ReNa: "Mesmo assim ainda TE AMO" – Capítulo 57

~Helena Narrando~
Ai que dor no coração, sinceramente isso está me deixando muito preocupada, será que a Carol está bem? E o Renê como será que ele está? Arrasado é claro, o pior é que eu ligo, ligo e ligo mais ele não me atende, eu juro que não perdoarei o Gabriel depois disso. Mais eu preciso saber como eles estão.

~Ligação ON~
–Alô?!
–Oi mãe, a Carol está bem?
–Está sim Helena, aconteceu alguma coisa? Você está com uma voz tão tristinha.
–Aconteceu sim, hoje está sendo um dos piores dias da minha vida.
–O que aconteceu filha?
–Depois eu te conto tudo mãe, eu vou ter que desligar, preciso tentar falar com o Renê.
–Tudo bem querida, fica bem viu?!
–Obrigada mãe, tchau.
~Ligação OFF~

Fiquei um pouco aliviada em saber que a Carol estava bem, tentei falar com o Renê a todo custo, liguei mais de dez vezes e nada, só dava fora de área, o que me deixava mais nervosa e preocupada, continuei tentar falar com ele, até que um homem atendeu.

~Ligação ON~
–Alô? É você Helena?
–Sim. Desculpe, mas quem é você? Cadê o Renê?
–Olá Helena, sou Augusto, pai do Renê, lembra de mim?
–Claro que lembro, mais se você está com o celular do Renê, quer dizer que ele está perto de você, eu posso falar com ele?
–Helena, o Renê não está perto de mim, ele sofreu um acidente de... –não consegui ouvir mais nada, cai de joelhos no chão e as lágrimas não demoraram para rolar feito cachoeira, o meu mundo desmoronou.
– Nãaaaaaaaaooooooooooooooooooo! Não pode ser!!!
–Helena, o que está acontecendo? –Brenda se ajoelhou em minha frente, eu não conseguia dizer pra ela o que tinha acontecido, só apontei para o telefone no chão e por sorte o pai de Renê ainda estava na linha. Ele passou o endereço do hospital para Brenda e logo desligou, não pensei duas vezes, peguei minhas coisas e fui às presas para o hospital, passei uma grande raiva com o transito lento e cheguei. Logo avistei Augusto e Marta que estavam sentados na recepção, fui até eles.
–E então? Como o Renê está? Cadê ele? –falei sem conseguir segurar o choro.
–Calma Helena, os médicos não disseram nada ainda, só adiantaram que o quadro de Renê é grave. —eu estava aflita e com medo de perder o amor da minha vida. Por que isso estava acontecendo comigo? Sentei em uma cadeira, olhando para o chão e chorando. Eu sou uma idiota mesmo, se eu tivesse mandado o Gabriel embora nada disso teria acontecido. Depois de duas horas, os médicos falaram com Augusto a sós, assim que terminou a conversa ele veio até mim e logo se sentou ao meu lado.
–E aí? Como ele está?
–Ele está em coma, Helena. —meu mundo caiu e senti meu coração bater mais forte. –ele teve uma hemorragia muito forte e um corte na testa. A batida foi muito feia, o carro ficou completamente destruído, quando chegaram para socorrê-lo, ele já estava desacordado. —não consegui dizer nada, só conseguia chorar, Augusto que também chorava me abraçou.
–Eu preciso vê-lo, por favor Augusto. —fui com ele e com os médicos até o quarto onde Renê estava. Eles me deixaram sozinha no quarto. Renê estava ligado á vários aparelhos. Partia o coração vê-lo assim. Criei coragem e me aproximei dele e segurei sua mão. –Meu amor, é tudo minha culpa. Eu devia ter mandado o Gabriel embora quando tive oportunidade, mais Renê tudo que você viu é mentira, eu não te trai, eu jamais faria isso, eu te amo mais que tudo nessa vida, o Gabriel armou tudo aquilo, ele me dopou, a Brenda achou um frasco de boa noite cinderela jogado no chão, Renê, você tem que acreditar em mim, me perdoa, por favor. —eu chorava sem parar. –Renê eu preciso de você. Por favor, acorda. Você tem que acordar porque eu preciso de você para me ajudar a cuidar da Carol. A gente vai viajar juntos, lembra? Vamos fazer brigadeiro e você vai me sujar como sempre faz. —sorri em meio ás minhas palavras. -A gente vai dormir de conchinha, vamos andar no parque de mãos dadas e nos divertir feito dois adolescentes... Renê, por favor! —chorei ainda mais. –Eu preciso do seu sorriso, do seu olhar, do seu carinho, eu preciso de você. Eu te amo. —beijei sua testa e me sentei até o médico chegar.
–Com licença senhorita —assenti com a cabeça e forcei um sorrisinho. -Sem querer intrometer, você é o que do Renê?
–Namorada. Sou namorada dele. —respondi. Não, eu não menti. Ele tinha terminado comigo, mais eu nem ouvi o que ele disse, eu nem sei o que aconteceu direito, o Renê era e sempre será o único que vou querer ao meu lado para sempre. –Eu vou deixar o doutor fazer o seu trabalho, vou tomar um ar, com licença. —sai da sala e logo encontrei Augusto –Bom, eu... vou avisar minha mãe e a diretora Olívia sobre o que aconteceu. —ele apenas concordou com a cabeça, me despedi dele e fui para casa de minha mãe. Contei tudo o que aconteceu, e Carol entrou em desespero, afinal ela era bastante apegada ao Renê. Minha mãe foi até a escola avisar para diretora, eu não quis deixar Carol sozinha naquele estado. A noite chegou e resolvi ficar ali mesmo, estava sem forças, sem vontade de fazer qualquer outra coisa. Me deitei e começou passar um filme na minha cabeça de tudo que vivemos, foi em um acidente que nos conhecemos, e eu não posso perder o Renê da mesma forma, eu não posso perde-lo. Não consegui dormir sabendo que o amor da minha vida não poderia estar do meu lado, ou falar comigo, nem em sua própria casa ele poderia estar, e sim numa cama de hospital completamente imobilizado. O pior é ter que ir dar aula nesse estado, eu amo as crianças mais eu não queria ter que sair do lado do Renê, não sei se conseguirei disfarçar o meu sofrimento, afinal ninguém sabe sobre o nosso namoro a não ser a Graça e o Firmino. Sinceramente, não sei se irei suportar essa dor.

~Continua~

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