Roller Coaster

Capítulo XIII


Pov Rose

O dia de ações de graças chegou e eu estava tão empolgada. O dia seria super corrido, mas muito gratificante, Esme e Carmen abrirão as portas da Fundação para distribuir, agasalhos, cobertores e comidas para as pessoas de baixa renda. Carlisle, Eleazar, Emmett e Edward fariam coletas de sangue para exames médicos básicos e gratuitos, para que se qualquer pessoa que estivesse ali precisasse, teria a chance de se tratar gratuitamente através do hospital. Claro, que esse procedimento deles não era tão fácil, já que teriam fichas para preencher e sangues para coletar, mas alguns outros funcionários do hospital participaram do dia também.

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As crianças passariam o dia com a gente, uma área de recreação havia sido montada no pátio da Fundação e, com toda certeza do mundo, eles iriam querer ficar lá o tempo todo. De noite jantaríamos todos na casa de Esme e Carlisle, todos juntos, como uma grande família feliz.

Me mexi mais uma vez, acho que já havia feito muito isso, nos últimos dez minutos, porque Emmett virou para mim falando.

— Tem formiga do seu lado da cama amor? - A gente dormia na cama dele, juntos, desde quando as crianças ficaram sabendo de nós.

— Estou tão ansiosa Emm. - Falei sorrindo para ele.

— Ansiosa para exatamente o que ?

— Ah sei lá, tudo o que vamos fazer hoje, todas as pessoas que vamos ajudar e depois vamos jantar todo mundo junto. - Suspirei. - Quando a gente vivia no orfanato, existia uma cultura muito merda que era tipo uma feira de adoção sabe, passávamos o dia de ações de graça num parque e pessoas que queriam adotar crianças ficavam andando entre nós, meio que querendo conhecer seus possíveis filho.

— Me diga uma coisa, curiosidade minha amor, você devia ser uma criança tão bonitinha, nunca ninguém tentou te adotar?

— A idade de participação era a partir dos sete anos e nessa época eu já sabia como me esconder para ninguém me querer.

— Porque?

— Acho que eu sempre tive medo de aproximações, eu pensava mais ou menos assim, se meus próprios pais não me quiseram, quem é que vai querer. - Sorri tristemente para ele. - Hoje eu sei lidar muito melhor com a rejeição e o abandono, mas antes eu era apenas uma criança sozinha.

— Agora você tem a nós, e te amamos muito. - Ele fez um carinho em meu rosto.

— Eu sei, também amo muito vocês e por falar em amor, tenho algo sério para falar com você, já faz dias que queria falar, mas não deu tempo.

— O que aconteceu? - Ele me olhou sério.

— Então, não quero mais receber nenhum dinheiro para ficar com as crianças. - Suspirei. - Eu amo você, amo elas e amo estar com vocês, não há porque eu receber para estar aqui. Além do mais, eu e sua mãe estávamos conversando sobre atendimentos contínuos no projeto e isso me renderia uma grana para as minhas despesas pessoais e ainda tem todo o projeto verão da Fundação, ela e Esme querem que eu fique na frente disso.

— Eu não me importo em te pagar amor, você faz tanto por nós.

— Mas não faço pelo dinheiro Emm, faço porque amo vocês.

— Eu sei e nós também te amamos. - Ele fez carinho no meu rosto. - Eu paro de ter dar dinheiro se você realmente começar a trabalhar fora de casa. Podemos pensar numa forma de dividimos as tarefas de casa e as tarefas com as crianças.

— Eu ainda vou ficar com as crianças. - Falei séria para ele. - E vou fazer as coisas de casa no tempo livre. Claro que podemos pensar numa forma de divisão, mas não há necessidade de nós preocupar com isso.

– Eu sei amor, mas temos quer ser justos, você não pode ficar fazendo tudo por nós sozinha.

– Vamos dividir as tarefas então, mas podemos pensar nisso mais para frente!

– Tudo bem! - Ele sorriu para mim

— Vamos tomar um banho ? - O convidei sorrindo.

— Não precisa chamar duas vezes!

Levantamos juntos e fomos para o banheiro. Nosso banho foi quente e demorado, eu amava tanto Emmett, ele já conhecia todo meu corpo, meus jeitos e meus movimentos, ele sabia exatamente como me satisfazer, assim como eu conhecia cada ponto fraco de seu corpo.

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Depois do banho, nos trocamos e ele foi acordar as crianças e eu, fui preparar o café. Ultimamente eu andava tão feliz, se alguém me falasse, a algum tempo atrás, que minha vida tomaria um rumo tão bom, eu duvidaria, mas ali estava eu, amando e sendo amada, tendo Emmett as crianças e rodeadas de pessoas que gostavam de mim e me queriam bem.

Pete me tirou de meus pensamento quando entrou na cozinha emburrado e com cara de sono.

— Bom dia Rose! - Ele falou antes de sentar na bancada.

— Bom dia meu menino, dormiu bem ?

— Sim, mas queria ter dormido mais!

— Eu falei para vocês dormirem cedo ontem!

— Eu sei, mas hoje é feriado, eu só queria aproveitar um pouquinho meu vídeo game.

— Eu sei meu amor! .

Alex entrou na cozinha, mais animada do que o irmão, mas com uma carinha de sono também:

— Bom dia família! – Eu amava quando Alex me incluía na família.

— Bom dia! - Pete respondeu

— Bom dia meu bem! - Ela veio e me deu um beijo. - Dormiu bem?

— Sim e você?

— Dormi!

Ela sentou ao lado do irmão e Emmett entrou na cozinha com Aggie no colo. Minha pequena estava emburrada com a cabeça deitada no ombro dele e dei um beijo carinhoso nela, antes de começar a arrumar a mesa para o café. Emmett colocou Aggie sentada com os irmãos e começou a me ajudar. Logo todos estávamos sentados e Emmett falou:

— Bom, vocês sabem que dia é hoje e o que isso significa né ?

— Hoje é o dia que agradecemos por tudo de bom que aconteceu durante esse ano. – Alex respondeu

— Isso, quem quer começar ? – Ele perguntou

— Você!? - Pete sorriu um pouco. - Seu agradecimento sempre é o melhor papai!

— Ok! - Demos as mãos e ele começou seu agradecimento. - Senhor Deus, agradeço por todas as graças que o senhor me concedeu. Sou grato pela vida de todos meus familiares e amigos. Obrigado pelos três filhos perfeitos que o senhor me deu e pela vida de cada um deles. Obrigado por Rose ter entrado em nossas vidas e por ela completar nossa família. Sou grato Senhor, por nossa mesa ser sempre farta, por ter um lar confortável para voltar todos os dias.

Ele ficou em silêncio e ninguém continuou, então comecei:

— Dou graças por estar aqui hoje senhor, por finalmente estar num lugar que posso chamar de Lar. Obrigado por ter colocado Emmett e seus filhos em minha vida e por eles terem me aceitado em sua família. Obrigado pela vida de Jasper, por ele ter voltado da Síria bem e por ter encontrado o carinho nos braços de Alice. Obrigado pela vida do Garrett, por protegê-lo diariamente nas ruas da cidade e por agora ele ter Kate e as crianças para recebê-lo em casa. Obrigado pela vida dos meus amigos e por todos os Cullens e McCarty me fazerem ser especial na vida deles.

Parei de falar e Alex começou:

— Obrigado Senhor por minha vida, por eu ter tudo de bom e do melhor que uma garota da minha idade pode ter. Obrigado pela vida de meu pai e de meus irmãos. Obrigado por ter me dado uma mãe substituta que é a Rose, que nos ama e cuida da gente como mamãe Irina fazia antes de morrer. Obrigado por minha escola e por meus amigos. Obrigado pela minha família e por o Senhor sempre estar com a gente.

Peter falou, assim que Alex terminou:

— Dou Graças por tudo de bom da minha vida. Pela minha família e pelos meus amigos. Pelo meu pai, mamãe Irina, que cuida da gente do céu, mamãe Rose, que cuida da gente aqui e por minhas duas irmãs.

Ele parou de falar e cutucou Aggie, a pequena começou a falar :

— Papai do céu, obrigado por tudo, pela mamãe Irina, pela mamãe Rose e pelo papai.. Obrigado pela Alex e pelo Pete, eu os amo, mesmo eles sendo chatos comigo as vezes. Obrigado pelos meus vovô e vovós. Pelos meus titios e titias e meus primos. Obrigado por todos meus brinquedos e por essa comidinha gostosa que tem todos os dias.

— Amém!

Falamos todos juntos, eu com meus olhos cheios de lágrimas. Fui chamada de mamãe Rose, eu nunca havia imaginado isso, mas meu coração explodiu de tanta alegria.

Tomamos café tranquilos, conversamos sobre o dia e como iríamos nos divertir. Depois do café, fizemos a limpeza da cozinha juntos e não demoramos muito para sairmos de casa.

Encontramos com todo o pessoal na Fundação, os portões já estava aberto e algumas pessoas já estavam ali, não tivemos muito tempo para conversar com o pessoal, demos apenas oi e, enquanto Emmett foi ajudar Carlisle e Edward e as crianças foram para a parte de recreação encontrar os primos, avistei Garrett, conversando com Jim e com mais seis homens num canto do pátio, fui até eles antes de começar minhas atividades.

— Rapazes! - Falei quando cheguei ao lado do grupinho

— Rose! - Jim me abraçou. - Quanto tempo! - Jim era um cara alto e que estava um pouco acima do peso, um policial de trás do computador, como ele mesmo dizia. Era o amigo de Garrett que eu mais gostava.

— Vocês desapareceram! - Soltei ele. - Como está todos em casa?

– Todos bem,graças ao bom Deus!

— Oi Rose! - Garrett me deu um beijo no rosto. - Esses são os Policiais Wilson, Jackson, Marks, Lopez, Hills e Carter. - Ele apontou para cada um deles. - Trabalham comigo.

— E estão fazendo o que aqui hoje? - Perguntei desconfiada

— Serviços comunitários de segurança! - Garrett sorriu para mim e se virou para os homens. - Bom, vocês já sabem o que fazer, qualquer coisa usem o rádio e sem violência, por favor!

Esperei eles se separarem e perguntei:

— Pra que isso?

— Segurança Rose. - Ele suspirou. - Esse é o maior evento beneficente da cidade, realizá-lo sem segurança nenhuma e tipo suicídio.

— Se você está dizendo! - Avistei Kate e Bella do outro lado no pátio, conversando com uma família. - Vou ajudar o pessoal.

Ele sorriu para mim e fui para junto das meninas ajudar. Era estranho ter policiais num evento de caridade, mas não ia questionar, pelo menos não por agora.

Comecei a ajudar as meninas é o dia foi passando, meu coração estava tranquilo e feliz, estávamos fazendo a diferença, mesmo que minima, na vida de alguém e isso era algo realmente gratificante.

Pov Emmett

O dia estava corrido, estávamos recebendo bastante pessoas na Fundação e não dava tempo nem de falar entre um atendimento e outro. Estávamos fazendo o básico do básico para aquelas pessoas, coletando sangue, verificando a pressão e os batimentos cardíacos. Todas as coletas de exames iriam para o laboratório do hospital para serem estudados, nos casos de positivos para doenças, o tratamento seria custeado inteiramente pelo hospital e isso era uma coisa muito boa, já que aqui no Estados Unidos, infelizmente, tratamento médico era uma fortuna.

Apesar de toda correria eu estava extremamente feliz, tinha Rose, meus filhos e minha família ao meu lado, me sentia completo novamente e era tão grato por isso.

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— Você não acha que tem algo diferente esse ano? - Edward me tirou de meus pensamentos enquanto eu coletava o sangue de uma senhora.

— Como assim ? - Perguntei

— Meus pais. - Ele simplesmente falou. - Quando cheguei ontem eles pareciam preocupados, papai atendeu uma ligação, falou alguma coisa em códigos com a mamãe e parece que desde então não conseguem parar de sorrir.

— Ah sim, eles me parecem bem animados hoje! - Comentei após me despedir da senhora e pedir para um enfermeiro assumir meu posto por alguns instantes. - Não tenho ideia do que está acontecendo, mas fazia dias que não via eles tão animados.

— De qualquer forma, vamos descobrir bem rápido, nossos pais nunca foram muito de guardar segredo.

— Verdade! - Nós dois sorrimos um para o outro e mudei de assunto. - Vão ficar até domingo?

— Sim, mas vamos passar o natal com o pai de Bells e depois viemos de mudança.

— Está todo mundo muito feliz por seu retorno Eddie, você sabe que faz falta aqui, não sabe?

— Sei, vocês também fazem muita falta nas nossas vidas. - Ele deu uma risadinha marota. - Quero estar por perto para ver você cada vez mais caidinho por Rose!

— Cale a boca Edward!

— Ei, vocês dois? - Minha mãe falou nós interrompendo e se aproximando da gente

— Fala mãe!

— Preciso de uma ajuda com algumas caixas lá atrás, podem me ajudar rapidinho?

— Claro!

O dia passou rapidamente e cinco da tarde fechamos os portões da Fundação. Ficou apenas a nossa família ali.. Estávamos todos cansado, mas um sorriso no rosto se mantinha no rosto de cada um de nós.

— Vamos deixar esse lugar desse jeito, sem mexer em nada.

— Sim, semana que vem a gente organiza. - Mamãe também falou

— Proponho irmos para casa descansar um pouco para o jantar. - Tia Esme continuou

— Que descansar o que! - Foi Alice que falou. - Apenas tomem banho e vão lá para casa é Ações de Graças pessoal.

— Concordo com a Alice! - Falei. - Hoje é o dia de ficarmos juntos.

— Vocês que sabem, eu vou tomar um banho e estarei em casa, esperando por vocês. - Esme sorriu para gente.

Ficamos ali conversando por mais um tempo e depois fomos para casa. As crianças foram tagarelando o caminho inteiro, e as conversas continuaram em casa, no meio de toda a loucura que era para todos nós tomarmos banhos e nós trocar.

Não ficamos nem duas horas em casa, eram seis e quarenta quando liguei o carro para irmos para tia Esme. As crianças diminuíram um pouco o ritmo das conversas e se entreteram com seus tablets e celulares, perguntei para Rose:

– Cansada?

— Um pouco! Eu não tinha ideia que tanta gente procurava a Fundação assim.

— Tudo começou numa Ações de Graças, Mamãe e tia Esme não estavam satisfeitas apenas de ajudar os orfanatos e as famílias de crianças desaparecidas, elas queriam mais, então em 2003 mais ou menos, elas distribuíram alimentos para moradores de rua, no outro ano foi alimentos e roupas, e assim fazemos todos os anos.

— Isso é muito legal, eu admiro tanto o trabalho que vocês fazem!

— Você faz parte dele agora amor!

Passamos o resto do caminho conversando, falando sobre tudo que ela pretendia fazer com as crianças e na Fundação no verão. Quando chegamos na tia Esme, a casa já estava uma loucura, ela e mamãe, Allie e Bella trabalhavam juntas na cozinha, Rose foi direto ajudar elas, Tio Carlisle, Edward e papai arrumavam a Edícula, fui ajudar eles e as crianças foram brincar com Nessie e Thommy.

Primeiro chegou Jasper, depois, Garrett, Kate e as crianças. Entrei em casa para pegar alguns pratos para tio Carlisle quando a campainha tocou, aproveitei que estava na sala e fui atender, não esperávamos mais ninguém, além da mãe biológica de Garrett, o marido dela e a meia irmã dele, que minha mãe e tia Esme tinham quase obrigado ele a convidar.

Abri a porta com curiosidade, mas não era eles. Era minha irmã que estava parada na minha frente e meus olhos se encheram de lágrimas. Bree era toda pequena, pouca coisa mais alta que Allie. Seu rosto clarinho estava um pouco vermelho, pelo frio e seus olhos verdes tinha um tom de brincadeira, minha irmãzinha estava em casa!

— Bree!

— Surpresa! - Ela abriu os braços e mordeu os lábios querendo não chorar,

— Venha aqui Kit-Kat!

A chamei pelo apelido carinhoso e ela pulou em meu colo. Ficamos ali abraçados alguns segundo, eu estava tão feliz por ela esta ali!

— Está todo mundo aqui ? - Ela falou assim que coloquei ela no chão novamente secando as lágrimas. - Estou com tanta saudades de todos.

— Você está bem? - Perguntei limpando minhas lágrimas também. - Quando você chegou?

— Eu acabei de chegar.

— Venha vamos entrar, está todo mundo lá dentro.

A puxei para dentro e ela sorriu animada para mim. Ela não me esperou e eu mal tinha fechado a porta já podia ouvir gritos e risadas vindo da cozinha. Minha irmãzinha estava em casa novamente, a família estava reunida e feliz, fazia anos que não tínhamos um dia de ações de graças tão bom como deste ano e, eu tinha certeza, que cada um de nós que estávamos ali, tinhas realmente muitos motivos para agradecer por ano tão bom que estávamos tendo.