Dominick saiu do hotel por volta das três e quarenta e cinco, ela sabia que tinha que compensar de alguma forma o fato de não ter feito nada durante a manhã e a tarde, ela saíria pra algum lugar, pra pesquisar o que pudesse pesquisar, ela deveria estar ciente de tudo o que aquele Eric estava fazendo, se ele de fato fosse a criatura que estava matando todos aqueles jovens.

Segundo a concepção de Dominick, Eric deveria ser mais um daqueles que caçam garotas ingênuas usando sua beleza, trastes como ele conseguem facilmente atrair garotas e garotos usando a beleza, geralmente a maioria das pessoas que caem numa armadilha como essa são as garotas menosprezadas, que não são muito sociaveis, e que não tem muitos amigos, em outras palavras, as chamadas "Losers" ou excluídas.

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Dominick foi até uma delegacia da cidade, e assim que entrou lá, ela viu um policial no balcão, em frente a um computador, quando ele viu Dominick entrar, ele desviou sua atenção do computador.

–Posso ajudar, mocinha?. - O policial perguntou cordialmente.

–Sim, eu estou fazendo uma pesquisa pra o jornal da minha escola, sobre os jovens que desaparecerão e dias depois apareceram mortos, eu queria saber de alguns casos pra usar como exemplo, já que nós faremos uma serie de contramedidas para alertar os estudantes. - Ela mentiu com um sorriso no rosto, afinal, sem uma boa desculpa não conseguiria nada.

–É muito bom ver que as escolas estão adotando essas medidas. - O policial disse calmo se levantando da cadeira de trás do balcão. - Venha comigo, nós guardamos isso nos arquivos de casos ainda não resolvidos. - Ele disse fazendo menção para que Dominick o seguisse.

Dominick seguiu o policial até uma sala de acesso restrito, o policial pegou um molho de chavez e abriu a porta que estava trancada.

Assim que o polícial entrou, ele puxou uma gaveta com grandes arquivos, e parecia estar procurando por alguma coisa, até que passou os dedos por um arquivo, e o puxou.

Depois disso, o policial entregou o arquivo para Dominick, e saiu da sala, deixando ela lá.

–Fique á vontade, me chame se precisar de algo mais. - O policial disse com um sorriso amistoso.

Dominick sorriu de volta, e assentiu que sim com a cabeça.

Dominick logo abriu a pasta de arquivos, e depositou ela numa mesa daquela sala, ela se sentou numa cadeira.

Ela viu primeiro o caso de uma menina, Megan Collins.

Megan Collins, 16 anos, segundo depoimento da família era uma garota contida, não tinha muitos amigos, não saía de casa, não tinha nenhum tipo de comportamento que poderia ser considerado aparentemente estranho, era uma boa filha, tirava boas notas na escola, Mas nos últimos dias de sua vida ela começou a apresentar um comportamento estranho, saía muito de casa, vivia suspirando pelos cantos, vivia distraída, e as vezes ela apresentava um comportamento muito óstil, muito diferente do que era antes.

No último dia em que ela foi vista pelos pais, eles viram ela saíndo durante á noite com uma bolsa, quando seus pais perguntaram pra onde ela ia, ela disse que ia dormir na casa de uma amiga, Megan saiu de casa por volta das nove horas, mas quando seus pais ligaram para a casa da amiga dela por volta das nove e meia, ela disse que Megan não estava lá, e que se quer tinha combinado de ir passar a noite.

Depois daquilo, os pais de Megan ligaram para seu celular, mas estava desligado, no dia seguinte, eles acionaram a polícia.

Dois dias de busca depois, o corpo de Megan foi encontrado perto da beira de uma estrada, ela estava toda ensanguentada, suas roupas estavam rasgadas, alguns de seus ossos estavam quebrados, e ela tinha fraturas espostas, o seu pescoço estava quebrado, e nada foi encontrado com ela que pudesse apontar algum suspeito ou criminoso.

Dominick leu aquele caso, e não teve palavras para descrever aquele caso, depois daquilo, ela viu que ainda tinham mais nove casos arquivados, e ela achou incrível como todos os outros casos eram mais que ligeiramente e simplesmente semelhantes ao caso de Megan Collins, entre aqueles casos estavam garotas e garotos, todos que apresentaram o mesmo comportamento, desapareceram, e foram encontrados mortos de forma brutal.

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Depois daquilo, Dominick tinha uma única coisa a afirmar, era uma única pessoa fazendo aquilo tudo, era alguém muito conservador...

As horas se passavam enquanto ela checava aquilo tudo, e ela nem percebeu que já estava passando da hora que tinha marcado com o tal Eric, aquilo tudo a prendeu tanto que ela nem tinha percebido as horas passarem, ela logo fechou o arquivo, e saiu da sala, cumprimentou o policial que a tinha recebido e agredecido por sua cortesia, e saiu.

Enquanto isso, no hotel, um Aaron bastante nervoso e preocupado estava sentado no sofá.

–Samuel, eu já procurei por ela em todos os lugares!. - Ele disse quase aos berros.

Samuel estava de pé a frente dele, sem entender muito bem a situação.

–Aaron, qual é o problema? Eu não entendo porque você tem que achar ela!. - Samuel disse impaciente pelo suspense de Aaron.

–Samuel você não entende, eu acho que ela ta com um problema, ou vai ter um problema!. - Aaron falava meio enrolado passando as mãos nos cabelos.

–Dominick é um problema, Aaron!. - Liam brincou.

Nesse momento Aaron se levantou bruscamente do sofá, e lançou um olhar ameaçador para Liam.

–Tudo bem, eu não acho que seja um bom momento pra brincadeiras. - Samuel falou tentando acalmar os ânimos.

Aaron bufou impaciente, e pôs as mãos na nuca olhando pra cima.

–Aaron, me explica, o que tá acontecendo?. - Samuel falou serio.

–Eu acho que Dominick vai se encontrar com algum demônio hoje. - Aaron falou preocupado. - Eu não sei o que ela pretendia com aquilo, acho que ela tava querendo pegar ele sozinha.

–Aaron, se você sabia disso, porque você não me contou? Você sabe do perigo que ela pode estar correndo agora?. - Samuel perguntou aos berros, totalmente nervoso.

Aaron não poderia se sentir mais culpado, pelo egoismo dele e pelas ações infantis que tinha adotado naquela manhã, Dominick poderia ter serios problemas.

Enquanto isso, Dominick ia para o café, e ela já estava dobrando uma esquina, quando conseguiu ver a silhueta de Eric parada em frente a porta, ele se virou para ela, e Dominick deu um sorriso falso pra ele, que o mesmo retribuiu, ele andava de encontro com Dominick enquanto ela fazia o mesmo.

–Eu já estava pensando que tinha se esquecido de mim. - Ele falou sorridente.

–Nem nos seus sonhos. - Ela falou sorrindo, e tentou ao máximo não parecer sárcastica.

–Então, vamos? Eu quero te levar a um lugar. - Eric disse colocando a mão nas costas de Dominick, e conduzindo ela.

Enquanto isso, no hotel, Samuel já estava á mil, não estava conseguindo raciocinar direito, não saber onde Dominick poderia estar seria o maior problema.

Samuel pegou seu celular, e discou o número dela, mas caiu em caixa postal.

–Droga!. - Samuel praguejou. - Venham comigo. - Samuel disse abrindo a porta do quarto de hotel e saindo por ela, sendo seguido por Aaron e Liam.

Não demorou muito, e Eric tinha levado Dominick a um lugar um pouco distante, eles pararam em frente a uma casa.

–Vamos entrar?. - Eric falou com um sorriso amistoso, apontando para a casa.

Dominick apenas assentiu, e seguiu ele até a porta, e então eles entraram.

Eles entraram na casa, estavam na sala da casa, a casa tinha uma decoração rústica, que Dominick reparou.

Eric trancou a porta da casa, e lançou um sorriso sádico para Dominick, ela endureceu sua face ao ver aquilo.

–Então... Você é Dominick Rowland!. - Eric pronunciou com um certo desdém. - Sabe, a minha raça tem sido caçada pela sua família há muitos séculos. - Ele falou sério.

Ele rodeava Dominick, e ela apenas ficava parada.

–O que você é?. - Ela perguntou ríspida.

Ele se aproximou rapidamente de Dominick, ficando por trás dela e deslizando o lábios pelo pescoço dela, ao perceber a ação dele, num movimento rápido, Dominick bateu no rosto dele.

Ele ficou visivelmente irritado, seus olhos ficaram vermelhos.

–Isso não foi nada educado!. - Ele falou sério, enquanto massageava seu maxilar.

Ele lançou seu braço contra o corpo de Dominick, e então, ela atravessou a janela de vidro da sala, indo pra fora da casa, milhares de cacos de vidro ficaram por baixo do corpo dela, e alguns em cima, causando uma dor nela ao ter sua pele cortada por eles.

Eric apareceu diante dela segundos depois, pegando ela pescoço, e levantando ela fazendo seus pés ficarem fora do chão.

Eric a jogou para dentro da casa novamente, fazendo ela atravessar novamente por onde ficava a janela, e se machucar mais ainda ao sentir o vidro cortar a pele de seus braços e suas pernas.

Dominick ficou deitada no chão de madeira da sala, ela não conseguia se mexer muito, cada movimento que fazia era doloroso, ela se continha o máximo para não gemer de dor, e dar o gostinho de sua fragilidade a Eric.

Eric mais uma vez apareceu, Dominick apenas conseguia ver seus sapatos, e seus joelhos, ele se agachou, e virou a cabeça para o lado, e sorriu cinicamente.

–Como você soube quem eu era?. - Dominick perguntou, sua voz era seca, e falha.

Eric lhe deixou escapar um leve riso.

–Eu reconheço caçadores como você de longe, eu soube desde que vocês chegaram. - Ele falou com um sorriso esboçado no rosto.

–Então porque ficou aqui? Porque não fugiu?.

–Eu tenho milhares de séculos de idade, estou vivo desde que a sua família estúpida tomou a iniciativa de caçar, um dia, eu e a minha companheira atacamos um vilarejo, mas nós não contavamos que o trio justiceiro fosse aparecer, eu consegui fugir, mas a minha Amelie foi morta por aquela humana estúpida. - Eric falava com desdém.

–Leah Lestrange... - Dominick retrucou baixo.

–Exato! Aquele seu namoradinho... eu não vou matar você até matar ele primeiro, eu tenho ódio de todos vocês, mas dos Lestrange's em especial. - Ele falou cínico.

Dominick soltou uma risada debochada.

–Boa sorte em achar ele!. - Dominick falou sarcástica.

–Eu não preciso encontrar ele... - Eric disse pegando Dominick pelo pescoço, e a tirando novamente do chão. - Porque ele vai achar você!. - Ele disse com um sorriso cínico.

Dominick não pôde se conter de raiva, e acertou o estômago de Eric com seu joelho, ele sentiu uma dor considerável.

–Você vai pagar por isso!. - Ele disse jogando-a bruscamente no chão.

Dominick soltou um grito estridente, ela pôs sua mão pra trás, para pegar sua arma que ela guardava acima de seu quadril, mas ela não a achou.

–Procurando por isso?. - Eric perguntou irônico exibindo a arma dela. - Eu tirei de você quando estavámos saindo do café.

"Claro! Só pode ter sido quando ele colocou a mão nas minhas costas" Dominick pensou desapontada.

–Agora, eu vou dar inicio ao seu sofrimento. - Eric disse com um sorriso macabro em seu rosto enquanto andava em direção ao corpo dela.

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–Vampiro miserável... - Dominick retrucou com desdém.

Enquanto isso, Samuel dirigia o carro, ele dirigia de modo irresponsável, ele passava rapidamente por todos os lugares onde Dominick poderia estar.

–Meu Deus! Como eu não pensei nisso antes?. - Aaron falou pra si mesmo.

–O que Aaron?. - Samuel perguntou nervoso olhando para ele pelo retrovisor.

–O celular da Dominick tem GPS!. - Aaron falou mexendo em seu celular, até que ele viu a localização de Dominick. - Achei!.

–Passa esse celular pra cá!. - Samuel disse se virando rapidamente e arrebantando o celular das mãos de Aaron.

Samuel seguiu as cordenadas do endereço, e não demoraram mais que quinze minutos até chegar, também... Considerando o modo como Samuel dirigia, ele desrespeitava os sinais de transito, placas, e andava a mais de noventa quilometros por hora.

Quando ele chegaram se depararam com a casa, da onde vinha o sinal do GPS de Dominick.

Eles saíram rapidamente do carro, e se aproximaram da frente da casa.

–Ótimo, agora o que vamos fazer?. - Samuel perguntou para saber o que os outros queriam fazer.

–Bem, nós... - Aaron ia falar, até que escutou gritos, gritos estridentes e desesperados, ele se assustou nesse momento, aquela voz lembrava muito a de Dominick.

Aaron esqueceu a probabilidade de entrar lá com um plano, ele subiu as escadas da porta da casa rapidamente, e chutou a porta, a porta abriu, e ele se deparou com a cena daquele Eric, batendo em Dominick freneticamente, e a jogando contra paredes e o chão.

Aaron não poderia ficar mais revoltado, um sentimento pior do que ódio lhe invadiu, pior foi quando ele reparou no corpo de Dominick, ela estava toda ensaguentada e machucada, suas roupas estavam um pouco rasgadas, e o seu sangue estava espalhado pela casa.

O olhar de Dominick foi de encontro com o de Aaron, era um olhar vazio o dela, e o dele, de tristeza.

Eric jogou Dominick no chão, ela ficou imóvel, de bruços no chão.

–Ora, ora! Se o jovem Lestrange também não veio se juntar a nós. - Eric disse sarcástico.

Aaron lançou um olhar assustador para ele, e atrás dele, apareceram Samuel e Liam, quando Samuel olhou para dentro da casa, e viu Dominick naquele estado, ele não soube sentir mais raiva, já Liam, ficou aterrorizado, como ele tinha conseguido fazer isso com ela? Era a pergunta que ressoava na cabeça de Liam.

–Cuidado Aaron... Ele vai tentar tirar você do serio. - Samuel o alertou.

–Ele já fez isso. - Aaron retrucou serio, olhando para Eric.

–Sabem que eu pensei que ela já fosse estar morta antes de vocês chegarem?. - Eric disse rindo.

Aaron deu dois passos á frente, olhou para Dominick que estava no chão, de cabeça baixa suspirou, e olhou para Eric.

–Você já era!. - Aaron disse sorrindo para Eric.

Aaron sacou rapidamente sua arma, e deu inicio a uma sequência de tiros, mas Eric não foi atingido.

Eric era rápido, ele apareceu atrás de Aaron, e o chutou nas costas, fazendo Aaron cair no chão, mas rapidamente Aaron se virou e se levantou, e viu que Eric já não estava mais atrás dele.

Eric apareceu do nada, e pegou Aaron pelo pescoço, e prensou ele numa parede, Aaron aproveitou a oportunidade para atirar em Eric, o tiro o atingiu no braço, Eric gritou de dor, afinal, era uma bala de prata.

Eric olhou para Aaron, seus olhos estavam vermelhos de tanta raiva, ele foi para cima de Aaron, mas não com a mesma velocidade de antes, o que permitiu, que Aaron o acertasse mais uma vez, dessa vez o tiro foi na coxa dele.

Quando Eric se aproximou, ele arrebatou a arma de Aaron de sua mão, e o pegou pelo pescoço, e o jogou no chão.

Dominick viu aquela situação, e percebeu o perigo que Aaron estava correndo, ela viu a arma de Aaron no chão, e se arrastou até ela.

Eric jogava Aaron de um lado para o outro, Samuel e Liam ficaram petrificados diante daquela cena, praticamente sem ação.

Em um momento, Eric pegou Aaron pelo pescoço, e o prensou numa parede.

–Eu espero que você aproveite a morte. - Eric falou sarcástico.

Eric se preparou para quebrar o pescoço de Aaron, mas antes que o fizesse, ele ficou paralizado, e o seu corpo aos poucos foi se tornando cinzas e queimando.

Quando Aaron olhou para frente, ele viu Dominick, ainda deitada no chão, mas com uma de suas mãos segurava a sua arma, e com a outra se apoiava.

O tiro foi dela, mas antes que pudesse fazer ou dizer alguma coisa, Dominick desmaiou.

E Aaron correu em sua direção para ajudá-la.