Naquela mesma madrugada, a central liberou em todo o sistema a licença do time Deeva, aquela situação toda em Malibu, foi uma grande armação, eles já sabiam o que estava acontecendo, foi tudo um teste, eles queriam ver quantos pescoços sairiam ilesos daquela experiência toda.

O resultado foi, que Dominick tinha sido aprovada, mas eles ainda iam ficar de olho nela, além do fato, de que eles tinham planos maiores pra ela.

Nolan logo foi acionado sobre isso, de manhã eles já deveriam estar prontos pra ir a outra cidade. Eles logo tinham arrumado o que precisavam pra partir, ainda não sabiam nada sobre o próximo "serviço" mas era coisa que teria que ser vista no caminho.

Do lado de fora da casa, Samuel já estava com tudo pronto no carro, e os meninos estavam apenas colocando umas bolsas no porta malas.

Dominick saiu por último na casa, ela estava intrigada com tudo aquilo, e também com o que tinha acontecido noite passada, aquela pessoa estranha que tinha salvado ela, ela não tinha conseguido tirar "ele" da cabeça.

Ela se aproximou do pai, e tocou o ombro dele.

–Então, você vai voltar pra a central?. - Ela perguntou calma.

–Vou, eles estão precisando de mim lá. - Nolan respondeu.

Ele estava apreensivo em deixar ela ir com eles, afinal, ela não estava mais tão segura. Mas proibir não ia adiantar, de qualquer maneira ela ia acabar fugindo.

Nolan a abraçou.

–Tenha cuidado. - Ele disse.

–Hm.. - Ela resmungou.

–Você ta com um cheiro diferente. - Nolan retrucou enquanto inspirava forte o cheiro.

–Cheiro, que cheiro?. - Ela questionou.

–Um cheiro.. Impregnando. - Nolan disse intrigado. - Deixa pra lá, eu devo estar paranoico.

–Diz pra minha mãe que eu vou ligar assim que chegar lá. - Ela disse enquanto entrava no carro.

Nolan apenas assentiu com a cabeça. Lila não tinha descido pra se despedir, ela não gostava de despedidas, principalmente com a única filha viva que tinha.

Eles saíram da cidade, e logo estavam fora de Malibu, indo pra próxima cidade, Santa Barbara, era uma cidade grande, litorânea, que ficava perto de Los Angeles, mas muito longe de Malibu, eles levariam dois ou três dias de viagem.

Segundo as informações da central, eles teriam que resolver um problema de uma proliferação de vampiros, segundo as suspeitas, eles estavam traficando sangue, ou seja pessoas, o sangue entre os vampiros valia mais quando era quente, e pulsante, ou seja, eles queriam beber direto da fonte.

Dominick já estava pensando no quanto poderia ser perigoso pra ela, afinal, vampiros... Os puros não são tolerantes com mestiços, mas quem sabe, ela também pudesse usar isso ao favor dela.

Enquanto isso, não tão de perto, Lestat seguia o carro deles, na sua moto, o pior de tudo era ter que fazer isso sem que eles percebessem.

Do carro, Aaron estudava melhor a localidade da cidade, a central tinha dado as coordenadas de onde aquilo tudo poderia estar acontecendo, mas conhecer o campo do inimigo era mais inteligente.

–Nick, eu andei pensando, se é um trafego, já que você é meia vampira, podia se infiltrar lá dentro. - Liam disse do banco da frente do carro.

–Não só poderia, como vou. - Ela disse enquanto olhava pela janela.

–Simples assim?. - Aaron questionou.

–Não, mas acontece que essas coisas funcionam como um evento de gala, eles não vão me barrar se virem um vestido elegante, e olhos vermelhos. - Ela disse sarcástica.

–Como você sabe disso?. - Liam perguntou.

Dominick olhou pra ele, totalmente impaciente, como ele podia não saber? Esse tipo de coisa é ensinada no primeiro ano da academia.

–Liam, como foi que você se formou na academia mesmo?. - Ela questionou irônica. E voltando ao assunto anterior, ela disse. - E eu claramente vou usar um nome falso, vocês todos vão.

–Mas nós não podemos boicotar eles, como vamos fingir que somos vampiros?. - Aaron questionou.

–Não vão. - Samuel se pronunciou enquanto dirigia. - Vocês vão se passar por mercadoria.

–O que?!. - Liam berrou.

Nesse momento Liam puxou a direção de Samuel, e eles foram parar bem no acostamento, uma cortina de fumaça por causa da areia cobriu a estrada, assim que o carro parou, Liam pulou pra fora dele, literalmente.

–Porra! Liam, que cacete foi esse?. - Samuel berrou enquanto saía do carro.

Samuel não era de usar esse tipo de linguajar, mas certas coisas faziam ele extrapolar.

–Ah não, meu irmão, sem chance! Eu não vou ser traficado. - Liam berrou descontrolado.

Ele foi até a faixa do acostamento, e começou a fazer sinal com os braços pra os carros.

–Socorro! Eles querem me traficar pra vampiros. - Ele berrava.

Dominick saiu do carro descontrolada, ela foi andando até Liam.

–Vem cá, Liam. - Ela falou impaciente.

Liam começou a se afastar, mas logo começou a correr.

–Cacete, Liam! Entra no carro. - Ela berrou enquanto corria atrás dele.

Aaron se aproximou de Samuel, e disse.

–Vamos atrás dele?.

–Ela consegue sozinha. - Samuel retrucou.

Enquanto isso, Dominick continuava correndo atrás de Liam, aquele garoto não parava, além de ser muito rápido.

–Louca! Maluca! Demente!. - Liam berrava pra Dominick, sem parar, enquanto corria.

Os nervos dela se excederam, e em literalmente, milésimos de segundos, ela tinha imobilizado Liam no chão, velocidade vampira, vai entender.

–Droga, Nick! Eu prometi pra minha mãe que ia voltar pra o natal. - Ele disse quase chorando.

Dominick se segurou pra não rir.

–Eu prometo que você vai, agora será que dá pra a gente ir?. - Ela disse, ainda tentando não rir.

–Ai não... - Ele resmungou.

Ela segurou os pulsos de Liam, e se levantou, levantando ele também, ela foi levando ele até o carro, ele ainda relutante, tentava se soltar, mas acabou sendo trancado no carro de novo.

Liam acabou dormindo no carro, durante a viagem. Eles passaram dois dias e meio na estrada até conseguir chegar em Santa Barbara, assim que chegaram á cidade, pararam em um posto de gasolina.

Dominick, Liam, e Aaron desceram do carro pra esticar os músculos, tinha sido uma viagem cansativa, e estavam todos doidos pra resolver logo aquilo, todos menos Liam, é claro.

–É, chegamos. - Aaron disse.

–Vamos resolver logo isso tudo. - Dominick disse, enquanto olhava mais á frente para a cidade.