— Tem alguma coisa errada. – Eu digo apertando a mão de Kurt de volta.

Ela deve ter descoberto que Shepherd foi presa. – Eu disse. – E deve ter vindo se vingar.

— Nós precisamos encontrá-la e detê-la. – Tasha diz.

— Eu quero essa mulher na cadeia. – Kurt diz aborrecido.

— Kurt, eu vou entender se você não quiser participar da investigação. – Reade diz com empatia. – Posso te dar uns dias de folga.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Não! – Kurt diz. – Eu quero participar e quero olhar bem na cara dela quando ela for presa.

— Não acho que você deva participar, Kurt. – Eu digo preocupada.

— Jane, isso não está em discussão eu vou participar e ponto final. – Ele diz aborrecido.

— Está bem! Não está mais aqui quem falou. – Eu digo magoada.

— Me desculpe! Eu não quis me alterar, isto está mexendo me deixando louco. – Ele diz pegando na minha mão.

Puxo minha mão assim que ele a pega e saio andando em direção á porta sem olhar pra trás.

Jane! Volta aqui. – Ele sai correndo atrás de mim e segura em meu braço. – Me perdoa, eu acabei descontando em você. Eu sei que você só está tentando me proteger, mas eu preciso superar de uma vez por todas essa história da minha mãe. Por favor, me perdoa.

— Kurt, eu sei que isso tudo é demais pra você, mas você tem que pensar bem. – Encaro seus olhos tristes e meu coração se aperta. – Essa mulher só vai te fazer ficar ainda pior.

— Eu preciso disso me entenda, por favor. Eu preciso passar por isso e quero você ao meu lado. Você não disse que estaria aqui por mim? – Ele pergunta.

— Sim, eu disse e estou aqui por você mesmo que estejamos nos acertando ainda. – Eu falo.

— É só disso que eu preciso, com você do meu lado eu posso superar qualquer coisa. – Ele diz sorrindo, eu não resisto e sorrio de volta.

— Está bem, estamos juntos nessa. – Eu falo colocando um ponto final naquele assunto. Vamos voltar pra sala da Patterson para prepararmos um plano de ataque.

Chegando à sala da Patterson Tasha e ela estavam mexendo no computador e falando uma com a outra, quando nos viram sorriram e soltaram o ar, pareciam aliviadas em ver que nós nos acertamos. E Reade apenas sorriu.

— Onde paramos? – Ele pergunta.

— Bem, eu estava falando que Elena está em New York, eu andei vasculhando as câmeras da cidade e descobri o hotel que está hospedada. - Patterson responde.

— E qual é? – Eu pergunto ansiosa.

— Hotel New Yorker no centro da cidade, está hospedada com o nome que já conhecemos Sofia Davis.

— Vamos pegá-la. – Reade diz já andando em direção á porta pra se arrumar. – Patterson qualquer mudança nos avise imediatamente.

— Okay. – Ela diz.

— Vamos! – Kurt diz á mim e Tasha.

Vou para o vestiário junto com Tasha e o Kurt, pegamos nossas armas nossos coletes e comunicadores e saímos em direção ao elevador. Ao entrarmos no carro Kurt sentou ao meu lado eu estranhei, mas também não falei nada.

— Jane, preciso te pedir algo. – Ele chega mais perto de mim pegando minha mão que estava apoiada em meu colo, e eu encaro seus olhos azuis que me tiram o fôlego. – Eu não estou com uma sensação muito boa, sinto que algo de ruim vai acontecer e quero que me prometa uma coisa.

— O que? – Eu sussurro e meu coração dá um solavanco parece que vai sair pela minha boca, estou sentindo a mesma sensação que ele, agora o medo toma conta de todo o meu ser e eu aperto sua mão com um pouco de força.

— Prometa-me que se eu disser pra você correr, você vai correr. – Ele suplica com o olhar.

— Na..não me peça isso Kurt por favor. – Falo apavorada, e meus olhos se enchem de lágrimas contra a minha vontade. – Você sabe que não posso.

— Jane, eu preciso que você esteja segura me promete, por favor. – Ele também suplica e eu não sei o que fazer respiro fundo tentando conter minhas lágrimas. – Se alguma coisa te acontecer eu vou enlouquecer.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Não me peça isso, por favor. – Suplico mais uma vez tentando fazê-lo mudar de idéia.

— Você é minha esposa, por favor. – Ele suplica mais uma vez e desse jeito não consigo dizer não. – Eu te amo Jane você é a minha vida, me perdoa por todo o sofrimento que te causei.

— Pare! Não se despeça de mim, não vai acontecer nada. – Já não consigo mais segurar as lágrimas e ele também não, agora estamos os dois chorando e nossos amigos estavam calados olhando pra frente. – Por favor, não se despeça.

— Posso te dar um abraço? – Ele pergunta ainda chorando e eu não pude negar, eu estou em pedaços.

— Claro que pode! – Eu o abraço forte fechando meus olhos e enterrando meu rosto em seu pescoço inalando seu cheiro de loção pós barba que eu tanto amo, como eu senti falta desse cheiro.

— Me perdoa meu amor, por favor, me perdoa. – Ele implora e eu não consigo dizer nada. – Minha vida não tem sentido sem você.

— Kurt, pare! – Eu suplico entre os soluços. – Não vai acontecer nada.

— Tudo bem, Jane não precisa me perdoar agora. – Ele diz me soltando e segurando somente a minha mão. – Tome seu tempo, não quero te pressionar. Eu só precisava te pedir perdão mais uma vez.

— Fique calmo estamos bem, tudo vai ficar bem. – Eu digo passando a mão nos olhos.

Virei minha cabeça pro lado encostando-a na janela, fico observando a rua e as lágrimas não param de cair. Meu coração está apertado, essa sensação ruim não vai embora. Estou com um medo que nunca senti na minha vida, tem alguma coisa errada eu posso sentir dentro da minha alma.

— Chegamos. – Reade avisa me tirando dos meus devaneios.

Seco minhas lágrimas e solto a minha mão que estava agarrada com a de Kurt e ele olha pra mim mais uma vez antes de abrir a porta do carro e sair, eu faço o mesmo.

— Kurt e Jane, vocês vão pela frente, Tasha e eu vamos pelos fundos. Mantenham o contato com os comunicadores. – Reade ordena e sai com Tasha em direção aos fundos do hotel.

Kurt e eu vamos pela frente pegamos o elevador pro décimo andar, dentro do elevador o silêncio paira entre nós tenho a impressão de que ele quer me falar alguma coisa, por que ele bufou uma vez ou outra.

O elevador para no décimo andar, saímos e vamos em direção ao quarto onde Elena/Sofia está hospedada Reade e Tasha nos avisam que estão subindo pelas escadas. Paramos em frente a porta e Kurt faz um sinal com a cabeça para que eu fique á postos em quanto ele chuta a porta do quarto. Nós entramos e eu vou direto procurar no banheiro e ele vai em direção ao closet.

— Liberado! – Eu falo caminhando de volta ao centro do quarto.

— Jane! – Kurt, grita e meu coração gela na hora, algo aconteceu, imediatamente saco minha arma e vou em direção ao closet.

Vou entrando e me deparo com uma cena que faz meu medo se tornar em desespero.

— Kurt, você está bem? – Eu pergunto vendo Elena/Sofia com a arma apontada pra ele e ele ajoelhado no chão com as mãos na cabeça.

— Remi? – Elena/Sofia diz supresa.

— Não mais, Elena. – Eu falo entre os dentes. – Eu sou, Jane agora, Remi é coisa do passado.

— Como esse mundo é pequeno, vou matar dois coelhos com uma cajadada só. – Fala Elena/Sofia sorrindo.

— Jane, meu amor por favor, fique onde está. – Ele pede cauteloso.

— Meu amor? – Elena cospe. – Não vai me dizer que você essa vagabunda são um casal?

— Cala a boca, Elena acho melhor você se entregar. – Eu falo apontando a arma pra ela.

— Você se saiu bem ao seu pai mesmo, Kurt só gosta do que não presta, que decepção filho. – Elena diz debochada.

— Eu não sou seu filho, não me chame assim. – Ele diz com raiva trincando os dentes.

— Vou confessar que não queria que fosse. Nunca te amei, nem você nem a sua irmã. – Ela cospe as palavras.

— É recíproco. – Ele diz com raiva.

— Não seja mal educado com a sua mãe, Kurt. – Ela zomba.

— Já disse! Você não é minha mãe, nunca foi. – Ele diz enojado.

— Solte-o e se entregue, Elena. – eu peço mais uma vez. – Ou serei obrigada a agir.

— Pense duas vezes antes de fazer isso, Remi eu tenho a arma apontada pra cabeça dele. – Elena, alerta.

— Solte o meu marido Elena, ou você vai morrer antes do seu corpo bater no chão. – Eu falo com raiva. – Solte-o agora.

— Marido? Kurt, você puxou mesmo o seu pai. – Ele gargalha. – Essa aí não presta.

— Cale essa boca, sua louca. Graças á Deus eu não puxei nenhum de vocês, não sou um assassino. – Ele diz.

Eu atirei na parede pra chamar atenção dela, e ela faz exatamente o que eu queria ela aponta a arma pra mim e ficamos nos encarando, ela tinha um sorriso sínico em seu rosto e eu estava séria e concentrada. Sem que eu percebesse ela vira rápido e dá uma coronhada na cabeça de Kurt que cai pro lado meio tonto com a batida.

Na mesma hora, eu vou pra cima dela e começamos á lutar. Ela luta bem e me golpeia algumas vezes, caímos no chão e a minha arma escorrega pra longe de mim, mas a arma de Elena está ao lado dela, ela consegue alcançá-la e aponta pra mim. Eu me afasto com as mãos pra cima em sinal de rendição e Kurt já se coloca ao meu lado fazendo a mesma coisa.

— Calma, Elena pensa bem no que vai fazer. – Eu falo tentando dissuadi-la. – Você não quer nos machucar.

— Agora você pede calma não é, Remi está com medo. – Elena sorri debochadamente. – Eu vou matar os dois antes que os outros agentes cheguem aqui.

Não! – Ele grita. – Atire em mim, nela não.

— O quê? – Eu grito também. – Não faça isso, Kurt.

— Podem ficar tranqüilos eu vou matar os dois. – Elena diz.

— Ninguém vai morrer hoje. – Eu falo desesperada. – Ninguém.

Kurt, me encara e sorri. Imediatamente meu instinto me diz que algo ruim está pra acontecer. Que seja eu, por favor, se alguém tem que morrer que seja eu, eu suporto a morte mas não suportaria uma vida sem Kurt, sem ele não.

Eu o encaro de volta e meus olhos enchem de lágrimas, neste momento sinto que estamos nos despedindo, instintivamente eu balanço a cabeça em sinal de negativo e ele sorri pra mim.

— Eu preciso fugir daqui, vocês não vão me prender. – Elena diz. – Tchau Remi.

Tudo ficou em câmera lenta diante de mim.

— Me perdoe, eu te amo. – Ele olha pra mim e sussurra.

E então ele se coloca na minha frente, não tenho nem tempo de reagir quando sinto o impacto da bala batendo em seu corpo. Ele começa a cair na minha frente, meus olhos estão arregalados, perco minhas forças e meu joelho fraqueja. Eu caio junto com ele, mas a diferença é que ele está desacordado e seu pescoço jorrava sangue.

Imediatamente eu alcanço a minha arma que está jogada no chão e atiro na cabeça de Elena.

— KURT! – Eu grito desesperada. – Fala comigo, por favor!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Sento-me no chão puxando o corpo dele desfalecido pra mim, trazendo sua cabeça pra apoiar em meu colo. Aperto seu pescoço onde estava jorrando sangue pra tentar estancar, mas parece que meus esforços são inúteis.

— Patterson! Preciso de uma ambulância rápido. – Eu grito no comunicador. – Kurt, foi atingido.

Neste momento chega Reade e Tasha, eu olho pra eles e eles estão estáticos olhando pra mim.

— Me ajudem! Façam alguma coisa, ele não pode morrer. – Eu imploro por ajuda, mas sei que é inútil.

— Jane, e.. ele – Tasha, tenta dizer mas eu a corto.

— Não! Ele não está ele é forte. – Eu falo e meus olhos já estão embaçados com as lágrimas.

— A ambulância está á caminho. – Patterson, fala no comunicador.

— Rápido, por favor. – Eu imploro.

— Jane, calma. – Reade, diz ele vai ficar bem, continue pressionando o ferimento.

Eu estou desesperada, dentro de mim minha alma grita e chora ao mesmo tempo. Eu não posso perdê-lo ele é o amor da minha vida. Eu abaixo minha cabeça pra sussurrar em seu ouvido.

— Hey meu amor, estou aqui. Por favor, não morra eu preciso de você. – Eu imploro.

Neste momento a ambulância chega e o tiram dos meus braços rapidamente e estancam o sangue colocando-o na maca e levando-o pra fora. E eu fico jogada no chão olhando pras minhas mãos e roupas manchadas com o sangue dele.