Roller Coaster

Capítulo III


Pov Rose

Os primeiros quinze dias na casa de Emmett foi estranho e divertido ao mesmo tempo. Eu havia criado uma rotina, acordava às 6:00 da manhã todo dia, preparava o café para Emmett e ficava com ele até ele sair, eu não era obrigada a fazer isso, a gente nem conversava muito pela manhã, mas eu gostava do silêncio matinal na companhia dele.

Assim que ele saia eu acordava Alex para ela começar a se arrumar para a escola, ela já era quase pré adolescente e era super vaidosa, andava de mais com a Allie, coitadinha. Enquanto ela se arrumava eu tomava um banho rápido. Acordar Peter era a tarefa mais difícil da manhã, eu passava no quarto dele umas três vezes antes dele finalmente levantar. Aggie também era uma dorminhoca, mas pulava da cama assim que prometia suas panquecas prediletas no café da manhã.

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Sete e quarenta saímos de casa, deixava Alex e Peter primeiro e depois Aggie, Emmett deixou uma BMW z4 vermelha para me locomover com as crianças, ah e ele nem imaginava o quanto amava aquele carro, eu ia até o colégio das crianças me sentindo a pessoa mais poderosa do mundo e quando precisava ir no mercado então, me sentia mais ainda, quando as pessoas me olhavam saindo daquele carro foda.

Depois que deixava as crianças na escola eu voltava para casa, arruma a bagunça do café da manhã e sempre arranjava alguma coisa para fazer. Já tinha organizado os guarda roupa das três crianças e seu brinquedos também. O quarto e guarda roupa de Emmett também já estavam prontos, confesso que a cada roupa dobrada dele, gostava de sentir o cheiro gostoso de bambôo amadeirado do perfume que ele usava. Organizei também, a pequena sala de estudo, que Emmett fazia de escritório e hoje passaria o dia organizando a cozinha dele.

Eu gostava de fazer esses serviços, não estava atuando na minha área, mas ficava orgulhosa de mim mesmo, todos os beijos que ganhava da crianças, cada brincadeira, cada conversa, cada música que cantávamos juntos, só me faziam ser feliz por ter a chance de tê-las ao meu lado.

Nesse tempo eu fui chamada na escola delas duas vezes, uma porque Alex e uma amiga não paravam de rir dentro da sala e outra porque ela levou Pete para aula de ginástica e os dois começaram a atrapalhar todos lá. A primeira vez não falei para o Emmett, também já tive onze anos e sei que qualquer coisa era mais interessante do que assistir aula, mas na segunda, não pude deixar de contar, afinal, a professora disse que não aguentava mais ela fazendo gracinhas durante as aulas dela. Sorri lembrando da conversa com Emmett:

Flashback on

Emmett tinha chego quase onze horas da noite, as crianças já estavam dormindo e eu esperei por ele no sofá da sala:

— Rose, acordada ainda? - Ele falou entrando na sala

— Sim, tudo bem com você? - Me ajeitei no sofá e larguei o livro que estava lendo.

— Sim, estava numa cirurgia até agora, acredita? Um adolescente, com arritmia cardíaca, nós deu um trabalho, mas graças a Deus ela está bem!

— Que bom que ela ficou bem! - Falei me levantando - Deixei um prato de sopa para você, vai comer ?

— Sim. - Ele sorriu para mim. - Estou morrendo de fome.

Fomos para cozinha e liguei o microondas enquanto ele sentava nos bancos altos da bancada:

— Então, aconteceu algo hoje! - Falei quase fazendo careta

— O que as crianças aprontaram?

— Coitados. - Falei me sentando ao lado dele.

— Você os defende de mais, sabe disso né.

— Eu os adoro, por isso devendo, mas a escola ligou hoje, fui lá.

— O que eles fizeram?

— Alex levou Pete na aula de ginástica. - Ele se levantou, pegou o prato no microondas e uma garrafa da geladeira e voltou sentar do meu lado. - Então eles e os amigos, pegaram um bambolê , um segurava numa altura boa do chão e o outro passava pelo bambolê como se estivesse pulando de ponta numa piscina.

— Não acredito! - Ele falou e nós dois demos risada.

— A professora mandou eles pararem três vezes, mas eles só pararam quando um garoto da sala da Alex caiu fora do colchonete e cortou a testa.

— Meu Deus! - Ele parou de rir. - Isso é grave!

— Ah não é tanto, o garoto está bem, conversei com a mãe dele e está tudo tranquilo, mas a professora da Alex disse que não aguenta mais ela, que ela só faz gracinha e que não participa direito de nada que ela propõe.

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— Vou conversar com ela amanhã cedo. - Ele tomava a sopa e falava comigo. - Não é a primeira vez que a professora reclama.

— Então, fazer ginástica foi uma escolha dela, não foi?

— Sim, é a atividade extracurricular dela.

— E ela está fazendo bagunça em algo que ela teoricamente escolheu fazer, não faz muito sentido isso.

— È não mesmo. - Ele suspirou - È último ano dela no Sta. Peter, às vezes ela só está tentando aproveitar os últimos dias.

— Agora é você que está defendendo.

— Um pouco, a gente ainda vai conversar com ela amanhã, mas eu sempre fui terrível na escola, sei o que é aproveitar a escola e os amigos.

— Você bagunceiro, dúvido! - Brinquei com ele

— Você acha que as crianças puxaram quem ?

Rimos e ele começou a me contar algumas coisas da época da escola.

Flashback Off

Lembro que a gente ficou até de madrugada conversando e rindo na cozinha, foi uma das conversas mais bacanas que tive com ele. No outro dia, quando conversamos com Alex sobre o ocorrido acabamos descobrimos que ela odiava ginástica e que ela só fazia para não ter que olhar para a cara das outras babás. Fizemos um trato, que no próximo ano letivo, ela poderia escolher uma nova atividade que ela gostasse de verdade.

Terminei de arrumar a cozinha já passava da três da tarde, eu tinha feito um trato comigo mesmo, todos os dias às quatro horas eu estaria na frente do colégio da Aggie. Eu ficava lá, assistindo às aulas de natação ou de ballet dela e, como Alex e Peter sabiam que eu estava ali, por várias vezes eles vinham e ficavam comigo, menos nessa semana, semana de prova dos dois, eles resolveram que usariam o tempo livre para estudar na biblioteca.

Fui dirigindo até a escola de Aggie ouvindo música e cantando igual uma maluca dentro do carro. Não era longe de casa, e Seattle não era tão congestionada na nesse horário. Quando cheguei, consegui uma vaga no estacionamento bem de frente com a entrada. Desci do carro e em trei no salão das piscinas, Aggie veio correndo me abraçar:

— Oi titia! - Ela falou assim que a peguei no colo.

— Oi chocolatinho, tudo bem? - Ela estava tão lindinha com um maiô rosa, touca de natação branca e óculos de mergulho

— Sim sim, eu estava com saudades!

— Eu também amor - Dei um beijo em sua testa. - Pronta para arrasar nessa piscina.

— Eu sempre to.

Coloquei ela no chão e ela correu para junto das amiguinhas novamente. Sentei ao lado de outras mães, que estavam ali, e peguei meu celular.

Enquanto observava Aggie, fiquei no celular, conversei um pouco com Allie, com o Jasper e com Garrett. Eu mantinha uma conversa diária com os três, tirando Allie que eu via sempre, essa era a única forma de eu matar a saudades de Jazz, que estava do outro lado mundo e de Garrett, que mesmo morando aqui na cidade, sempre estava ocupado com o trabalho.

Dez para seis da tarde Alex e Peter se juntaram a mim, os dois estavam desanimados, perguntei após eles me darem um beijo:

— Está tudo bem com vocês?

— Eu odeio estudar! - Peter revirou os olhos.- Tenho um trabalho de história para entregar amanhã, tô a quase duas horas escrevendo e não consegui terminar.

— Sobre o que ? - Perguntei

—A comunidade indígena nos Estados Unidos.

— Nao sei o que você está reclamando Peter - Alex interrompeu o irmão - Eu tenho duas provas amanhã, você tem ideia do que é duas provas?

— Só que você é inteligente né! - Ele falou.

— Ah, você é burro então?

— Ei - Interrompi o começo de discussão dos dois - Os dois são inteligentes e ambos têm um problema, então hora que chegarmos em casa, Alex vai estudar para suas duas provas e Peter vai terminar seu trabalho, não quero discussão sobre isso, certo?

— Sim!

— Ótimo! - Falei sorrindo para os dois emburrados mais lindos desse mundo.

A aula da Aggie terminou, e após ela se trocar, fomos para casa. Alex e Peter passaram o caminho inteiro em silêncio, apenas Aggie falava animadamente sobre seu dia. Em casa, os dois mais velhos subiram direto para seus quartos.

Dei banho na Aggie e levei ela para me ajudar na janta. Fiz frango frito, que eles adoravam enquanto a Chocolatinho cantava comigo as músicas dos filmes da Disney que a gente escutava.

Meu celular tocou um pouco antes de eu terminar o jantar, Emmett não viria para casa hoje, iria cobrir um plantão, mas estaria amanhã o dia inteiro em casa. Essa séria a primeira noite sem Emmett em casa, me senti apreensiva sobre isso, eu gostava tanto das nossas conversas pós jantar. Terminei o jantar e deixei Aggie assistir tv enquanto ia atrás de Peter e Alex. Parei primeiro no quarto de Peter, meu garoto ainda não tinha tomado banho, os materiais de escola estavam todos jogados em cima de sua escrivaninha e ele estava deitado na cama, ainda de uniforme, jogando vídeo game.

— Peter McCarty! – O chamei pelo nome completo é isso fez com que ele me olha-se com os olhos arregalados. - O que você está fazendo?

— Jogando Warcraft. – Ele fez um biquinho lindo para mim. – Eu não aguentava mais escrever Rose, daí resolvi relaxar um pouco.

— O que a gente conversou sobre jogar vídeo game antes de fazer as tarefas da escola?

— Eu to cansado Rose! - Ele fez outro biquinho lindo.

— Vai ficar mais ainda, se não parar de jogar e terminar de uma vez esse trabalho!

— Eu odeio estudar!

— Ah, por favor Pete… - Revirei meus olhos - Vamos fazer o seguinte, você vai desligar esse jogo agora, vai tomar um banho, vamos jantar e depois você vai terminar seu trabalho, ok?

— Tenho opção?

— Não! - Sorri para ele enquanto ele fez careta.

— Tá bem! – Ele desligou o videogame com má vontade e foi para o banho.

Sai do quarto dele e fui para o quarto de Alex, me assustei ao encontrar ela chorando em cimas de seus materiais.

— Alex, o que foi querida? - Perguntei assustada

— Eu não entendo Rose. – Ela soluçava enquanto falava - Eu não só fazer essas bostas, eu não consigo.

— Ei querida! - Ela me abraçou e continuou chorando no meu colo – Se acalme Alex!

— Eu sou burra Rose, eu tirei c na prova passada, queria deixar o papai orgulhoso tirando um A, mas eu não consigo.

— Olha pra mim! – Falei enquanto me abaixava para ficar do tamanho dela. – Se você ficar falando que não consegue, você realmente não vai conseguir, e isso é algo que eu não acredito, por que você é extremamente inteligente. – Enxuguei algumas lágrimas que escorriam de seus olhos. – Certo? - Ela me olhava atenta, mas ainda chorava. - Você está a muito tempo estudando a mesma coisa, seu cérebro está cansado, vamos jantar e depois eu subo com você e te ajudo a estudar, o que me diz?

— Eu não to com fome! - Ela resmungou.

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— Mas, tem que comer um pouco, ficar sem comer vai ser pior!

Limpei mais algumas lágrimas de seu rosto e a levei para o banheiro. Prendi seu cabelo, num rabo de cavalo e lavei seu rosto. Quando descemos para a cozinha ela já estava mais calma, mas ainda com os rosto vermelho.

Nosso jantar foi silencioso, expliquei para as crianças que Emmett não viria e elas reclamaram bastante.

Depois da janta, nem limpei a cozinha, coloquei Aggie deitada na cama da Alex, com um fone de ouvido e o tablet e fui estudar matemática com Alex. Peter foi sozinho terminar seu trabalho.

Álgebra era uma coisa do capeta, mas lógico que não falaria isso para Alex, fiquei ajudando ela estudar por bastante tempo, eu não lembrava de muita coisa, mas as coisas que Alex não sabia ou não lembrava, a gente procurava por vídeos aulas no celular e ela conseguia resolver seus problemas.

Quando olhei no relógio já passava das dez e meia da noite, Aggie havia dormido com o tablet na mão e Alex também já estava morrendo de sono.

— Alex, acho que já chega de estudar por hoje!

— Posso terminar de fazer esses exercícios?

— Pode, vou lá ver o Peter, colocar a Aggie na cama e organizar a cozinha, daí subo para te dar boa noite, pode ser ?

— Sim, deixa a Aggie aqui, as vezes gosto de dormir com ela!

— Tá bem!

Deixei Alex terminando os exercícios dela e fui para o quarto do Peter, dei risada quando o encontrei dormido, sentado em cima dos livros. Me aproximei dele e o acordei com cuidado:

— Peter, querido, venha deitar na cama!

— Hunnn - Ele resmungou

— Vamos amor!

Ele levantou todo sonolento e o ajudei ir deitar na cama, o coitadinho nem sequer abriu os olhos. Dei um beijo em sua testa, após o cobrir com o edredonzinho, liguei o abajur que iluminava o teto, formando o sistema solar. Aproveitei que ele já dormia e fui dar uma olhada no trabalho dele, ele realmente tinha terminado, quatro páginas inteiras escrita. Dei uma lida por cima, o garoto era inteligente também, seu texto quase não tinha erros de escritas, fiquei orgulhosa dele. Ao sair do quarto, deixei a porta entreaberta, se ele precisasse de mim durante a noite, seria mais fácil de eu escutar.

Desci para cozinha, comecei a arrumar a bagunça da janta, tirei as comidas das panelas, lavei toda a louça e quando terminei já passava das onze. Voltei para o quarto da Alex, ela já tinha guardado todo o material dela e arrumado as coisas, ela já estava deitada agarrada com Aggie e apenas me esperando.

— Tá mais tranquila agora? - Perguntei

— Acho que sim!

— Vai da tudo certo, Alex, você é mega inteligente e sabe fazer os exercícios, você só precisa se concentrar!

— Obrigado Rosie, você tem sido muito legal com a gente!

— Não me agradeça Alex, gosto de vocês e não me importo de ajudar. - Sentei na ponta da cama dela.

— Papai também nos ajuda bastante, mas ultimamente ele estava bem estressado, por causa das babás.

— Eu também estaria Alex, vocês expulsaram cinco babás daqui em menos de um mês.

— Todas um bando de exageradas, nem aprontamos muito, gostamos de brincadeiras apenas, e outra, elas só ficavam aqui porque tinham interesse amoroso com o papai.

— Haha, como você sabia disso?

— O jeito que elas ficavam se mostrando para ele! - Ela falou como se fosse óbvio e eu sorri!

— Isso tudo me parece ciúmes do pai de vocês! - brinquei com ela

— Talvez, mas elas eram interesseiras, sério, tia Allie me ensinou a reconhecer quando a mulher é interesseira.

— Sua tia Allie é louca! - Falei e demos risadas – Certo, mocinha, hora de dormir!

Dei um beijo em sua testa e arrumei sua coberta, deu um beijo em Aggie também é liguei o abajur para elas.

— Boa noite Rosie! - Alex falou já sonolenta

— Boa noite pequena, Dorme com Deus! Qualquer coisa estou ali no quarto ao lado!

— Okay!

Deixei o quarto dela e fui para o meu, essas crianças enchiam meu coração de vida, era tão bom ficar com eles todos os dias, era estranho também, nunca na vida havia sentido essa forma de carinho que estava sentindo agora.

Deitei na minha cama e peguei meu celular, comecei a responder algumas mensagens até começar a ficar com sono. Programei ele para despertar, apaguei o abajur, e comecei minha oração em agradecimento a tudo que tinha mudado, em tão pouco tempo na minha vida.

Pov Emmett

A noite no hospital foi bem corrido e eu estava morto de cansado, não via a hora de ir para casa, comer algo, tomar um banho e dormir por um bom tempo.

Já passava das seis e meia quando passei meu plantão para o outro médico, fui para o vestuário, troquei de roupa e fui correndo para casa, queria tomar café com meus filhos e com Rose.

Sorri para mim mesmo pensando no quanto ansiava para ver Rose, esses dias que ela ficou em casa com a gente foi bom e estranho ao mesmo tempo. Bom, por que as crianças e ela mostravam uma sintonia absurda, ela mandava eles obedeciam, eles brincavam juntos, cantavam juntos, e até dormiam juntos, às vezes. Estranho, porque eu nunca tinha visto meus filhos se darem tão bem com alguém assim e por que parecia que ela pertencia a nós e nós a ela desde sempre. Sem contar a sensação boa que eu sentia ao lado dela, gostava da companhia dela matinal enquanto eu tomava café, mesmo que, na maioria dos dias a gente não trocava nenhuma palavra além do bom dia e do bom trabalho antes de eu sair, das nossas conversas após jantar enquanto arrumamos a cozinha e a melhor parte do dia era colocar meus filhos na cama, com ela ao meu lado.

Ela estava se tornando uma ótima amiga para mim, isso era bom, era de alguém exatamente assim que precisava ao lado de meus filhos.

Cheguei em casa quase sete horas, assim que parei o carro na garagem, já pude sentir o cheiro gostoso de café feito na hora. Entrei em silêncio na cozinha e encontrei Rose arrumando a mesa, ela vestia um vestido, que parecia uma camiseta três números maior do que o dela e um all Star no pé. Seu cabelo solto e um pouco bagunçada dava um ar de graça.

— Bom dia Rose. - Desviei o olhar, assim que ela se virou e me olhou.

— Bom dia Emmett, nem te vi chegar, tudo bem?

— Sim! - Sentei em meu lugar na mesa. - O cheiro de café da manhã está ótimo!

— Obrigado! - Ela me entregou uma xícara de café e sorri. - Vou chamar as crianças - Inalei o cheiro de café, “ meu Deus como eu amava aquilo”. - PETER, ALEX, AGGIE, O CAFÉ ESTÁ NA MESA! - Ela gritou da sala.

Esperei um pouco até ouvir passos na escada, peguei o jornal na mesa e Rose sentou ao meu lado. Peter foi o primeiro a entrar na cozinha, com o tradicional uniforme da escola, calça azul e polo branca, seu cabelo molhado estava bagunçado do jeito que ele gostava.

— Oi, papai! tudo bem ?

— Oi filho, – Ele sentou em seu lugar na mesa – Tudo sim e você, passou bem a noite ?

— Sim!

— O de sempre? – Rose perguntou a ele.

— Sim!

Enquanto Rose entregava para meu filho um prato com ovos mexidos, bacon e panqueca, Alex entrou na cozinha com Aggie a seguindo. As duas estavam prontas também, ambas com saia quadriculada azul e verde e polo branca.

— Papai! – Aggie correu até meu colo

— Oi meu amor ! Tudo bem ?

— Sabia que dormi com a Alex ontem?

— Sério?

— Oi papai – Alex sentou ao lado de Rose. – Estava sensível ontem, já avisei para ela não acostumar.

Começamos a conversar e Rose serviu as meninas. Era um clima gostoso, as crianças se sentiam à vontade com Rose ali e eu também.

— Papai, pode me emprestar a sessão dos esportes? – Peter pediu

— Eu quero o dos signos! - Alex pediu

— Desde quando vocês leem jornal? - Perguntei

— A Rose não nos deixa mexer no celular de manhã, se não lermos o jornal, não sabemos de nada. - Alex me respondeu com desdém enquanto entrega a ela a páginas.

— Oh que coitadinhos. – Rose brincou com eles – Dá até dó, sabiam?

— Sarcasmo logo cedo Rose? – Peter brincou

Ela mandou um beijinho para meu filho e continuamos com nosso café. Antes deles saírem para a escola eu dei um beijo em cada um deles e subi para meu quarto. Tomei uma ducha rápida e cai na cama.

****

Acordei preguiçosamente - “nossa como era bom dormir”. Sentei na cama, ainda me espreguiçando e peguei meu celular para ver a hora. 13 hrs e 25 minutos, como era bom saber que poderia ficar de bobeira em plena sexta feira.

Levantei da cama e fui para o banheiro, tomei uma ducha e coloquei um shorts de piscina e uma camiseta branca. Andei em silêncio pela casa, tudo estava arrumado já, camas arrumadas, roupas e brinquedos em seus devidos lugares, janelas abertas. Encontrei Rose na cozinha, mexendo em algumas panelas, cantando uma música do Queen, falei assim que parei na porta.

— Nao sei o que é mais gostoso, acordar ouvindo você cantar música boa ou sentindo esse cheiro maravilhoso de comida! - Sorri para ela

— Queen é vida Emmett!!! - Ela voltou a se concentrar nas panelas

— O que está fazendo de bom? - Fui até o fogão espiar.

— Strogonoff de carne com macarrão! - Ela Respondeu concentrada

— Hum que delícia !

— Pode sentar, já está pronto e a mesa já está arrumada.

Me sentei na mesa e ela veio em seguida com a panela ainda quente. Depois que ela sentou, de frente para mim, perguntei:

— Posso comer?

— Claro, e me diga se ficou bom, Peter me pediu e eu nunca tinha feito, então pedi a receita para sua mãe - Ela falava enquanto eu me servia e concordava com a cabeça

— Está com uma cara ótimo!

— Espero que de gosto esteja bom também, Peter disse que estava morrendo de vontade. Não sei onde esse garoto tira essas ideias …

— Daqueles programas de tv que ele assiste. - Coloquei uma garfada de comida na boca, mastiguei e aquilo tava muito bom! - Rose, isto está muito gostoso.

— Ufa! - Ela se serviu

Comemos conversando, ela contou sobre a crise de choro da Alex ontem enquanto estudava e sobre o trabalho de Peter.

Passamos a tarde em casa, conversamos, rimos e por fim assistimos um filme junto, eu deitado num sofá e ela noutro. POr varias vezes desviei os olhos da tv e me peguei olhando para ela, era bom ter ela ali comigo, dava um pequena sensação de que, eu e as crianças, não estávamos mais sozinhos.

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