Aqui eu estou, indefeso e deixado para morrer.
Feche seus olhos, então muitos dias se vão.
Fácil de se achar o que está errado, difícil de se
achar o que está certo.

Eu acredito em você, eu posso te mostrar que eu posso ver através de todas as suas mentiras vazias.

Eu não vou ficar por muito tempo, nesse mundo tão errado.

Dancing With the evil - Breaking Benjamin

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-Eu também te amo, mas do que tudo e é por isso que eu estou aqui. - Ele disse aproximando o seu rosto do meu.

-Vejo que hoje terei um jantar muito saboroso. - Um demônio disse saindo do meio da floresta e vindo em nossa direção.

-Me dê às honras. -Klaus disse pegando a minha espada de minhas mãos e indo em direção ao demônio.

-Eu preferia a garota primeiro, mas tudo bem vai você como entrada mesmo.- O demônio disse atacando Klaus com seus tentáculos.

-Você jamais chegara perto dela.- Klaus falou saltando e cortando o demônio com um golpe de cima para baixo.

-O que você achou?- Ele me perguntou entregando a espada em minhas mãos e sorrindo.

-Nada mal, mas ainda precisa melhorar muito.- Falei sorrindo.- Você não esta me devendo algo?- Eu sorri para ele e o beijei, mas antes olhei para os lados vendo se nenhum demônio perdido nos atrapalharia.

-Acredito que agora não mais. Eu acho que agora nós devemos ir. - Ele disse segurando as minhas mãos.

-Ainda insiste na idéia de querer ir junto, é muito perigoso Klaus, a cada viagem eu desafio o conselho. O que seria de mim se eu te perdesse? O que seria de mim se meu único motivo para viver fosse arrancado de mim?

-Iria continuar a viver como você tem feito.- Klaus falou sorrindo para mim tristemente.

-Você acredita que o que eu tinha há tempos atrás era coragem?- Eu perguntei para ele mais séria do que antes.

-Tem certeza de que quer fazer isso?- A Chave me perguntou.

-Sim, eu tenho, ele tem o direito de saber.- Pensei em resposta.

-Eu sou uma suicida. Pelo menos eu tentei me matar inúmeras vezes, até que eu te encontrei no mesmo bar que eu me machuquei tanto. Eu tive a sorte de encontrar um razão para viver. Klaus não importa mas se eu sou uma semi-anjo, minha alma já não é mais pura, para mim não há mais salvação.- Falei sem ter coragem de encará-lo.

-Sempre soube que você era problemática.-Ele me disse sorrindo.- E é por isso que eu te amo ainda mais, saiba que não há nada que me tire do seu lado, e fique sabendo que eu não morrerei.

-Ao menor sinal de perigo você volta!

***

Andamos varias horas já que para chegar à próxima vila não havia estradas e mesmo que houvesse como ela é afastada seriam em péssimas condições.

-Já esta escurecendo é hora de para.- Falei parando subitamente cravando minha espada no chão e me encostando na mesma.

-Que eu me lembre você dormia deitada, e ainda por cima muito.- Klaus disse rindo enquanto acendia a fogueira.

-Eu consigo controlar quando eu devo sentir sono.- Ou melhor os pesadelos controlam, acrescentei em pensamento enquanto tirava o sobretudo que estava vestida.

Por alguns segundos ele ficou me encarando até que viu a tatuagem da chave no meu braço direito e fez uma expressão de susto.

-O que é isto? Você a tinha antes?- Klaus disse se sentando ao meu lado e segurando o meu braço para a melhor a analisar.

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-Não, foi um suvenir que eu ganhei da Chave.

-Como assim? A Chave não trancou o selo?- Ele disse se levantando e começando a andar de um lado para o outro preocupado.

-Sim ela o trancou, só que ela não ficou no mesmo lugar que o selo, eu a absorvi, e para mostrar que eu e ela estamos conectadas ela me deu isto.- Apontei para a tatuagem com o dedo.

-Ela ficou bem em você. Mas alguma novidade que você esqueceu de me contar?- Ele perguntou desconfiado.

-Perdi todos os meus cabelos e agora tenho de usar peruca.- Falei rindo da piada sem graça.

-Pare de brincadeiras, pelo menos me conte o que você quer com a demônio de cabelos vermelhos. - Ele me perguntou com uma expressão estranha no rosto.

-Ela matou o meu pai, acredito que não tenha te contado a estória, a verdadeira estória da morte dele.- Falei direcionando o meu olhar para a fogueira.

-Não, você não me contou.

-Como eu disse, ele foi salvar uma mulher de alguns demônios e após ele ter a salvo a mulher sorriu para ele, meu pai como eu deve ter acreditado que aquele sorriso era em agradecimento, mas estávamos enganados. Quando dei por mim mesma uma espada negra estava surgindo da terra e indo parar na mão dela, a mulher investiu contra meu pai e o cortou ao meio. Antes de ser sugada novamente para o inferno ela me encarou com aqueles olhos vermelhos e sorriu enquanto sumia da minha vista. Klaus eu prometi naquele dia que eu vingaria o meu pai, e é isso o que eu vou fazer antes de destruir o conselho. - Falei afundando os meus dedos na terra ainda sem o encarar.

-Se eu te dissesse que eu sei quem é a demônio que você esta procurando, o que você faria?- Klaus mal terminou de falar e eu me joguei em cima dele.

-Diga! Quem é? Onde posso a encontrar? Diga!- Eu falei o segurando pela gola da camisa.

-Minha mãe.

-Por quê? Por quê? Porque eu vou acabar com a sua família? Parece que o mais coreto seria querermos ceifar a vida um do outro.- Falei saindo de cima dele ficando de joelhos a encarar a terra a minha frente.

-Pode ser o mais correto, mas isso não muda o que eu sinto por você.- Klaus disse me abraçando.

-Mesmo depois de eu matar o seu pai, e prometer que matarei a sua mãe você ainda sente amor por mim?

-Sempre deixei claro para você que a família Valentine nunca existiu, posso não querer que eles morram, mas esta é a única forma de pagarem por tudo o que fizeram.

-Então você me ama? Ama esse monstro sem piedade que só serve para matar e destruir? Ama esse ser que é mais demônio do que todos os demônios que já matou?- Eu perguntei esperando a resposta, aquela resposta para que tudo acabasse.

-Ninguém é totalmente bom ou ruim Charlotte, e se esta acontecendo isso com vocês dois é porque existe uma boa razão. Você não é um demônio Charlotte, há muita bondade dentro de você e eu posso ver isso.- A Chave falou com uma voz doce para mim.

-Amo e não a nada que você possa fazer para mudar isso. Charlotte eu entendo de demônios e você não esta nem perto de ser um.- Klaus disse me abraçando daquela maneira aconchegante e confortável que só ele consegue.

-Tem alguém vindo. - Eu disse o alertando.- Mas não se preocupe é o Ian.- Eu falei me encostando novamente na espada.

-Como você pode ter tanta certeza de que é ele?- Klaus perguntou curiosamente para mim.

-Eu simplesmente sei. - Falei sorrindo.

-Quando você vai contar para ele que eu te dei muito mais do que uma simples tatuagem?- A Chave perguntou curiosamente para mim.

-Só quando for necessário, não quero o preocupar.- Falei tentando não pensar nisso.

-Sabe esse humano que esta chegando?- A chave me perguntou.

-O que tem o Ian? - Algo no tom que a Chave estava usando me preocupava.

-Ele não é ele mesmo, tenha cuidado.- A Chave falou enquanto eu via as folhas a nossa frente se afastarem e Ian sair.

-Só acho que tem mais coisas do que podemos ver, coisas que realmente nos complicarão.- Pensei em resposta vestindo o meu sobretudo e fazendo com que o Klaus visse.

-Sim, à frente estão tempos nebulosos.

-Como vai Caçadora?- Ian disse sorrindo para mim.

-Ótima, e você Ian o que te traz aqui?- Falei sentindo uma energia estranha o envolver.

-Vim trazer um recado para ele.- Ian falou apontando para Klaus.

-Pode falar. - Klaus disse no tom que ele sempre usava quando estava querendo agir por impulso.

-Verônika, esta chateada com você, ela não gostou muito da idéia de você estar andando com a semi-anjo que matou o seu pai e que a jurou de morte. - Ian falou olhando para Klaus com um olhar de provocação.

-Deu seu recado agora já pode ir. -Klaus disse o encarando com ódio.

-Então você agora esta ajudando Lúcifer? Virou garotinho de recados?- Eu falei o provocando para ver até onde aquela energia o tinha sob controle.

-Sou muito mais do que isso, agora eu tenho muito mais poder do que qualquer humano já teve.- Ian disse sorrindo com um estranho brilho nos olhos.

-Isso explica. Você fez um pacto, mas trocou a sua alma em troca do que?- Perguntei jogando a isca para resolver o mistério.

-De poder, de imortalidade e de você...Caçadora. Se eu vendi a minha alma, se eu me juntei a um bando de monstros sedentos por sangue, é apenas porque eu quero você.- Ian disse vindo em minha direção.

-E você acha que algum dia eu darei algum chance para você?- Falei entre risos.

-Claro, antes desse ai, as coisas entre nós estavam indo muito bem, eu sei que você gosta de mim Caçadora.- Ele disse ficando em pé na minha frente.

-Só pra constar, tem um furo no seu contrato EU NUNCA FUI e NUNCA SEREI SUA. - Falei pegando minha espada que estava atrás de mim e colocando em seu pescoço.

-Será depois que eu acabar com ele.- Ian disse correndo na direção do Klaus.

-Só passando pelo meu cadáver! -Eu disse surgindo em sua frente com agora apertando a espada fortemente em seu pescoço.

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-Então finalmente terei a honra de lutar contra a grande Caçadora.- Ian falou pegando uma espada que surgiu do chão a sua frente e sorrindo.

-Que seja como você quer, até agora eu só estava o convidando a se retirar.- Eu disse abaixando a espada ficando pronta para atacar.

-O que você pretende?- A chave me perguntou.

-Descobrir até onde ele pode ter ficado bom, assim posso ter uma noção de quantas serão as minhas chances quando eu lutar contra a Verônika.- Pensei nisso e sorri, sei que ele não é tão forte quanto a Verônika mas isto já é uma estimativa a se considerar.

-Então você não ira me usar?- Senti como se a Chave estivesse feliz e se divertindo por isso.

-Não , mas porque da pergunta?

-Sempre tive curiosidade de te ver lutando pra valer, você e a Nyx nunca tiveram uma luta realmente séria então eu nunca vi.- A Chave soava animada com essa possibilidade.

-Não se alegre tanto, a possibilidade de ele me fazer lutar pra valer é mínima, e depois de um tempo sem conseguir me acertar ele vai desistir. O Ian veio apenas dar o recado nada mais.- Eu disse soando conformada, afinal faz tempo que eu não me divirto.

-Acredito que a honra de atacar será toda minha.- Ian falou enquanto corria na minha direção e tentava me acertar com um golpe de cima abaixo. Desviei facilmente de seu ataque e fiquei esperando a próxima investida.

-Merda. Mas agora eu acerto.- Ian disse me atacando pelas costas.

-Isto é trapaça.- Falei o bloqueando rapidamente, e lhe passando uma rasteira. -Isso é tudo o que consegue fazer?- Falei apontando novamente a espada para o seu pescoço.

-Eu queria ver como era lutar contra você, pena que não tenho mais tempo porque eu adoraria ter lutado para valer.- Ian disse enquanto era sugado para dentro da terra.

-Porque será que eu sinto que essa aparição não será a ultima?- Eu disse pensativamente enquanto me escorava sobre a espada.

-O que foi aquilo?- Klaus me perguntou assustado.

-Sua mãe te mandando um recado.- Falei sorrindo.

-Não é isso, estou dizendo sobre o Ian e você.

-Nunca dei a menor importância.- Falei sorrindo e me sentando na mesma posição de antes.

-Gostei de saber disso, mas é incrível a forma como vocês dois se moveram, a luta não demorou mais do que dois minutos.- Klaus disse em choque .

-Como assim? Eu apenas esquivei e depois o derrubei, nada demais, ainda por cima eu nem lutei direito.- Falei soando irritada.

-A velocidade de vocês dois não foi normal, seja sincera o que aconteceu enquanto eu estive longe?

-Você terá de contar, terá de explicar o que aconteceu quando o seu corpo me absorveu.- A Chave falou me lembrando do inevitável.

-Eu não sei nem como começar a contar.- Falei tristemente.

-Então me empreste o seu corpo para que eu converse com ele, o colocarei a par de tudo.- A Chave disse soando mais uma vez fraternal.

-Certo, só não demore muito para destrocar.

***