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Jealousy (Green Eyes)


Draco acordou pela manhã, sentando-se na cama e pegando alguma coisa para vestir por baixo da capa do uniforme. Ele tomou um banho gelado e saiu pelo quadro da Sonserina, Luna esperava por ele do lado de fora, usando um vestido verde limão com detalhes em roxo.

— Bom dia, Draco. — A loira falou alegremente.

— Bom dia, Luna. Como passou a noite? — Perguntou Draco, sorrindo, enquanto subia as escadas com a corvinal até o Grande Salão.

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— Bem, obrigada, e você? — Luna sorriu sonhadoramente enquanto sentava-se à mesa

Para dizer a verdade, não havia dormido muito bem, havia sentido dores e enjoo por causa da poção, mas resolveu dizer uma mentira inocente para não preocupar a garota, se é que ela se importava com ele.

Antes de ele responder, sentaram-se à mesa frente a frente.

— Também, obrigado. — Ele sorriu, mas Luna continuou encarando-o com os grandes olhos azuis dela.

— Você está mentindo para mim. — Disse a loira, sem piscar. — Como você realmente passou a noite Draco?

— Bem... Mal, na verdade. Mas estou me sentindo novo em folha agora, acho que simplesmente precisava de uma soneca. — Draco sorriu para tentar acalmar a loira, o que surpreendentemente deu certo, ela sorriu de volta distraidamente.

— Eu adoro pão. — Disse Luna do nada.

— Eu também, Leen, uma de nossas elfas domésticas, fazia pães deliciosos. — Disse, momentaneamente esquecendo que estava em Hogwarts.

— Nós não temos elfos domésticos, pobres criaturas, meu pai não acredita no trabalho escravo ao qual eles são submetidos.

Draco corou fortemente e não respondeu, ficaram em silêncio até que Luna quebrou o silêncio, murmurando qualquer coisa sobre zonzóbulos ou sabe-se lá o que fosse.

— Perdão? — o Sonserino tentou escutar o que ela estava dizendo, mas com os ruídos altos dos outros alunos não escutou nada.

A loira pensou por alguns instantes e finalmente respondeu.

— Digo-te depois. — Ela riu ao ver a expressão contrariada de Draco.

Draco balançou a cabeça e simplesmente continuou comendo o pão e bebericando um copo de suco de laranja.

— O que vamos fazer hoje? — Draco perguntou depois de algum tempo, incomodado com o silêncio.

— Bem, eu poderia te mostrar os narguilés e os dilátex, o Lago Negro é cheio deles. — Luna sorriu distraidamente. — Talvez aí você pare de pensar que eu sou louca.

— Eu não acho que você é louca. — O sonserino sorriu. — Acho que você é simplesmente excêntrica, e eu acho isso fascinante.

A corvinal corou levemente e o garoto se esforçou para oprimir um sorrisinho. A vontade de sorrir logo murchou quando um garoto com uma cicatriz de raio veio se sentar ao lado de Luna.

— O que faz aqui, Potter? — Draco vestiu novamente a máscara de garoto prepotente, fuzilando o moreno com o olhar.

— Eu queria conversar com Luna, a sós. — Harry disse, retribuindo o olhar fuzilante do loiro.

A garota em questão encarava o nada, alheia ao que se passava na mesa entre os dois garotos.

— Então vá, mas traga-a de volta, ela prometeu que passaria o dia comigo. — Draco de repente se sentiu infantil, ou como um pai lutando pela custódia da filha, ele riu consigo mesmo e continuou comendo.

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Harry se afastava, levando Luna até o canto do Salão, segurando o braço dela gentilmente.

— Não acho que você deva andar com o Malfoy. — Harry disse diretamente. — Ele é perigoso.

— Não acho que ele seja. Ele não é o que parece ser. — Luna olhou o amigo nos olhos verdes cheios de preocupação, estava admirada que ele estivesse tão preocupado, mas ainda assim, achava toda aquela preocupação desnecessária.

— É exatamente isso que eu estou falando, Lu. — Harry falou mais baixo, arrastando Luna para um canto menos movimentado. — Ele é um Comensal Da Morte, trabalha para Voldemort.

— Não é não, só por que os pais dele são não quer dizer que ele seja também. — A loira disse um pouco magoada, parecia que o amigo não levava em consideração o que ela pensava.

— Escuta, Luna, ele estava naquela loja sombria junto com Grayback e com a Bellatrix Lestrange, ele não é inocente. — Harry encarava-a com aqueles olhos verdes que ela amava, só que naquele dia estavam estranhamente irritantes.

— Essa não é a única razão pela qual você não quer que eu ande com ele, é? — Luna perguntou, vendo como ele ficava desconfortável quando via os dois loiros conversando.

— Não... — disse Harry, abaixou a cabeça, parecendo envergonhado.

— Então qual é? — A loira olhou fundo nos olhos do amigo que tinha o rosto rubro.

— Eu... Não sei, só sei que não gosto de quando você anda com ele, Luna. — Harry disse olhando para a corvinal com olhos de cachorrinho.

— Ele é meu amigo também, Harry, por mais que eu valorize a nossa amizade, eu não posso simplesmente parar de falar com ele por que você quer que eu pare, entende? — Luna soltou, com a esperança de que o amigo não ficasse magoado com ela.

— Eu entendo. — Disse ele, com o rosto um pouco abatido, ela ficou com dó, mas não se arrependeu do que disse, raramente se arrependia.

— Okay. — Ela sorriu — Então te vejo por aí.

E saiu saltitando felizmente, deixando Harry para trás, com o rosto abatido.

— O que o Potty¹ queria? — Perguntou Draco com ódio.

— Não o chame assim, ele também é meu amigo, Draco! — Luna ralhou antes de continuar. —Bem, ele disse que não era para eu andar com você, por que você seria um Comensal Da Morte.

Luna riu, Draco acompanhou-a sem graça, sentiu as bochechas queimarem e se amaldiçoou por isso, escondeu o rubor até ele desaparecer quase completamente.

Não acreditava que Potter conseguiu descobrir isso, sabia que a maioria concluía que ele fosse, por causa da suspeita nos pais, mas como o Garoto Que Sobreviveu podia ter tanta certeza.

Luna tirou-o de seus devaneios.

— Já terminou de comer, Draco? — a loira perguntou encarando o prato vazio do sonserino.

— Ah, sim, por quê? — o garoto perguntou distraídamente.

— Por que eu sei um ótimo lugar para nós irmos, e estou com vontade de dar uma caminhada. — Luna disse se levantando.

Draco a acompanhou e os dois se dirigiram aos jardins, os dois alheios a um par de olhos verdes acompanhando-os até a saída do Salão.