Sangue Monstro

Caçada - parte 1/2.


No dia seguinte ouvi alguém falar próximo do meu ouvido:

—Roan. Não era para você estar aqui.

Acabei balançando a mão e acertando que quer fosse que estava próximo daquele jeito de mim, que mal tinha despertado. Me espreguicei antes de abrir os olhos e ver que era Raphael.

—Não sinta ciúmes ela deixou...

Ele apenas me olhou e depois Jennifer que estava bem à vontade em um sono que dava para perceber que ela não ia acordar tão fácil. E ele me puxou da cama.

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Nessa manhã, Diego me convidou para uma caçada, que infelizmente não envolvia nenhum dos humanos normais que ele tinha no bando, ou qualquer outro. Iriamos pegar qualquer animal que estivesse no bosque. Até que parecia divertido.

Todos os jovens apareceram no gramado antes do celeiro, alguns tinham espada, arco e facas, outros possuíam equipamentos para uma armadilha e outros, como eu, não tinham nada em mãos.

—Vocês sabem que esse é um trabalho de equipe... -disse Diego para todos.- Queremos apenas o suficiente. Usem suas habilidades se necessário, mas não acertem seus companheiros ou qualquer coisa do tipo, pois estará condenado ao mesmo destino.

Depois de dizer tudo para o grupo Diego se aproximou de mim.

—Roan cadê a garota?

—Ela esta dormindo. Ficamos acordados até tarde, sem sono... E não acho que ela vai acordar a tempo.

Ele lançou um olhar sobre mim, que compreendi, mas não dei muita importância e depois ele concordou sem muita confiança.

—Só quero avisar que há armadilhas antigas preparadas que podem estar funcionando, então tome cuidado... eu não sei se você é um imortal ou não, mas se não for pelo menos te avisei. -ele deu um tapa no um ombro e depois seguiu para o grupo e os guiou para o meio das arvores, arbustos e matos que formavam a área de caçada.

Raphael não foi, parecia, já pela forma que se vestia, que não era um lugar para ele.

A grande maioria das pessoas de preto sumiu, os arbustos de quase dois metros conseguiam esconde-las bem, mas ainda podia ouvi-las e até ver um ou outro. Caminhei seguindo um desconhecido logo à frente. E já me irritava não poder ver muitas coisas além de folhas verdes, cipós e galhos. Pouco depois algum tipo de código sonoro ecoou pelo lugar e o garoto que seguia entendeu e olhou para uma direção imóvel.

—O que é?- pergunto baixo e ele me olha rapidamente sério e não me responde. –O que isso quer dizer? –Insisto e ele me ignora e continua andado.

Estava ao ponto de falar alto suficiente para o caso dele ser surdo, quando alguém me responde logo atrás.

—Há leste tem um grupo de cervos, três deles. Quinhentos metros para gente. – Era Mark com uma lança e uma cara estranha. Outro som veio de outra direção. -Tem alguns gansos selvagens para aquele lado. Lá tem um lago cercado por arvores é um bom lugar para quem tem arco, o difícil é ir pega-los depois.

Ele indica um caminho, seguindo aquele que já seguia antes. Então encontramos um lugar mais aberto, quase sem arbustos, e o cara que seguíamos havia sumido completamente. Tentei procura-lo, mas não da para ver muita coisa para saber para onde ele foi...

—Você o perdeu. -disse Mark tentando encontrar alguma pista nas folhas e na terra da clareira.

—Eu não o perdi...

E fui interrompido quando dei um passo para frente e sou puxado para cima com o pé preso em uma velocidade quase incrível. Mark acabou caindo no chão com o susto. E ficou me olhando.

— Porque você não me avisou!- gritei, era uma posição muito incomoda.

Ele riu.

—Eu não sabia disso. - sorrindo ele observou a corda que subia vários metros ate estar enroscada em um galho de uma arvore.

Tentei alcançá-la, mas fiquei um pouco enjoado quando comecei a rodar. Mark me ajudou a parar usando o bastão da lança e ele ria o tempo todo. Então outro som ecoou.

—Você poderia me ajudar com isso de uma vez? Vamos perder a caçada!- estava começando a ficar irritado de ficar a três metros do chão e de ponta cabeça.

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—Posso tentar... -disse ele e depois virou a lamina na minha direção e tentou alcançar o nó que envolvia meu tornozelo.

Agora sei que não era boa ideia, pois não demorou e ele me cortou em vez de acertar a corda. O xinguei por um tempo e o mandei se afastar, pois tive uma ideia.

Concentrei-me, pensei na caçada que estava perdendo e me tornei o melhor de mim, um monstro.