Sangue ruim. (drabble)

Como uma canção


Aquilo era tão estranho; ficar assim com ela. Justo ela...

Mas não parecia tão errado, quanto meu pai sempre fez parecer.

Mas afinal do que ele sabe de certo e errado?

–--- Eu era um petiz quando... ---- ela me silencia tocando meus lábios, posso sentir aquele doce aroma.

Todas as mulheres tinham sempre o mesmo odor enjoado de rosas ou flores. Mas ela... era cheirava a livros velhos e pergaminhos; um odor marcante que me fazia tontear desde a primeira vez que senti; me trazendo uma profunda confusão que só pude corresponder com a mais baixa ofensa que imaginei no momento.

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Ela era única.

Em todas as formas da palavra.

E agora eu sabia o que era aquilo que sentia, e por algum motivo ela parecia ter sentido o mesmo. Sempre achei que me odiasse.

Seria o mais lógico.

Vivi sempre rodeado de tanta... raiva. Sempre expressei tudo que senti desta forma, e tudo sempre se mostrou mais fácil.

É bem melhor conviver com um olhar de repulsa do que o de pena.



Finalmente nossos lábios se encontram.

Ela parou mas não hesitou.

Enquanto eu sentia o corpo tremer como uma criança que nunca tinha beijado ninguém na vida.