Rancho água Doce

Boa Viagem


Eram cinco e quarenta e cinco e eu estava na cozinha tomando café da manhã, meus pais estavam comigo, me dando conselhos sobre a viagem.

- Charlie, Bella não é mais criança morou sozinha por anos, então não há problema nenhum ela viajar sozinha com Edward. – disse minha mãe.

- Eu sei Renné, só estou fazendo meu papel de pai.

- Obrigada por se preocupar comigo pai, mas a mamãe tem razão, eu sei me cuidar.

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- Tudo bem querida. Eu sei que você já é auto-suficiente, mas eu fiquei tanto tempo longe não pude te mimar como gostaria, então me deixar fazer agora, poxa – disse papai emburrado e eu e mamãe começamos a rir, neste momento ouvimos a campainha da porta, Edward chegara. Minha mãe foi atender a porta.

Estava uma manhã bem fria e chuvosa, não eram as melhores condições pra viajar, mas tínhamos que ir mesmo assim, o que eu mais queria era me livrar de Tânya logo. Subi correndo pra escovar os dentes e vestir um casaco, minha mala já estava na sala. Fiz uma rápida oração, pedindo a Deus que me ajudasse a ser paciente e que desse tudo certo na viagem.

Cheguei à sala e vi meu cowboy tão lindo como sempre, também vestia um casaco para o frio e estava sem o seu inseparável chapéu, deixando amostra o emaranhado de bronze que eram seus cabelos. Conversava animadamente com meus pais.

- Bom dia Edward. – disse assim que me aproximei.

- Bom dia Bella, já está pronta ou quer que eu espere terminar algo?

- Estou pronta, podemos ir se quiser. – Edward pegou minha mala.

- Então vamos, tchau senhor Swan, dona Renné, tenham um ótimo fim de semana.

- Vá com Deus meu filho, boa viagem.

- Cuidado com minha filhinha Edward, quero ela de volta intacta. – nem preciso dizer que quem disse isso foi meu pai né?

- Tchau mãe, papai... quando chegar lá ligo pra vocês. – disse já empurrando Edward porta afora, assim ele nem precisaria responder meu pai. Desse jeito meu pai me mata de vergonha, nem parece que eu já tenho vinte e dois anos.

Fomos para o carro de Edward, que abriu a porta pra mim, guardou minha bagagem no porta malas e depois foi para o seu lado, deu partida no carro buzinou pra meus pais, e fomos embora.

- Desculpe pelo meu pai Edward, ele se esquece que já sou adulta.

- Não precisa se desculpar amor, seu pai tem toda razão, pra ele você está indo viajar sozinha com um cara que tem uma namorada grávida. É de se esperar que ele se preocupe com você, é normal.

- É olhando dessa forma você tem razão. – enquanto meus pais não soubessem que Edward não era nenhum cafajeste que engravida mocinhas ficariam reservados com nossa proximidade. De repente ele começou a parar o carro no acostamento.

- Aconteceu alguma coisa? Porque parou? – não respondeu simplesmente me puxou e deu um beijo daqueles.

- Estava com saudades e precisava te dar um bom dia apropriado. – sorriu o sorriso torto que eu já adorava. – sem contar que logo Tânya estará no carro também, não teremos mais privacidade.

- É não me esqueci disso, mas é um mal que será para o bem. – voltamos pra estrada.

Continuamos conversando, falando sobre nosso passado e planejando nosso futuro. De Vila Sierra, o bairro onde ficavam nossas casas até o centro de Tucson era cerca de quarenta minutos e quando vi já estávamos na casa de Tânya. Edward desceu pra chamá-la, fiquei no carro observando e minutos depois ela saia junto com Rose e cada uma arrastava uma mala. Edward abriu o porta malas pra guardar as coisa dela, enquanto Rose entrou na casa e saiu novamente com mais duas malas, ainda bem que eu e ele tínhamos poucas coisas senão não iria caber.

Abri a janela e cumprimentei Rose.

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- Bella, me desculpe pelas besteiras da minha irmã. Eu sempre imaginei que tinha algo errado nessa história toda, mas nunca imaginei que ela mentia tanto.

- Rose, você não precisa se desculpar, pois não tem culpa das mentiras dela, além do mais o importante é que agora ela abriu o jogo e vamos ajeitar as coisas, eu Edward estamos juntos e vou ajudá-lo em tudo que puder. Não precisava esconder de Rose a verdade, os pais de Tânya sabiam de tudo.

- Fico muito feliz por vocês – ela disse toda sorridente – sempre achei que ele arrastava um bonde por você.

- Eu com certeza sempre arrastei um por ele. – sorrimos juntas.

- Façam uma boa viagem, vou torcer pra dar tudo certo pra vocês.

- Obrigada Rose, quando voltarmos vá me fazer àquela visita.

- Farei sim. Tchau Bella. – me deu um beijo no rosto, saiu e foi se despedir de Edward, enquanto isso Tânya entrava no banco de trás.

- Oi Bella – disse Tânya na mais perfeita calma – Ótimo dia pra viajar não acha? Um friozinho é sempre bem vindo no Arizona.

Não conseguia acreditar na cara de pau da pessoa, conversando comigo como se fosse minha amiga. Virei o corpo pra trás pra olhar pra ela, queria ver qual a expressão dela. E me surpreendi em como ela parecia tranqüila e a vontade. Ela se sentia num verdadeiro passeio de férias.

- Um friozinho é sempre bom mesmo, mas em minha opinião a viagem seria melhor se fosse a dois. – Sei que fui meio rude, mas ela provocou primeiro.

- Eu bem sei como é isso, viajei diversas vezes com Edward nesse mesmo carro. Só nós dois, e era maravilhoso. – o sangue subiu a meus olhos e não me controlei.

- Olha aqui sua mulherzinha falsa... – nesse momento a porta de Edward se abriu e ele entrou, me impedindo de concluir minha resposta, não queria que ele visse que eu já estava irritada com Tânya.

- Bem temos cerca de duas horas e meia de viagem, passa rápido então vamos procurar ser amigos durante esse tempo. Sei que a situação da viagem não é boa pra ninguém, mas é preciso então vamos colaborar certo Tânya? – disse Edward.

- Se depender de mim vocês nem vão perceber que estou aqui. – disse de maneira totalmente frágil.

- Estou bem meu amor. – eu disse a Edward.

- Certo, então vamos logo, quantos mais cedo chegarmos e resolvermos tudo mais cedo voltamos.

E pegamos a rodovia rumo a Phoenix. Durante o trajeto paramos algumas vezes para que Tânya fosse ao banheiro, e em uma dessas paradas Edward tentou ligar para Paul, assim avisaria que estávamos a caminho, mas o telefone dele deu caixa postal e os dizeres da introdução eram na voz dele, então Edward deixou um recado, pelo jeito as coisas dariam certo.

Era incrível, mas Tânya estava se comportando super bem, só falava quando pedia pra descer na próxima parada devido à incontinência urinária, fora isso não falou uma palavra durante todo o trajeto, e com isso até acabei esquecendo a raiva que ela me fez passar logo de manhã.

Assim que chegamos a Phoenix, fomos nos instalar no hotel onde Edward havia feito reservas, descansaríamos um pouco, almoçaríamos e depois iríamos ao endereço que Tânya tinha dado dizendo ser de Paul. Edward tinha reservado um quarto pra nós dois e um pra Tânya, no mesmo andar.

O quarto do hotel era simples, mas muito aconchegante. Assim que entramos Edward começou a me agarrar, e suas mãos pareciam que estavam em todos os lugares do meu corpo. Ele me levantou no colo e eu passei as pernas por sua cintura, e assim ele me carregou até a cama. Continuamos nesse amasso no livrando de nossas roupas simultaneamente. Ele deixou minha boca e começou a beijar o pescoço, e foi descendo até chegar aos meus seios, e pela primeira vez senti seus beijos ali. Ele beijava, lambia e foi descendo até que chegou ao centro de um deles que já tinha a ponta intumescida e tomou-a totalmente em sua boca, chupando, lambendo, me deixando muito excitada com essa carícia, enquanto tocava o outro com a mão, depois trocava dando igual tratamento aos dois fazendo sons de prazer que me levava a insanidade.

Eu me contorcia debaixo dele e nem me lembrava onde estava só sabia que queria muito mais de Edward. Ele começou a descer seus beijos em direção a meu umbigo, o contornava com sua língua e desceu um pouco mais chegando à borda da minha calça onde ele abriu o botão e desceu o zíper, já podia ver minha calcinha e ficou dando beijinhos ali e gemendo, enquanto eu segurava seus cabelos, gemendo também.

OMG, eu o queria tanto, cada vez que ficávamos nos pegando assim eu sentia que precisava dele me completando fisicamente e emocionalmente da forma que nenhum outro alguém fez. Eu queria que ele me tocasse onde eu ficava úmida, queria que ele me provasse, queria tocá-lo e prová-lo também. Eu o amava demais e queria ir ao próximo nível, uma semana atrás eu teria medo, mas agora eu tinha certeza, eu precisava fazer amor com Edward.

- Bella, você cheira bem demais. Sinto o cheiro da sua excitação e é inebriante. E cada dia fica mais difícil me controlar perto de você. – disse com a voz trêmula de desejo.

- Então não resista amor, eu quero tanto quanto você. – eu estava completamente insana, eu queria tanto continuar, mas eu sabia que ele ia parar, e foi só pensar ele realmente parou, levantou me deixando na cama semi-exposta, quente e necessitada. Droga.

- Eu não posso fazer isso com você. – disse com voz torturada.

- Se com “isso” você se refere a sexo, eu tenho certeza que você pode. O que não é nada legal é você me provocar a esse ponto e depois me deixar na mão.

- Me perdoa amor, mas eu quero fazer as coisas da maneira certa com você. – ficou me olhando, aparentemente tomando forças pra me deixar ali – Vou tomar um banho. Peça o almoço pra gente. – e a razão dele ganhou. Droga de novo.

Esperei uns minutos pra me acalmar, minha excitação ainda estava longe de passar, Edward me provocara demais e saber que ainda dormiríamos juntos no mesmo quarto e com certeza na mesma cama, não ajudava em nada a tirar os pensamentos pervertidos da minha cabeça. Levantei arrumando minhas roupas, fui até ao telefone onde tinha um cardápio, escolhi filé de frango grelhado, arroz branco, brócolis, purê de batata e suco de laranha e pedi para ser servido no quarto. Peguei na mala uma calça de cotton tipo bailarina, uma camisetinha, um moletom com touca e zíper na frente e tênis, assim estaria mais confortável pra sair mais tarde, fiquei assistindo TV enquanto esperava Edward sair do banho, eu tomaria um banho também.

Estava assistindo um noticiário que falava sobre os imigrantes ilegais, tentavam fazer a ligação desses com a quadrilha que estava roubando gado em Tucson, mas até então as autoridades não tinham chegado a um denominador comum, continuavam com as investigações. Estava cada vez mais perigosa essa coisa de roubo de gado e imigrantes, precisava conversar com meu pai sobre maneiras de melhorar a segurança nas fronteiras do Rancho e assim a nossa segurança também.

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Fui tirada dos meus pensamentos com a porta do banheiro se abrindo e Edward saindo com os cabelos molhados e o peito nu, vestindo apenas uma calça de moletom, e todos os pensamentos pervertidos que eu tinha conseguido tirar da cabeça voltaram com força total. Ele queria manter essa coisa de não transar enquanto nossos familiares e amigos não estivessem sabendo sobre nosso namoro, mas fazendo essas coisas não estava me ajudando em nada a manter o controle.

- Amor, você pediu nosso almoço? – perguntou enquanto secava os cabelos com uma toalha. E eu olhando pra ele de boca aberta, salivando. Percebi que ele ficou me olhando com uma expressão divertida, percebi que eu devia estar com cara de tarada, ou no mínimo cara de idiota.

- Pedi... Acho melhor eu ir tomar meu banho agora, minha situação acabou de ficar mais crítica. – disse e entrei rapidamente no banheiro escutando ele dar uma gargalhada. Eu mereço.

Almoçamos tranquilamente, planejávamos falar com Paul antes de ir casa dele de cara, era uma forma de não assustá-lo com as novidades. Estávamos descansando sentados no sofá e conversando quando o telefone do quarto tocou e era Tânya, que pediu que Edward fosse até o quarto dela que era ao lado do nosso, disse que tinha recebido uma mensagem de Paul, e queria mostrar a ele. Fiquei desconfiada, mas como ela tinha se comportado bem até agora, resolvi deixar pra lá. Edward foi ver o que ela ia mostrar.

Quarenta minutos tinham passado e nada dele voltar então resolvi que ia lá ver o que estava acontecendo. Chegando à porta do quarto dela, percebi que estava entreaberta, estranhei, mas entrei mesmo assim. Na ante sala havia dois copos sujos e uma jarra de suco, estava examinando quando ouvi barulhos vindos do quarto fui até lá abri a porta que estava fechada e não acreditei no que vi.

Edward estava deitado na cama, completamente nu e Tânya estava nua deitada ao seu lado com as pernas em cima dele, na hora comecei a enxergar vermelho, fui até a beira da cama e comecei a gritar.

- O que você pensa que está fazendo sua vagabunda descarada? – puxei sua perna com violência tirando de cima dele, Edward nem se mexeu estava no sono das profundezas, com certeza sedado.

- Eu estou descansando, pois acabei de ter um sexo selvagem de qualidade. – sorriu e eu quis dar uma surra nela por me falar uma coisa dessas.

- Escuta aqui sua sem vergonha, se você está pensando que vou cair nessa conversa de que acabou de transar com meu namorado enquanto eu estava no quarto ao lado está muito enganada, no mínimo você colocou sedativo naquele suco que vi na ante sala, colocou ele na sua cama, tirou a roupa dele e a sua e ficou nessa posição pra me esperar vir aqui fazer um escândalo e terminar com Edward deixando o caminho livre pra você. – e enquanto eu falava via que estava certa, a cara de perplexa dela entregava, mas era uma idiota mesmo de achar que eu ia acreditar nessa armação, isso é mais velho que andar pra frente. Mas logo ela se recuperou.

- Ele veio ter comigo o que você não esta dando pra ele. – e depois dessa eu não agüentei e dei na cara dela, eu sabia que tinha que respeitar as grávidas, mas se ela não se respeitava por que eu iria?

- Eu dou pra ele tudo que ele quiser, inclusive antes dele vir aqui era isso que estávamos fazendo. – tive que mentir, ela não precisava saber das frescuras do Edward em não ter sexo comigo. Ela estava com a mão no rosto onde eu bati, mas ela não estava intimidada.

- Eu duvido, ele é muito certinho pra isso. Ele não faria isso ainda estando enrolado comigo.

- Pois pra sua informação eu sou irresistível demais, ele até que tentou ser o certinho, mas comigo ele perde o controle, eu o faço perder a razão. E você sabe muito bem disso, afinal quando ele transava com você era o meu nome que ele gemia não é? – sei que joguei sujo agora, mas ela pediu por isso.

- Sua ordinária, eu odeio você. Porque teve que voltar, por sua culpa ele não vai ser meu agora. – disse em seguida começou a chorar, pegou as roupas pelo quarto e entrou no banheiro batendo a porta com força e se trancou lá.

Tentei acordar Edward que durante toda a discussão não havia mexido um milímetro sequer, o que mais uma vez provava que nem que ele quisesse poderia ter feito qualquer coisa com Tânya. Peguei as roupas dele e comecei a vesti-lo. Reparei em como seu corpo era tão lindo, ele era muito gostoso, queria me aproveitar e tocá-lo um pouco mas achei que era errado fazer isso com ele inconsciente, estaria agindo como Tânya, então me controlei. Após vesti-lo tentei acordá-lo dando tapinhas e seu rosto, sacudindo ele, depois de uns minutos ele começou a balbuciar algumas palavras e abriu um pouco os olhos.

- Amor consegue levantar? Precisamos ir pro nosso quarto.

- O que houve? Minha cabeça está doendo tanto. – disse enquanto tentava se levantar, ele se apoiou em mim e fui guiando em direção a saída. Em nenhum momento Tânya saiu do banheiro.

- Vamos você precisa deitar, vou te dar um comprimido pra dor, você descansa e depois te explico tudo. – caminhávamos devagar enquanto íamos pro nosso quarto, chegando lá o deitei na cama peguei um comprimido na minha bolsa, peguei um copo com água e dei pra ele. Ele ainda estava grogue e deitou caindo no sono novamente.

Deixei-o dormindo e fui ligar pro meus pais, desde que cheguei não tinha ligado e queria me acalmar também. Conversei um pouco com eles, depois liguei pra Alice, e conversei um tempo com ela, depois fiquei na varanda do apartamento ainda tentando me acalmar da raiva que estava sentindo de Tânya.

Fiquei pensando no que aconteceu e me senti feliz, pois eu não tinha caído no golpe dela, e isso era ótimo e provava que eu e Edward realmente estávamos em sintonia, eu confiava demais nele, ele se tornara toda minha vida eu o conhecia muito também. Ele não me trairia acom ninguém, muito menos com ela. Fiquei mais calma depois disso.

Com essa constatação percebi que realmente éramos feitos um para o outro, nosso destino era um só, eu seria sempre dele e ele seria sempre meu. Nada poderia mudar isso.

Continua...