Duas semanas se passaram. Os N.O.M.s agora estavam mais próximos. Rose ficava horas na biblioteca. Só comia e estudava. Nada mais. Por vezes, conseguia levar Alvo e Jonathan com ela.

Roxanne estava mais desleixada em relação aos estudos. Ela e Tomys estavam no melhor momento do namoro e eles só queriam aproveitar. Lílian muitas vezes presenciava discussões das duas.

Scorpius, por sua vez, estudava bem pouco. Recebera uma bronca da Profª. McGonagall, que andava muito chateada com o loiro. Durante essas semanas, ele estava mais preocupado com seus "rolos".

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Já ficara com Denille Nott, Wanessa Jackson, Emília Bowle e agora estava com Júlia McCartney.

Rose não sentia mais raiva. Sentia apenas pena. Pena por ele estar agindo desse jeito. Pena por ele talvez não conseguir alcançar sua maior ambição. Se realmente fosse verdade o que ele falara. Rose não sabia mais.

Ela e Jonathan estavam muito próximos. Ele a beijou uma noite e ela correspondeu avidamente. Mas não sentiu nada. E desde então, Jonathan aceitou que eles não passavam de bons amigos.

Alvo estava começando a deixar os problemas dos outros para lá. Ele começou a se aproximar mais da prima, Lucy Weasley, e tanto Rose como Scorpius suspeitavam que o moreno estava começando a se apaixonar.

— Não estou! Já disse! – Alvo dizia para Scorpius pela milésima vez.

— Lembra quando você me dizia que estava apaixonado pela Rose? – Scorpius perguntou em tom zombeteiro.

— E estava errado, não é? – rebateu Alvo.

— Claro que não! Eu era apaixonado, eu ainda sou apaixonado por ela! Você sabe disso! – Scorpius falou.

— Não tenho tanta certeza, cara. Nott, Jackson, Bowle e McCartney em duas semanas. Você devia estar lutando pela Rose!

— Estar apaixonado não significa me humilhar toda hora. Se ela não me quer, não sou eu que vou ficar atrás dela – Scorpius falou, irritado.

— E foi você que falou que não desistiria tão fácil - Alvo comentou.

— Não vamos falar mais disso, tá legal? – Scorpius já estava irritado. – Estávamos falando de você, lembra?

— E o seu aniversário, Scorpius? Daqui a três dias – Alvo mudou drasticamente de assunto.

— Ah, é. Talvez faça algo na Sala Comunal e...

— Não! Pode parar – Alvo o interrompeu. – Não vai fazer nada no Salão Comunal da Sonserina! Pode deixar eu mesmo vou organizar sua festa.

Scorpius achou graça, mas aceitou.

* * *

— Lily! Lily preciso te pedir um favor – Alvo falou para a irmã.

— O que é? – Lílian perguntou, desconfiada.

— Olha. Você sabe... Daqui a três a dias é...

— O aniversário do Malfoy. Sei, Alvo. Mas se você está pensando em fazer alguma coisa, pode esquecer. Não vou te ajudar – Lílian falou, decidida.

— Não. Olha. Vou fazer uma festa na Sala Precisa. Quero que você vá e leve a Rose também – Alvo explicou.

— Você pirou, né? – Lílian estava incrédula.

— Lílian, olha, você acha mesmo que Scorpius fez essa aposta? Olha, você conhece Scorpius. Pensa bem, Lílian. Scorpius nunca faria isso com a Rose. Você realmente acha que faria?

Lílian pensou um pouco. De fato, o Scorpius que ela conhecia nunca faria isso.

— Mas se Scorpius gostasse realmente da Rose, não ficaria se agarrando por aí com todas essas meninas – Lílian rebateu.

— Scorpius está cansado! Cansado de correr atrás da Rose e só ser desprezado. Mas se ela fosse para a festa.... Talvez, pudéssemos tentar unir esses dois de novo.

Lílian pensou um pouco. Com certeza se Rose e Scorpius se acertassem, a ruiva ficaria bem mais feliz. E se Scorpius realmente não estivesse mentindo... Valeria a pena.

— Está bem. – Lílian falou por fim. – Mas saiba que não estou confiando ainda no Scorpius. É uma segunda chance! E se ele desperdiçar...

— Está bem! Está bem! Só tente convencer a Rose, tá legal? – Alvo pediu e Lílian assentiu.

Ele depositou um beijo na testa da irmã e saiu da Sala Comunal atrás de Scorpius.

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* * *

— Que surpresa é essa, Al? – Scorpius perguntava pela milésima vez enquanto os dois iam em direção à aula de Poções.

— Já disse. Você vai ver – o moreno respondeu por fim.

Scorpius bufou. Sabia que não adiantaria insistir. Se o amigo queria fazer surpresa, aguentaria a ansiedade.

— Olha, só não se esqueça de chamar a Júlia, ok? Ela não vai gostar nadinha se não for convidada. – Scorpius lembrou.

— Sério? Ela é muito chata, cara! Não sei como você aguenta! – Alvo comentou.

— É, verdade. Só que ela é uma gatinha e beija muito bem – Scorpius falou, sorrindo.

— Você não existe!

Os chegaram nas masmorras. Rose e Jonathan já estavam lá.

— Hey, Rose! – Alvo cumprimentou a prima. – Cadê a Roxy?

— Com o Tomys – Rose parecia irritada. – Está dando pouca importância para o futuro dela!

— Tenho certeza que a Roxanne sabe o que está fazendo – comentou Jonathan.

A ruiva lhe lançou um olhar furioso. Alvo preferiu sair de perto.

— Então, o que tá rolando entre a Rose e o Finnigan? Eles estão ficando? – Scorpius perguntou, tentando parecer desinteressado.

— A Rose não é como você, Scorpius. Ela até já tentou, mas não sentiu nada. Ela ainda continua gostando de você e não ficaria com nenhum menino se não gostasse dele – Alvo falou, encarando o amigo.

Scorpius não falou nada. Apenas olhou para a sua amada. Ela parecia se dar muito bem com Finnigan. Mas Alvo confirmou: eles só eram amigos. Ele ficou um pouco mais aliviado.

O Prof. Slughorn apareceu e mandou que entrassem. Ao final da aula, chamou Scorpius da mesma forma que fizera em dezembro.

— Sr. Malfoy, quero saber o que está acontecendo.

— Como assim? – Scorpius não entendeu.

— Ora, Sr. Malfoy, estou percebendo como seu desempenho vem caindo. O senhor tinha melhorado muito desde que começou a ter aulas particulares com a Srta. Weasley. O que houve?

— Ah, professor... é que... muito o que fazer... – Scorpius desconversou.

— Então, sugiro que arranje tempo para os estudos – Slughorn falou, secamente. – Caso contrário, não passará nos N.O.M.s.

Scorpius assentiu e saiu de cabeça baixa. Estava envergonhado. A verdade era que, desde que rompera com Rose, não pegara em um livro para estudar. Toda vez que passava pela biblioteca, lembrava-se dela, estudar lembrava ela. E tudo que ele queria era esquecer.

Contudo, se queria ser Auror, teria que vencer esse problema. E ele desejara isso mais do qualquer coisa.

Passou pela biblioteca e entrou. E só saiu de lá na hora de dormir.

* * *

— Vamos, Rose! Não terá nenhum problema se só irmos lá rapidinho – Lílian argumentava com a prima.

— Eu e o Tomys vamos pra te fazer companhia – Roxanne comentou.

— Já disse que não vou! – Rose exclamou, cansada. – Não tem por que eu ir para a festa do Malfoy!

— Vai sim! – Lílian disse, autoritária. – Roxy, pega um vestido bem bonito que a Rose vai sim!

Roxanne prontamente atendeu a prima e pegou um vestido branco tomara que caia até o joelho e entregou a Rose.

— Vá se trocar! Agora! – ordenou Lílian.

Rose bufou. Mas não conseguiria vencer a prima mais nova. Apenas obedeceu. Minutos depois, Rose já estava pronta.

— Está linda! – Lílian falou.

— Absolutamente fantástica! – Roxanne concordou.

— Vamos logo. Quero sair o mais cedo possível – Rose falou, irritada.

As três desceram e encontraram Tomys no Salão Comunal. Roxanne entrelaçou seu braço ao dele e caminharam até a Sala Precisa.

* * *

— Cadê a surpresa, Al? – Scorpius estava impaciente.

— Calma, cara. – Alvo estava se segurando para não rir. – Espera. Acho que sua surpresa acabou de chegar.

Scorpius se virou para a porta e se surpreendeu com o que vira. Ninguém menos que Rose Weasley estava chegando absolutamente deslumbrante.

O menino observava a ruiva com um sorriso abobalhado no rosto.

— Precisa de um babador? – Alvo provocou.

— Não enche – Scorpius murmurou, saindo do transe.

Ele foi até a garota que tanto admirava e falou:

— Não acredito que você está aqui. Você está linda, sabia?

Rose corou e deu um sorriso tímido. Parecia que tinham voltado ao começo da paixão.

— Obrigada. Bem, parabéns – ela desejou em voz baixa.

— Valeu. Sabe, gostei de você ter vindo. Quer dançar? – Scorpius chamou.

— Eu... – Rose tentou recusar, mas foi impedida por Lílian.

— Vai, Rose.

Sem jeito, a ruiva mais velha aceitou.

Scorpius a conduziu para a pista. Ele pôs suas mãos na cintura de Rose e ela passou suas mãos pelo pescoço do menino. Ele a aproximou mais. Ficaram a centímetros de distância. Respirando o mesmo ar e se encarando. Os corações estavam mais movimentados que a música.

Dançaram por alguns minutos e, quando Scorpius tentou vencer a distância, alguém derrubou suco de abóbora em Rose.

— O que você pensa que está fazendo dançando com o meu Scorpius? – Júlia McCartney berrou, lívida de raiva.

— Olha, Júlia, calma, tá? – Scorpius tentou contornar a situação.

— Quem você pensa que é, sua traidora do sangue imunda? – McCartney gritou. – O que você pensa que está fazendo com Scorpius? Você o quer de volta? Pois não vai ter! ELE É MEU!

— Calma aí, eu não sou... – Scorpius tentou falar, mas não foi ouvido.

— E você sua imunda, não vai roubá-lo de mim!

— Quer saber? Faça bom proveito! – Rose bradou e saiu correndo da Sala Precisa, já com lágrimas nos olhos.

Scorpius tentou correr atrás dela, mas foi impedido pelos lábios de Júlia. A menina o beijava de forma voraz e Scorpius não desgrudou dela.

E Rose continuou chorando pelos corredores de Hogwarts. Sozinha, magoada. Mais uma vez, sofrendo por Scorpius Malfoy.