Bati três vezes na porta da sala de aula e esperei.

Sinceramente? Eu acho que nunca me senti tão insegura em toda a minha vida. Por algum motivo eu esperava que Lupin me desse um sinal de vida, mas ele nem me mandou uma coruja no café, nem compareceu ao mesmo. Ali, na frente àquela porta de carvalho descascada, lembranças de ontem à noite me vinham à tona...

Flash Back ON:

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Estávamos sentados em uma mesa do lado de uma das janelas da biblioteca, e Remus me abraçava de lado, enquanto eu descansava a cabeça em seu ombro. Já devíamos ter passado mais de duas horas ali, só admirando a lua crescente.

– Stephanie? – ele sussurrou de repente, sem olhar para mim

– Sim, Remus? – eu respondi, também sem tirar o olhar do céu estrelado.

– E agora? Digo... O que vamos fazer?

– Como assim? – perguntei confusa, e me virando de frente para ele, soltando-me de seu abraço.

Ele de repente retornou a sua expressão cansada de sempre.

– Meu amor... Você sabe o que eu quero dizer. Eu sou seu professor, Stephanie. Tenho mais que o dobro de sua idade e você está noiva. Além do mais que eu sou... Ahn... Bom, o fato é que tem coisas sobre mim que você não sabe! – ele disse, meio nervoso – Você quer mesmo se envolver com alguém como eu nessas circunstâncias? Pode me dizer a verdade, tudo bem?

– Você está brincando? – eu exclamei, com um sorriso incrédulo – Minha nossa, Remus, depois de todas as palavras que eu te disse há momentos atrás, você tem mesmo dúvidas que eu queira ficar com você? Eu não acredito nisso...

– Desculpe... – ele falou, envergonhado – É só que... Como vamos manter isso?

– Nós damos um jeito – falei com meu sorriso mais amável, abraçando-o, e voltando a encará-lo – Podemos trocar cartas, não é? Nos veremos nas aulas e talvez eu consiga te fazer algumas visitas.

Ele sorriu para mim. Era incrível como seu sorriso era radiante aos meus olhos. Mesmo com aquelas olheiras enormes, e a aparência cansada, eu ainda o achava o homem mais lindo que já tinha visto em toda a minha vida!

– Eu te amo – lhe sussurrei com todo o meu coração, e o beijei ternamente.

Flash Back OFF

Continuei encarando a porta. Ouvi uns barulhinhos de chaves e a porta me foi aberta pelo sorridente professor Lupin.

– Stephanie? Ah, meu amor, que saudades! – ele exclamou me erguendo do chão com um abraço, e, me devolvendo ao chão de sua sala, colou seus lábios quentes nos meus. Como que por mágica, aquele beijo me fez esquecer tudo o que me incomodava por alguns segundos. Adorava poder acariciar seus cabelos enquanto o beijava, aquele carinho que fazia em minha cintura era algo impossível de descrever, e todo o respeito que ele tinha para comigo me deixava ainda mais apaixonada!

– Hum... – gemi baixinho quando ele me soltou. Segurou minhas mãos e ficou me olhando sorrindo.

– Como é que a garota mais linda de Hogwarts está nessa linda manhã de sábado? Animada? Eu espero que sim, porque eu não vou te soltar nem pra respirar de tantos... – ele me deu um beijo – beijos... – ele me beijou novamente – que eu... – ele me deu mais um beijinho - ...vou te dar! – exclamou, me tomando pela cintura novamente com um beijo devastador, e me colocando em cima de sua mesa.

Eu, como toda garota recatada, obviamente me assustei de início, mas logo retomei o autocontrole. Afinal, eu vim para estudar com ele! Não que eu precise, é claro, mas tem algumas coisas que eu ainda quero aprender. Conhecimento é tudo, rapaziada!

– Lupin... – ele murmurou um ‘’ Ahn?” abafado enquanto beijava o meu pescoço desesperadamente – Er... Pare com isso, está bem? – eu disse afastando-o pelos ombros e encarando-o.

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No momento que o olhei, ele arregalou os olhos e ficou corado, como se tivesse acabado de perceber o que estava fazendo. A carinha dele ficou tão fofinha! Parecia um cachorrinho arrependido ou coisa assim. Perfeito!

– Hum... Certo. – ele abaixou o olhar e deu a volta na mesa, sentando-se em sua cadeira – Desculpe, Stephanie. Eu... Quero dizer... Desculpe.

Ri baixinho de seu nervosismo e me sentei em sua mesa, deixando minhas costas à sua frente.

– Não se preocupe... – me deitei em cima de seus pergaminhos – Não vou contar nada do que acontece aqui para ninguém! Escuta... Poderia me fazer um favor? – disse me virando na mesa e apoiando os cotovelos no seu caderno de chamada. Ele olhava meus lábios perigosamente perto dos dele com a boca entreaberta e com as pupilas dilatadas. Eu começava a achar aquela situação engraçada...

– Faço o que você quiser, minha princesa... – Meu professor disse, parecendo acordar de um transe com um sorriso e voltando a me olhar nos olhos.

– Eu estava pensando... Nossa comunicação realmente não vai ser muito fácil, não é? – falei enrolando uma mecha de cabelos nos dedos, ainda com os cotovelos na mesa.

– Bom, acho que... Não. Não vai ser fácil manter contato. Hoje de manhã eu tentei lhe mandar uma coruja, mas lembrei que ainda tinha que preparar as aulas da semana e vamos ter o passeio a Hogsmeade amanhã e um monte de coisa pra comprar, mas... Qual é o ponto, Stephanie?

– O ponto, meu amor, é que... Gostaria de saber se você poderia me ensinar o feitiço do patrono.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.