Sete anos depois...

-Haruka! Tá na hora de acordar, menina!

-Aaahn... Mais cinco minutos, okaa-san...

-Nem mais meio minuto! Você vai se atrasar para a escola!

-Aonde já se viu... Cavaleiro do Zodíaco estudar...?

-Cavaleiro do Zodíaco ou não... Todos nós temos que estudar, filha!

-Oto-san!! – respondeu a garotinha, pulando da cama em direção ao colo do pai, Seiya de Pégasus – Mas... Pra quê estudar? Eu não vou precisar saber somar para atacar um inimigo...

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-Haruka nee-chan... Parece que tudo que te falam entra por um ouvido e sai pelo outro... Nós temos que saber nos comunicar, contar e tudo mais para poder ser alguém na vida... Podemos lutar pela justiça, mas ainda assim... Somos futuros herdeiros da Fundação GRAAD...

-Não se intromete, Akira... – a garota fez bico.

Assim eram todas as manhãs, na ultima torre da Fortaleza de Athena, onde passou a ser o lar da família Kido Ogawara, um acordo feito entre Saori e Seiya para preservar o nome das duas famílias. Apesar de serem gêmeos, Haruka era a mais velha, cabelos arroxeados como os da mãe, olhos castanhos e gateados. Era linda, entretanto, puxou a personalidade cabeça-dura do pai. Akira, mais novo que Haruka 7 minutos, era o retrato de Seiya na infância, porém com a personalidade fútil, egoísta e o ar de superioridade que Saori tinha até meados de seus 17 anos, antes dela se “revoltar” com Shô:

-Saori-chan... Eu já vou pra escola... Tenho que deixar tudo pronto para o primeiro dia – disse Seiya, levantando-se da mesa.

-Unn... Daqui a pouco eu levo as crianças lá...

-Por quê? Eles podem ir sozinhos...

-Sim... Mas eu quero ir para encontrar as meninas... Quase não temos tempo para conversar.

-Ah, entendi...Yare... Já estou indo...

Seiya apenas olhou para seus filhos, que cobriram os olhos, enquanto o Cavaleiro dava um selinho em sua esposa, partindo em seguida. A deusa terminou de arrumar seus filhos e seguiu para o, melhorado, prédio escolar. Agora as classes eram divididas por idade, embora somente os aprendizes estudassem agora:

-É... Muita coisa mudou aqui desde que a Sammyrah virou subcomandante. – pensava a deusa, enquanto descia as colinas, acompanhada dos filhos.

De fato, mudanças drásticas foram feitas no Santuário, principalmente nas rígidas regras usadas pelas amazonas. De acordo com a nova lei, uma aspirante só deveria usar a máscara após receber o título de amazona. E, mesmo que já sagrada guerreira, deveria usar a máscara apenas em missões oficiais. Certo que, algumas mais antigas, como Marin e Kammy, preferiam continuar a usar a máscara em 99% do tempo e, algumas mais novas, não viam a hora de começar a usar uma:

-Okaa-san... Porque eu não posso usar uma máscara como a Mestra Kammy? – perguntou Haruka, quando eles já estavam perto da escola.

-Quando você tiver uma armadura e uma missão você usará uma. Por hora, você deve curtir a liberdade.

-Liberdade?! Eu não posso nem ir até o Vilarejo sem pedir permissão! Sou obrigada a vir pra escola e comer o pão que Hades amassou no treinamento...

-Você que escolheu assim... – disse Kammy, se aproximando junto a seu filho, Adônis, uma espécie de “mini Milo de Escorpião”, só que com cabelos loiros e ondulados – Não foi você que pediu a mim que lhe treinasse, após fugir para Star Hill atrás do Grande Mestre e pedir a ele que lesse seu destino nas estrelas?

-É, mas... Eu só queria usar uma máscara...

-Na hora certa, você usará! – disse Sammyrah, de mãos dadas com o pequeno Cezar e exibindo uma pequena barriga marcada sobre a túnica. – Se eu criei essa lei foi para que as aspirantes, assim como eu fiz, decidissem se era isso mesmo que queriam para elas... Seguir o que dizem as estrelas, ou comandar seu próprio destino. Não como a retardada da sua mestra, que não abandonou velhos hábitos.

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-Olha como fala, Perua Russa!

-Digo isso a você, Barbie... – riu a russa, puxando a máscara da francesa, mas sendo bloqueada pela mesma.

Nesse meio tempo, Shunrei chegava, carregando os pequenos Ling, Chang e Yan, o resultado sua união com Shiryu:

-É... Shunrei... Você casou depois que todas nós e, ainda assim teve essa “escadinha”... – riu Saori, cumprimentando a garota com leve reverencia.

-Também... Ele a enrolou por taaaanto tempo... – indagou Sammyrah – que nada mais justo do que eles terem o “Shiryu Football Club”!

-Não vamos exagerar, meninas... Mas vou querer, no mínimo, montar um “Shiryu Football Society”!

-HAHAHAHAHAHAHAHAHA – riram as garotas em conjunto, ao mesmo tempo em que tocou o sino. Cada mãe levou seu filho a sua respectiva sala e voltou a seus afazeres:

-Meninas... – falou Sammyrah, antes de retornar a sala do Grande Mestre – Se não forem fazer nada durante a tarde, apareçam para um chá...

-Claro... – respondeu Shunrei.

-Pode ter certeza que aparecerei – confirmou Saori.

-Não se esqueça de preparar os biscoitos, mon ami...

Com a confirmação das amigas, a subcomandante resolve retornar para o Salão do Grande Mestre, entretanto, resolve fazê-lo subindo pela rota das Doze Casas. Queria rever os amigos, pois agora tinha muito pouco tempo. Começou pela Casa de Áries. Mu já não era mais o guardião da morada, este cargo já pertencia a seu aprendiz, Kiki, mas ainda vivia lá, consertando armaduras, arte que o garoto sorridente de cabelos vermelhos ainda não havia dominado. Além disso, agora era professor do primário, por ter muita paciência com crianças. Depois, a esposa de Saga migrou para a Casa de Touro, aonde Aldebaran preparava um suculento peixe cozido com molho de leite de coco. A ruiva serviu-se de uma pequena quantidade, jamais havia provado sabor tão exótico. Após isso, partiu para Gêmeos, aonde Kanon jogava videogame e nem deu atenção direito para a cunhada. Câncer estava vazia, devido Máscara da Morte estar lecionando física na escola, assim como Leão, já que Aiolia lecionava Educação Física, uma matéria vista como inútil por muitos, porém era o único momento que as crianças realmente se divertiam, Virgem e Libra, já que Shaka continuava como professor de matemática e Dohko, como professor de História geral.

Na Casa de Escorpião, seu novo guardião recebeu a subcomandante com uma reverencia seguida de um abraço bem caloroso, em nome aos velhos tempos. Seu nome? Louise de Escorpião:

-AAAH! Que saudade que eu estava de você! – exclamou o jovem cavaleiro.

-Não exagera, Loui... Eu te dei uma missão ontem!

-Eu sei, mas estava com saudades da minha ruiva lindona, aquela que nadava no lago mascarada e conversava conosco!

-Como se recorda destas coisas, Louise?! Acho bom nunca mencioná-las na frente do Saga!

-Vocês eram crianças... Ele não vai se importar, comandante – intrometeu-se Milo, já na condição de “cavaleiro aposentado”. Agora ele apenas treinava jovens garotos para serem cavaleiros.

-Oras, Milo... Achei que estivesse em sua cabana. – a ruiva disse, cumprimentando o escorpiano.

-Há... Vim dar um salve pro moleque aqui... E vossa excelência?

-Apenas matando a saudade de velhos amigos que o tempo me impede de ver... E onde está a Loira?

-Fazendo biscoitos... Ela tem certeza que você os esquecerá.

-PFT... Aquela lá não mudará nunca...

A esposa de Saga deixou a Oitava Casa e migrou para a seguinte, Sagitário. Obvio que, tanto Aiolos quanto Seiya estavam na escola, sendo que, o ultimo pouco ficava na morada a qual devia proteger. Shura, guardião da Décima Casa Zodiacal, Capricórnio, também não estava, devido à nova lei imposta por Sammyrah, incluindo outras línguas além do grego e inglês no currículo escolar. Sendo assim, Shura agora era professor de Espanhol. Em Aquário, o clima gélido prevalecia, porém também eram constantes as brigas de Hyoga e Pierre, já que o mais novo havia sido sagrado Cavaleiro de Prata:

-Até hoje não entendo... Comandante... – lamentava-se o Loiro, professor de russo da Escola do Santuário. – Eu me lasquei treinando no frio e fui sagrado Cavaleiro de Bronze... Depois passei um perrengue danado pra receber essa armadura dourada... Enquanto isso, esse comedor de croissants não fazia nada, vivia fugindo do Santuário e recebe cargo de Cavaleiro de Prata... Puta mundo injusto...

-Injusto nada, Hyoga... – intrometeu-se Camus, já aposentado como Cavaleiro, agora apenas conselheiro dos dois rapazes e professor de Francês – O Pierre fez por merecer a patente dele...

-Eu queria muito saber o que vocês dois ainda fazem aqui em cima – riu Sammyrah, questionando os dois mais velhos – Não deveriam estar na escola já?

-Eu só tenho duas aulas a lecionar hoje, comandante... E o Mestrinho só leciona amanhã... – respondeu o russo, sorrindo.

-Pois bem... Eu irei agora, até mais...

Na Casa de Peixes, estava apenas Alexandre, o novo guardião do local. Afrodite ainda vivia com ele, cultivando seu jardim de rosas, porém, agora tinha um novo empreendimento: a Pisces Boutique, uma loja de roupas desenhadas por ele, que o Cavaleiro de Peixes abriu em sociedade com Saori, com sede em Athenas e filiais por todo o mundo:

-É... Não importa quanto tempo passe... Eu ainda não consigo me ver longe deste lugar... – pensou a ruiva, já próxima do Salão do Grande Mestre, aonde Saga, como sempre muito atarefado, a esperava.

Ela cruzou as duas pesadas portas de madeira e se deparou com seu esposo, sem elmo, sentado atrás de uma mesa de madeira e lendo alguns pergaminhos:

-Muito trabalho, meu querido? – exclamou a ruiva, sentando-se no colo do amado, uma mania que nunca perdia.

-Apenas a rotina de sempre: pedidos de ausência, cartas de desculpa... E você? Parece tão feliz... – respondeu ele, dando um selinho na esposa.

-É que fui levar o Cezar até a escola e encontrei com as meninas... A nostalgia me dominou e subi pela rota do Zodíaco Dourado... Queria matar a saudade do pessoal...

-Ah... Tem horas que me dá uma saudade também... – suspirou o Grande Mestre, que em seguida abraçou e acariciou a barriga da esposa – E ai... Já sabe o resultado?

-Chegará hoje, por malote... Acho que vou expedir uma lei para ser feito um hospital com médicos e equipamentos de verdade nesse Santuário... Ter que me deslocar até o Japão para fazer exames...Mas não vou reclamar, a Saori já ajuda muito, me encaminhando pra clinica da Fundação... Ainda assim, não deixa de ser cansativo. E na hora de ganhar o bebê? Vai ser aquela correria igual foi com o Cezar?

-A Marin fez um bom trabalho, não reclame...

-Eu sei... Mas não quero que nosso segundo filho nasça em uma das Torres da Fortaleza de Athena... Acho que vou tê-lo em Moscou.

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-Foi você mesma que quis abdicar seu trono... Luxos e realezas...

-Tsc... Eu estava brincando com você, seu bobo – sorriu a ruiva, mordiscando o lábio inferior o marido. – Mas, falei sério quanto a fazer um hospital aqui no Santuário...

-E como arrumaríamos profissionais qualificados e, principalmente, que não caíssem para trás quando soubessem que todas aquelas histórias da mitologia são reais?

-Hahaha... Esqueceu que, há sete anos atrás, Athena fundou uma escola no Santuário, a qual boicotamos, com o único intuito de ferrar aquele “Cavaleiro Reciclável” do Shô e alguns iniciaram a faculdade? Temos alguns médicos e enfermeiros nesse Santuário...

-É... Não tinha parado pra pensar nisso ainda...

-Pois é... Ah – a ruiva sorriu e deu mais um beijo no esposo – Precisa de alguma ajuda minha?

-Não... Estou tranqüilo...

-Então... Eu vou até a cozinha pedir as servas que preparem algumas guloseimas... Chamei as meninas para tomar um chá...

-Fique a vontade, minha rainha...

A ruiva saiu do colo do marido e, enquanto caminhava em direção a cozinha, parou e olhou para trás:

-Hm... Saguinha...?

-Diga amor? – respondeu o Mestre, soltando o pergaminho e virando o rosto, encontrando assim os olhos verdes da esposa.

-Te amo... – ela disse, voltando a caminhar.

-Tsc... Eu também te amo, minha pequena... Te amo muito... – ele sussurrou, em meio a um sorriso.

A subcomandante migrou para a cozinha, aonde ordenou as servas tudo que deveria ser feito. Nesse meio tempo, as crianças já haviam saído da escola e, cada qual migrou com sua mãe para o Salão do Grande Mestre. Tal como aconteceu entre seus pais, eles eram muito amigos. Era o caso de Haruka e o garoto Chang: a amizade dos dois era tamanha que chegaram até a furar um dedo com um compasso e fazer pacto de sangue; Ling, Yan e Akira: não quiseram ser tão radicais quanto seus irmãos, portanto, juntaram umas moedas, foram até o Vilarejo de Rodório e compraram um colar igual, simbolizando sua amizade; Cezar e Adônis: Eram praticamente iguais suas mães, porém, as fugas dos treinos era pra brincar de “Cavaleiro”, fingindo que iriam salvar uma princesa imaginária, presa na torre mais alta da Fortaleza de Athena.

Ao chegarem no Salão do Grande Mestre, prestaram reverencia, mas Saga nem quis saber: abraçou cada uma das garotas, beijos e mordiscou levemente a bochecha das crianças e conduziu-los até aonde Sammy os aguardava, com uma mesa cheia de quitutes:

-Ah, minhas amigas! – exclamou a ruiva, levantando-se da cadeira que estava sentada – Vamos... Acomodem-se.

-Eu fiz petit four, ruiva – falou Kammy, estendendo uma baixela de alumínio, coberta com um pano de prato.

-Ah, obrigada, Loira... Embora eu tenha pedido as servas que fizessem cookies... Dessa vez eu não esqueci os biscoitos. – respondeu a comandante, rindo.

-Mamaaaa! – correu Cezar, para os braços da mãe – Hoje o tio Mu nos ensinou palavras com a letra “A”...

-Hm... Que amor, meu czar... Agora você vai ficar junto com o papai e seus amiguinhos, porque a mamãe vai conversar com as amigas dela agora...

-COMIGO? – exclamou Saga, assustando as demais.

-É... Com você... Algum problema?

-Não... Eu só tenho uns 15 pedidos de ausência para analisar, mais uns 30 relatórios pra terminar, fora os rituais de comunhão...

-Saga... – se intrometeu Saori – Eu não queria falar isso, mas... A Sammy pode te ajudar com os relatórios e pedidos de ausência... Quando aos rituais de comunhão... É necessária uma deusa para que este aconteça, não é?

-Sim...

-E essa deusa, vai tomar chá e conversar tranqüilamente com as amigas, portanto... O Grande Mestre vai dar um tempo em suas tarefas sagradas e vai bancar a babá... Compreendido?

-Mas... Sao-...

-Athena...

-Pft... Quando o Clube da Luluzinha se une... Eu perco minha voz nesse Santuário...

-Ainda bem que você sabe, meu amor! – riu Sammyrah.

Saga saiu com as crianças em direção ao salão do lado, enquanto isso, as moças ficaram tomando seu chá e conversando, colocando a conversa em dia. Este era um dos poucos momentos em que aquelas amigas poderiam relaxar.

Tudo estava tranqüilo, quando um soldado adentrou ao recinto e prestou reverencia a Sammyrah:

-Comandante – disse o soldado – Chegou um malote em seu nome...

-Ah! Obrigada! – respondeu a ruiva, pegando o malote das mãos do soldado – Agora pode se retirar.

-Com sua permissão e licença...

O soldado saiu. Sammy, sorridente, abriu o malote e foi retirando suas correspondências aos poucos:

-Hmm... Minha Vogue, Marie Claire, a Rolling Stones... – mesmo mãe de família, ela não perdia a mania de ler várias revistas – O novo catalogo da Dior... E o principal de tudo: o resultado do meu exame para saber o sexo do bebê!

-Abre! Abre! Abre! – falavam as garotas, em coro.

A ruiva o fez. Leu, re-leu... Saga veio até o local, seguido pelas crianças. Queria ouvir o resultado do exame da esposa. Dava para escutar as batidas aceleradas do coração do geminiano. Foi então que Sammyrah fez o anuncio:

-É UMA MENINA!

-VIVA! – gritaram as garotas.

-MENINA?! –Exclamou Saga

-É, Saguinha... Por quê?

-Oh não! Oh, deuses! DEUSES! DEUSES! DEUSES! Eu... Eu to ferraaaado.

Após a ultima frase, Saga desmaiou. Sammyrah correu para perto do marido, que não reagia. O fato estranho foi que o Grande Mestre desmaiou com os olhos entreaberto:

-Ô gente... – falou Saori, abanando Saga com um pequeno leque – Parece mais que ele teve um piripaque, no melhor estilo Chaves, do que um desmaio...

-Na verdade... – sugeriu Shunrei – Ta mais para um “desmaio em pé”

-Vocês querem para de dar sugestões inúteis e pegar um vidro de álcool para eu tentar acorda-lo? –exclamou Sammyrah.

-Eu vou... – espantou-se Shunrei, indo até a cozinha.

Sammyrah prevaleceu ao lado do esposo, junto com Kammy e Saori. Foi então que a loira notou algo:

-Os... Olhos dele...

-O que tem? – perguntou Sammy.

-Parece que ele está preso em um pesadelo...

-Ah, não me fale bobagens, loira... Mas cadê aquela chinesa parideira com o álcool?

***Delírio de Saga On***

“Ah... Pela minha deusa... Aonde estou...? Ah... Parece o Santuário... É... É o Santuário, mas... Quem é aquela amazona ali? Me lembra a Sammyrah... Mas, é muito mais jovem...”

-Papaaaaa!

“Minha deusa! É a minha filha! Mas... Eu não lembro dela já ter esse tamanho. Ei... Menina, coloca essa máscara! E vista uma túnica mais comprida! Pelo amor de Athena!”

-Papa, vou até Athenas com o Akira, Yan, Chang, Adônis e o meu Cezinha... Te amo, papa!

“Ah! Volte aqui! Se você vai para Athenas, coloque uma roupa mais composta! E... Eu ainda sou o Grande Mestre... Não te autorizo a... Epa... Não estou mais no Santuário... Agora é... o Centro de Athenas... E quem é aquela de óculos escuros, short jeans, top e sandália de salto? Ah não... Se não bastasse as roupas curtas, ela ainda escravizou os meninos, fazendo-os carregar sacolas! Ela acha que é quem? A Madonna?! Kate Moss?! Cindy Crawford?!”

-Vamos!!! Eu ainda preciso passar na Channel, Dior, Prada, La Perla, Diane von Furstenberg, Wolford e Dolce & Gabanna... Ah, como sou boazinha, vou dar uma camisa da Armani para cada um de vocês...

-Vai gastar todo o cartão, maninha...

“Grande Cezar, aliás... Grande mesmo! Desde quando ele está deste tamanhão?”

-O meu já era... Eu peguei o do papa! Hehe...

“Ah sua pequena miniatura de Sammyrah! Ela estragou o nosso bebê! Ah deuses! Deuses! Deuses! O que eu fiz para merecer isso? É castigo por eu ter me relacionado com uma menor de idade? Mas eu me casei e arquei com minha responsabilidade! Eeei... Já não estou mais em Athenas... Estou em uma boate? Mas... Aquele letreiro... Está em espanhol... Hm, espere... o Shura me ensinou alguma coisa... é... Mucha Tequila... Hm.. MUITA TEQUILA! O que raios estou fazendo nessa... Ah não! Por todos os deuses do Olimpo... Eu não estou vendo meus filhos bêbados dançando em cima do balcão...”

-BODY SHOOT! BODY SHOOT! BODY SHOOT!

“Que raios é isso que esse povo tá gritando? Ah, minha filha ta abaixando? Ah, que bom... ela resolveu descer do balcão... Não, ela ta deitando nele.. Será que... Ela ta passando mal ou.. EI, QUE CÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO RAPAZ?! JOGADO TEQUILA NA BARRIGA DA MINHA FILHA?! E... DESDE QUANDO VOCÊ TEM UM PIERCING, GAROTA? CEZAR, FAZ ALGUMA COISA! PARECE QUE NINGUÉM TA ME VENDO AQUI! EI, RAPAZ! ACHO BOM VOCÊ SECAR ESSA TEQUILA QUE JOGOU NA MINHA GAROTA.. HM... MAS NÃO COM A LINGUA, SEU FILHA DUMA ÉGUA! QUERIA EU VER SE FOSSE SUA FILHA! AFF.. AFF... Eu acho que não vou agüentar mais disso... Ah... sol? Ufa... Saí daquela boate... Mas porque ainda estou ouvindo música? Ah... Ali estão eles... Dançando... E falando nisso... Aonde estou agora? Hm... Eu já estive aqui... é o Ya tebya liubliu, o iate da Sammyrah... Essa menina rouba meu cartão de crédito, escraviza os meninos, vai pra baladas em Cancun fazer body sei lá das quantas e, agora, me promove uma festinha no iate da mãe... Bem, pelo menos está só o pessoal do Santua-... Olha lá... Se não é o senhor ‘linguarudo da boate’... O que raios ele faz aqui? E o que raios ela está fazendo? AAAAH! MENINA! VOCÊ NÃO TEM VERGONHA DE BEIJAR ESSE MENTECAPTO NA FRENTE DO SEU PAI? AAAAH, EU VOU TER UM TRECO! AH... SOCORRO! SOCORRO!”

-Saga... Saguinha...

“Eu estou... Ouvindo a voz da Sammyrah...”

-Reage Saguinha... Pelo amor de Athena...

***Delírio de Saga off***

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! ALGUÉM SEGURE ESSE BASTARDO!

-Que bastardo Saga de Gêmeos? – exclamou Sammy.

-Ah... O Santuário... Meu salão... Sammy ainda grávida... Os moleques ainda são crianças... Ufa... Não passou de um delírio...

-Eu não disse que ele estava preso em um pesadelo? – indagou Kammy, sentando-se novamente na mesa e servindo-se de uma xícara de chá.

-HAHAHAHA... – riu Shunrei – Grande Mestre... Não creio que tudo isso foi porque ficou sabendo que ia ser pai de uma menina...

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-Bom... Er... Na verdade...

-HAHAHAHAHAHAHA... – riram todas em conjunto.

-Eu não quero uma irmã – fez bico Cezar – Não quero dividir a mama, o papa e nem meus brinquedos...

-Mon ami... Veja por um lado bom – consolou-o Adônis – Agora nós teremos uma princesa pra salvar, se é que você me entende...

-Ahn... Você é fera, camaradinha!

-Que mane princesa, Adônis! Você não vai chegar perto da minha filha!

-Relaxe Saga... São crianças...

-Bah! Vamos para a outra sala, crianças...

-Ow Saga... – chamou-o Saori.

-Sim, Athena?

-Ares por acaso voltou a possuir seu corpo?

-Não... Porque da pergunta?

-É que você está com alguns FIOS BRANCOS aparentes... hahaha...

-AAAH! Eu não to valendo mais nada... Até Athena me gozando...

Saga saiu da sala e o chá prosseguiu. No fim da tarde, cada qual retornou a sua rotina. Shunrei migrou para a Casa de Libra, na qual vivia com Shiryu e contou, empolgada, a novidade para o esposo:

-Hm... Bem que a gente podia igualar né? A Ling se sente tão sozinha sendo a única menina da casa...

-Ai... To vendo que o Saga não será o único com cabelos brancos nesse Santuário...

Kammy retornou a cabana que agora viva com Milo e o pequeno Adônis. Ao contar para o esposo sobre o resultado do exame e o desmaio de Saga, o ex-guardião da oitava casa riu, abraçou a esposa enquanto esta cozinhava e sussurrou:

-Mas se você me desse uma menina, eu não iria reclamar...

-Qu'est-ce?Oh, Milo!Permet d'Adonis terminer au moins dix ans! (O quê? Ah, Milo! Deixa o Adônis completar, ao menos, dez anos!)

-A sua timidez ainda me deixa maluquinho, sabia?

-Très bien!Très bien!Mais...Au moins...Attendez jusqu'à ce quela nuitmon amour... (Tudo bem! Tudo bem! Mas... Pelo menos... Espere até a noite, meu amor...) E isso não é timidez... É apenas uma forma do Adônis não entender o que eu disse...

-Maman...Je suppose quevous avez oubliéque j'aides cours de françaisà l'école (Mamãe... Eu creio que a senhora esqueceu que eu tenho aulas de francês na escola) – surpreendeu-a Adônis.

-Ah, Par Athena... Hm... Que isso importa... Deixe de ser intrometido e vá se lavar para o jantar...

-Oui, oui... – o loirinho falou, saindo.

-Ah... É igualzinho a você, Milo de Escorpião...

-A mim?

-É... O cúmulo do atrevimento...

Saori também retornou para sua morada, na ultima torre da Fortaleza de Athena. Lá, Seiya já a esperava:

-Desculpe ta fazer esperar... – ela respondeu, dando um selinho no esposo – vou fazer o jantar.

-Eu quis te ajudar e já coloquei o gohan na panela, Saori-chan...

-Ah... Arigatou gozaimasu... Eu vou fazer o resto... Cuide das crianças, por favor?

-Unn... Pode ir tranqüila.

Saori foi para a cozinha e, Seiya, ficou em companhia de seus filhos:

-Oto-san... – exclamou Haruka – Você foi até Athenas hoje?

-É, Oto-san – apoiou Akira – Me diz que você foi?!

-Ano...

-Ano...? – perguntaram os irmãos, juntos.

-Eu fui até Athena sim... E...

-E...? – perguntaram os dois, com os olhos brilhando.

-Ah! Não dá pra fazer suspense com vocês! Aqui está – respondeu o Cavaleiro de Pégasus, estendendo uma sacola para cada um dos irmãos.

Akira era materialista, como a mãe era durante infância e adolescência. Ele havia pedido a Seiya um relógio que trocava de pulseiras, além de duas camisetas, uma calça e um tênis da moda. Já Haruka, preferia mangás, comics e algumas revistas de luta. Da mãe, ela só havia herdado uma única característica de personalidade: o gosto por boy bands:

-Oto-san... O senhor não achou o CD do Westlife?

-Não... Foi a seis lojas e em todas estava esgotado... Mas eu trouxe todos os outros que você pediu.

-Hm... MDO, Backstreet boys, V6, Kinki Kids, C-note, East 17, Spice girls, Hanson, Five, SMAP e Namida Boys... Todos aqui!

-Namida boys? – exclamou Seiya – No meu tempo, as boy bands tinham nomes criativos... Por acaso, eles sabem que, traduzindo literalmente, o nome deles fica “Garotos Lágrima”?

-É lógico que sabem, Oto-san... Eles são japoneses...

-E por que deste nome ridículo?

-Ridículo nada, Oto-san... O vocalista fundou a banda depois de uma decepção amorosa que sofreu... Ele cantava praticamente chorando... Daí o nome...

-Cara... Mais dramático, só o Raymond Steel Phoenix tentando salvar a Nena...

-Nani?

-Contando aventuras do passado para nossa filha, Seiya? – perguntou Saori, vindo da cozinha com Akira.

-Não... Eu fui a Athenas e comprei uns CD’s para ela... Ai ela estava me falando de uma boy band nova que surgiu... Namida Boys

-Namida Boys? Mas isso significa “Garotos lágrimas”...

-Foi o que eu disse...

-Ah, que importa... Haruka-chan põe o CD para escutarmos.

-Hai, Okaa-san.

A garotinha o fez. Saori começou a prestar atenção na letra da musica. Falava de um jovem cientista que amava uma milionária, mas esta não ligava para ele, além de ser apaixonada por um garoto desbocado:

-Haru-chan... Qual o nome dessa musica? – perguntou Saori

-Sa-chan shitashii... (Querida Sa-chan)

-Me deixa ver o encarte do CD?

-Claro...

Assim que a executiva abriu o encarte do CD, não teve mais duvidas e, em meio a risos, mostrou a Seiya:

-Essa franja te lembra alguém?

-Hai... Um certo cientista...

-Que, que tanta falta de personalidade... Também montou uma boy band...

-Boy band? Ele criou foi um novo gênero de banda de garotos: a emotional band... Acredite: isso ainda fará sucesso... Hahahahaha

-Ai Seiya, você não presta... Venham, vamos jantar.

A família Kido Ogawara jantou tranqüilamente, bem, exceto Seiya que ainda ria ao imaginar Shô como vocalista de uma Boy band. Após isso, assistiram um pouco de TV, até Saori mandar as crianças dormirem:

-Ah... Finalmente, temos uma vida normal... – disse Saori, enquanto penteava seus longos cabelos lilases, preparando-se para deitar.

-Normal? Eu não diria tão normal assim?

-Por quê, amor?

-Basta olhar ao nosso redor: nossa casa é uma torre, moramos em ruínas que estão de pé desde a antiguidade e eu sou um cavaleiro casado com a deusa a qual devo proteger... Tem certeza que isso é normal?

-Bem... Vendo por esse lado... Você tem razão...

A deusa deitou na cama, deu um beijo no marido e, antes de apagar as luzes, sussurrou:

-Mas... Sabe o que é mais anormal nisso tudo?

-O quê?

-O amor que eu sinto por você... Eu te amo, Seiya...

-Ano...

-Ano...?

-Eu também te amo... E te amo muito... Sa-chan.

-AH! BAKA!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.