Capítulo 13

-Eu vou com você. – eu falei me levantando. A dor tinha passado, um pouco. Descemos as escadas e fomos a direção á cozinha onde tinha uma caixa de remédios.

-Ainda está doendo? – ele perguntou pegando a caixa de remédios dentro do armário.

-Não muito, mais ainda dói. – eu falei me sentando á mesa.

-Usei isso por muitos anos – falou pegando uma pomada da caixa. –quando jogava futebol estava quase sempre com o tornozelo roxo.

-Mais isso já faz algum tempo. Não sente falta? – eu falei enquanto ele passava a pomada na minha barriga. –Faz cócegas, e ta gelada. Tira isso.

-Hei, calma! É pro seu próprio bem.

-Hei, nem respondeu minha pergunta.

-Pergunta? Que pergunta? – se fazendo de desentendido? Sei...

-Você não sente falta? – falei como antes.

-Sentir falta do que? – ai esse Miguel é burro ou o que?

-Sente falta de jogar futebol...

-Nossa isso ta feio, é melhor você deitar. Vem comigo. – ele me puxou.

-Ai Miguel nem vem! Me responde! – eu falei parando de caminhar com ele.

-Prefiro não falar disso. É uma coisa difícil pra mim sabe... você sabe... – é eu sabia sim mais queria ouvi-lo falar.

-Pensando bem, não é um assunto muito agradável de se falar, ainda mais agora. – falei e subi as escadas. No ultimo degrau eu parei para esperar que o tonto lá embaixo se mexesse.

-Heiii, Miguel! Vai subir ou não?

-Vou... vou sim. – ele subiu e fomos para o quarto dele. Sabe sinto falta de quando o Miguel estudava no mesmo colégio que eu, mais com o que aconteceu... ai como eu ainda penso nisso? Já passou! Ele deitou na cama e me convidou a deitar também. A cama era grande e dava muito bem pra me esticar ali. Sem pensar besteira gente! Me deitei sem questionar e ficamos assim, conversando sobre TUDO menos sobre as DUAS tentativas de beijo de ontem. É, ontem porque já eram 2hs da manhã. Ai as meninas vão me matar se souberem que eu fiquei acordada até agora.