me tratou assim.

– Você já foi… ver a Rachel?

– Não… mas hoje liguei para a minha mãe e expliquei a situação.

– Serio?

– Sim – respondeu – Ela ficou em pânico me perguntando se Brian etava bem.

– E o seu pai?

– Ele não estava com a minha mãe quando lhe liguei, por isso ele não soube, mas agora a minha mãe já lhe deve ter contado.

– Acha que ele vai levar a mal você se divorciar.

– Talvez, mas se ele não aceitar, vai mudar de ideias assim que Apolo lhe disser aquilo que me disse a mim.. o meu pai ama muito o Brian, e quando ele souber o risco que o neto corre ao estar perto da Rachel ele vai se entender.

– E a Rachel?

– Ainda não falei com ela, Rachel não estava em casa quando fui lá para ir buscar as minhas coisas… a esta hora já deve estar em casa e ver que o meu roupeiro está vazio.

Não disse mais nada… não havia nada pra disser de qualquer das maneiras.

Chegamos a minha casa, me sentei no sofá, Percy fez o mesmo, me agarrando uma das mãos.

Annabeth? – chamou ele fazendo carinhos nas costas da minha mão. Levantei o rosto olhando para os seus olhos.

– Diz.

– Eu não quero que você fique com medo… eu sei que você está insegura, eu presinto isso, e quero que saiba que eu vou mesmo em frente com esta decissão… não quero que fique com receio que eu volte atrás porque eu não vou… eu prometo que vou estar com você, eu prometo que vou comprir todas as promessas que lhe fiz.

– Obrigada Percy. – disse num tom melancolico – Desculpa se ás vezes eu pareço distante mas em certos momentos eu não sei como lidar com isto… é tudo novo para mim e eu me vejo perdida…

– Eu sei – disse ele continuando a acariciar a minha mão – mas eu quero você do meu lado.

– E eu quero estar ao seu lado – me apressei a disser – mas as vezes não sei o que falar.

– Eu percebo que para você não é fácil estar comigo sabendo os problemas que estou enfrentando… mas se você me der tempo eu prometo que daqui a umas semanas estaremos livres.

– Não vejo a hora de isso acontecer. – sorri triste.

– E vai acontecer – prometeu ele.

– Eu te amo – disse eu me chegando mais perto de si, o abraçando.

– Eu também te amo muito - disse apertando mais o seu corpo contra o meu.

– Eu quero você – disse eu sedutoramente ao meu ouvido, destribuido doces beijos pela curva do seu pescoço. Ouvi ele soltando um sorriso aliviado, afastando o meu rosto do seu ombro, para me puder beijar. Correspondi assim que a minha boca tocou na sua. Ele passou os seus braços em volta das minhas pernas me levantando e me levando ao seu colo para o quarto.