Para nosso último dia juntos não estavamos tristes, muito pelo contrário estavamos nos divertindo bastante e para a nossa última noite eu tinha preparado uma coisa especial. Iriamos passar a noite na minha antiga casa, que ainda estava vazia, e de manhã eu iria embora mas o que Miguel não sabia era que eu partiria sem falar com ele, sou péssima com despedidas e me despedir dele seria demais pra mim. Estavamos na praia olhando as crianças brincarem na água, comecei a imaginar como seria me casar e ter filhos, eu tinha planejado isso com Miguel mas por irônia do destino isso não aconteceria.

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(...)

– Carol tem certeza que podemos ficar aqui? – estavamos na minha casa e Miguel parecia um pouco temeroso sobre estarmos ali – Quero dizer, podemos mesmo entrar aqui?

– Miguel, relaxa, nossa última noite lembra? Escolhi a casa pois ninguém vai nos incomodar!- respondi fazendo com que ele sentasse na pequena cama que eu improvisei na sala.

Estava totalmente escuro, apenas a luz de uma vela em cima da mesinha iluminava o espaço onde estavamos, Miguel me beijou lentamente e apaixonadamente do jeito que sempre fazia aos poucos ele foi deitando de modo que eu fiquei por cima deixando minhas pernas uma de cada lado de seu quadril. Rapidamente minha camisa estava no chão junto com a de Miguel, logo ele se livrou do meu short e sua calça não ficou em seu corpo por muito tempo, suas mãos me acariciavam enquanto ele ia se livrando das últimas peças de roupa.

“E inesperadamente, num movimento rápido, ele rola para cima de dela, separando suas pernas com as dele, e seus corpos se encaixaram. Miguel a sufoca com um aperto selvagem, enquanto deslizava devagar para dentro dela em um movimento forte do quadril, provocando uma onda de prazer, misturada com uma sensação completamente nova de ânsia.

Quando Miguel se da conta estava dentro dela, sentindo seu corpo ao redor do seu o aceitando, o enchendo de calor em todas as partes, o pressionando. Seu corpo se movendo dentro dela, cada vez mais forte, cada vez mais rápido, até que explodisse em sensações, calor e prazer.

O gemido de Carol é sufocado também pelos lábios de Miguel, que morde os seus, enquanto ele se movia novamente, causando uma segunda onda de prazer, leve, enquanto a ânsia crescia, como a maré subindo, onda, fluxo e refluxo, sempre inundado de calor a cada ir e voltar subindo mais longe, chegando mais perto de algo ainda indefinido, mas sentindo que o algo aumentava a cada retorno, a cada onda, numa espiral crescente de agonia e de prazer.

Ele ergue a cabeça para olhá-la, e ambos desejaram que a noite estivesse apenas começando. Entrelaça suas mãos nas dela, segurando-a firme contra o colchão, e experimenta mudar um pouco o peso e a forma com que se movia, testando os movimentos com cuidado para não machucá-la, ela se ajustou a Pablo prontamente, apertando suas mãos com força.

Carol geme baixo enquanto Miguel explorava devagar as melhores formas de se encaixar nela, alternando velocidade, força, ritmo, começa a misturar estímulos, sem se separar dela, com os lábios e as mãos passeando por todo o seu corpo, por todos os pontos sensíveis, e rapidamente os gemidos baixos se tornaram altos, e em alguns momentos suspiros de surpresa, quando ele fazia algo de inesperado. Ele era guiado por seus gemidos e suas respostas.

Percebe que em alguns momentos Carol parecia prestes a dizer alguma coisa, e depois mudava de ideia. Miguel ficava mordido de curiosidade, porém não tinha coragem de quebrar o encanto do momento com perguntas ou palavras. Palavras eram desnecessárias. Seu corpo dizia tudo, e o dela respondia, numa dança lenta, hipnótica, antiga como o mundo.

Quando percebia que ela estava excitada demais Miguel diminuía os movimentos até parar, deixando que ela se controlasse. Os protestos que ela fazia quando ele parava só aumentavam o desejo de prolongar tudo, sabendo que quando ela atingisse o clímax viria com muito mais força. Tenta ajustar o ritmo dela ao seu, conduzindo com paciência seu corpo em chamas, mas era difícil.

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– Comigo Carol, não contra mim. - sussurra em seu ouvido quando ela se moveu freneticamente com o corpo para alcançar a satisfação que Miguel estava lhe negando. Ela ofegou e abriu os olhos, mostrando a extensão de seu desejo. Carol o abraça com força que retribuí o abraço.

Miguel não sabia como conseguia prolongar aquilo por tantas vezes, sabia que era uma tortura para ela, bem como para ele, mas o controle vinha fácil nos momentos em que ela beirava o êxtase, e se esvaía nas horas em que ele se aproximava. Nessas horas Miguel se esquecia quem era, e existia apenas de seu corpo entrando e saindo do de Carol, seu cheiro, seu hálito, sua pele contra a dele.

Carol estava linda, com a expressão transtornada de prazer, os olhos fechados, como se estivesse também em outro mundo secreto, os lábios inchados pelas mordidas que Miguel lhe dava. Perdem a noção do tempo e de tudo enquanto iam aprendendo como era a satisfação que tanto buscavam.

Deixaram-se levar pela vontade dos corpos, provando, descobrindo novas sensações, por mais duas vezes se aproximaram do êxtase, e na terceira vez tudo se apagou, quando a onda enfim chegou ao limite mais rápido do que previam e quebrou numa nuvem de espasmos do corpo de Miguel sobre o de Carol, e sentir esvaziar, rápido e devagar, pulsando, até serem apenas um ponto suspenso num mar feito do cheiro e do calor um do outro.

Os corpos colocados pelo suor, Miguel deita a puxando para si, Carol ainda de olhos fechados, toca seus lábios num beijo leve, a respiração ainda acelerada, ela abre os olhos e num movimento suave passa a mão pela testa dele e sorri.

– Você é maravilhoso!- lhe da um selinho e se aconchega melhor nos braços dele, colocando o rosto no vão entre o pescoço e ombro dele.

– É que eu te amo!- se aconchega também e ambos adormecem.”

Carol acorda com a luz do amanhecer e fica admirando Miguel ainda adormecido, sai da cama em movimentos leves para que ele não acordasse, vistiu-se em silêncio enquanto ainda admirava a figura de seu amado. Ela sabia que isso partiria o coração de Miguel mas não aguentaria ver a tristza em seus olhos quando ela partisse. Nunca fora boa com despedidas e essa seria a mais difícil de todas, aproveitando que dera a informação errada sobre o vôo partiria mais tranquilamente. Antes de sair deixou ao seu lado uma foto com os seguintes dizeres na parte de trás, “Nunca esquecerei o quanto te amo e o quanto me amou, mas esse é o fim para nós dois. Me desculpe por ser tão fraca.”

O caminho até a casa de Marcela parecia uma eternidade, ela sempre olhava para trás pra verificar se Miguel não estava lhe seguindo. O dia parecia mais triste como se soubesse que ela estava partindo deixando pra trás o amor da sua vida, assim que parou em frente ao portão de ferro ficou observando-o sem ter coragem de abri-lo, o que não foi necessário pois Jessica veio correndo ao seu encontro.

– Graças a deus você apareceu, já estava pensando em chamar a polícia. Onde foi durante a noite? – Jessica lhe apertava em seus braços enquanto lhe atingia com um monte de perguntas.

– Eu estou bem! – era mentira, estava escrito em suas expressões – Passei a noite com Miguel, como forma de despedida.

Ela iria começar outro discurso mas Marcela interrompeu, Felipe estava colocando as bagagens no carro então era isso a vida que ela tinha, tudo que conhecia estava prestes a mudar, agora ela iria para Nova York e teria que recomeçar. Com um abraço se despediu de Marcela e entrou no carro, apesar de ser início do ano o fluxo no aeroporto era razoável. Rapidamente fizeram o chek-in e passaram para sala de embarque, mesmo que Miguel chegasse a tempo não tinha mais como impedi-la de embarcar, a funcionária fez a primeira chamada e embarcamos no avião.

Felipe tinha conseguido passagens para classe executiva então a viagem não seria tão desconfortável assim, coloquei meus fones e ignorei tudo a minha volta e permiti que as lágrimas viessem. Pode até parecer um drama adolescente mas tudo que tive e vive com Miguel não iria se repetir, tudo que tivemos foi único e como dizem o primeiro amor a gente nunca esquece. Futuramente posse ter uma grande aventura amorosa, me casar e até ter filhos mas nunca me esqueceria de tudo que vivi ao lado de Miguel.

– Você sempre será o meu grande amor! – sussurrei pra mim mesmo