Capitulo 13

Jô retornou ao laboratório sua cabeça andava a mil não só por esse caso difícil mas por causa de um certo técnico, um certo técnico estabanado, nerd e com cara de bobo que não para de visitar sua mente, seus sonhos. Ela caminhava pelo laboratório em direção ao vestiário feminino, se aproxima do espelho e se detém na imagem refletida. Estava com um aspecto cansado, passou o dia inteiro trabalhando naquela agitação toda e já havia entrado madrugada a fora, os primeiros raios do sol já começavam a anunciar a manhã que se aproximava e Jô havia ficado naquele laboratório. Ela joga um pouco de agua no rosto para tentar espantar o cansaço mas não acreditava que isso fosse ajudar muito. A mulher continuava a encarar aquela imagem cansada refletida, olhava os sinais que sua idade já demostrava, e mais uma vez uma voz grita em sua cabeça.

Jô – Ele é um garotão Jô Danville, Adam é um garoto talvez ele tenha idade pra ser seu filho, ele deveria namorar a sua filha e não você. Pare de imaginar besteiras! ­­– ela bufa tentando se conformar e deixa o vestiário apressada.

Jô – Ah desculpa! – esbarrando em alguém e fazendo com que vários papeis se espalhem pelo chão.

Adam – Está tudo bem, Jô? – e aquela voz fez as mãos de Jô suar. Ela havia se agachado para ajudar a apanhar os papeis e nem prestou atenção direito em quem esbarrou.

Jô – Esta sim. – ele tocava a mãos dela mas ao perceber o toque dele Jô afasta sua mão para que Adam não percebesse. Ele se surpreende com aquela ação. – De novo desculpa. – levantando-se e Adam faz a mesma coisa. – Eu preciso ir, Mac também não vem Adam então você avisa ao Danny que tome conta de tudo. – saindo apressadamente.

Adam – Ok, eu aviso. – ele fala baixo quase num sussurro pra si e fica a olhando se afastar.

...

Enquanto isso Mac voltava pra casa com as palavras que aquele pai havia lhe dito sobre ter um filho ecoando em sua cabeça e o semblante da garotinha lhe perturbava ao pensar que alguém poderia fazer mal a um inocente, a uma criança. Então percebeu seu peito se apertar ao pensar que algo de ruim pudesse acontecer com Lucy sua afilhada tão querida ou com um filho seu, um filho que não existia mas pela primeira vez pensou ter e como contar essa novidade para Stella agora? Ela já havia melhorado, já havia mudado algo na sua mulher mas um filho ele sabia que era algo difícil por mais que ele sempre soubesse do desejo dela de ser mãe mas ela teria que se aceitar por completo para realizar esse sonho e então percebeu que era seu sonho também.

Ele abre a porta do apartamento e pensou que uma criança poderia aparecer correndo em sua direção lhe chamando de “Pai”, esses pensamentos fez seus olhos brilharem e um sorriso brotar no canto de seus lábios. Ele caminha para o quarto e ao entrar se depara com Stella deitada em sua cama dormindo serenamente e Fred dormindo ao lado dela mas o animalzinho logo percebe a presença dele no quarto e prontamente fica de pé balançando o rabinho em sinal de felicidade de ver o dono. Ele faz alguns grunidos e por fim late em direção a Mac que se aproxima da cama a afaga o cachorrinho.

Mac – Boris você não quer acordar a Stella, quer? Tem certeza disso? – ele falava num tom baixo, Stella estava deitada na ponta da cama fazendo com que ficasse entre o cachorrinho e Mac.

Stella – O nome dele é Fred. – ela fala ainda de olhos fechados mas com um leve sorriso nos lábios.

Mac – Você diz que não gosta mas eu sei que gosta do Fred. – ela abre os olhos e ao encarar aqueles olhos azuis expressivos que diziam a todo momento que a ama, ela abre o sorriso que para Mac iluminava o seu dia.

Stella – Não, eu não gosto ele que é metido e veio deitar aqui comigo.

Mac – Pensei que estava dormindo. – acariciando o rosto dela.

Stella – Definitivamente a minha insônia é sua culpa. – ele sorrir. – Não consigo dormir sem o seu colo, sem o seu abraço, sem o seu braço, seu peito. Só o teu amor me cura de qualquer loucura. – ele se curva até ela e beija-lhe os lábios e Stella o segura pela nuca e aprofundam ainda mais aquele beijo.

Stella – Eu amo você. – eles ainda estava próximos sentindo a respiração um do outro e ele mais uma vez é pego desprevenido por aquela mulher surpreendente que a cada dia se reinventa.

Mac – Eu também amo muito você. – ele dá mais um beijo nela.

Stella – Você está cansado, vá tomar um banho e depois conversamos mais.

Mac – Tá. – dando um selinho nela que acabou se tornando um beijo mais demorado, depois de tanto tempo apenas convivendo debaixo do mesmo teto finalmente ter a mulher que ama assim tão carinhosa, tão amorosa ele queria mais era curtir esse momento. Mas Fred sente um ciuminho e se aproxima do casal e roça o seu focinho no rosto deles.

Mac – Acho que ele está com ciúmes.

Stella – Acho que ele está atrapalhando. – Mac ri e segue para o banheiro.

Mac – Fred toma conta da Stella.

Stella – Muito engraçado, Taylor. – jogando um travesseiro nele.

Minutos depois Mac deitava na cama já de banho tomado e Stella logo se aninha ao colo dele.

Stella – O que tanto esta te atormentando? – era incrível como ela o conhecia, ele sorri de leve ao ter a certeza disso. – Caso difícil? – ela sai dos braços dele para encara-lo.

Mac – Sim, muito difícil.

Stella – A garotinha sumida que você comentou? - ela sabia que Mac não estava querendo falar muita coisa, sinal que estava escondendo algo.

Mac – Sim, ela mesma Marie é o nome dela. E eu fiquei pensando...- ele hesita.

Stella – Pensando. – ele procura aqueles olhos verdes que agora estavam tão vivos e como era bom vê-los assim novamente, ele estava com medo de que com uma única palavra tudo desmoronasse de novo.

Mac – Pensando como pode ter alguém capaz de fazer mal a um ser tão inocente.

Stella – Eu também fico com esse mesmo pensamento quando me deparo com um caso desse. Mas eu te conheço, sei que tem algo mais nisso. – como ela poderia conhece-lo tanto? – Conheço esses olhos Mac. – ela passa os dedos pelo rosto dele fechando os seus olhos e ele logo volta a abrir.

Stella – O que está deixando esses olhos incomodados? Tem a ver comigo, não tem? – mais uma vez ele se surpreende como Stella o conhece e pela primeira vez queria que não o conhecesse tanto.

Mac – Foi só um caso difícil. – desvia dos olhos dela.

Stella – Que te fez pensar. – ele suspira pesadamente sabendo que não vai conseguir sair daquela conversa.

Mac – É eu pensei quanta crueldade nesse mundo e mesmo assim uma criança é sempre bem-vinda. – ele devagarinho passa a olha-la. – Eu vi o sofrimento daqueles pais indo embora quando aquela garotinha os abraçou sã e salva, eu vi um alivio quando eles tiveram certeza que ela estava bem.

Stella – Por que é assim, Mac, filho é algo precioso.

Mac – É uma parte de nós que vivem fora de nós. – ela o olha um pouco intrigada. – Foi isso que aquele pai disse pra mim.

Stella – E isso está te atormentando? – ele faz um aceno com a cabeça confirmando e passa o braço pelos ombros dela a trazendo de encontro a seu peito. Stella sabia que não era só isso mas resolveu deixa-lo descansar. – Então vamos dormir.

Mac – Vamos sim.

Stella – Não vai trabalhar amanhã? – o vendo desligar o despertador. Ele deita e Stella novamente se aninha no peito dele.

Mac – Não, amanhã eu estarei de folga o dia todo.

Stella – Isso é bom. Vou ter meu maridinho só pra mim amanhã e eu tenho muitos planos. – ele podia sentir ela sorrindo deitada em seu peito o que o faz sorrir também.

Mac – Tenho certeza que eu vou adorar mais ainda. Mas eu gostei de saber que gosta do meu peito, do meu abraço. – a apertando ainda mais contra seu corpo e depois beijando-lhe o topo da cabeça.

Stella – Eu já não sei de quantos precipícios eu me atirei, Mac. – levantando o rosto para olha-lo. – Quanto rastro de incompreensão eu já deixei fazendo minhas besteiras mas o teu amor me cura de todas as minhas loucuras, das minhas desistências, você me cura de mim mesma. Eu sinto que se eu fizer isso... – deitando a cabeça no peito dele de novo. - ...estou mais do que próxima a você, eu sinto que sou...

Mac – Que você é minha. – completando.

Stella – Isso. – o olhando de novo. Mac acaricia o rosto dela.

Mac – Você tem ideia do que você está dizendo? Você tem a ideia do impacto pra mim ao ouvir isso de você? Da mulher que eu amo e pelos seus motivos se afastou de mim.

Stella – Eu disse que as coisas mudaram em mim, Mac e eu só quero ser feliz ao seu lado, se você permitir. – ele sorrir e a surpreende com um beijo apaixonado.

Mac – Isso te responde?

Stella – Muita coisa. – logo o cachorrinho que havia descido da cama pula no meio deles. – Você e muito metido. – Mac sorrir e afaga o cãozinho que se aninha no meio deles. – Não tinha outro lugar pra você deitar não?! Mac eu não quero esse cachorro na nossa cama!

Mac – Qual o problema?

Stella – Não quero pelo de cachorro na nossa cama mesmo porque eu... – ela para de falar.

Mac – O que foi?

Stella – Nada, deixa pra lá amanhã conversamos você precisa descansar está muito cansado. E você... – pegando o cachorrinho e o colocando do outro lado da cama. - ...esse lugar aqui é meu e só divido com a Lucy. – Mac a encheu de beijos enquanto ela ria. Por fim eles dormiram depois de conversarem amenidades, de rirem, de se beijarem e de se amarem do jeito deles.