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Instituto


Não sabia que horas era quando acordei apenas sabia que era tarde, bem tarde.

Tomei um banho rápido, coloquei uma roupa fria e arrumei meu cabelo num rompante.

Desci para a sala onde encontrei sobre a mesa de centro um recado de mamãe avisando que demorariam a chegar, tal como eu devia preparar meu almoço. Ainda tinha o lembrete de que o Instituto me esperava amanhã.

Senti meu corpo se preparando para a idéia de me embrenhar no novo mundo.

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Meu dia se decorreu como eu já esperava, sem nada de útil, nada fora do comum.

Fui dormir cedo queria estar bem disposta para amanhã.

Se sonhei nem me lembro, mas nem me importei com isso.

Enquanto me espreguiçava, mamãe entrou no meu quarto.

-Bom-dia querida – disse ela sorrindo levemente

-Bom-dia – disse em meio ao bocejo

-Não acredito que você não vai morar mais conosco – disse ela vindo até mim.

Pisquei atordoada.

Tinha me esquecido que moraria basicamente no Instituto.

Oh dose.

-Venho para casa nos fins de semana – a lembrei

-Claro – concordou ela balançando a cabeça afirmamente – Vá tomar seu banho, meu anjo.

Assenti com a cabeça enquanto me levantava. Ela saiu do meu quarto e fui tomar banho. Em seguida retornei para ele encontrando meu uniforme na minha cama.

Estreitei as sobrancelhas antes de vesti-lo.

À parte de cima consistia de uma blusa de manga curta branca de abotoar, tinha um emblema no peito do lado direito.

O emblema era um escudo com um leão, duas espadas cruzadas o atravessam por trás e uma faixa dourada o envolvia. Para arrebatar a parte de baixo consistia em uma saia curta preta.

Ótimo, seria adorável eu pilotando com uma saia dessas.

Coloquei uma meia calça preta junto com meu tênis cano longo branco. Como acessórios um colar com um pingente de coração e como brincos pontos de luz.

Preferi deixar meu cabelo solto e fiz uma maquilagem sutil.

Peguei minhas coisas e desci para a sala onde meus pais já me esperavam.

Papai me deu um forte abraço, depois mamãe. Até parecia que eu ia para nunca mais voltar.

-Tenho que tomar café – informei solene

-Não querida – discordou mamãe – Deve fazer isso quando chegar ao Instituto, não queremos uma gafe, não é?

Assenti com a cabeça.

-Você tem uma vaga no estacionamento – informou mamãe enquanto eu ajeitava a alça da minha bolsa no meu ombro – Fica próxima da entrada você encontrara facilmente.

Assenti novamente com a cabeça.

-Quando quiser algo basta nos ligar –disse papai enquanto saiamos – Não hesite viu.

-Claro, relaxe – assegurei vendo mamãe tirar seu carro.

-Tenha um bom dia querida – disse ele indo para seu carro.

Fui então para minha moto.

Seria louco chegar sob ela.

O Instituto parecia um complexo repleto de atividades do que uma escola. Morar nela seria para mim surreal ao tempo em que para os riquinhos era da hora.

O prédio erguia-se colossal na parte metropolitana da cidade. Parecia um exemplo real de Howgarts. A arquitetura como era de se esperar para um prédio antigo como aquele era gótica e a fachada era bem cuidada.

Enquanto procurava a bendita vaga via os carros esportivos, limusines.

Era adorável saber o quanto de prepotência viria para mim.

Foi então que vi uma placa prateada com meu nome em relevo dourado e ao lado um jovem pomposo.

Estacionei e tirei o capacete vendo que o jovem me olhava com espanto.

-Desculpe – disse ele solene – Mais essa vaga é reservada.

-Eu sei – disse sorrindo – Scalat.

Ele franziu a testa depois pegou minha mão beijando o torso.

-Me chamo Clark Sponkins – se apresentou ele

Então olhei cada detalhe seu.

Ele detinha um cabelo loiro curto e espetado, olhos negros que se perdiam na escuridão, a pele alva levemente rosada, lábios medianos quase desejáveis, meramente alto, ombros largos, magro talvez com músculos.

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-Scalat Radcliffy – disse

-Bem, senhorita Scalat lhe levarei até sua sala – disse ele oferecendo passagem.

Guardei o capacete e o segui vendo que o uniforme dos rapazes além das blusas era uma calça. Tal como as cores variavam. Branco, creme e azul.

-As nos uniformes – iniciei uma conversa – indica a serie em que se encontram?

-Sim – confirmou ele – Azul para o primeiro ano, creme para o segundo e branco para o terceiro.

-Entendo – disse correndo meus olhos pelo corredor que acabávamos de encontrar.

O estilo ali era diferente, a predominância era pelo moderno clássico.

Luzes brancas, moveis abstratos, quadros pós-impressionistas.

-Não esperava que você estivesse dessa forma – comentou Clark a minha frente – Imaginei alguém mais sem sal.

-Era de se esperar – murmurei claramente – Só achei que o Instituto devia conhecer uma nova, Scalat.

-Pode se mudar a casca, mas a essência continua a mesma – refletiu ele – Além do mais não tem como apagar o que ocorreu.

Enrijeci quando o comentário verberou em meus ouvidos.

-Foi um comentário inútil não foi? – indagou ele hesitante

-Foi – disse dura

-Não se preocupe ninguém aqui se importa com isso – disse ele concertando sua gafe

-Você não está conseguindo resolver nada – disse para ver se acabava com aquele assunto

-Se você diz isso – disse ele dando de ombros – Preciso seguir o protocolo.

-Manda – incentivei

-Suas coisas já estão em seu quarto – disse ele – As que faltam sua mãe mandará ainda hoje.

-Divido o quarto com alguém? – indaguei curiosa

-Com duas outras alunas do terceiro ano – disse ele – Trate-as com o devido respeito, pois serão suas mestras daqui pra frente.

-Sua arrogância é clara – soltei sem querer

-Não é arrogância, Scalat, é apenas ser direto – discordou ele – Além do mais é só para você saber disso para não fazer besteira novamente.

Fechei minhas mãos tentando controlar a raiva que inflamou em meu corpo.

-Espero que você tenha plano de saúde – disse ríspida

-Claro que tenho, meu pai é dono de um hospital – disse ele com prepotência.

-Então espero que ele seja um bom cirurgião plástico – disse o encarando – Pois o estrago que seu rosto ficará só uma cirurgia para resolver.

-Não conhecia esse lado assassino – disse uma voz solene por minhas costas

Voltei para saber quem havia dito isso.

Não sei se estava no céu ou inferno, mas que a perdição estava na minha frente, ah isso estava.

Ele detinha um cabelo arruivado, liso e um pouco longo, olhos azuis que pareciam um mar límpido, a pele alva com algumas imperfeições, estatura media, magro, boca sedutora e o piercing de segurança no osso do nariz me matava.

-Gregory – disse Clark ao meu lado num tom de respeito

O ruivo se voltou para ele e sorriu antes de depositar seus olhos em mim.

-Nemesis esquecera de dizer que era tão exótica – disse ele numa voz rouca altamente sexy

-Devo aceitar isso como um elogio? – indaguei o olhando seria

-Completamente – afirmou ele passando a língua nos lábios ressecados – Acredito que sua estadia aqui será proveitosa.

-Fala serio – resmungou uma garota pondo a mão no ombro dele enquanto me olhava por cima.

A olhei de cima abaixo.

Ela era loira, cabelo longo e escorrido, olhos amendoados que deixavam claro a repulsa que sentiam de mim, a pele parda com algumas sardas, baixinha e para melhorar era magérrima.

Modelos e bailarinas são magras, mas ela as superava sem ter chance para revanche.

-Não entendi por que convidaram essa suburbana – queixou-se ela trincando os dentes

-Talvez porque eu tenha porte para estar aqui – repliquei seca

Jura que iria deixar ela pisar em mim como deve fazer com os outros.

-Porte? – sibilou ela com um sorriso de escárnio – Fazer o que...

-Isabel – disse uma voz a interrompendo

Ela no mesmo instante se encolheu como um animal assustado.

Olhei para o dono da voz.

Alguém por favor, me abane.

Junte o cabelo negro, curto e liso, com alguns fios caindo por sua testa, olhos verdades do tom das folhas das arvores, a pele bronzeada e brilhosa, alto com porte atlético, a boca sem comentários e o terá.

Queria puxá-lo para um beijo demorado.

-Isaac – disse Isabel com um pouco de surpresa – O que faz aqui?

-Que tal indo para a sala? – respondeu ele com deboche

Mordi minha língua para não rir ao tempo em que nem acreditava que o garoto daquele dia fosse tão lindo.

-Onde está seu óculos? – perguntou Gregory o olhando de maneira critica

-Na sala – respondeu ele passando a mão no cabelo – Vamos indo antes que Artie tenha um colapso.

O casal assentiu. Gregory acenou para mim antes de se afastar com Isabel. Já Isaac colocou a mão no ombro de Clark sem dizer nada e depois se afastou também.

Respirei fundo ate senti Clark me puxando pelo braço.

-Posso caminhar sozinha – disse seca

-Atrasada – avisou ele tomando minha frente

Depois de dobrar em tantos corredores, subir alguns lances de escadas. Ele estancou em uma sala onde vi em cima da porta cromada a placa indicando terceiro B.

-Tome – disse ele me entregando uma espécie de folheto – Isso é o mapa do colégio, estão demarcadas as salas de suas atividades extracurriculares.

-Acho que não preciso disso.

Ele sorriu sem humor.

-É fácil se perder por aqui – disse ele serio – Tem outros guias no corredor se precisar de ajuda.

Então reparei na sua vestimenta do terceiro ano no qual no seu braço direito haia um bracelete verde-escuro com um emblema diferente.

Clark abriu a porta fazendo o professor interromper sua explicação.

-Atrasados – observou o homem de meia-idade

-Tivemos um contra-tempo – esclareceu ele com um sorriso de desculpas

-Muito bem – disse professor – Entre, senhorita Radcliffy.

-Boa aula – murmurou Clark antes de fechar a porta e ir embora.

Olhei para a turma que devia conter no máximo 25 alunos, correção 26;

-Acho que não quer fazer o protocolo, sim?- indagou o professor me olhando

-Se eu puder passar ele – disse com um fraco sorriso

-Scalat – me chamou uma garota ruiva

Voltei meu olhar melhor para ela.

Fala serio.

-Sente-se – disse o professor

Assenti enquanto me encaminhava para o lugar ao lado da ruiva que reconheci se tratar de Nemesis, a garota que me ajudou antes.

Ela tinha o cabelo ruivo longo e encaracolado, olhos pretos radiantes, a pele alva, alta e esbelta. Isso sem falar no aparelho que usava na boca de lábios finos.

-Ainda bem que ficamos na mesma sala – vibrou ela quando me sentei

-Acho que sim.

Agora estava começando a entender o porque de eu ter sido convidada pelo Instituto. Relaxei na cadeira enquanto Nemesis continuava a cochichar sobre como eu iria curtir tudo, as atividades que tinha programado para nós.

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Reparei nos olhos alunos compenetrados na explicação complexa do professor. O estranho é que tudo fluía na minha mente rápido.

Sempre tive dificuldades com assuntos relacionados á Historia.

Notei a estrutura da sala, paredes em tons claros, cadeiras individuais, piso de granito, quadro de acrílico, duas estantes e um armário numa parede e a mesa do professor no centro do patamar.

Talvez não fosse tão ruim estudar aqui.