Scorpius & Rose (vol. 1)

Capitulo 8 - Uma boa tarde para se estar com os amigos


Scorpius & Rose

Capitulo VIII – Uma boa tarde para se estar com os amigos.

A CASULA DOS POTTER CONTINUA EM ESTADO GRAVE

Há duas semanas uma notícia lamentável abalou o mundo bruxo. A filha mais nova de Harry e Ginevra Potter sofreu um grave acidente em uma das partidas de quadribol na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, na qual ela atuou como artilheira. Lilían Luna se chocou com Andrew Chang e se encontra em estado grave no Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.

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Sabemos esta manhã que seu quadro apresentou uma boa melhora, mas seus cuidados ainda são delicados. O medibruxo Draco Malfoy, que é responsável pela equipe médica da pequena Lilían, está sendo bem realista com todos. Ele afirma que há chances da menina se curar, mas também há chances um pouco maiores de acontecer o contrário.

Tentamos entrar em contato com a família, mas ninguém quis dar uma declaração. Tudo indica...

– Não deveria ficar se torturando, lendo e relendo essas reportagens, Rose – a voz grossa de Hagrid chamou a atenção da ruiva.

– É a forma mais rápida de saber como ela está. Não recebo cartas há mais uma semana. A maioria dos meus primos, que preferiram passar por isso em casa, não tem coragem de me escrever nem meias palavras, incluindo Albus e James. Até entendo que os adultos da família estejam atarefados e abalados tanto quanto nós, mas uma cartinha minúscula não mata ninguém.

– Se quer tanto notícias, deveria ter ido para casa também. Sabe que seus pais e seus tios devem estar arrasados, sem cabeça para nada.

– E o que eu iria fazer em casa, Hagrid? Ninguém me deixaria vê-la de qualquer forma. Prefiro ficar estudando, do que passa o dia no sofá assistindo filmes trouxas.

– Sendo assim não reclame. Estão todos atordoados, não os culpe por não terem lhe dado notícias. Aposto que sua mãe sabe muito bem que você está acompanhando tudo pelo Profeta.

Hagrid tinha razão, Hermione e nem ninguém se preocupava tanto em mandar notícias a Hogwarts. Todos sabiam que o Profeta já se encaminhava disso e com informações um pouco mais seguras que o normal, pois apesar de derrotada, Gina tomou a liberdade de supervisionar todas as matérias que saiam sobre sua filha.

Como naquelas duas últimas semanas Rose não tinham ninguém com que conversar, já que seus amigos eram também seus primos e todos eles preferiram a opção que Minerva lhes deram para torce pela recuperação de Lilían com a família – incluindo um atordoado Hugo –, só lhe restara Hagrid. Rose passava a maioria dos seus horários vagos na cabana do guarda caça. As conversas, histórias e biscoitos os ajudavam esquecer a aflição que sentiam.

Houve uma batida na porta e Rose se adiantou, se levantando do imenso sofá e seguindo até ela.

– Scorpius? O que faz aqui?

– Ainda bem que te encontrei... Nem sei... porque... não vim aqui primeiro... – o loiro arfava no batente da porta.

– Oh, Scorpius! Entre! – Hagrid chamou acolhedor enquanto tirava mais uma bandeja de biscoitos do fogo.

Rose abriu passagem ainda confusa e Malfoy adentrou na cabana do meio-gigante, sentando-se em uma das grandes cadeiras da mesa redonda de jantar. Ainda arfava tentando controlar sua respiração. Era claro que ele tinha vasculhado o castelo inteiro atrás de dela.

– Você está bem? – a ruiva perguntou voltando ao seu lugar.

– Estou sim, só me dê um minuto.

O minuto se passou, com mais segundos do que se tem de verdade. Hagrid descansou a bandeja de biscoitos em cima da mesa para que esfriassem e depois se sentou em sua grande poltrona.

– E então, o que te traz aqui? Você não tem o horário lotado nos dias de sexta? – perguntou desconfiado.

– Acho que não vou morrer se faltar uma aula de Herbologia, Hagrid – Scorpius respondeu – Preciso entregar uma coisa a Rose.

– Hã? Coisa? Para mim?

– É Rose – o loiro tirou um envelope amarelado do bolso da calça e estendeu a ruiva – Meu pai me enviou esta manhã. Acho que você gostaria de ler.

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Rose alcançou a carta e abriu o envelope sem tirar os olhos de Scorpius, tentando achar alguma expressão no rosto dele que explicasse do que se tratava, mas não achou.

– Poderia ler em voz alta? – Hagrid se viu ansioso.

– Bem... “Olá, filhão! Recebi sua carta há três dias, mas só agora acho tempo de respondê-la. É verdade o que o Profeta fala sobre o estado de saúde da Srta. Potter, mas desta última noite para cá, ela deu uma ótima melhorada que me deixou confiante. Fiz alguns testes de reflexo, ela ainda está em coma, mas me mostrou um resultado melhor do que eu esperava. Acho que sairá algo sobre isso no Profeta Diário amanhã.

‘Desde que ela deu entrada no Hospital e foi posta sobre meus cuidados, concordei com a família Potter de deixar a imprensa atualizada apenas com o necessário, por isso tenha cuidado com o que ler. De ante mão, quero que saiba que escrevo esta carta com a supervisão de Harry Potter, que só concordou em deixar eu lhe dar as informações a seguir porque a senhorita Weasley também a leria. É compreensível que a família como a dela queira lidar com a dor sem muito alvoroço por perto...” Hã... O quê?

– Não pare, continue lendo – Scorpius disse ao perceber que Rose estava prestes a chorar.

– “A senhorita Potter chegou até nós com um grave traumatismo craniano, ferimentos perigosos na coluna, rasgos nos pulmões, além de todos os cortes e lesões que causaram uma série de hemorragias internas e externas. Foi um verdadeiro milagre ela ter sobrevivido. Seguimos um ritmo extremamente rápido para tentar reparar todos os danos possível, a magia nunca é tão bem-vinda para um bruxo quanto nessas horas... Até hoje, ela passou por apenas uma parada cardíaca, infelizmente, mas agora temos estabilidade no coração.

“Depois de todas as providencias, conseguimos curar parcialmente o trauma na cabeça, mas só saberemos se está tudo bem quando ela realmente acordar, o que infelizmente não tenho previsão. Os pulmões foram restaurados e ela está respirando perfeitamente sem ajuda de aparelhos há dois dias, um grande alívio para nós. A coluna ainda nos apresenta cautela, pois só saberemos com clareza dos resultados das cirurgias, de novo, quando ela acordar. Por fim, quase não há cicatrizes em seu corpo e seu coração passou a bater em sua frequência normal há quatro dias, como eu disse, há estabilidade aqui.

“Estou esperançoso, filho. E como presenciei a luta incansável dessa garota nesses últimos dias, sei que ela não vai desistir agora. Entrarei em contato assim que puder.

“Mande lembranças a Rose. Tenha esperança. Dr. D. Malfoy.”

Um silêncio se estabeleceu depois que Rose finalizou a leitura. Ela olhava para carta fixamente, como se procurasse mais alguma coisa. Hagrid olhava para os próprios pés, havia lágrimas em seus olhos. E Scorpius baixou a cabeça, esperando o choque da ruiva e do guarda-caça passar.

– Mas como? Digo, essa carta. Como? – ela sussurrou.

– Como aí diz, mandei uma carta para meu pai há uns três dias. Pedi para que ele falasse como Lily ia indo com detalhes e falei que você também queria muito saber outra versão que não fosse só a duvidosa do Profeta e a do fluxo quase extinto de cartas rápidas da sua mãe – ele explicou pacientemente – É uma sorte o meu pai estar cuidando dela, sabe?

A resposta de Rose veio em um repentino abraço apertado. A ruiva voou para o pescoço de Scorpius o apertando com todas as forças.

– Obrigada! Obrigada! Obrigada!

– Nossa menina, vai sair dessa. Ela é forte como uma boa Weasley e como uma Potter – Hagrid cantarolava para si mesmo.

– Hã... Rose? Eu meio que não consigo respirar. – Apesar de estar adorando o abraço, a falta de ar obrigava Scorpius a se livrar dele.

– Ah! Desculpe... É que, sei lá! Sei que ela não está fora de perigo ainda, mas receber alguma notícia já me deixa melhor – ela disse se afastando rápido demais.

– Não se desculpe. Estou duas vezes feliz agora, Lily está se recuperando, a medida do possível, e você não está mais me agoniando com essa fixação pelo Profeta.

– Scorpius!

– Ele tem razão, rosinha.

– Hagrid!

O dia terminou naquele clima. Os três não estavam tão felizes quanto deveriam, já que passar uma tarde de sexta na cabana de Hagrid saboreando seus deliciosos biscoitos era um programa maravilhoso, mas havia a incerteza e a insegurança que o estado de Lily causava. Não os fazia esquecer que ainda corriam o risco de perdê-la. E apesar de tudo isso, a tarde foi recheada de conversas leves, guloseimas e risos parcialmente despreocupados.

Foi uma boa tarde para se estar com os amigos.