~Um mês depois-

É. Um mês se passou desde que não a vejo. Já nos encontramos com Draco e ele nos ajuda a fugir dos servidores de Voldemort. Só que hoje não vai dar, sinceramente. Eu e Harry estamos escondidos em uma casa abandonada com Draco tentando tirar os servidores da casa, dizendo que está tudo bem. Até que sinto uma mão em mim, puxando minha camisa, igual a do Harry. O comensal nos leva até Draco, que manda um olhar desesperado e coloca sua melhor máscara fria:

-Ora ora, Weasley, Potter... Voldemort ficará muito feliz em vê-los... Como eu não os vi?- Ele sorriu fingidamente. Ele sabe ser um bom ator!

O comensal nos levou até a mansão Malfoy. Draco engoliu em seco. Lá, em uma poltrona, Voldemort se encontrava. Era o nosso fim. Em uma porta, eu ouvia gritos ensurdecedores. Espera... Os gritos são...

-HERMIONE!- Eu e Harry exclamamos juntos, quando a porta os gritos se abriu e uma garota se revelou.

Mione estava machucada. O braço: Sengue-ruim, escrito a faca, acho. Tive vontade de pegar minha varinha, atirar em todos, pegar Harry e Hermione e dar o fora dali. Mas não dava, estávamos com milhões de comensais e tudo que eu podia no momento era ver o meu grande amor ali, machucada, sofrendo.

-Decidimos o que fazer com eles depois. Leve-os com a amiguinha. - A voz de Voldemort ecoou como um eco na sala. Um sorriso maligno se fez em seu rosto sem vida.

Bellatrix jogou Hermione ferida dentro da porta, onde os comensais nos jogavam lá dentro também. O lugar estava cheio de sangue,que deveria ser de Hermione. Ela estava perdendo muito sangue e não aguentei. Murmurei um feitiço, que a fez parar de gemer de dor e seu machucado sumiu. Ela me olhou agradecida e por um momento achei que tivesse esquecido do que aconteceu a um mês atrás. Ela estava maravilhosa e senti vontade de abraça-la e beija-la com todas as minhas forças que ainda restam.

Horas se passaram, e Hermione estava quase pegando no sono. Eu e Harry estávamos afastados dela, a pedido da garota. Estávamos perdidos e completamente esgotados. Quando um comensal abriu a porta e disse:

-Venham logo.

Ele deu passagem e mesmo esgotados nos aproximas e saímos daquela prisão. Bellatrix estava ali. Junto de Voldemort e pressenti que não era coisa boa. A cicatriz de Harry começou a doer mais e mais e meu amigo começou a chorar. Hermione suplicava: "Não façam nada a ele...". A quem ela estava se referindo? Um comensal me agarrou por trás e me prendeu em uma parede preta. Algo me prendia, era algum tipo de feitiço.

-Cruccio!- Voldemort gritou com sua varinha.

Senti a dor mais terrível de toda a minha vida. Como se milhões de facas perfurassem meu corpo.

-Hermione On-

-Mione, me desculpa! Foi um erro... Eu te amo! Me perdoa!

Ele gritava e eu não podia fazer nada. Apenas o que saiu:

-Não posso, Rony!

"Ele gritava desesperado, alguma coisa o prendia naquela parede. Cada vez mais fundo, eu caí de joelhos."

Meu sonho estava se realizando*. Eu ainda não acredito. Então tudo aquilo era uma visão do futuro. Do futuro do Rony. Do meu grande amor. Voldemort gritou:

-A única decisão a ser feita. A única decisão final. A única decisão do passado. A Decisão Final.

Eu estava gritando. Rony gritava cada vez mais forte. Harry suplicava que levassem ele a Rony. Eu queria ele. Pela primeira vez, eu precisava dele mais do que tudo nessa vida. Precisava dele até para poder respirar.

-Eu não posso escolher...- Eu disse sem fôlego.

-Agora poderá. VAMOS!

A minha cabeça girava. Eu entendi a Decisão. A Decisão do meu passado, a minha história nada resolvida com meu pai.

"-DESISTE DE MIM! ME ESQUECE, PAI!-Eu gritava

-CALA A BOCA, MENINA!- Ele gritava novamente".

Meu pai... Então era isso. A decisão significava muito. Era que meus pais se esquecessem que eu estava viva, de quem eu era... A Decisão significava muito. Ou meus pais me esqueciam e Rony sobrevivia ou... Meus pais se lembravam de mim, e Rony morria. Rony estava morrendo, precisava agir rápido.

-Que meus pais se esqueçam de mim, para sempre!

No mesmo instante, todos olharam para mim. Eu não queria saber de mais nada, queria o Rony apenas para mim. não importava se era um amorzinho platônico da nossa idade. Eu queria viver o momento presente com ele, com outra pessoa não, mesmo que sejam meus pais. Voldemort sorriu maligno:

-Purificaria seu sangue também? Bem, um WEASLEY é coisa séria....

-Eu purifico, esqueço meus pais, mas DEIXA ELE SOBREVIVER POR FAVOR....

Harry olhava para mim. Rony tentava me encarar mas a dor era muita para ele. Voldemort sorriu e fez com que o feitiço parasse sobre Ron. Suspirei aliviada. Rony saiu daquela parede e antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ele veio até mim e me beijou. Eu sentia falta dele, todos os dias pensava nele, se estaria pensando em mim. Uns comensais tiraram Rony e Harry dali e os levaram a porta. Outro comensal surgiu do chão e me levou a uma sala. Bellatrix estava ali, junto de outros e outros comensais. Entre eles, Lúcio Malfoy. Sentei-me em uma cadeira e uma dor terrível preencheu meu braço todo. Por um instante, achei que fosse morrer. Por outro, tudo ficou preto e eu pensei que já havia morrido.