"And I'm still waiting for the rain to fall

Pour real life down on me

Cause I can't hold on to anything this good enough

Am I good enough for you to love me too?" (Evanescence)

Eu havia esquecido completamente que tínhamos compelido uma humana para cuidar da nossa casa em Mystic Falls na nossa ausência. Foi ideia de Elijah evidentemente. Tudo parecia impecável...eu não sei de onde meu irmão tira essas ideias de perfeccionismo, mas ele quase sempre está certo quando resolve fazer as coisas do jeito dele. Ele só esqueceu de compeli-la para guardar a casa porque ela mal anunciou "Liz Forbes" e a mãe de Caroline foi entrando, como se estivesse em missão policial. Ela parecia furiosa. Mais que furiosa, ela parecia fora de si.

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–Onde está minha filha?

–Boa noite, Liz.

–Onde está minha filha, Klaus? Ela gritou como se não estivesse há alguns centímetros de mim e como se não soubesse o meu potencial letal.

–Ela está lá em cima, Liz. Stefan respondeu por mim.

–Caroline está bem. Eu disse tentando não parecer o idiota que ela achava que eu era. Nesse momento Elena e Bonnie vinham descendo as escadas e Liz foi ao encontro delas. Elas se abraçaram. Então eu vi as lágrimas nos olhos de Liz.

–O pior já passou, ela está dormindo. Disse Bonnie reconfortando-a.

–Estávamos lá em cima com ela, esperando que ela acordasse, mas ela parece exausta então resolvemos descer. Explicou Elena.

–Eu quero ver minha filha. Ela subiu as escadas com Bonnie e Elena que antes de subirem me lançaram olhares de inquisidoras. Não que antes elas não olhassem pra mim como um monstro, mas agora havia naquele olhar algo mais do que repulsa.

–Você agora realmente tem problemas, Klaus.

Eu não respondi ao Damon. Minha cabeça borbulhava com mil coisas dentro dela.

–Eu aposto que se ela pudesse teria matado o Klaus agora, o que você acha irmão?

–Sou obrigado a concordar com você em algo, Damon. Eu acho que Klaus não se encaixa no papel de marido ideal que a Liz desejaria pra filha.

Aquilo era demais. Eles haviam passado dos limites e eu não podia matá-los. Então eu tinha que entrar naquele espécie de diálogo grotesco sem propósito:

–E vocês dois realmente acham que a família da Elena aprovaria o tipo de relacionamento que ela tem com vocês dois? Convenhamos, mesmo que os pais dela fossem humanos e ela fosse uma vampira, ver a filha circulando entre dois irmãos também não faz parte da vida ideal que os pais costumam sonhar pra suas filhas.

–Ela nunca esteve com nós dois ao mesmo tempo...ela sempre fez...escolhas. Disse Stefan sem ter muita certeza.

–Vamos lá, Stefan, qual pai ou mãe ficaria feliz em saber que a filha é o ponto de discórdia entre os dois últimos integrantes de uma familia? Ainda mais sendo um deles um ripper e o outro um sociopata sanguinário e sendo os dois "supostamente" controlados por ela?

–Vamos lá Klaus, qual a mãe que ficaria feliz em saber que a filha está vivendo com um híbrido assassino, que tem uma família problemática, é megalomaníaco, já matou centenas e ainda assim tem mais inimigos do que o número de corpos que deixou espalhados por séculos. E....veja bem E AINDA POR CIMA engravidou uma maluca e vai ser pai?

Damon disse isso como se estivéssemos em um tribunal.

–Pai? Elena e Bonnie quase gritaram em coro enquanto desciam as escadas. Liz não estava com elas, felizmente.

Ok. Agora estávamos realmente em um tribunal. E eles pareciam dispostos a aproveitarem o fato de que por mais que esse fosse o meu maior desejo nessa hora, eu não poderia mata-los. Porque eles eram amigos de Caroline. Por mais que eles me odiassem eles a amavam e se eu tivesse que contar com alguém para cuidar dela ou protege-la, teria que ser com eles.

Elena e Bonnie olhavam pra mim esperando resposta. Eu as ignorei buscando o ultimo fio de paciência que eu ainda tinha.

–Hayley está grávida. Ele é o pai. Não me olhe assim, Elena. Ele é meio lobo ou seja, nós não corremos risco algum. Damon podia perder a namorada, mas não perderia a piada.

–Eu acho que minha vida pessoal não está em julgamento nesse momento. Ela não é da conta de vocês de qualquer forma.

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–Você está certo, Klaus. Disse Elena. Sua vida realmente não nos interessa. Mas Caroline é minha amiga. O que me interessa é apenas o impacto que essas coisas podem ter na vida dela.

–Caroline sabe disso? Sobre a Hayley e a criança? Bonnie perguntou.

–Sim, ela sabe.

Stefan levantou da cadeira e caminhou pela sala enquanto falava:

–Isso não me parece nada típico de Caroline. Nada sobre essa história dela com você bate com o que ela considera certo. E Caroline tem ideias muito claras sobre certo e errado. Você a compeliu?

Eu ri...eu ri realmente alto.

–Não, Stefan, eu não a compeli.

–E podemos realmente confiar nisso? Perguntou Bonnie perdendo toda a noção de perigo. Damon respondeu por mim:

–É sério que vocês realmente acreditam que ela a compeliu? Mas é claro, vocês acreditavam e me fizeram acreditar em sire bond! Ela o ama. Ok, eu sei o quanto isso é estranho quando estamos falando desse cara, mas ela realmente o ama. Depois de tudo, nenhum de vocês aprendeu que o amor nos deixa vulneráveis?

O silêncio que se fez na sala só foi cortado pela voz de Liz Forbes. Ela parecia agora estranhamente calma. Ela caminhou em minha direção de maneira letal, mesmo que ela não tivesse em mãos estacas ou qualquer outra arma.

–E você a ama Klaus?

–Você não prefere esperar ela acordar e conversarmos os três, Liz?

–Não. Eu quero saber apenas se você a ama. Porque se você realmente a ama vai sair da vida dela, vai deixa-la em paz. Você sabe quem você é e sabe os perigos que implicaria pra ela estar ligadas a você. Do pouco que sei da vida sobre o amor uma coisa é certa: pessoas que amam não são egoístas a ponto de deixar quem elas amam partilharem o mesmo destino delas, quando isso não é algo bom.

–Você já perguntou o que a sua filha pensa sobre isso?

–Não, Klaus. E sabe porque? Porque apesar de você ter me dito quando eu entrei que minha filha estava bem, ela está lá em cima tão exausta do que passou que não consegue despertar. Foi tão machucada que estremece, provavelmente tendo pesadelos com o que viveu nas mãos da amiga da sua amante. E porque? Porque minha filha que não tem nada a ver com seus planos foi punida pelos seus atos? Porque você se ligou a ela de uma forma doentia e agora todos os que quiserem atingi-lo - e Deus sabe quantos são- usarão Caroline pra isso.

–Eu não vou deixar que nada de mal aconteça a Caroline.

–Ah, claro...Como você não deixou agora? Onde você estava enquanto a minha filha era torturada? Cuidando da sua cidade, dos seus propósitos, do seu reinado? Da mulher grávida que você deixou em New Orleans? Depois de usar e expor minha filha você nem mesmo se importou com o que pudesse acontecer a ela não foi? Realmente, percebe-se o quanto você a ama. Stefan, Damon, me ajudem a levar minha filha daqui.

Eu me posicionei em frente a escada. Eles eram maioria mas eu sou mais forte.

–Ninguém vai levar Caroline daqui desacordada. Ela poderá ir embora quando ela puder sair, se ela quiser.

–Eu não confio em você. E eu não acredito que você não mexeu com a cabeça dela.

–Eu não me importo com o que você pensa sobre mim, Liz. Você não vai levar Caroline daqui. Se tentarem não me culpem pelos resultados.

Stefan deu um passo a frente

–O que está esperando, Damon, ele está blefando. Ele não mataria a mãe da mulher que ele ama.

–Eu não sou você, Stefan....

Stefan deu um passo a frente, eu dei um passo perigoso ficando mais perto de Liz

–Ele não está blefando- Damon disse- ele nunca blefa. Vamos embora.

–Damon! Elena parecia protestar.

–É o mais sensato a fazer agora. Caroline não é uma criança, Liz. E a história deles não começou ontem.

–Não se meta, Damon. Eu sou a mãe dela.

–Exatamente isso, Liz. Você é a mãe dela. Você não é ela, não é você que decide. Quando a resgatamos-mesmo no estado em que ela estava- ela só conseguia chamar o nome dele. Deixe ela decidir o que fazer da vida. Quando você vai entender que não pode mais decidir as coisas por ela?

Liz relaxou os ombros como se estivesse exausta. Elena, Bonnie e Stefan também relaxaram a posição de ataque. Damon me lançou um olhar estranho, antes que eles saíssem. Meia hora depois eu velava o sono de Caroline e meu celular vibrou com uma sms:

"Me agradeça por te-lo ajudado a manter hoje a sua fama de mal. Eu sabia que você não iria matar a mãe dela, mas ainda assim ajudei você a blefar. Não precisa me mandar flores agradecendo. Xoxo Damon"

Eu ergui os olhos e esbocei um sorriso que no espelho me pareceu o tipo de riso incrédulo. Eu tinha medo de que Damon estivesse certo.

–Klaus.

Eu me desloquei pra cama o mais rápido que eu pude.

–O que foi love? Você está bem? Alguma coisa está errada? Algo doí?

–Quero você. Ela disse de olhos fechados....e isso teve um efeito imediato sobre cada parte do meu corpo...eu afastei o pensamento...ela parecia ainda esgotada.

–Eu estou aqui, Caroline. E eu não vou a lugar algum.

–Quero você aqui comigo...agora...por favor...

–Eu tirei o roupão que estava usando e deitei ao lado dela, abraçando-a como ela gostava que eu fizesse. Ela aconchegou o corpo no meu se encaixando. Eu queria me controlar, mas foi mais forte que eu. Eu estava duro e ela obviamente sentia isso.

–Desculpa...

–Porque você acha que precisa pedir desculpas? Ela sussurrou ainda sem abrir os olhos.

–Porque você está exausta, porque você passou por coisas terríveis e eu estou simplesmente aqui duro porque encostei em você, eu não consegui evitar.

–É quase um elogio que você reaja assim comigo. Desde de que seja só comigo, ela falou com a dureza de uma ciumenta nata.

– É só com você Caroline. Agora dorme.

– Tudo bem. É bom saber que o homem que acha que controla o mundo e arredores não se controla por minha causa.

Eu ri. Ela se aconchegou mais.

–Eu juro que dou um jeito nisso assim que tiver forças, é realmente uma grande motivação pra mim.

Ela esboçou um sorriso que eu só pude ver no espelho na fraca luz do quarto. Ela voltou a dormir e eu fiquei ali sendo torturado de forma cruel pelo peso das palavras de Liz que não saíam da minha cabeça. E pela bunda de Caroline comprimindo minha erecção. A ultima forma de tortura era a mais doce.

****************

Eu estava no telefone quando senti Caroline descendo as escadas. Ela estava com uma camisa gigante, parecia uma menininha. Eu enchi um copo com sangue e passei pra ela.

– Esse sangue está quente Klaus.

– Tirado da fonte à menos de 3 minutos atrás. – eu vi a cara de desgosto que ela fez – Eu não matei ninguém pelo sangue ok?

Ela me encarou tentando decidir se acreditava e por fim decidiu que não importava. E bebeu o copo inteiro e mais outro.

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– Como você esta se sentindo?

– Eu estou bem, eu acho. O meu corpo continua meio mole, como se eu estivesse com gripe, mas vampiros não tem gripe, então… eu estou bem.

– Vem cá. Eu a puxei pela cintura pra perto de mim e levantei sentando a na bancada da cozinha. Eu examinei os olhos dela. As pupilas ainda não reagiam.

– Você ainda tem verbena no seu sistema love. Por isso você está se sentindo assim. Mas você vai ficar bem, eu disse abraçando a agora apertado.

– Não foi sua culpa Klaus. Ela me afastou colocando a mão no meu rosto e repetiu: Não foi culpa sua.

Ela sabia que podia dizer isso um milhão de vezes, eu não iria discutir, porque faze la concordar comigo não era importante no momento, mas nada do que ela dissesse ia tirar de mim aquela sensação horrível de que eu tinha deixado aquilo acontecer com ela debaixo dos meus olhos.

Ela me beijou tentando, sem sucesso, tirar aquela sensação ruim que pairava entre a gente hoje. E eu retribui o beijo, lenta e docemente, mas ela não deixou ficar assim, ela enlaçou as pernas na minha cintura exigindo uma reacção diferente da minha parte e aprofundou o beijo chupando a minha língua e mordendo meus lábios enquanto as suas mãos percorriam as minhas costas. Bruxa. Eu estava tentando ser uma pessoa decente, e ela tentando soltar o capeta.

– Caroline. Você precisa descansar, eu disse a contragosto entre os seus lábios. Sua mãe me mataria se soubesse que eu estou transando com você enquanto você não se recuperou totalmente. Ela se separou de mim com cara feia.

– Minha mãe te mataria se soubesse que você está transando comigo mesmo que eu fosse a pessoa mais saudável do mundo Klaus. Eu deixei um espaço maior entre nós antes de falar.

– Quanto a isso… Ela sabe. Caroline me encarou franzindo a testa preocupada com o que eu estava tentando dizer. E nem teve reacção para me pedir explicações apenas ficou esperando que eu dissesse aquilo que ela mais temia.

– Todos sabem da gente Caroline. Inclusive sua mãe. Ela esteve aqui ontem para te ver, você estava inconsciente. Bonnie e Elena também, assim como Damon, e um descrente Stefan que acredita que eu te compeli para ficar comigo.

Ela engoliu em seco. E ficou em silêncio uns minutos. Eu soube que aquilo seria uma situação decisiva na nossa relação. Uma coisa era a gente transar em segredo. Outra coisa completamente diferente, era a família dela estar ciente disso. Isso faria ela, mais uma vez, se questionar sobre tudo, inclusive da saúde mental dela que poderia estar comprometida. Eu podia quase ver os julgamentos dos outros se formando da cabeça dela pela expressão do rosto dela conforme pensava. Ela respirou fundo, e gemeu, não de desejo, de medo. Ela sabia que estava ferrada. E eu quase achei isso fofo, porque até segundos atrás ela estava dizendo que a culpa não era minha, e agora, pela expressão dela ela estava apenas tentando teletransportar uma estaca pra mão dela para poder me estacar até a “morte”. A expressão dela ia mudando de ódio pra raiva de raiva pra consternação de consternação para algo que não soube definir, e eu apenas fiquei ali, esperando pacientemente que ela brigasse com todo mundo na mente dela e resolvesse todos os problemas antes mesmo deles aparecerem, e tivesse psicologicamente todas as brigas antes mesmo delas se iniciarem. Caroline era assim, ela precisava prever o futuro e resolver todos os problemas antes de poder realmente encara los na realidade. Ela levou uns minutos de eternidade a voltar pra Terra. Eu dei outro copo de sangue a ela quando ela ameaçou falar. De alguma forma eu queria atrasar o que ela ia dizer, porque ela parecia decidida e eu não queria que ela me expulsasse da vida dela ainda. Embora, devido aos últimos acontecimentos, eu não fosse protestar ou tentar convence la do contrário.

– Sabe Klaus, é quase ofensivo que eu esteja aqui nua por baixo dessa camisa, e você tenha a indecência de mencionar a minha mãe, ela disse desolada.

Eu ri descontroladamente, eu esperava que muitas coisas saíssem daquela boca, mas nunca uma piada, aquilo me pegou desprevenido.

– Essa camisa é do Elijah. Só pra que conste.

– E não é bom usar a roupa dos outros não é? Ela começou a desabotoar um dos 3 únicos botões que seguravam a camisa no corpo dela. Talvez eu devesse tirar. Minha mãe me ensinou a não usar a roupa dos outros. Sabe? A minha MÃE. Aquela loira que não sai da sua cabeça. Ela desabotoou mais um botão. O que você acha? Ela ficou segurando o terceiro e eu já podia ver seus seios sob a camisa. Será que Elijah se incomodaria se eu usasse a roupa dele? Ela tirou o terceiro botão antes que eu pudesse responder. E ficou meia nua ali na cozinha com a camisa aberta e nada por baixo. Eu definitivamente não sabia o que fazer, embora eu soubesse exactamente o que eu queria fazer. Será que a verbena tinha mexido com a cabeça dela? Eu tinha acabado de dizer que todo mundo sabia sobre a gente. E ela estava, de novo, tentando, e conseguindo, me seduzir. Algo não estava certo.

– Caroline. Você entendeu o que eu falei? A sua mãe sabe que nós estamos tendo um caso. E as suas amigas também. E aliás, elas estão loucas querendo conversar com você e ter todas as conversas e pedir todas as explicações constrangedoras que só vocês mulheres sabem exigir.

– Nós não estamos tendo um caso.

Ok. Ela estava pensando negar tudo. Agora eu entendi. Boa sorte pra ela. Nunca daria certo, depois da conversa que eu tive com eles ontem.

– Nós estamos namorando Klaus.

Eu tive a nítida sensação que ela falou que nós estamos namorando. Será que a garota da qual eu bebi sangue e tirei para Caroline estava drogada. Isso explicaria muita coisa.

Eu encarei ela.

– O que você disse Caroline?

– Eu disse que nós estamos namorando. Se você quiser claro. Você quer namorar comigo Klaus?

Antes que eu pudesse dizer algo ela continuou, como que querendo impedir que eu recusasse.

– Porque se você quiser. Eu vou te assumir e nós vamos ficar juntos de uma vez por todas. Se você não quiser. Eu apenas preciso dizer a todo mundo que foi um momento de loucura e ninguém me julgará. Afinal eu também tenho direito de ser louca de vez enquanto. Antes que você me pergunte se eu tenho a certeza. Eu tenho. Quando eu achei que ia morrer, eu fiquei pensando em você, e nas pessoas que eu amo. E em como poderia ter sido se eu tivesse arriscado uma vida com você. Como seria se nós tivéssemos tentado. E agora eu tenho mais certeza do que nunca, que eu não quero ter essa sensação de novo. Eu não quero ter arrependimentos de nada que eu não fiz. Se for para me arrepender de algo, que seja de ter tentado, e não de nunca ter sabido como seria. Eu já estive perto de morrer demasiadas vezes para ficar policiando os meus valores morais, para ser a mesma pessoa que eu sempre fui, para ser a melhor filha para a minha mãe, a melhor amiga para os meus amigos, para dar o melhor de mim pros outros. Talvez agora eu apenas queria dar o melhor de mim para mim mesma. Sem julgar a mim própria. Sem me impor limites. E os outros terão que aceitar isso. Afinal, o mundo não é preto e branco. E eu estou definitivamente adoptando o cinza. Eu sempre estive aqui para todos eles porque eu os amo, se eles me amarem, eles também ficarão comigo.

A questão agora é: Você quer ficar comigo Klaus? Ou era tudo uma questão de ter aquilo que não podia ter?

Essa garota é maluca. Foi meu ultimo pensamento antes de Elena e Bonnie começarem a bater na minha porta, interrompendo um momento importante mais uma vez.

– Elas podem esperar. - Caroline disse assim que eu me mexi em direcção a porta.

– Caroline, entenda uma coisa. Eu te amo. E eu quero você na minha vida pra sempre. Mas eu quero você na minha vida, viva, protegida. Eu não quero que você se torne caça de todos que quiserem se vingar de mim. É muito bonito você achar que é tudo uma questão de querer ou não e de estar disposto a lidar com os julgamentos da sua mãe e amigos. Mas isso é o que menos me preocupa. O que me preocupa é que em todos os momentos em que você não estiver grudada em mim você vai estar correndo risco de vida. E eu não posso escolher essa vida para você. Eu não posso te submeter a isso, por mais que eu queira ser egoísta e te ter do meu lado. As coisas não são tão lineares quanto isso. E nem fáceis como você as quer colocar. E com isso eu não estou te recusando. Eu apenas estou dizendo que eu preciso pensar. Eu não tenho duvidas de que eu te quero pra sempre, a minha duvida é se o nosso pra sempre pode começar agora. Eu prefiro não te ter nunca mais do que te ter apenas para te perder.