Recomeçar
Capítulo 24
Duas semanas se passaram após isso. O aniversário de Hazel chegou e eles prepararam uma pequena festinha pra ela.
– Feliz aniversário, meu amor. – disse Mel abraçando- a quando ela acordou.
– Obrigada mamãe.
– Parabéns, minha princesa. – disse Don pegando-a no colo.
– Obrigada papai.
– Agora ela é uma mocinha! Ela já tem cinco anos!
– Eu ainda vou ganhar presente de dia das crianças, não vou?
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– Por mim, você vai ganhar presente de dia das crianças até uns... cinquenta anos. – disse Don.
– Cinquenta anos é muito tempo.
– Sim.
– Vamos falar sério agora. – disse Mel. – você lembra-se do que você pediu pra mamãe e para o papai de aniversário?
– Sim, um irmãzinho. Ele já está ai dentro de você? – ela perguntou com animação.
– Não, ainda não.
– Que pena. – ela disse um pouco chateada.
– Não faz essa carinha. Enquanto o seu irmãozinho não vem, olha só o que a gente comprou pra te fazer companhia. – disse Don abrindo a porta da cozinha, logo o pequeno filhote de Shih-Tzu, marrom e branco apareceu timidamente.
– Ah, é tão bonitinho. – Hazel disse. – obrigada mamãe, obrigada papai.
– De nada, amor. – eles responderam.
– É menina?
– É sim. – Don respondeu.
– E você pode dar o nome que você quiser. – disse Mel.
– Sério? Eu tenho que pensar. Escolher nomes é tão difícil!
– Sua mãe e eu sabemos bem como é... – disse Don dando risada.
– E como. – Mel também riu e os dois deixaram Hazel brincando com a cadelinha. Logo, os poucos convidados chegariam. A avó de Don e Sam foram as primeiras a chegar.
– Oi senhora Flack. Oi Sam, entrem, por favor. – disse Mel abrindo a porta.
– Oi querida. Como vocês estão? – perguntou a senhora.
– Muito bem. E vocês?
– Estamos ótimas, Mel. Onde está o meu neto?
– Está lá fora com a Hazel. Nós compramos uma cachorrinha pra ela e agora, só fica atrás dela.
– Eu trouxe isso para ela. Será que ela gosta? – perguntou Sam, tirando um kit com livros de desenho, lápis de cor, giz de cera e canetinhas.
– Ah com certeza ela vai adorar. Obrigada.
– Eu comprei uma sapatilha para ela, mas não sei se vai servir. – disse a Sra. Flack, entregando-lhe a caixa com uma sapatilha cor de rosa com lacinho de oncinha.
– É linda. Vai servir sim. Obrigada. Hazel! Don! Venham até aqui. – Mel chamou.
– O que foi querida? Vovó! Que saudades! – ele disse abraçando a velha avó.
– É mesmo, você não vai mais à minha casa. – brigou.
– Ah, o que é isso! Eu estive lá segunda passada!
– Você precisa tomar jeito, menino. Olha só! Está tão magrinho... Vocês não comem? Estão os dois muito magros. – disse olhando para Mel.
– Nós somos saudáveis, vovó.
– Vocês precisam se alimentar, isso sim.
– Tudo bem!
– Melhor não contradizê-la. – disse Sam. – oi Don.
– Oi Sam, como você está?
– Bem.
– Olha só! Como você está grande! Vem cá dar um abraço na sua bisavó, menina. – ela disse abrindo os braços.
– Oi vovó, como a senhora está? – perguntou abraçando a velha.
– Muito bem, meu amor. Feliz aniversário.
– Obrigada. Oi tia Sam.
– Oi minha linda. Feliz aniversário. A mamãe guardou meu presente, espero que você goste.
– Obrigada.
– Olha só que cachorrinha linda. – disse Sam. – você já colocou um nome nela?
– Já!
– Ah, você é rápida. Diferente dos seus pais, que esperaram nove meses pra escolher seu nome. – zombou Sam.
– Engraçada, você, Samantha. – disse Don.
– Eu sou. Então, qual é o nome dela?
– Luna.
– É um nome bonito. – disse a Sra. Flack.
– É sim. – ela concordou.
– Hazel, tome cuidado pra não sujar seu vestido, tudo bem?
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Logo, o pessoal do laboratório, Savanah, Abigail, Marie, Tyler e Cedric já estavam lá. O dia passou rápido e o pai de Melanie apareceu na festa. A noite caiu e todos já haviam ido embora.
– Ela está tão cansada... – disse mel, olhando para afilha que dormia profundamente na cama.
– Também, ela, a Marie e a Lucy brincaram tanto hoje...
– É. Eu também estou cansada. Vou deitar.
– Mais já? Você está se cansando muito fácil, Melanie.
– O que você quer dizer com isso, hein? – ela disse já no quarto.
– Ah, você sabe, eu você... Aquela camisola vermelha, eu tirando ela...
– Quando você vai tomar jeito? – ela disse sorrindo. – eu preciso descansar. – ela disse lá do banheiro.
– Que pena. Seria uma noite e tanto. – ele tirou a blusa e se deitou na cama.
– Seria? – ela disse aparecendo na porta com a camisola vermelha.
– Você é mentirosa, sabia?
– Eu? Acho que não, Don. – ela se deitou e encostou a cabeça no peito dele. Num rápido movimento ele a puxou para cima e começou a passar as mãos por suas coxas. Logo, estavam despidos e nada mais importava. Deitaram e logo adormeceram.
Três meses se passaram. Don estava andando até o departamento quando ouviu uma voz feminina o chamar:
– Don? É você mesmo? – perguntou a mulher. Ele se virou para trás e nem acreditou quando a viu.
– Amber? Nossa! Quando tempo! – ele disse surpreso ao ver a bela mulher branca de olhos pretos e sotaque interiorano que um dia ele namorou.
– A última vez que eu te vi foi no baile... Foi o dia que você terminou comigo.
– Isso faz muito tempo... E você? Por onde anda?
– Eu fiz faculdade na Louisiana. Depois eu fui para a Irlanda, moro lá até hoje.
– Que legal. Veio visitar seus pais?
– Meus pais morreram um tempo atrás.
– Eu sinto muito.
– Não precisa. E você? Estou vendo que entrou pra polícia mesmo. – ela disse olhando para o distintivo preso junto ao cinto.
– É... Resolvi seguir a tradição da família.
– E o seu pai?
– Ele morreu.
– Oh, desculpe-me.
– Tá tudo bem.
– Então, se você quiser tomar um café, me liga. – ela disse anotando o seu telefone em um papel.
– Tudo bem. – ele disse pegando o papel. Eles se despediram e ele foi para a delegacia.
Enquanto isso, Melanie se consultava com Abigail.
– O que aconteceu, Mel? Porque você está aqui? Sua consulta é daqui um mês...
– Eu sei. Só que eu preciso fazer uns exames de sangue.
– Por?
– Eu acho que eu estou grávida.
– Ai! Isso é ótimo.
– Na verdade, eu fiz o teste da farmácia, mas eu queria ter certeza.
– Tudo bem. Vamos até a sala de coleta. – as duas saíram do consultório e foram até a sala de coleta. A enfermeira tirou sangue de Melanie e o resultado ficaria pronto em duas horas.
– Eu preciso voltar para o laboratório. Você me liga quando o resultado sair?
– Claro. Fique bem. - elas se despediram e Mel voltou ao laboratório.
– Onde você estava? Fiquei a tarde inteira te procurando! – disse Sheldon a Mel.
– Ah, eu fui resolver uns assuntos. Eu sinto muito.
– Tudo bem. Temos um chamado.
– Vou pegar minha maleta.
– Eu já fiz isso. Ela está no carro, vamos?
– Vamos. – Mel prendeu o distintivo no cinto e foi para a cena com Sheldon. Era um quarto de hotel na 7ª Avenida. Os dois atravessaram a faixa amarela e Mel ficou um pouco incomodada quando viu uma mulher muito bonita abraçando Don. Ela estava chorando e parecia estar abalada.
– Vai ficar tudo bem. – Don disse a ela.
– Tá. Obrigada. – ele saiu de perto dela e foi na direção de Sheldon. Melanie percebeu que a mulher ainda olhava pra ele de um jeito estranho e se incomodou mais ainda.
– A vítima é Joey Bolton, quarenta anos. Ele era advogado. Algumas joias foram roubadas do cofre. Estava morando aqui há três meses. Ele é de Forks.
– E ela? Quem é? – perguntou Mel.
– Ah, ela é a vizinha do quarto ao lado, seu nome é Amber Hale. Ela disse que ouviu gritos e foi ver o que estava acontecendo. Ela bateu na porta e ninguém atendeu. Olhou pelo buraco da fechadura a vítima caída e chamou a polícia.
Melanie parou na frente do cadáver, que tinha uma perfuração de bala no meio da testa e algumas marcas nas mãos e pulsos, o que sugeria luta.
– Hum. – Ela e Sheldon analisaram a cena, coletaram as provas e levaram para o laboratório. Mel analisava as roupas da vítima quando Don apareceu na sala.
– Oi. – ele disse.
– Ah, oi. – ela disse sem tirar os olhos do que estava fazendo.
– Você está muito esquisita hoje. O que aconteceu?
– Nada, não aconteceu nada.
– Mel...
– O que é?
– Já entendi. Você ficou com ciúmes dela, não ficou?
– Dela quem? Da testemunha? Claro que não. Ela ficou uma meia hora abraçada com o meu marido. Ciúmes? Eu? Imagina. – ela disse alterada.
– Mel, relaxa. Eu a conheço tá?
– Ah, você a conhece. De onde, posso saber?
– Ela é uma amiga dos tempos do colégio. Faz anos que eu não a vejo.
– Amiga?
– Tá, nós namoramos. Mais acabou. E eu nem me lembrava dela.
– Pode me deixar trabalhar, por favor?
– Tá. – ele saiu e ela ficou lá, irritada. De longe, Mac observava, até que num momento de descuido, ela quase deixou cair uma substância nas provas que estava analisando.
– Mais que inferno! Eu quase comprometi as provas! – ela disse irritada.
– Melanie, pode vir aqui um segundo? – disse Mac.
– Claro. – ela o acompanhou.
– Seja o que for o que estiver acontecendo entre você e o Flack, acho melhor que resolvam rápido. Eu não quero me intrometer nos seus assuntos pessoais, mas eu vi que você quase comprometeu as provas.
– Mac, eu sinto muito, eu só...
– Tá tudo bem, não precisa me dar explicações, mas tome mais cuidado.
– Pode deixar, Mac.
– Agora eu preciso ir. – ele disse olhando para uma mulher morena que estava do lado de fora. Melanie saiu da sala do chefe e voltou ao trabalho. Viu que Mac terminara de conversar com a mulher e ela ficou andando pelo laboratório e observando os técnicos e detetives trabalharem.
– O que será que ela quer aqui de novo, hein? – perguntou Adam à Mel.
– Não sei. Ela já veio aqui?
– Ah, sim. Ela é do FBI. Ela com certeza quer levar um de nós pra trabalhar com eles lá em Washington.
– Ah. Você analisou o anel de diamantes que o assassino/sequestrador deixou pra trás?
– Analisei sim. – ele disse mostrando-lhe o belo anel de diamantes. - Descobri que ele foi comprado em um leilão por 4 milhões de rublos russos há vinte anos. É uma peça muito linda.
– É sim. – Mel olhou bem para o acessório e teve a impressão de que já havia visto aquele anel em algum lugar.
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– Eu acho que eu já vi esse anel em algum lugar, mas eu não consigo me lembrar de onde.
– Talvez seja só impressão.
– Espera! Vem comigo. – ela disse saindo da sala.
– Aonde você vai? – ele perguntou a seguindo.
– No vestiário. – eles chegaram ao vestiário e Mel abriu seu armário. Pegou uma foto da mãe, ainda jovem. – eu sabia que já havia visto esse anel. Ele era da minha mãe. Olhe. – ela disse lhe entregando a foto.
– Nossa! São idênticos. Como um anel que era da sua mãe foi parar na casa de uma vítima de assassinato?
– Você viu quem era o cliente da vítima?
– Ah, um cara chamado... Grigory Morozov.
– Bingo!
– Não é o cara que você diz ser o...
– Esse mesmo. Foi ele quem comprou o anel. Olha, não havia sinais de arrombamento na porta do quarto. A pessoa que matou e roubou as joias conhecia Joey.
– Acho que a gente precisa ir conversar com esse russo.
– Era o dia que eu queria que não chegasse.
– Vai dar tudo certo.
Meia hora depois, Melanie e Don estavam na porta da casa dos Morozov. Ela respirou fundo.
– Está tudo bem?
– Acho que sim.
– Então, vamos lá. – ele bateu na porta. – Polícia de Nova York! Abram a porta.
– Posso ajudar? – perguntou a menina ruiva, que aparentava ter uns dezoito anos.
– Sou a detetive Flack e esse é o detetive... Flack, somos da polícia. Podemos conversar com seus pais? – Mel perguntou.
– Claro, entrem. Vai ser difícil conversar com a mamãe. Ela está doente. Mais o papai está no escritório.
– Quem é, amor? – perguntou o homem, saindo do escritório.
– São detetives da polícia papai.
– Meu Deus. – ele disse olhando pela primeira vez nos olhos da filha.
– Papai? Você tá legal? – perguntou um menino de cabelos pretos, saindo da cozinha.
– Não se preocupem crianças, eu estou bem. Podem ir lá pra cima ver como a mãe de vocês está. – os irmãos subiram. – você não sabe o quanto eu esperei por esse momento.
– Nós precisamos lhe fazer algumas perguntas. – disse Flack.
– Sobre as joias?
– Sim. Porque não foi atrás? Ele era seu advogado.
– Se eu aparecesse quem fez isso com o Joey iria vir atrás de mim.
– Como o senhor tem tanta certeza? – perguntou Mel.
– Porque eles estavam procurando a joia mais preciosa da coleção. E ela não estava com Joey.
– O que ele iria fazer com estas joias?
– Eu dei a ele para que ele guardasse e para leiloá-las. O tratamento da minha mulher é caro e o nosso dinheiro está acabando. Elas são peças antiquíssimas e caríssimas. Eram da avó de minha mulher.
– Até esse anel? – ela disse pegando o anel de diamantes, que estava dentro de um saquinho plástico.
– Oh, não. Esse era da sua mãe. Eu soube por amigos que esta peça seria leiloada. Fiz questão de ir até a Rússia para comprá-la. Eu prometi a mim mesmo que eu iria te presentear com essa peça quando nos encontrássemos. E olhe só. Ela está em suas mãos agora.
– Você falou sobre uma peça cara. Qual era?
– Venham comigo. – ele caminhou em direção ao escritório. Mel e Don se olharam e foram atrás. Ele abriu o cofre e tirou um pingente para colar com uma pedra de Hope Diamond. – não é lindo? Esse pingente vale quase 110 milhões de dólares.
– Onde você encontra tudo isso?
– Era da avó de minha esposa. Ela herdou todas as joias dela.
– E você tem ideia de quem fez isso e de quem queria roubar as joias?
– Não sei, detetive. O leilão estava marcado pra hoje à noite.
– Porque você não entregou este pingente ao Joey? – perguntou Mel.
– A minha esposa adora esse acessório. Ela me proibiu de leiloá-lo.
– Tudo bem, Sr. Morozov, qualquer coisa entramos em contato. – disse Don. – vamos, Mel?
– Sim.
– Papai? A mamãe quer falar com ela. – disse o menino.
– Comigo?
– Sim.
– Suba lá, Melanie. Ouça o que minha esposa tem a dizer.
– Vai, eu te espero no carro. – disse Don.
– Tá. – Mel subiu e entrou no iluminado quarto onde Amelia, uma mulher de cinquenta e nove anos estava.
– Entre, meu bem. – ela disse com dificuldades.
– Eu sou...
– Melanie. Eu sei. – ela sorriu.
– O que a senhora quer comigo?
– Hum... Sabe, eu sei de toda a história do meu marido. Sei o que ele fez com sua mãe. Sei que você deve ter raiva dele por isso. Eu não te culpo, querida, eu também teria, mas dê uma chance a ele, para te mostrar o ser humano maravilhoso que ele é. Converse com ele. Entenda o seu passado. Ele fez contato com você alguns meses atrás, mas você não retornou.
– Ele colocou um cara pra vigiar minha família.
– Fui eu quem deu essa ideia, sinto muito. Aqueles dois são seus irmãos. E tem mais um, que já é casado... Você tem um sobrinho de dois meses. Pense no que eu te disse, querida.
– Vou pensar. Melhoras pra senhora.
– Eu não suportaria morrer e deixar meu marido angustiado do jeito que ele está. Dê uma chance a ele. Apenas uma. – Melanie saiu do quarto com um nó na garganta.
– Até mais, Sr. Morozov.
– Pode me chamar de Grigory.
– Tudo bem. – ela saiu da casa e foi para o carro.
– Você tá legal?
– Você pode me abraçar?
– Claro. – ele a abraçou forte e ela chorou. Estava muito emotiva fazia alguns meses e por qualquer coisa, ela chorava. – vai ficar tudo bem, amor. Eu estou aqui com você.
– Desculpa o jeito que eu te tratei hoje, eu só...
– Não precisa se desculpar. Eu entendo.
– Obrigada.
– Podemos ir?
– Sim. – os dois voltaram para o laboratório e as investigações prosseguiram.
– Mel?
– Oi Linds.
– Eu encontrei algo interessante na cama da vítima.
– O quê?
– DNA de uma mulher.
– Ela está no sistema?
– Pra nossa sorte, sim. Bate com o de Tina Chandler.
– Tina Chandler? Quem é?
– A vizinha do quarto ao lado. Foi presa em 1996 e em 2010 por assalto a mão armada e tráfico de drogas. Saiu na semana passada da prisão. Eu encontrei secreções vaginais na cama do Joey e batem com o DNA dela.
– Vamos bater um papo com ela. – as duas seguiram para o Hotel e bateram na porta do quarto onde Tina estava hospedada.
– Srtª Chandler? Polícia de Nova York. – disse Lindsay e em seguida, fez sinal para a camareira abrir. O quarto estava vazio.
– Ela fugiu. – praguejou Mel. Em seguida, ela ligou para a central e pediu para que fechassem todas as saídas da cidade. – ela vai atrás...
– Vai atrás de quem, Mel? – perguntou Lindsay.
– Do dono das joias, Linds.
– O russo?
– Sim, ele está com a peça mais cara da coleção. Ela vai querer ir atrás dele.
– Então estamos perdendo tempo. El apode tentar algo contra a vida dele e da família. – as duas correram e pediram reforços. Quando chegaram à casa dos Morozov, ouviram gritos. Os policiais e Don chegaram atrás. Eles arrombaram a porta e eles entraram. Encontraram uma pessoa ferida no chão da sala.
– Ela está viva. – disse Mel. – aqui é a detetive Flack, preciso de uma ambulância aqui em Park Slope. Rápido. – ela desligou o celular e correu na direção das escadas. .
– Mel? – chamou Don. – toma cuidado.
– Pode deixar. – ela subiu e ouviu gritos vindos do quarto da Sra. Morozov. Ela entrou com cuidado, com a arma em punho. Viu Tina Chandler com a arma apontada para a cabeça de Grigory e a Sra. Chandler e as crianças amarradas no outro canto – Polícia! Larga essa arma, coloque as mãos na cabeça!
– Cala essa boca! Onde está o diamante, seu russo desgraçado? – ela perguntou.
– Eu...
– Fala logo senão eu explodo seus miolos!
– Por quê? Porque você quer tanto esse diamante?
– Porque ele era da minha família! A avó dessa vagabunda roubou da minha avó aquele diamante! Eu prometi que eu iria achá-lo e agora eu quero.
– Larga essa arma, Tina. Você já matou um, vai querer aumentar sua pena matando outro?
– Eu não me importo, eu quero o diamante.
– Está ali no closet! Dentro de uma caixa preta, perto dos sapatos. Agora nos deixe em paz! – disse a Sra. Morozov. Tina foi correndo para dentro do closet e Mel, sem ela perceber, foi atrás. A mulher havia jogado a arma no chão para pegar a joia. Enquanto ela estava abaixada, Melanie segurou com força em um dos braços da mulher.
– O que você está fazendo? Sua desgraçada, eu vou te matar. Onde está minha arma?
– Quando você quiser fazer as coisas, faça direito. – Mel a prensou contra a parede e a algemou. – você está presa. Tem o direito de permanecer calada. Tudo o que você disser será usado contra você no tribunal. Vamos. – Mel a levou para Don e foi soltar a família.
– Eu nem sei como te agradecer. Aquela maluca iria nos matar. – disse Grigory.
– Eu só fiz o meu trabalho, Sr. Morozov.
– Obrigada, minha querida. – disse a Sra. Morozov. – que Deus te abençoe.
– Valeu, detetive. – disse o rapaz. – você poderia me dar seu telefone pra gente tomar um sorvete qualquer dia desses, o que você acha? – o menino disse e Mel começou a rir.
– Vicent! – disse sua irmã- deixa de ser idiota, menino. O que ela iria querer com um menino chato como você? Desculpe meu irmão, detetive, ele não tem noção das coisas que ele fala.
– Não se preocupe. Está tudo bem.
– Eu estava quase conseguindo, Hannah. Você só atrapalha.
– O que ela iria querer com um pirralho de dezoito anos como você? Nada!
– Crianças! Fiquem quietas. – disse Grigory. – eu sinto muito Melanie, esses meninos vivem brigando.
– Não precisa se preocupar, eu estou indo embora. Até mais. – ela se virou e saiu. Grigory foi atrás.
– Você pensou em minha proposta? Venha janta conosco qualquer dia. Traga sua família. Eu iria adorar. – ele disse.
– Eu preciso pensar. Você não irá ficar sem uma resposta. Até breve. – ela entrou no carro e foi para o laboratório. Estava no vestiário quando escutou alguém lhe chamar.
– Mel? – ela se virou e era Abigail.
– Oi Abigail.
– Eu trouxe o resultado do seu exame. – ela disse entregando-lhe um envelope.
– Obrigada, mas eu ia buscar. Você abriu?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não. Abre logo, mulher! Quer me matar de curiosidade? – Mel abriu o envelope com cuidado e leu o que estava escrito no papel. – e ai?
– Deu positivo. – ela sorriu.
– Parabéns, mamãe. Outro bebezinho de olhos azuis. Fico feliz por vocês. – ela a abraçou.
– Obrigada. A Hazel vai adorar.
– Com certeza. Agora eu preciso ir. Beijos.
– Beijos. – enquanto Mel explodia de felicidade, Don conversava com a mulher do FBI.
– Está procurando alguém? – ele perguntou.
– Ah, na verdade sim. Estou terminado minhas observações.
– Você é do FBI, não é?
– Sou sim.
– Veio tirar mais alguém da gente?
– Ah, eu quero os melhores na minha equipe, você sabe disso.
– Posso saber quem você quer levar dessa vez?
– Claro, porque não? Estou observando Melanie Lewis Flack. Você sabe onde ela está? – Don ficou surpreso. –algum problema?
– Não, nenhum. – mentiu. – olha ela está ali.
– Ótimo, vou falar com ela. – ela saiu e caminhou na direção de Mel. – Melanie Lewis?
– Sim.
– Sou Olivia Benitez, do FBI.
– Prazer.
– Eu vou ser rápida e direta. Conversei com seu supervisor. Eu quero você na minha equipe em Washington.
– Como?
– Eu posso te garantir que o salário é ótimo. O que me diz?
– Eu não posso aceitar.
– Por que não? Você vai ganhar o triplo do que você ganha aqui. Eu andei te observando e você é uma excelente detetive. Eu quero os melhores em minha equipe e você se encaixaria muito bem em minha equipe.
– É, só que existem coisas que o dinheiro não pode comprar, Sra. Benitez. Eu sinto muito, mas não vou deixar meu marido e minha filha aqui. Nunca faria isso.
– Pense melhor, Melanie.
– Eu estou feliz aqui em Nova York. Não preciso de mais nada. Eu tenho certeza que encontrará outra pessoa para esse emprego. Eu sinto muito. – ela falou e andou até Don.
– E ai?
– O que você acha?
– Que você é a pessoa mais sensacional que eu conheço. – ele disse entrando no elevador.
– Fico feliz em ouvir isso. – ela sorriu. Os dois passaram na casa de Sam para pegar Hazel. – eu preciso comprar uns analgésicos. Será que dá pra você parar na farmácia rapidinho? – ela perguntou.
– Claro, tem uma ali na frente. – ele estacionou o carro e ela desceu. Nem percebeu que um papel havia caído de sua bolsa. – mais o que é isso?
– Tá falando sozinho, papai? – Hazel riu.
– Estou querida. – ele também riu e abriu o papel. Não acreditou no que leu. Ele seria pai outra vez. Quando viu Melanie sair da farmácia, guardou o exame.
– Nossa, a fila estava enorme. – reclamou.
– Podemos ir?
– Sim. – ele deu partida no carro e eles foram embora. Chegaram em casa, tomaram banho e Mel fez o jantar. Quando estavam à mesa, Mel sentiu um enjoo terrível e teve que ir para o banheiro.
– Papai, o que a mamãe tem? Ela tá doente? – perguntou Hazel.
– Não meu bem. Ela vai ficar legal.
– Hum. Eu vou ver o que ela tem. – ela disse descendo da cadeira e indo até o banheiro. – mamãe?
– Oi Hazel. – ela respondeu dando descarga.
– Você está bem?
– Estou sim querida, não se preocupe. Vem comigo, tenho uma novidade pra contar pra você e para o papai.
– A gente vai pra Disney?
– Não, ainda não.
– Ah! Que pena.
– Sente-se.
– O que você tem pra contar, Mel? – perguntou Don, se fazendo de desentendido.
– Bom, nossa família vai aumentar.
– Você vai comprar outro cachorro pra fazer companhia pra Luna? – perguntou Hazel.
– Não, amor. Você se esqueceu do que você pediu?
– Eu vou ganhar um irmãozinho? – ela perguntou e seus olhos brilharam.
– Vai. – Mel sorriu.
– Que legal! Ele tá aqui dentro, não tá? – ela disse passando a mão na barriga da mãe.
– Sim, ele está.
– E vai ser menino ou menina?
– Ainda é cedo pra saber.
– Quando você descobriu? – perguntou Don.
– Hoje. Eu fui fazer um exame de sangue na hora do almoço.
– Eu te amo.
– Eu também te amo, detetive. – ela disse dando-lhe um beijo.
– Papai, mamãe, vocês já podem parar de se beijar. – disse Hazel entrando no meio dos dois. – papai, quando você vai terminar de construir minha casa na árvore? Ela tem que estar pronta pra quando o meu irmãozinho ou irmãzinha nascer, a gente poder brincar lá.
– No sábado que vem vou estar de folga. Vou levantar cedo e nós vamos terminar a casa, okay?
– Okay.
– Agora está na hora de dormir. Vamos escovar os dentes. – disse Mel e Hazel foi para o banheiro, escovou os dentes e colocou seu pijama. – quer que eu leia uma história? – perguntou Mel.
– Não precisa, eu leio sozinha. Eu já sou uma mocinha.
– Ah, você é sim. Então boa noite. – ela disse lhe dando um beijo na testa.
– Boa noite mamãe.
– Boa noite, princesa.
– Boa noite papai. – eles saíram do quarto e ela ficou lendo. Os dois forma para o quarto e se deitaram.
– Mel?
– Oi Don.
– Você está dormindo?
– Eu estava. Mais pode falar. – ela disse se virando.
– Você realmente ficou com ciúmes da Amber?
– Um pouco.
– Ela me convidou para tomar um café qualquer dia desses.
– E você aceitou?
– Não.
– Acho bom. – ela sorriu.
– Não fique com ciúmes, amor.Eu sei que apesar dos meus cabelos brancos, eu sou um homem muito bonito e...
– Modesto também.
– Há.
– Eu gosto dos seus fios brancos. Eles te deixam sexy.
– Viu só? – ele riu.
– Ah, eu não vou mais ligar pra sua amiga. Agora, eu preciso dormir. Boa noite.
– Mel?
– O quê?
– Quer saber porque eu terminei com a Amber?
– Por quê?
– Porque ela usava drogas e isso estava acabando com a nossa relação.
– Sério?
– Sério.
– Tá tudo bem. Boa noite.
– Boa noite, querida.
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