Recém Casados

Capítulo 11 - CARA! EU ME SINTO UMA MULHER


Capítulo 11 – CARA! EU ME SINTO UMA MULHER

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No capítulo anterior:

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Alice, Emmett, Jasper e Rosalie estavam sentados na mesa, calculando quem havia recebido mais dinheiro. Suada estava junto comigo na sala, esperando.

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— Bom, eu não esperava por esse resultado — Alice suspirou — o vencedor é...

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Bella fechou os olhos, rezando, provavelmente. Cruzei os braços, já sabendo da resposta.

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— EDWARD! — Alice gritou e bateu palmas.

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— O QUÊ? MAS, ESPERA AÍ! ISSO TÁ ERRADO! EU TRABALHEI MUITO, MAS MUITO MAIS DO QUE ELE! — Suada gritou, apontando o dedo na minha cara. — SEU LADRÃO! VOCÊ ROUBOU MEU DINHEIRO!

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— NÃO ROUBEI NADA! VOCÊ TA FICANDO LOUCA...

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Bella apertava os dentes com força, fazendo-os quase quebrar.

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— Ok, ok! Só têm um jeito de resolver isso — Rose interveio na hora certa.

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— COMO? — Eu e Suada perguntamos juntos.

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EU DEVIA TER FICADO QUIETO!

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— Calma! Vocês dois estão lindos de freira! — Jasper provocou, gargalhando.

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— Eu. Te. Mato. Edward Cullen. — Bella disse entre os dentes.

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Edward PDV

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Realmente foi a semana mais estranha e humilhante que já tive em toda minha vida. Tive de trabalhar vestido de freira, agüentando gozações dos colegas e risadinhas abafadas das mulheres nas ruas. Não sei como ainda estava vivo, porque se vergonha matasse, eu já estaria duro e esticado há tempos!

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Bella e eu não estávamos conversando, mal a olhava nos olhos e evitava ficar no mesmo cômodo em que ela estava. Mas tudo sempre tem um lado bom. Já havíamos comprado os móveis danificados. Como a quantia em dinheiro foi bem alta, compramos tudo e ainda sobrou cerca de dois mil dólares.

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Mia e eu estávamos saindo a três dias. Suada nem percebia minhas “escapadas” e se percebia, fingia-se se idiota.

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Era terrível ter que dormirmos na mesma cama todos os dias. Ela tentava me provocar a noite e eu fazia o mesmo e, quase sempre, nenhum de nós conseguia ter um sono tranqüilo.

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Servi em meu prato arroz de forno e bife à milanesa. Sentei-me calado e remexi a comida.

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— A comida ta pronta — disse ríspido ao notar que Suada estava vindo em minha direção.

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Quando ia me levantar da mesa para comer na sala, — longe de Bella, claro — ela colocou a mão em meu ombro.

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— Não precisa sair — usou um tom estranho, triste talvez — eu sei que nunca fui, quer dizer, nunca vou ser bem-vinda na sua vida então... pode ficar com a mesa. Eu como na sala.

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Serviu-se e se dirigiu até a sala, onde comeu em silêncio assistindo desenho animado.

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Eu queria ter ido lá e jogado água em seu rosto para fazê-la ver que a questão não era ela ser bem-vinda ou não e sim nosso desentendimento bobo e sem necessidade que sempre nos impedia de podermos ser amigos.

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Desisti de comer. A comida não desceria mesmo.

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Sexta-feira, 20h22min

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O telefone tocou e atendi.

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— Alô?

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Ed meu amor! Vou dar uma festa hoje na Villa Lounge. — Mia disse animada — Chama seus amigos e vem pra cá!

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— Ta, mas quanto é que paga? — Passei uma das mãos pelo cabelo.

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Nada! Te vejo às dez, ok? — deu uma risadinha irritante e desligou.

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Quem sabe uma festa não ajudaria? Eu precisava me animar e descabelar o palhaço, — como diria Emmett — me divertir e, quem sabe, até encher a cara.

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Corri até o quarto e presenciei uma cena estranha. Bella estava deitada na cama lendo. E ainda por cima Sonhos de Uma Noite de Verão. Meu Deus! A cada dia que passava ela me impressionava mais, ora negativamente, ora positivamente. Totalmente imprevisível.

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— Hmm... Tô atrapalhando? — sussurrei.

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— Não — Suada respondeu sem humor algum e também sem nem ao menos me olhar.

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— Uma... uma amiga convidou a gente para uma festa, ta afim de ir?

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Bella fechou o livro e fitou-me.

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— Sim ou não? — Insisti.

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— Eu vou se me deixar em paz — sorriu forçadamente e reabriu o livro.

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Liguei para Emmett e Rose convidando-os. Eles ficaram de ligar para Alice e Jasper e nos encontraríamos na porta da boate às dez e meia.

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Não queria apressar, mas tratei de tomar um bom banho e me perfumar. Coloquei um jeans escuro e uma camiseta branca. Calcei um tênis e vesti uma jaqueta de couro, estilo muito usado por Suada.

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Quando terminei de me arrumar ainda eram nove horas, teria tempo suficiente para comer alguma coisa e assistir TV.

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Bella PDV

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Não estava muito a fim de sair e ir para uma festa. A cama e o livro, praticamente, imploravam para que ficasse ali e aproveitasse meu descanso. Ainda mais depois da humilhação na rua por estar vestida de freira. Todos olharam, riram e tentaram entender como uma freira — esposa de Deus — falava milhares de palavrões. Assustei várias crianças chatas mostrando a língua para elas e mandei um monte de gente visitar o capeta.

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Apesar de cansada, eu precisa sair um pouco para arejar a mente, só não esperava que Edward, depois de tudo o que aconteceu, ter a cara de pau de me convidar para sair. Ta certo que não vamos estar sozinhos lá, mas mesmo assim... cara, qual era a dele? Me rouba, me xinga, me esculacha e depois quer ser meu amigo? PQP...

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Fechei o livro nervosa, como sempre ele invadia meus pensamentos sem minha permissão e tomava conta de tudo. Era como se Edward conseguisse me dominar sem ao menos me tocar e era só pensar nele e no nosso beijo que eu ficava extremamente nervosa.

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Queria esquecer. Precisava esquecer. Aquilo não fazia parte de mim e nem dele. Talvez, se eu bebesse um pouco e me divertisse, essa raiva maldita não fosse embora?

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Levantei-me da cama com um fio de esperança e fui tomar banho.

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(...)

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Era quase dez da noite quando estava totalmente pronta. Coloquei uma roupa simples, mas que fazia eu me sentir confortável e bonita. Não me preocupei com o cabelo, apenas o sequei com o secador e depois escovei, gostava dele meio rebelde, fazendo um visual bagunçado.

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Coro me olhava torto, como se quisesse dizer alguma coisa, mas não tinha coragem. Com certeza queria me xingar e dar sermões, como os velhos fazem.

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— Vamos? — Disse abrindo a porta.

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O bestão acenou que sim com a cabeça e saiu andando feito uma mula. Ah! Esqueci, ele era uma mula. Só que chamar Edward de mula era uma ofensa com as coitadinhas.

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Ri comigo mesma e entramos no elevador.

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O perfume de Coro era bom, muito bom e como era masculino, predominava sobre o meu. Chegava até a me deixar tonta e meio estranha. Ele continuava com os olhos pregados em mim e isso era extremamente irritante.

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— Da pra parar de olhar? — Sussurrei entre os dentes.

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— Por quê? Eu olho para onde eu quiser!

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Bufei. Não queria discutir dentro do elevador. Quem sabe mais tarde quando ele estivesse desprevenido? Eu poderia matá-lo. Seria ótimo fazer isso lentamente.

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Encontramos Alice, Jasper, Emmett e Rosalie na porta na boate Villa Lounge. Haviam três seguranças na porta, fiscalizando os nomes dos convidados.

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— Quem são vocês? — Um dos grandalhões perguntou, sua voz era de dar medo em qualquer um.

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— Eu sou Edward e...

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— Deixem ele entrar! — Uma voz feminina gritou do meio da multidão que tentava passar. — Ele e seus amigos são meus convidados. — Era a vadia que invadiu o AP. outro dia e beijou Coro.

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Alice, Edward e Jasper foram os primeiros a entrar, depois Emmett e Rose e por último eu.

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— Ei, onde você pensa que vai? — Amélia me barrou cheia de autoridade.

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— Eu to junto com o Edward — fitei-a com certa raiva.

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— Desculpa querida, mas desclassificados, perdedores, fracassados, favelados e... você, não entram aqui! — Jogou o cabelo na minha cara e saiu rebolando feito uma perua.

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Ai se eu tivesse uma arma essa menina ia estar mais furada do que um queijo! QUE DROGA! AGORA É ASSIM? SIMPLESMENTE NÃO VAI COM A MINHA CARA E NÃO ME DEIXA ENTRAR NESSA DROGA DE FESTA? GAROTA INSUPORTÁVEL!

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— A senhorita poderia se retirar, por favor? — Um segurança me empurrou até a calçada onde soltou uns palavrões baixinhos e voltou para a porta da boate.

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Recuperei a pose e fui para o outro lado da rua. Já que estava ali e arrumada não custava nada achar um bar para me embriagar e relaxar. Eu não precisava de uma festa de luxo para me divertir, e isso eu podia provar para qualquer um.

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Edward PDV

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A boate estava cheia e muito animada. Assim que entramos, cada um foi para um lado se divertir da maneira que desejava. Mia colou ao meu lado e não desgrudava por nada, parecia até uma cadela no cio.

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Não consegui beber muita coisa, apenas um copo de wisk e duas latinhas de refrigerante.

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— Ed, você não está se divertindo, que foi? — Mia parou de dançar e me olhou.

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— Não to vendo a Bella, sabe onde ela está?

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— Bella, Bella, Bella! Dá pra esquecer essa garota idiota? Ela não merece que você pronuncie o nome dela e, além do mais, ela deve estar beeeem longe daqui!

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Congelei. Mia havia mandado seqüestrar e matar Bella? SOCORRO!

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— O que você fez? — Perguntei com a voz trêmula.

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— Não deixei ela entrar na boate — sorriu triunfante.

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Suspirei aliviado. Mesmo não querendo, eu me preocupava até demais com o bem-estar de Suada. Ela realmente não merecia, mas era automático. Ela não saía da minha cabeça e eu acabava me sentindo como um pai ao saber que sua filha saiu com um cara estranho.

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Olhei Mia dos pés a cabeça. Ela estava linda, mas eu queria a Bella.

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— Desculpa, mas Bella é minha esposa. — Mostrei a aliança em meu dedo e sai para procurar minha menina.

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Bella PDV

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Andei calmamente pelas ruas de Los Angeles, procurando algum lugar interessante para me divertir. Um bar, uma lanchonete, qualquer coisa. Era sábado e não seria difícil achar alguma coisa.

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Passei em frente de vários bares, alguns cheios demais, outros vazios demais... Só um chamou minha atenção: Bar Lua Cheia. Apesar de não estar vazio, permanecia mergulhado em um desânimo total.

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Entrei observando tudo o que podia. Seu interior era todo de madeira, as mesas e o balcão também eram de madeira e havia um karaokê ligado. Algumas pessoas se atreviam a soltar a voz, outras só ouviam e poucas gostavam do que estavam cantando.

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Eu me aproximei do balcão e uma moça com cabelo cor-de-rosa sorriu, perguntando o que eu desejava. Sentei-me no banco e me debrucei sobre o balcão.

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— Quero uma garrafa de wisk — sussurrei.

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Uma velha de uns sessenta anos, aproximadamente, cantava toda animada We Are One da banda Kiss. Ela simplesmente fazia com que os vidros quase estourassem. Estava desafinada e, ainda por cima, bêbada. Mas era engraçado, a vovó tinha mais coragem do que muitos jovens por aí.

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A garçonete trouxe a garrafa de wisk.

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— O que eu tenho que fazer pra cantar e conseguir uma grana? — Entornei grande parte da garrafa.

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— Cantar bem e conseguir animar os clientes. Será que consegue?

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— Antes de mais nada — dei mais alguns goles na garrafa e depois fiz careta — mesmo se eu não estiver mais sã, continue trazendo wisk, ok?

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Ela acenou que sim com a cabeça e saiu.

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Notei que, sentada ao meu lado, estava Gabriela, irmã de Jacob. Ela usava um lindo vestido azul petróleo e seu cabelo trançado com pérolazinhas a deixava deslumbrante. Só que não parecia nada feliz, a maquiagem em volta de seus olhos estava borrada e ela bebericava uma lata de refrigerante.

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— Gabi, o que foi? — Perguntei cautelosa e imediatamente seu olhar se direcionou para mim.

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— Bella! — Abraçou-me carinhosamente, totalmente desolada e dolorida. — Precisava de alguém pra desabafar — soluçou várias vezes deixando que as lágrimas jorrassem a vontade.

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— Ei, ei! Calma — disse com tanta ternura que até eu mesma me surpreendi — me conta o que aconteceu.

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Gabi secou os olhos e respirou fundo algumas vezes, tentando acalmar sua respiração.

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— Seth e eu nos conhecemos desde pequenos. Eu sempre gostei dele muito mais que um amigo, só que nunca tive coragem para me declarar para ele. Então, depois acabei me mudando pra Nova Yorque e perdemos o contato. — Algumas lágrimas brotaram em seus olhos, mas ela foi forte e não chorou — Hoje, quando fui dizer tudo o que eu sentia, Seth me disse que estava namorando. — Só que não agüentou segurar por muito tempo e acabou chorando mais do que antes.

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Eu precisava medir minhas palavras.

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— Onde o pirralho está? — Levantei-me procurando Seth pelo bar.

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— Ali, naquele canto. Aquela loira é a namorada dele — Gabriela me apontou uma mesa isolada onde eles estavam.

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A garota loira não era nada de mais. Usava um vestido rosa pink e não parava de beijar Seth. Fiquei com muita raiva, pois eu sabia bem como Gabi se sentia. Ver quem se ama nos braços de outra e saber que essa outra não o ama tanto quanto você.

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— Por favor, me traga uma garrafa de vinho — pedi para a garçonete de cabelo rosa que prontamente me atendeu.

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Caminhei calmamente até a mesa dos dois.

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— Olá fofos! — Sorri ao ver que Seth me reconheceu.

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— Bella! — Ele me abraçou — Essa é Suze, minha namorada.

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— Oi Suza, amei o seu vestido — quando fui me sentar, derrubei sem querer a garrafa no colo na garota. O vinho se espalhou rápido pelo vestido, deixando-o horrível. Suze soltou um grito agudo e saiu correndo. Todo mundo sabe que vinho mancha.

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— Por que fez isso? — Seth perguntou nervoso.

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— Isso é pra você aprender a enxergar melhor as coisas que estão em volta de você — joguei o resto do vinho na cara de Seth e voltei para perto do balcão onde Gabi estava.

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Ela gargalhava e isso me deixou bem mais tranqüila.

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— Você é demais! — Gabi me abraçou.

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Conversamos alguns minutos e logo ela se despediu dizendo que precisava chegar em casa antes do pai.

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(...)

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Depois da vovó no karaokê, um garoto de cabelos compridos subiu no palco. Ele lembrava muito Axel Rose aos vinte anos. Mas Back in Black do AC/DC não foi uma boa pedida. A música — como todo mundo sabe — é perfeita! Só que o garoto desafinava em partes importantes e tentava imitar os movimentos de um guitarrista com uma guitarra imaginaria.

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Ele foi vaiado e alguns clientes jogaram garrafas no pobre rapaz que saiu correndo, deixando o palco.

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Eu precisava de diversão. Queria esquecer um pouco os problemas da minha vida e tentar enxergar o lado bom de tudo que estava a minha volta, mesmo que eles estivessem bem ofuscados por tragédias. Já estava em minha quarta garrafa de wisk, tudo girava e eu queria muito soltar uma gargalhada do tipo “Emmett”.

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Levantei-me cambaleando e bebi o resto do wisk que estava na garrafa.

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— Eu vou cantar — falei com a voz arrastada e rindo muito.

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Baguncei meus cabelos e procurei no karaokê a música que eu queria. Lá estava ela, perfeita e magnífica. A música que se encaixava com meu estado emocional daquele dia.

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— Solta o som! UUUOOL! — Gritei e a música começou.

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http://www.youtube.com/watch?v=ZJL4UGSbeFg&ob=av3e

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http://www.4shared.com/audio/qtOtz4ac/Shania_Twain_-_Man_I_Feel_Like.htm

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Man! I Feel Like a Woman (Cara! Eu Me Sinto Uma Mulher)

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Let's Go Girls! (Vamos lá garotas!)

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C'mon (Vamos lá)

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Segurei o microfone com a ponta dos dedos sentindo tudo rodar um pouco mais do que devia. Para tentar animar os clientes do bar, bati palmas e então, soltei a voz.

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I’m going out tonight (Eu vou sair esta noite)

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I’m feelin’ alright (Estou me sentindo bem,)

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gonna let it all hang out (Vou ficar totalmente relaxada,)

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Wanna make some noise (Quero fazer um pouco de barulho)

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really raise my voice (realmente levantar minha voz,)

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Yeah, I wanna scream and shout (Sim, eu quero gritar e berrar)

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No inhibitions, make no conditions (Sem inibições, não faço condições,)

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get a little, outta line (sair um pouquinho fora da linha,)

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Ain’t gonna act, politically correct (Eu não vou ser politicamente correta,)

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I only wanna have a good time (Eu só quero me divertir)

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Os clientes foram se levantando aos poucos, se aproximando do palco para me examinarem melhor.

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Best thing about being a woman (A melhor coisa a respeito de ser uma mulher)

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Is the prerogative to have a little fun (É a prerrogativa de ter um pouquinho de diversão)

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and... (e...)

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Acabei me animando mais ainda, joguei o cabelo para o lado e dei alguns pulos quando o refrão começou a tocar. Estava embriagada mais podia sentir a vibração dentro de mim. Pela primeira vez dentro de muito tempo eu me senti livre, leve e solta.

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Oh, oh, oh, go totally crazy (Enlouquecer totalmente,)

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forget I'm a lady (esquecer que sou dama,)

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Men's shirts, short skirts (Camisa de homem, saias curtas,)

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Oh, oh, oh, really go wild, yeah! (Realmente ficar desvairada sim,)

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doin' it in style (fazendo isso com estilo,)

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Oh, oh, oh, get in the action (Entrar em ação,)

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feel the attraction(sentir atração,)

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color my hair, do what I dare (Colorir meu cabelo, fazer aquilo que ousar)

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Oh, oh, oh, I wanna be free (Eu quero ser livre)

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yeah! to feel the way I feel (sim, para me sentir como me sinto)

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Man! I feel like a woman! (Cara! Eu me sinto uma mulher!)

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Homens, mulheres, jovens e velhos começaram a dançar animadamente com a música e aquele clime pesado de tédio simplesmente sumiu do bar. Até as balconistas e as garnonetes se animaram e passaram a servir as mesas com mais alegria.

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Bati palma algumas vezes e continuei cantando:

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The girls need a break (As garotas precisam de um tempo)

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tonight we're gonna take (esta noite vamos aproveitar)

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The chance to get out on the town (A oportunidade de sair na cidade)

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We don't need romance (Nós não precisamos de romance)

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we only wanna dance (nós só queremos dançar,)

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we're gonna let our hair hang down (Nós vamos deixar nosso cabelo balançar)

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Muitas garotas da minha idade se animaram com a música e acabaram arrumando um par. Muitos já se beijavam, outros apenas curtiam a música como eu estava fazendo, mas eu não podia negar, era ótimo cantar novamente!

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Best thing about being a woman (A melhor coisa a respeito de ser uma mulher)

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Is the prerogative to have a little fun (É a prerrogativa de ter um pouquinho de diversão)

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and... (e...)

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Oh, oh, oh, go totally crazy (Enlouquecer totalmente,)

rn

forget I'm a lady (esquecer que sou dama,)

rn

Men's shirts, short skirts (Camisa de homem, saias curtas,)

rn

Oh, oh, oh, really go wild, yeah! (Realmente ficar desvairada sim,)

rn

doin' it in style (fazendo isso com estilo,)

rn

Oh, oh, oh, get in the action (Entrar em ação,)

rn

feel the attraction(sentir atração,)

rn

color my hair, do what I dare (Colorir meu cabelo, fazer aquilo que ousar)

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Oh, oh, oh, I wanna be free (Eu quero ser livre)

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yeah! to feel the way I feel (sim, para me sentir como me sinto)

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Man! I feel like a woman! (Cara! Eu me sinto uma mulher!)

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Inesperadamente várias notas de dez, vinte e cinqüenta dólares começaram a ser jogadas nos meus pés. Mal havia percebido, mas o bar que antes estava quase vazio, agora estava abarrotado de pessoas dançando.

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Edward PDV

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Perguntei para várias pessoas pelas ruas se haviam visto uma morena de mais ou menos 1,60 de altura, mas parecia que Bella havia sumido do mapa.

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Corri por mais uma rua mal iluminada e a agitação em um bar chamou minha atenção. Havia música alta e ele estava abarrotado.

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— Edward! — Mia veio correndo desengonçada atrás de mim. — Me espera!

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— Agora não! — Dei às costas para a garota mimada e entrei no bar. A voz que cantava ali era muito familiar.

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(...)

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Sim, era muito familiar! Suada cantava afinadamente apesar de bêbada e conseguia fazer aquela multidão toda se animar também.

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Tentei passar por entre as pessoas, mas não era fácil já que todos dançavam e pulavam.

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Best thing about being a woman (A melhor coisa a respeito de ser uma mulher)

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Is the prerogative to have a little fun (É a prerrogativa de ter um pouquinho de diversão)

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and... (e...)

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Bella pausou por um instante e recobrou a música com a voz ainda super potente e nenhum pouco fatigada.

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Oh, oh, oh, go totally crazy (Enlouquecer totalmente,)

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forget I'm a lady (esquecer que sou dama,)

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Men's shirts, short skirts (Camisa de homem, saias curtas,)

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Oh, oh, oh, really go wild, yeah! (Realmente ficar desvairada sim,)

rn

doin' it in style (fazendo isso com estilo,)

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Oh, oh, oh, get in the action (Entrar em ação,)

rn

feel the attraction(sentir atração,)

rn

color my hair, do what I dare (Colorir meu cabelo, fazer aquilo que ousar)

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Oh, oh, oh, I wanna be free (Eu quero ser livre)

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yeah! to feel the way I feel (sim, para me sentir como me sinto)

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Man! I feel like a woman! (Cara! Eu me sinto uma mulher!)

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Ela estava sexy e visivelmente feliz. O modo como se movimentava demonstrava que ela estava mais realizada em cima daquele palquinho do que se tivesse ficado na festa de Amélia.

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Mia estava pregada ao meu lado, reclamando baixinho dos pisões que levara nos pés.

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— Preciso tirar a Bella dali! Ela está bêbada! — Falei no ouvido de Mia.

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Só que eu não esperava que ela segurasse fortemente meu braço, impedindo-me de prosseguir até onde Bella estava cantando.

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— Não! — Falou ríspida — é ela, ou eu. Você escolhe!

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Puxei meu braço com força, fazendo-a soltar rapidamente. Senti o olhar furioso que ela lançava para Suada e também para mim.

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I get totally crazy (Eu fico completamente louca,)

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Can you feel it? (Você consegue sentir isso?)

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Come, come, come on baby (Venha, venha, vamos lá, baby,)

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I feel like a woman (Eu me sinto como uma mulher!)

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A música terminou regada por aplausos, gritos e assovios altos. Muitos homens chavam Bella de gostosa, delícia e adjetivos depravantes. Como a mesma estava completamente bêbada, não ligou, apenas agradeceu e foi catando as notas que estavam jogadas no palco.

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Furioso, subi no palco e segurei seu braço. Ela soltou um gemido baixo e lançou-me um olhar de felina no cio.

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— Ai Ed, isso... — passou a língua pelos lábios — dói.

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— Vem! — Puxei seu braço, mas desisti no mesmo instante. Bella estava molenga demais e, sem escolha alguma, flexionei as mãos nas dobras de seus joelhos e a ergui do chão como um noivo faz com a noiva.

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Suada, toda sorridente, acenava para as pessoas que ainda aplaudiam. Antes de passarmos pela porta, uma moça de cabelos rosa entregou-me um pote.

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— Esse é o prêmio prometido — olhou sorridente para Bella que se agarrou ao pote com dinheiro — Parabéns! Você foi ótima!

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Saímos tranqüilos pela porta do bar. Ainda carregava Bella nos braços, ela ainda não era capaz de caminhar com suas próprias penas.

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— Isabella! — Mia acenou, sorrindo falsamente para Suada, que se debateu até que desisti e a coloquei em pé no chão.

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Cruzei os braços, esperando que Mia bofeteasse o rosto cálido de Bella.

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— Fiquei preocupada — Mia abraçou Bella e acariciou seus cabelos — e olha o que eu trouxe! — Levantou uma garrafa de absinto.

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— Ah, obrigada Meia! — gargalhou ao destampar a garrafa e beber um grande gole daquela bebida verde vivo.

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Bufei.

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— Vamos Bella! — Passei a mão por sua cintura, dando-lhe apoio para que não tropeçasse e caísse.

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I give you my destin, yI'm giving you all of me, I want your symphony, singing in all that I am, at the top of my lungs, I'm giving it back! — Apesar de bêbada, Bella cantava muito bem.

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Antes de chegarmos até o apartamento, Suada não conseguia mais andar por conta do absinto. E jurava por tudo que tinha uma fada verde voando sobre nossas cabeças.

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Quando nos aproximamos da entrada do prédio, o porteiro noturno me ajudou a entrar com Bella dentro do elevador. Ela dizia coisas estranhas, absurdas e de difícil compreensão, além de cantarolar uma música romântica que eu não conhecia.

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Bella não era nenhum pouco pesada, até que muito leve se levar em conta suas curvas femininas e perigosas que ela insistia em cobrir com as roupas.

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Sua blusa estava rasgada e seu sutiã preto, todo rendado estava à mostra.

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Entrei no apartamento e levei Bella rapidamente para o chuveiro. Retirei cuidadosamente suas roupas, deixando a somente de calcinha. A água morna a fez despertar um pouco, mas ainda podia se sentir de longe o cheiro forte de álcool e bala de menta.

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Não compreendi meus próprios sentidos. Excitei-me ao perceber que os seios de Bella não eram pequenos e sim, fartos, redondos, firmes e empinados. A cintura fina e os quadris esbeltos feitos para receber um homem dentro de si. Desvirei o olhar, reprimindo os pensamentos e eu a deixei sozinha para que pudesse se lavar com calma.

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(...)

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Ainda entorpecida, Bella não conseguiu caminhar até o quarto, então tive de ajudá-la. A toalha macia mais parecia seu casulo.

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Virei-me para que ela pudesse vestir seu lingerie. Depois coloquei em seu corpo uma camisa de magas curtas que era minha, fácil para colocar e tirar, já que ela estava molenga e risonha demais.

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Quando ia saindo do quarto ouvi um barulho enorme. Era Bella, que desabara no chão de uma vez só.

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— Meu Deus! — Ajudei Bella a levantar.

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— Hum! — Colocou a mão na cabeça em sinal de dor — a torre torta da Itália caiu de vez?

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— Não, foi você que levou um tombo.

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Com cuidado, a deitei na cama e apaguei a luz.

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— Edward — ela me chamou.

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— Sim?

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— Você é gay? — Gargalhou.

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Bufei. Já na porta, novamente ela me chamou:

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— Edward — a voz arrastada.

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— Sim? — Apensar de escuro, quase podia enxergar seus olhos brilhantes. Sentei ao seu lado na cama.

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— Eu amo você — parecia que sorria — muito!

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Não consegui dizer nada. Ela estava bêbada, mas poderia ser verdade?

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— Só não conta pro Edward, ok? — Sussurrou já entorpecida pelo sono.

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Bella PDV

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O sol fraco era impedido de bater em meu rosto por conta da densa cortina. Não era a brisa quente que entrava pela janela que me fizera despertar, e sim uma explosão de gritos e palavrões que parecia vir do apartamento do lado, o tal alemão tarado.

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Levantei-me tonta, minha cabeça doía e pouco me recordava sobre a noite anterior. Percebi que usava uma camisa de Edward. O cheiro másculo e almiscarado me deixou ainda mais tonta, a ponto de querer voltar para a cama.

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Os palavrões e os gritos aumentaram ainda mais e decidi sair para ver o que estava acontecendo.

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A porta do apartamento do alemão estava aberta e acabei entrando.

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— SEU CRETINO! NUNCA MAIS TOQUE EM MIM, SAFADO! — Rosalie estava explodindo de raiva.

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Edward, Alice e Jasper também estavam ali, assistindo tudo.

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— PODE FICAR COM ESSA VAGABA AÍ! NÃO VOU ME MATAR POR VOCÊ — Cuspiu as palavras e saiu.

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Foi então que notei: Emmett cobria suas “partes” com uma almofada e uma loira se cobria com um lençol sentada no sofá.

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— Quem é ela? — Perguntei um pouco roca.

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— Essa é Mika Hermann, filha do alemão que morava aqui — Jasper falou, fitando o chão. — E como já deve ter percebido, Emmett papou tudo o que podia por aqui...

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— Eu estava bêbado! Já disse! Mal conheço essa mulher! — Levantou as mãos com raiva e a almofada caiu.

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Alice gritou e Jasper tapou seus olhos. Edward começou a rir e senti que o meu rosto ardia. Imediatamente ele se cobriu novamente.

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A mulher sentada no sofá tinha longos cabelos loiros e olhos azuis profundos. A pele muito clara era quase vermelha e seus olhos assustados estavam cheios de lágrimas.

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— Acho que a Rose negou pra ele, por isso veio procurar fogo com essa daí que se parece muito com ela — falei, cruzando os braços. — E o pai dela?

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— Bom, pelo o que sabemos foi embora pra Alemanha para se casar de novo, como ela não aceitou o casamento do pai, resolveu vir pra cá e deu no que deu. — Edward explicou tranqüilo.

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Edward PDV

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Estava orgulhoso em saber que Emmett havia traçado uma moça tão bonita como Mika, mas extremamente decepcionado por ele ter traído Rosalie. Rose podia ter seus defeitos, mas eu tinha absoluta certeza de que ela nunca colocaria um par de chifres na cabeça do meu amigo.

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Bella bufou e saiu devagar para o nosso apartamento. Alice e Jasper também saíram.

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— Cara, se troca e tenta resolver essa zica que você se meteu — sai e fechei a porta.

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Emmett era mulherengo demais, não me surpreendi em vê-lo com Mika. Com certeza, aquela não fora a primeira que ele pegara enquanto estava com Rosalie.

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Sentei-me no sofá e liguei a TV.

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— Paz e sossego, afinal. — sussurrei para mim mesmo.

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— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! — Suada gritou tão alto, que pulei de susto.

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Continua.