"Sansa, primeiramente, devo dizer uma coisa muito importante. A minha letra está meio que esse garrancho porque estou escrevendo no escuro e minha colega de “sela” não pode saber que recuperei Sansa. Minerva não pode saber, e se ela não pode, ninguém mais pode. Somente Olívio sabe.

Falar em Olívio me traz um sentimento ruim em mim, Sansa. Eu o ataquei. Mesmo. O ataquei como se eu fosse um animal irracional e me arrependo seriamente disso. Não consigo encará-lo normalmente sem lembrar-me do quão insolente eu fui.

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Depois de atacá-lo feito uma besta, derreti-me feito uma manteiga mole em cima de seu rosto. Eu realmente chorei na frente dele. Foi ridículo, mas achei que tinha matado-o.

Depois, corri a chamar a Madame Pomfrey. Logo o levaram de lá e até tentei ir atrás e me derramar em desculpas. Mas não deixaram ninguém entrar por lá.

Daí, corri para o quarto e joguei aquele livro da aula de Poções dentro de um armário sujo e cheio de pó na sala de Snape. Espero que ninguém o encontre e siga os mesmos passos que eu segui.

Mas então, dois dias depois de Olívio estar na ala hospitalar, eu fui visitá-lo. Ele estava cheio de presentes e não sei distingui-lo muito bem, Olívio é um mistério, mas parece-me que ficou surpreso a me ver lá.

Mas tivemos uma conversa em que eu fui a pessoa mais honesta do mundo ao pedi-lo desculpa. Ele meio que ignorou minhas desculpas e então, eu fui mais sincera ainda, algo como:

Tudo bem” Nessa hora eu meio que encarei ele bem profundamente para saber que eu não estava mentindo. Qual é. Quase nunca peço desculpas, ele deveria ao menos considerar. “Eu tentei. Você não pode dizer que não. Eu não sou boa com essas coisas mas eu me sinto muito culpada. Não sabia qual era o efeito do feitiço e suas palavras ofendendo a única coisa que tinha de minha mãe, só me deixou louca. Mais louca que sou. Então eu vou entender totalmente se quiser me tratar dessa forma rude quando estou pedindo desculpas.”

E ele ficou mais surpreso ainda. Acho que é isso que causo em Olívio. Ele não sabe o que esperar de mim, né mesmo. Um crucio teria saído muito mais fácil no momento.

Mas, assim, ele falou:

Tudo bem” ele meio que sorriu. Mesmo. E devo acrescentar que estava já agarrando minha mão para que eu não saísse do lugar. “Eu devo pedir desculpas pelo que disse”.

E foi assim que aceitamos um a desculpa do outro. Mas não foi só isso. Dois dias depois, ele finalmente saiu de lá. Já estava melhor e bem recuperado das, bom, facadas que eu tinha lhe dado.

E, eu, sentada no banco da mesa da Sonserina fui surpreendida por ele. Parado de frente para mim. Encarando-me. Esperando eu dizer alguma coisa, acredita? Pois é, nem eu. Juro que queria estapeá-lo até ele sair dali. O local estava lotado de pessoas.

Mas, tá, superei. Depois ele perguntou se eu poderia acompanhá-lo.

Daí, eu falei assim: “Acompanhá-lo? Eu devo te lembrar que não sou sua amiguinha? Wood, não é porque eu te mandei para uma cama que agora vou ter pena de você”.

Ele riu da minha cara. Repito. ELE RIU DA MINHA CARA.

Então fui obrigada a segui-lo. Não sei porquê.

Então nós caminhamos pelos corredores, e ele me contou que não fora só eu quem havia sido punida pelo nosso “teatrinho”. Dumbledore tinha punido-o também. Eu quis rir.

Mas enfim, eu agora estou cheia de punições. Culpa de Olívio? Talvez. Se não tivesse chegado e atrapalhado todos meus pensamentos, nada disso teria acontecido.

E depois, ele me ofereceu uma trégua, porque queria, como disse: “ser um cara legal”. Sério Sansa, uma FUCKING TRÉGUA. Mas como eu sou uma pessoa de um coração muito bom, eu aceitei. E nós até que conseguimos conversar sobre coisas normais sem um tapa ou um belisco na orelha.

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Mas por pouco tempo porque não me contive. Daí, Olívio virou pra mim, me segurou pelos cotovelos e perguntou, seriamente, com um sotaque até que — afirmo — sexy: Tá achando que sou sua putinha? Que você bate e realiza todos os seus desejos?

Aí eu não consegui me conformar, porque ele estava rindo. Com um sorrisinho no rosto. Daí fudeu geral. Porque eu ri também, mas o clima começou a ficar tenso. E achei que ele iria me beijar de novo. Mas só achei mesmo. Ele desviou o rosto e me soltou.

E segui outra direção.

Mas o beijo do dia em que lhe ataquei... ele? Não estava sumindo de minha cabeça. Sansa. Eu acho que estou surtando. Mesmo. Cara. Olívio não sai da minha cabeça e agora são com uns pensamentos um pouco mais... inapropriados. Juro que vou matá-lo se tudo que ele sempre quis, no fundo, foi foder com a minha mente. Ele conseguiu.

Mas tá. Daqui a pouco eu tenho que ir cumprir uma das minhas milhares de detenções pelo que fiz. E tudo, novamente, por causa da minha curiosidade que envolve um grifinório. Essa racinha, viu?

Vou te dizer. Eles mexem com a gente dê um jeito que...

Sério? O que eu to pensando?

Devo ter alguns probleminhas. Meu Deus, Sansa. O que está acontecendo? Amanhã procurarei alguém pra tratar desse meu probleminha mental que envolve pensar muito em uma pessoa só.

Mas só amanhã mesmo. Ou sei lá. Talvez daqui a uma semana. Não sei.

Mas deve ser rápido porque as férias estão chegando e voltarei para o inferno que conheço como casa.

Droga.

De qualquer jeito, sinto muito por estar escondendo-a dentro do balde roupas sujas. Minerva daqui a pouco virá revistar meu quarto porque, aparentemente, ela não encontrou o papel de Olívio dizendo que foi ele e ele não quer dizê-la isso. Ou seja, até a poeira abaixar, devo deixá-la por lá. Mil desculpas, Sansa.

Agora, realmente preciso ir. Uma punição me chama. E algo me diz que há um grifinório para perturbar.

Não me contenho."