Já se passara uma semana da volta de Rose e Scorpius. Eles estavam no seu melhor momento. Voltaram a estudar juntos. Todos os dias, os dois iam juntos para a biblioteca e só saiam de lá quando Madame Pince os expulsava. Avery estava a ponto de explodir. A garota pensara que iria fazer Rose sofrer.

Mas logo que voltaram a namorar, Scorpius e Rose fizeram questão de agradecer à loira pelo pequeno empurrão. Agora Avery sentia-se responsável pela felicidade da menina que mais odiava.

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Todos os professores perceberam a mudança de Scorpius. O menino estava mais centrado, mais dedicado, mais focado. Slughorn e Minerva elogiaram a melhora de Scorpius e Hagrid abertamente declarou seu apoio a "Scorose".

— Muito bom! Muito bom! Fico felizes de estarem juntos! Vocês combinam.

A Profª. McGonagall também fez questão de declarar seu apoio.

— Bom, fico feliz que tenham se acertado. Vamos ver agora se a rivalidade entre os Weasley e Malfoy finalmente acaba.

Já o Prof. Longbottom alertou os dois:

— Não acho que Rony ficará muito satisfeito com isso, Rose. É melhor tomar cuidado quando for falar com ele.

E foi justamente nisso que Rose pensou enquanto repassava questões de Transfiguração deitada no colo do seu namorado.

— Scorp, o que você acha que vai acontecer quando contarmos aos nossos pais do nosso namoro? Será que eles vão aceitar?

— Minha Cenourinha, não importa se eles não aceitarem. Gosto de você e pronto. Ninguém vai nos impedir – Scorpius falou, acariciando os cabelos vermelhos da sua amada.

Rose sorriu. Scorpius tinha o dom de deixar tudo mais fácil. Mas a ruiva sabia que eles teriam uma longa batalha pela frente. Principalmente quando se tratava de Rony Weasley.

* * *

— Calma, Rose. Se concentra! Você pode! – Rose dizia a si mesma, encarando seu prato.

— Como está os preparativos pros N.O.M.s, Cenourinha? – perguntou Scorpius, abraçando-a por trás.

— Ai, Scorp! Eu estou tão nervosa! – Rose desabafou.

— Fica calma, minha Cenourinha – Scorpius falou, relaxado. – Você vai se dar bem.

— Você não está nervoso, Scorpius? – Rose perguntou, desconfiada.

— Claro que sim! Mas tento não pensar muito nisso, senão fico desesperado – Scorpius disse.

Os dois nada mais falaram. O menino se dirigiu à mesa da Sonserina, enquanto a ruiva se concentrava em sua comida. Os N.O.M.s aconteceriam em duas horas e tanto Rose como Scorpius estavam nervosos aos seus modos.

— Ei! – Lílian apareceu seguida por Hugo na mesa da Grifinória.

— Oi – Rose respondeu, sem olhá-la.

— Tudo isso é por causa dos N.O.M.s? – a mais nova quis saber.

Rose apenas assentiu. Hugo bufou.

— Você estuda há séculos, Rose! Vai dar tudo certo!

Lílian concordou com a cabeça e Rose pareceu relaxar um pouco.

As duas horas seguintes se passaram como um foguete. Logo começariam os N.O.M.s. Scorpius passou por Rose e desejou-lhe boa sorte antes de seguir para a outra sala, onde prestaria o seu primeiro N.O.M.s.

As portas se abriram. Era agora.

Rose suspirou e disse a si mesma:

"Você consegue" e entrou.

* * *

— Cenourinha! Eu consegui! Tenho certeza de que consegui! – Scorpius comemorava, abraçando sua namorada no ar.

Rose ria com o entusiasmo do menino e comemorava também.

— Eu sempre soube! – disse, alto.

O loiro a beijou e só interromperam o beijo quando Alvo e Roxanne se aproximaram.

— Então. Fizemos os N.O.M.s. Agora chega de preocupação! – Roxanne comemorou. – Esse fim de semana tem passeio para Hogsmeade. Quem topa?

— Não seria nada mal – Alvo comentou. – Todos nós sairmos para relaxar depois de tudo. E não estou falando só das provas.

Rose e Scorpius se entreolharam. O menino envolveu os braços ao redor do pescoço da ruiva e disse:

— Topamos.

— Espero que nós também estejamos convidados – Lílian falou, aparecendo com Hugo.

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— É claro que sim, Lily! – Alvo disse como se fosse óbvio. – Eu até chamaria James, mas sei que ele não gosta da companhia de Scorpius...

Lílian riu. A pequena Potter sabia que este não era o único motivo do irmão mais velho não sair com eles. Ele gostava de passar o tempo com Dominique. E foi então que a ruiva lembrou:

— Você vai chamar a Lucy, não é, Al?

Alvo corou e respondeu sem graça.

— Por que eu chamaria?

— Ora, porque está óbvio. Você está caidinho por ela – Scorpius caçoou.

Alvo ficou ainda mais vermelho.

— Ah, vamos, Al. Vocês andam juntos o tempo todo. E não é como se fosse um encontro – sugeriu Rose.

— Vou pensar – dito isto, Alvo correu em direção à Torre da Grifinória.

— Ele vai chamá-la! – disseram todos em uníssono.

* * *

O Três Vassouras estava apinhado de alunos. Todos comemoravam o fim das provas. Mas nenhuma mesa estava mais barulhenta do que a mesa em que Rose, Scorpius, Roxanne, Tomys, Lílian, Alvo, Hugo e Lucy ocupavam.

Tudo era motivo de riso. Todos estavam descontraídos até que Hugo levantou uma questão séria:

— Ei, Rose! Quando pretende contar ao papai que está namorando o Malfoy?

A tensão reinou na mesa. Rose pareceu esquecer-se de respirar por um momento.

— Eu... Eu não sei – disse, totalmente sincera.

A verdade era que Rose estava adiando esse momento com todas as forças. Já enviara uma carta para a casa desde que reatou com Scorpius e nada comentou sobre isso. Poderia prever a reação de seu pai quando descobrisse.

— Eu tenho uma ideia! – Lílian se pronunciou. – Por que você não apresenta o Scorpius no dia do meu aniversário? Assim, toda a família estará reunida. Eu já estava pensando em chamar você de qualquer jeito, Scorp.

Scorpius engoliu em seco. Confrontar toda a família Weasley de vez?

— É. – Rose concordou. – O que acha, Scorp?

O menino apenas assentiu. Hugo sorriu maliciosamente ao ver a cara de medo que se formou no namorado da irmã.

— Prepare-se! Não será nada fácil enfrentar Rony Weasley! – provocou.

— Vai dar tudo certo, Scorp – Alvo confortou o amigo.

Scorpius não falou mais nada. Logo a conversa se tornou mais amena e o clima de tensão se esvaiu.

Quando todos saíram do Três Vassouras e caminhavam em direção ao castelo, Scorpius puxou Rose para um canto afastado e depositou uma caixinha em sua mão.

— O que é isso, Scorp?

— Abre.

A menina obedeceu e viu um lindo anel prateado com uma pedra de ouro branco no centro.

— Scorpius... – sussurrou, desnorteada.

— Gostou? – o menino perguntou, empolgado.

— É lindo, mas... Eu não posso aceitar. Deve ter sido...

— É o símbolo do nosso compromisso – Scorpius falou, interrompendo sua amada. – Aceite. Por favor.

Rose sorriu e assentiu. Scorpius pegou o anel e pôs em seu dedo anelar. Os dois admiravam o anel sorrindo.

Voltaram ao castelo abraçados. A certeza que tinham antes de que nunca mais se separariam, voltava agora com força total.

* * *

Rose e Scorpius estavam alheios à conversa dos amigos no vagão. Ambos estavam aproveitando os últimos momentos juntos antes de chegarem às suas casas e só poderem se contentar com as cartas. E ainda havia a preocupação sobre a reação das famílias quando soubessem do namoro.

O Expresso de Hogwarts finalmente parou, revelando rostos ansiosos de pais procurando por seus filhos. Rose e Scorpius se despediram antes de descerem do trem.

— Me escreva – pediu a menina, enquanto era envolvida em um abraço pelo namorado.

— Você também. Nos vemos logo – garantiu Scorpius.

— Ei, Rose! – chamou Hugo. – Vamos!

A ruiva assentiu e deu um beijo rápido no namorado. Alvo, Roxanne e Lílian deram um "tchau" a Scorpius antes de se encontrarem com as suas famílias.

— Rose! Hugo! Que saudades! – Hermione Weasley abraçava seus filhos com tanta intensidade que estava quase os sufocando.

— Deixa as crianças respirarem, Mione – pediu o marido, Rony Weasley.

Rose e Hugo deram um abraço no pai e seguiram caminhando até a saída da Estação King's Cross. Do outro lado, a ruiva viu a família Malfoy se afastando lentamente, também indo embora.

Rose e Scorpius trocaram um olhar, seguido de um sorriso. Um "eu te amo" se formou na boca de Scorpius, antes de desaparecerem entre as pessoas.

O jantar na casa de Rose estava calado, como nunca era na verdade. A menina sempre gostava de contar histórias de Hogwarts e suas ótimas notas nas provas, deixando Hermione radiante de orgulho. Mas agora, porém, tinha outro assunto a preocupando. O seu namoro com Scorpius Malfoy.

— O que é isso, Rosinha? – perguntou Rony, apontando para o anel que a garota ganhara de Scorpius.

— Bem... – ela hesitou, mordendo os lábios. – É um presente. Do meu namorado.

Rony se engasgou. Hermione arregalou os olhos.

— Namorado?! – exclamaram em uníssono.

Rose apenas assentiu.

— E quem é? É o filho do Simas? – Rony perguntou, estupefato. - Tem que ser alguém decente pra você, Rosinha.

— Vocês irão conhecê-lo – Rose engoliu em seco. – Logo. No aniversário da Lílian.

Rony bufou.

— Então já está claro que não é boa pessoa! Por que não me diz o nome dele?

— Rony! – Hermione repreendeu. – Deixa a menina. Ela deve estar esperando o momento certo pra contar. Não é, minha filha?

Rose novamente assentiu. Não conseguia dizer mais uma palavra. Rony bufou mais uma vez.

— Namorado! Francamente.

Rose olhou para o seu anel. Respirou fundo. Daria tudo certo.

* * *

A refeição na Mansão Malfoy ocorria silenciosamente como sempre. Mas Scorpius tinha um assunto importante para tratar. O menino pigarreou, atraindo os olhares dos pais.

— Tenho uma novidade pra contar – anunciou, apreensivo.

— O que foi, meu filho? – os olhos de Astoria brilharam de curiosidade.

Respirou fundo e disse:

— Estou namorando.

Demorou um pouco para os pais assimilarem o que o menino dissera. Passado um minuto, Draco caiu na gargalhada.

— Ora, Scorpius, para de brincadeira!

— Não é brincadeira, pai! Eu estou namorando e estou muito apaixonado! – o menino garantiu.

— E quem é a garota, meu amor? – Astoria perguntou, curiosa para saber quem roubara o coração do seu filho.

— Prefiro apresentar pessoalmente – Scorpius falou, nervoso.

— Então, chame-a pra jantar aqui na semana que vem – Astoria propôs.

Scorpius assentiu.

Draco ainda não conseguia acreditar que seu filho estava namorando. E assim como a esposa, estava muito curioso para saber quem roubara o coração do mais novo Malfoy.