Riddles Riddles
Calm down
Hermione estava tremendo dos pés à cabeça. Não importava o quanto ela respirasse fundo ou murmurasse para si mesma que tudo estava bem... O tremor e as lágrimas não paravam.
– Acalme-se – a voz baixa de Tom sussurrou,assim que os dois entraram no dormitório dos monitores e ele a conduziu para o sofá – Hermione, acalme-se.
Ela sacudiu a cabeça, querendo dizer para o rapaz que não era possível se acalmar depois do que acontecera. Harry estava morrendo de raiva dela, Ron provavelmente também estava... Seus amigos, seus melhores amigos, a odiavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– T-Tom... – a garota soluçou, sem olhar para o outro – Eles... E-eles são meus amigos... E eles me odeiam!
– Hermione – o monitor a chamou – Olhe pra mim...
A bruxa levantou o rosto e o encarou. O olhar do sonserino pareceu preocupado, o que fez com que Hermione se sentisse um pouco melhor... Tom Riddle estava preocupado com ela.
– Pare de chorar – ele murmurou, enxugando as lágrimas dela com a mão – Eles deviam estar estressados, não queriam dizer o que disseram...
– Quem você está tentando enganar, Tom? – a menina perguntou, revirando os olhos – Você, você em especial, sabe que eles não estavam apenas estressados... Harry e Ron estavam com raiva... Harry, Ha-Harry tentou...!
Antes que ela pudesse terminar, Riddle passou os braços em volta dela e puxou-a para perto de si, tentando imitar o gesto que a monitora havia feito para que ele se acalmasse quando ele estava nervoso. A bruxa soluçou ainda mais e enterrou o rosto nas vestes do rapaz, procurando algum conforto nele.
– Pare de chorar, por favor – Tom murmurou, acariciando os cabelos da menina – Eu já disse isso antes... Não gosto de vê-la chorar, prefiro você tentando ser melhor do que eu.
Um pequeno sorriso esboçou-se em seu rosto quando ele ouviu uma risada triste e abafada vindo da garota.
*****
– Harry? Cara, espere!
Ronald Weasley estava andando, apressado, pelos corredores de Hogwarts, seguindo o amigo, que andava batendo os pés e assustando os poucos alunos mais novos que ainda estavam andando pelo castelo. Desde que eles haviam se desentendido com Hermione, o moreno ficou andando pela escola com um ar carrancudo, rosto fechado e xingando baixinho.
– O que foi!?
– Harry... Você não acha... – o ruivo parou de falar para poder recuperar o fôlego – Que fomos duros demais com a Hermione?
– Duros demais? Ron! Ela está namorando com Voldemort! Será que eu não tenho o direito que ficar com raiva dela? – o Potter perguntou, passando a mão pelos cabelos do mesmo jeito que seu pai fazia – Droga... Você deveria ficar com raiva também.
– Eu estou irritado, Harry! – Ron respondeu – Mas... Sei lá... Ela parecia bem com ele.
– Ron, estamos falando...
– De Lord Voldemort, eu sei.
Os dois rapazes ficaram quietos ao verem Minerva McGonnagal aparecer no fim do corredor. A artilheira acenou para os dois, parecendo não perceber a tensão que pairava no ar.
– Olá! Preciso falar com vocês – a grifinória falou, aproximando-se deles – Vocês... Vocês viram a Mione?
– Sim – o ruivo respondeu.
– Ela estava com o Riddle – Harry completou.
– Ah! Então... Eles estavam se dando bem? Quero dizer, eu vi os dois juntos na saída do jogo, mas achei que talvez eles estivessem brigando...
– Eles estão namorando.
– O QUE!? – a menina gritou, mas logo se calou e corou – Me desculpem... Mas, Riddle e Hermione? Namorando!? Eu não posso acreditar nisso!
– É, nem eu – o moreno resmungou e, sem se despedir, afastou-se dos dois amigos.
Ron e Minerva observaram Harry se afastar.
– Ele não gosta do Riddle, não é mesmo?
– Nem um pouco – o grifinório respondeu – Eu também não, mas o Harry está exagerando... Eu acho.
– É verdade – a bruxa sacudiu a cabeça – Mas o Riddle e a Hermione! Nunca pensei que veria ele com algum compromisso sério com uma garota... Talvez a nossa Srta.Granger coloque um pouco de bondade naquela mente má dele...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Talvez – Ron murmurou, imaginando como seria a vida deles se Tom Riddle nunca tivesse virado Voldemort.
– Ei! Mark Abott, da Lufa-Lufa, nos convidou para a festa da vitória do Quadribol – McGonagall sorriu – Quer ir?
*******
Tom ainda estava sentado no sofá, com Hermione abraçando-o e apoiando-se nele. O rapaz tirou a varinha de dentro das vestes e conjurou duas xícaras de chá. A garota ergueu a cabeça de leve, para ver o que o outro estava fazendo.
– Tome... – ele entregou uma das xícaras para ela enquanto pegava uma para si mesmo – Camomila... Acalma.
A bruxa concordou com a cabeça , ajeitando-se no sofá e pegando a xícara que o outro estendia para ela. Riddle pegou a outra e assoprou, esperando o líquido escuro esfriar.
– Obrigado – ela murmurou, tomando o chá.
– Você precisa se acalmar e chá foi a única coisa que me veio à cabeça – o rapaz deu um sorriso triste – No orfanato eles dão chá de camomila para as crianças quando elas estão mal...
– Meus pais... – Hermione parou abruptamente de falar, perguntando para si mesma o que seus pais estariam fazendo na Austrália do futuro – Costumavam preparar chá de camomila para mim.
– Eu tomava o chá do orfanato, que era sem açúcar e estranho... Mas era o que tinha – ele deu de ombros.
Hermione o encarou, tentando descobrir se o rapaz estava apenas fazendo mais uma de suas encenações ou se ele estava falando a verdade... Mas foi só ver como o garoto estava olhando par ao nada com uma expressão quase triste que ela viu que ele falava a verdade.
– Deve ter sido difícil ter que viver naquele orfanato – a menina sussurrou, vendo como o outro desviou a atenção de seu chá para encará-la – Quero dizer, a Sra.Cole e a Martha parecem cuidar bem de todos lá... Mas você, sendo um bruxo, deve ter se sentido bem deslocado lá, no meio de todas as outras crianças trouxas.
– Eu sempre vivi lá, já estou acostumado – ele respondeu, evitando olhar para a bruxa – Mas não é um lugar que eu considero como casa... Quero dizer, eu não sou muito querido naquele orfanato e também não gosto muito das pessoas de lá.
Hermione se sentiu mal pelo rapaz, lembrando-se, sabe-se lá porque, de seu primeiro ano, quando quase todos em Hogwarts a conheciam como a sabe-tudo irritante... A infância de Tom no orfanato devia ter sido alguma coisa daquele jeito, só que muito pior.
– Mas, deixando de lado essa conversa... Você se acalmou?
– Sim, Tom – a menina sorriu, olhando para o garoto uma última vez antes de voltar a encostar a cabeça no braço dele e fechar os olhos.
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