Revival

Clarifications


— Esposa? – Hayley perguntou-me depois de tomar um copo de água que dei. – Olha eu não tenho mais nada haver com Klaus, bem tem o bebê mais eu peço que não desconte a sua raiva e frustação de esposa traída para cima de mim. Eu não sabia que o todo poderoso Hibrido – Hayley falou sarcasticamente - era casado. E bem acredite em mim eu me arrependo amargamente a maldita noite em que eu o vi. Estava bêbada demais.

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— Acalme-se, Eu passei oitocentos anos presa em um caixão – ela arregalou os olhos enquanto demonstrava curiosidade. – E nem por isso descontarei minha ira em pessoas inocentes. Eu e Niklaus estávamos prometidos para casarmos quando ainda humanos mais com o a morte de Henrik decidimos adiar a cerimonia, estávamos todos bem abalados, como alguém deve ter lhe contado Esther convocou magia negra para “abençoar” seus filhos e marido com os dons da agilidade, força e imortalidade. Indo contra as regras da natureza foram criados os primeiros vampiros do mundo conhecidos décadas depois por originais. – dei uma pausa para respirar. – Niklaus e eu nos casamos logo depois de fugirmos do monstro que é Mikael, fomos perseguidos e passamos séculos juntos, em família, mas quando chegamos aqui aconteceram muitas coisas que carregaremos conosco para sempre, acredite em mim com o passar dos séculos sentimentos ruins como mágoa, raiva e rancor são acumulados e consequentemente intensificados. Foi aqui que os nossos primeiros inimigos surgiram, toda a cidade nos respeitava, e era merecido. Quando chegamos a New Orleans a cidade nada mais era que uma fina de poeira de areia no meio do deserto, e em apenas dez anos construímos o que hoje se pode chamar de cidade sobrenatural, e por isso éramos invejados os Mikaelsons viviam nos anos dourados fazíamos parte da realeza. Mais como estamos na vida real e nem tudo são flores o nosso reino foi destruído anos mais tardes pelo demônio que triou-nos nossa humanidade. Durante a nossa fuga uma bruxa enfeitiçou-me e bom eu acordei ontem.

— Você soa como Elijah. Fala da família com orgulho e demonstra honra, as bruxas daqui não são lá tão confiáveis. Você é diferente deles, Klaus aparenta está mais controlado e bom já sabemos o motivo. – Falou a morena enquanto levava um dos morangos à boca.

— Você já o conheceu? – perguntei referindo-se a Lijah – eu ainda não o vi.

— Ele se foi, e um instante ele estava aqui e no outro não.

— Como assim? – perguntei

— Ele vai arrancar o meu pescoço por te dizer isso, eu não sei como era o Klaus com quem você foi casada mais, o Klaus de hoje esconde coisas de todo mundo e só se importa com a maldita guerra do Quarter, ele quer tomar a cidade de volta e não importa quem esteja em seu caminho ele vai seguir em frente deixando os corpos para trás. Para ele apenas importa o poder. Ele entregou o próprio irmão ao Marcel, um vampiro psicopata idiota que expulsou os lobos da cidade e não deixa as bruxas praticarem magia. Agora eu estou aqui esperando um bebê aparentemente apocalítico sem poder procurar a minha família fadada a viver trancada entre essas paredes cinza isolada da cidade por que Klaus quer o seu herdeiro intacto. Ele só quer a criança e vai me matar assim que ela nascer.

Marjorie ouviu todo o desabafo da pequena loba sem questionar, Niklaus mudou muito durante todo esse tempo, ela não poderia esperar que ele fosse o mesmo de antes. Suas atitudes eram sempre ocasionadas por suas emoções, tudo culpa de sua infância perturbada. Jorie sabia o quanto ele sofreu com as surras que levava de Mikael, mais entregar Elijah seu melhor amigo, nas mãos de seu filho magoado não era certo.

— Vamos conseguir Elijah de volta, por mais que Rebekah siga cegamente Nik em seus planos mirabolantes ela não vai deixar seu outro irmão querido nas mãos de Marcellus. Ninguém deve ter te contado mais Klaus se viu naquele menino, Eu lembro-me de quando caminhava entrelaçada com Bekah no enterro do finado Jhoan filho do prefeito, Klaus parou diante de uma cena. Marcel era apenas um garoto de dez anos, estava sendo chicoteado a mando do prefeito, ele era um bastardo e servia apenas como um escravo da família. Criamos Marcellus como um filho, eu o ensinei a ler e escrever e Niklaus o criou para ser forte assim como o significado de seu nome.

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— Eu não sei o que pensar, só não gosto de ficar encurralada. Todos querem a minha cabeça em uma bandeja e os ataques explosivos e constantes crises de bipolaridade fazem parte do pacote. – Suspirou Hayley.

— Já sabes sobre o que é o bebê? – perguntei mudando de assunto.

— Eu estou no quinto mês de gestação. E como eu disse só sei que ele ou ela é poderoso.

— Sinto a magia transbordar por você de longe. Eu tenho alguns truques minha mãe era a bruxa parteira da aldeia posso ajudar? – falei relutante, Hayley me encarou por alguns minutos mais por fim aceitou.

— Marcel tem alguém que o ajuda, a saber, quando as Bruxas usam sua magia, ele vai descobrir e Klaus ficará furioso. – comentou enquanto deitava-se na cama de seu quarto. Sorri enquanto abria as cortinas deixando o ambiente mais claro.

— Eu não tenho medo de ninguém, Hayley. Agora feche os olhos. – Falei enquanto me conectava com a terra.

“ - Tudo que vem a este mundo não passa despercebido pelas bruxas, que como servas da natureza são responsáveis pela paz e o equilíbrio entre os dois mundos. Eu sou a primeira bruxa elementar de nossa família Jorie, e assim como eu você possui afinidade com a terra e os outros três elementos da natureza: Fogo, ar e água. Nossos poderes não são limitados como as demais bruxas elas precisam da magia de suas ancestrais para praticar a sua própria magia. Precisamos mantermos esse segredo entre nós, a cada quinhentos e cinquenta e cinco anos surge uma lua que intensificam os nossos poderes chamada lua de sangue, você deve tomar cuidado com as pessoas ao seu redor muitos querem um terço de seu poder e você é simplesmente mais poderosa do que todos os seres sobrenaturais por isso esconda a sua arca de nascença. – disse apontando para a barriga. - Eu preciso que você escute bem eu tenho dois mil anos, sou sua mãe e sempre irei protege-la. Você nasceu como um desvio por ser parte loba meu amor não importa onde eu esteja eu te amarei infinitamente por que você foi o meu presente. – dito isso Alena desaparece diante os olhos de sua única filha. ”

Encolhi-me diante a lembrança, mais ainda assim continuei recitando o feitiço mentalmente, sentindo um leve formigamento na ponta de meus dedos da mão onde passava uma onda de energia bem fraca o que significava que outra bruxa também estava praticando magia. Desejei pará-la então ela parou. Quando decidi abrir os olhos deparei-me com um campo completamente florido, eu estava com os cabelos soltos e vestido um vestido branco. Abaixei para apanhar uma orquídea enquanto apreciava o seu cheiro.

— Marjorie meu amor. – sorri correndo para seus braços.

— Oi mamãe. Onde é aqui?

— Entre o mundo real e o outro lado, essa é a fenda que separa os seres sobrenaturais que não merecem ir para o outro lado. Precisamos ser rápidas não posso deixar o meu posto por muito tempo. Preciso devolver-lhe suas lembranças e peço que, por favor, não faça algo impulsivamente Niklaus e seus irmãos tem e mãos uma nova chance de se redimir a criança que a loba carrega é a chave para a sua felicidade. Proteja-a mesmo que seja difícil no começo nunca deixe de amá-la pelos erros do passado. Ela não deve carregar o fardo do pai à menina tribird deve vir ao mundo como um equilíbrio entre as espécies. Por favor, entenda a minha decisão e saiba que sinto muito pelo seu sofrimento. Aparecerei em breve, aguente!

— Mamãe? Eu não entend...- senti os ventos a minha volta se entisificaram tudo era um borrão flashs e mais flashs vinham e minha mente me fazendo gritar, todas as memórias vinham era como elas nunca estivessem saído de lá. Sentimentos como raiva, dor e decepção se apossaram do meu intimo. Niklaus me fez esquecer que era ele quem me apunhalou e me privou de viver a minha vida por oitocentos anos, e pela primeira vez eu consegui enxergar quem era o homem que nossos inimigos desprezavam, pela primeira vez eu era vítima do hibrido Original. Ele Não era mais o meu Niklaus o homem gentil, amável e carinhoso com quem me casei, ele era Klaus o homem que jurou sua alma a mim por toda a eternidade que reduziu meu coração em cinzas.

Meu coração martelava dentro do meu peito, era uma dor tremenda eu sabia que ele poderia sentir o meu desespero, eu queria poder gritar mais sentia um nó preso dentro da garganta, abri os olhos suando frio enquanto levava minhas mãos tremulas a boca deixando escapar um fraco soluço.

Hayley me encarava sem saber o que fazer, ela estava assustada e eu estava assustada.

— O que você viu? – perguntou-me ela por fim apreensiva.

— É uma menina. – disse seca retirando-me do cômodo, sem ao menos encará-la. De repente sua presença estava me incomodando, não era sua culpa mais era inevitável não culpar a mulher que vai ter um filho da pessoa que eu amo e que me destruiu. Eu sentia o meu sangue ferver, era eu que deveria ter essa criança, era para o meu bebê crescer ele seria a mistura perfeita de nós, seria nossa esperança.

Afastei esses pensamentos de minha mente, fui ao lavabo e molhei-me o rosto, meus olhos estavam arregalados com a íris vermelho sangue, as veias pretas e vermelhas abaixo deles destacavam em minha pele branca, minha boca entreaberta com presas afiadas semelhantes a uma serpente. Ó céus eu estava péssima. Tratei logo de mudar a feição.

Ouvi a porta da frente se abrir, desci as escadas lentamente praticamente fervendo, Niklaus e Rebekah abriram um sorriso assim que me viram. falsos!

Elijah que estava abraçado com Hayley soltou-se bruscamente, mas das coisas que eu mais odiava no mundo era me sentir desarmada e Elijah tinha esse poder sobre mim. Ele parecia ler através de meus olhos a minha alma. Ele deu dois passos e minha direção enquanto tentava formular palavras, sua boca entreabria-se e fechava-se novamente sem ter o que dizer. Seu olhar era de incredulidade, raiva e saudade. Eu sabia que como o caixão estava enfeitiçado o único que poderia me tirar a adaga era Niklaus. Não poderia culpa-lo.

Corri para s seus braços e chorei, todas as lagrimas manchando o seu terno caro enquanto ele reconfortava-me passando os dedos dentre os meus cabelos.

— Hey amor, por que você está assim? – ouvi Niklaus dizer muito perto, agarrei-me ainda mais em lijah que me segurou na mesma intensidade com medo que eu escorregasse de seus braços. Eu sentia sua ira sobre o irmão e os ciúmes se apossar dentro de mim, era isso que a ligação entre almas faria. Os dois seriam como uma única pessoa e o que um sentiria o outro também sentia. - Solte-a Elijah – ele rosnou como um aviso. – Solte-a AGORA! – Ele gritou na ultima parte puxando-me violentamente para si.

— LARGUE-ME. – gritei fazendo o chão se estremecer e as luzes piscarem. Rebekah ficou instantaneamente apavorada e protegeu Hayley atrás do corpo. – Você acha mesmo que eu iria subir para sempre aos seus desejos e sua hipnose? – perguntei sucinta como uma serpente enquanto desliava seu veneno dentre suas presas. - seu rosto empalideceu.

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— Niklaus você não teve coragem... – Rosnou Elijah enquanto seus olhos escureceram, Niklaus olhou para Bekah que abaixou a cabeça, Hayley estava apenas a observar com os olhos curiosos. – Rebekah...

— Era apenas o melhor para você Jorie, desculpe-nos. – começou a loira falando muito rápido fazendo-me encruzar os braços na altura de meus seios. – você acordou desnorteada, apenas queríamos ajuda-la.

— Oh. Claro você só queria ajudar o seu irmão, eu estou decepcionada com você Rbekah. Eu lutei por você quando eu te enfiou a adaga mágica em seu coração, eu passei uma década sem falar com Niklaus direito por você. Eu só esperava uma retribuição de amor, mais não é isso que eu estou recebendo. – falei sentindo lágrimas brotarem em meus olhos.

— Jorie eu não sabia... – Elijah começou e eu interrompi.

— Eu sei, eu não culpo ninguém aqui presente por terem estragado a minha vida, eu não culpo por manterem o meu filho, e principalmente por me manipularem de uma maneira tão suja. A única responsável por meus erros sou eu Elijah. Não a mais ninguém a culpar. Já passou.

— Marjorie amor eu sinto muito... – Niklaus começou mais se perdeu dentre suas palavras.

— Oh, por favor, continue eu estou ansiosa para ouvi-lo.

— Eu fui um egoísta, manipulador e idiota. Perdoai-me por te apunhalar, matar o nosso filho... – vi pela visão periférica Hayley levar as mãos até seu ventre. - destruir o nosso casamento, apunhalar meus irmãos e acabar com a nossa família. – Niklaus aproximava-se com os olhos azuis brilhando por lagrimas. Ele ajoelha-se a minha frente e sussurra. – Por favor, dei-me mais uma chance, se fiz todas essas coisas terríveis foi por amor.

— Não foi por amor o que você fez, foi por medo. Eu entendo que você não estava preparado para ser pai, você vivia tão obcecado pela nossa segurança e por quebrar a maldição de Esther que não deixava ninguém viver. Rebekah só queria uma pessoa que a amasse tão intensamente quanto ela amou todos os seus milhares de amantes que acabaram com o mesmo destino: a morte. Por quê? Você os matou. Elijah só queria a família reunida, que as brigas acabacem que pudéssemos viver juntos sempre e para sempre enquanto você nos separava ainda mais. Kol só queria se divertir para esquecer os problemas e você o privou de viver a sua vida e Finn por odiar o que somos você o apunhalou ao invés de mostrá-lo o quão felizes poderíamos ser como vampiros. Você foi egoísta Klaus, você me privou de ter amigos, me privou de ter um filho, me privou de te amar. Quantas mulheres eram levadas a nossa cama enquanto estávamos juntos? – perguntei vendo-o abaixar sua cabeça, eu sabia que a estava altura sua humanidade já estava ligada. Meu peito se apertava mais eu não podia parar. – Eu sei, você não sabe por que não se importava. Mais eu sim, posso recitar cada nome se não se importa, Samantha, Agnes, Katherina, Rosemarie, Joene, Rayna, Velma, Katrina, Melinda, precisa de mais? Meu coração se quebrava quando você lançava olhares desejados para outras moças, ou quando tocava em seus rostos com a delicadeza que não mais me tocava. Eu sou apenas um mero enfeite na sua estante de corações partidos s.r. Mikaelson, se você olhar bem vai perceber que eu sou o primeiro deles.

Klaus ofegava, ele estava tão vulnerável aos meus pés. E pelo contrario de muita gente eu não estava feliz por feri-lo porque eu também estava me ferindo. Rebekah já estava chorando, com Elijah ao seu lado sua expressão era de dor era até Hayley estava abalada.

“Você precisa cuidar da menina tribird, Jorie. Acalme-se”

Lembrei-me das palavras suaves de minha mãe, e respirando fundo decidi retira-me do cômodo.

— Você vai embora. – Sua voz saiu rouca e um pouco ofegante, ainda mantendo os olhos baixos, - Perdoe-me, por favor, eu amo você. Olhe para mim eu estou aqui implorando o seu perdão, por que eu não posso te perder. Eu estou caído aos seus pés e a minha dignidade está no lixo, se meus inimigos me visem assim ou até mesmo o meu pai ririam de mim e me chamariam de fraco, mais eu não me importo eu só quero você Marjorie. Só você. Por favor não me deixe.

Estendi-lhe a mão para levantar-lhe em silencio. Segurei seu rosto dentre as minhas mãos e fixei seu olhar contra meu.

— Eu não o deixarei, entreguei minha alma e coração a você não quebrarei minha promessa. Então faça por merecer. Se seus inimigos e Mikael o visse assim tão vulnerável com toda certeza zombariam de você mais a família Klaus nunca abandona ou deixa ninguém para trás ela sempre estará lá para curar suas feridas. O bebê que Hayley carrega é a única chance de restaurar essa família então pelo pouco de humanidade que ainda reside em você traga o meu Niklaus de volta para nós. Ele sim eu posso perdoar, mais esse Klaus. – coloquei a minha mão sobe a sua em cima de seu coração - eu nunca farei nada por ele.

Eu sou o veneno em seus ossos

Meu amor é sua doença

E eu não lhe deixarei livre

Até eu quebrá-lo