Na delegacia, Jamie andava de um lado para o outro. Estava visivelmente nervosa e preocupada. Jessica havia voltado para acabar de vez com o seu casamento.

– O que você tem, Jamie? – perguntou o policial Wilson.

– Nada, Henry. Nada.

– Posso te confessar uma coisa?

– Pode.

– Estou com medo dessas coisas.

– Eles são perigosos, Henry. As pessoas pensam que são seus entes queridos que voltaram, mas acho que há algo muito maior por trás disso.

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– Você acha que eles querem acabar com os vivos?

– Eu não acho, Henry. Eu tenho certeza.

– O que vamos fazer, Jamie?

Nesta hora, o celular de Jamie tocou.

– Oi amor. Hum, entendo. No Madison Square Garden? Ok. – ela desligou e olhou para Henry.

– O que foi?

– Vão levar os ressurgidos para o Madison Square Garden, para identificarem e ajudar a encontrar suas famílias.

– E o que isso tem a ver?

– Que tal protegermos os vivos e não os mortos?

– Isso seria uma boa idéia, Jamie.

No Madison Square Garden, os ressurgidos iam chegando aos poucos. Logo, se tornaram muitos. Jessica e Sid foram pra lá, para ajudarem no que podiam. Havia pessoas de todas as épocas; veteranos do Vietnã, heróis da Segunda Guerra, heróis do Onze de Setembro, vindos de todas as partes dos Estados Unidos.

– Quantos deles você contou? – perguntou Lindsay para Stella.

– 250. Ainda têm alguns lá fora, mas creio que não vai passar muito disso.

– Ok.

– Esse pessoal está com fome, com sede. Precisam de ajuda. Não vamos dar conta. – disse Mac a Sheldon.

– Hora de acionar o governo?

– Seria bom.

– Vou dar um jeito nisso.

– Hei Hakwes! – Mac gritou. – não conte ao governo que são pessoas ressuscitadas.

– Ok. Vou inventar uma história.

Jessica estava terminando de coletar os dados dos ressurgidos quando um homem se aproximou.

– Porque estamos aqui? – ele perguntou.

– Pra fazer identificação, pra ficar mais fácil de encontrar as famílias dos ressurgidos.

– Hum.

– Você está bem, moço?

– Só uma dor no peito. Sinto isso desde que voltei.

– A propósito, você já deu seu nome?

– Não, eu cheguei agora. Não faço a mínima idéia de como vim parar aqui. Na verdade, eu acordei no Texas.

– Eu também.

– Vim de carona para cá.

– Eu também. Que coincidência, não?

– Pois é. Eu deveria voltar pra casa, mas não tenho grana pra isso.

– Onde é sua casa?

– Las Vegas.

– Um pouco longe. Depois que isso acabar vamos ver o que fazemos, ok?

– Sou Brown. Warrick Brown.

– Jessica Angell.

– Você trabalhava no Departamento de Polícia de Nova York, não?

– Sim, eu era detetive.

– Eu trabalhava na criminalística de Las Vegas.

– Sério?

– Warrick Brown. Que prazer revê-lo! – disse Danny, abraçando-o.

– Messer! O prazer é todo meu.

– Como veio parar aqui, amigo?

– Vim de carona do Texas.

– Nossa! Vamos resolver logo esta situação, ok? Não se preocupe. – Danny sorriu e foi para o lado de Lindsay.

– Como você morreu? – ela perguntou.

– Me assassinaram.

– É, eu também. Somos mais parecidos do que imaginamos, hein?

– Pois é.

– Eu queria ver meu filho. Ele deve estar enorme. – Warrick começou a chorar.

– Vamos dar um jeito, ok? – Jess o abraçou e em seguida, pegou seus dados.

Na delegacia, Jamie juntava seus homens de confiança para uma missão.

– Vamos trancá-los naquele ginásio, ok? Eles são perigosos.

– Como vamos fazer isso, Lovato? – perguntou Caleb.

– Vamos fingir que estamos os protegendo. Eles vão acreditar.

– Tudo bem.

Eles se dirigiram até o Madison Square Garden e começaram a agir. Junto com eles chegou a FEMA, que era o Órgão Nacional de Defesa Civil, pra ajudar com mantimentos, água, roupas, etc.

– Olha lá, a Defesa Civil. – disse Jamie para Henry.

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– O que eles estão fazendo aqui?

– Provavelmente vão dar alimentos, oi coisas parecidas pra essa gente.

– Detetive Flack, que bom vê-la. – disse o capitão Charles Gray.

– Capitão! É bom vê-lo. – Gray havia estudado com Jamie na Academia de Policia.

– E essa gente toda? Foi um desastre o que aconteceu!

– Como?

– A enchente.

– Oh, quem te contatou?

– O Dr. Sheldon Hawkes. Por quê?

– Acho que ele omitiu alguns pequenos detalhes pra você.

– Como assim?

– Conhece Jessica Angell?

– Oh! Como esquecer de tão linda mulher? Era uma detetive excepcional, uma pena o que houve com ela.

– Venha comigo. – Charles a seguiu para dentro do ginásio. – está vendo ali? Com a Stella?

– É a Jessica?

– Hum, sim.

– Como isso é possível, Jamie?

– De alguma maneira completamente irracional, ela voltou. Todas estas pessoas ressuscitaram, Charles.

– Ressuscitaram? Por Deus, Jamie! – Charles olhou em volta e começou a andar em direção a uma moça, que estava sentada no chão, conversando com outra. – Olivia?

– Papai! – ela se levantou e o abraçou. Olivia, assim como muitos ali naquele ginásio havia morrido no onze de setembro quando tinha vinte e três anos.

– Minha nossa, eu nem acredito nisso!

Jamie olhou para o lado e viu Jessica com Don. Ficou furiosa ao perceber que sim, o seu marido ainda amava aquela mulher. Viu Don passando a mão em sua barriga e foi até lá, pra tirar satisfações.

– Mais que merda é essa, Donald? Esqueceu-se de quem é a sua mulher?

– Jamie, eu não...

– Porque estava passando a mão na barriga desta coisa?

– Eu estou grávida, Jamie.

– Grávida? Isso não pode ser verdade! Você está morta! Porque você apareceu, sua desgraçada? – disse Jamie dando-lhe uma bofetada no rosto. Jessica ficou sem reação. Flack segurou o braço de Jamie e a levou até o lado de fora.

– No que você está pensando, Jamie? Porque fez isso?

– Você é o meu marido e me deve respeito, Donald.

– Você não se respeita, Jamie.

– Aquela desgraçada ressurgiu sabe se lá de onde pra acabar com o nosso casamento. Você não sabe o quanto me dói ver você olhando pra ela. Você ainda a ama. Mesmo depois de tudo o que eu agüentei.

– Como assim?

– Você pelo menos tem idéia de quantas vezes eu ignorei o fato de você falar o nome dela enquanto transava comigo?

– Eu não fiz...

– Fez sim. Muitas vezes. – Jamie começou a chorar.

– Jamie, eu sinto...

– Não sente. Eu não quero mais saber! Eu quero que você e a Jessica vão para o inferno. Vocês dois com esse monstrinho que está dentro dela. Não quero mais ser sua esposa. Pra mim já chega.

– Finalmente você percebeu que o nosso casamento acabou. Obrigado. – ele saiu, deixando-a lá, aos prantos. Isso fez com que sua raiva dos ressurgidos crescesse.

Lá dentro, Don procurava Jess.

– Sid você viu a Jess?

– Não Flack.

– Valeu. – ele olhou para o lado e a viu num canto, sentada na arquibancada. – hei, Jess!

– Oi Don.

– Eu sinto muito, eu não queria que...

– Me desculpe por estragar seu casamento.

– Meu casamento já estava acabando, Jess. Foi só uma questão de tempo.

– E os seus filhos?

– Eles vão entender. Vamos conversar lá fora. – ela se levantou e os dois andaram em direção à porta, mas um policial os impediu.

– Um de vocês são ressurgidos?

– Eu sou. – Jess disse.

– Tenho ordens para não deixá-los sair.

– Ordens? – Flack mostrou seu distintivo, mas o policial sacou a arma.

– Me desculpe, detetive, não posso deixá-los sair.

– Mais quem foi que lhe deu estas ordens?

– A detetive Jamie.

– Ela não pode estar fazendo isso... – Flack correu até Mac e Stella.

– o que foi Flack? – perguntou Stella.

– A Jamie vai fazer alguma coisa ruim com essa gente.

– Como e por quê? – perguntou Mac, sem entender.

– Ela deu ordens para que os policiais não deixassem os ressurgidos saírem.

– Mais por quê? A Jamie está louca?

– Está com ódio, Mac. Muito ódio.

– Jessica.

– Eu ainda a amo.

– Eu sei. – disse Mac. – vamos dar um jeito nisso.

– Precisam de ajuda? – perguntou Warrick a Stella.

– Precisamos. Ainda sabe atirar, Brown?

– Mais é claro. - ele sorriu

– Então toma. E não diga a ninguém que é ressurgido, está me ouvindo? – disse Stella entregando-lhe uma arma.

– O que eu vou fazer com isso? E por quê não posso dizer que sou ressurgido?

– Se prepare, meu amigo. Vamos entrar numa guerra.