-Para onde vamos exatamente, mei enaium? – Rebekah pergunta a Damon, estão a dois dias no deserto. Quase metade da jornada.

-Ati*.

-Delta Central?

-Soult*, sim.

-É um nomo* do Deus Osíris?

-Soult.

-Bem adequado meu príncipe.

-Bastante.

Rebekah estava deitada na tenda, ao lado de Damon, enquanto o príncipe estava com os pensamentos perdidos e olhava o céu da tenda, Rebekah o encarava e ao o ouvir suspirar indagou:

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-Mei Amum*, não está feliz com a missão que seu Faraó lhe deu?

-Meu Faraó está preso a crendices, e crendices não podem salvar nosso povo. Tenho medo que quando ele se dê conta, nada mais possa ser feito.

-Não tem fé na Deusa?

-Minha fé está depositada no coração do homem enaiumi, e em sua vontade de sobreviver.

A moça silenciou. Rebekah amava o príncipe mais do que tudo, devotaria sua vida a ele. Daria tudo para ser sua Aiumi. Ela se aproximou mais de seu senhor e o fez a encarar.

-Queria ter as palavras certas para acalmar seu coração.

Damon sorriu e ergueu sua mão até bem próximo do rosto da moça. Ele fazia isto sempre, era quase como se pudesse tocá-la, e Rebekah conseguia sentir o calor que vinha do corpo dele. Ela encarou a mão de seu senhor, tão próxima de sua face e segurou o pulso dele.

-Enaiumi... - Damon soltou e foi como um suspiro, ele sabia o que ela queria e estava advertindo-a – Não posso tocá-la.

-Eu posso. Anã*, me deixe sentir.

Damon havia cedido a este pedido várias vezes. Ele queria tanto quanto ela, mas sabia a linha tênue que não podia ser cruzada. Suas mãos não deveriam tocar nela e ele não dormiria com ela, ou tiraria sua inocência. Mas Rebekah podia o tocar, mãos, face, corpo, ela quase sempre o fazia. Damon não era ingênuo, ele não era alheio aos sentimentos dela. Ele também gostava de Rebekah, mas sempre lhe disse que sua vida não era a vida do palácio, ele não era homem pra casar, mas ela nunca desistiria e ele sabia disto. Acima de tudo ele admirava o ardor daquela mulher. E recebia imóvel seus carinhos.

-Quando chegarmos a Ati quero que me espere no acampamento fora da cidade. – falou sem tirar os olhos dela - Vamos direto ao templo, procuraremos a melim e acabaremos logo com isto. Agora volte pra sua tenda e descanse, sairemos ao nascer do sol.

Ela se foi sem questionar, havia recebido muito dele naquela noite e estava triunfante.Voltou para sua tenda e lá encontrou Caroline, sua fiel amiga. Meredith e Bonnie também estavam na tenda, assim como outras naiumi do reino.

-Você voltou depressa. Ele não quiz que ficasse? – apesar de amiga, Caroline sempre tinha veneno na fala, Rebekah ignorava porque tinha consciência que tudo era inveja por ela ser a enaiumi do príncipe.

-Ele está cansado. Eu não quis ficar, na verdade nem pedi. Já tinha ganhado algo melhor.

-Que seria?

-Ele me cedeu o toque. – todas na tenda ouviram e abriram a boca.

-Outra vez? – Caroline indignou-se.

-Ele sempre o faz. Não resiste.

Falou vitoriosa e tomou seu lugar e lá ficou imaginando seu futuro com seu enaium. Ele seria dela.

Na manhã seguinte a caravana seguiu cedo, como o desejo de seu Amum. Damon a cada novo nomo, sentia seu coração apertar. Vendo a miséria e degradação do povo. As doenças estavam ficando cada vez mais comuns e se alastrando. Era tudo tão triste. Finalmente estavam a apenas um dia de Ati, algo começava a chamar a atenção de Damon, era a primeira vez em dias que ele sentia o clima mais leve, avistava verde na paisagem e a água não era escassa. Havia mais vida naquela região do que em todo o resto do Egito.

-Meu Amum*. – se aproximou Niklaus, alto general do exército de Damon e irmão de Rebekah. Braço direito do príncipe.

-Sim, Melón*.

-Parece que toda a crise jamais invadiu estas terras.

-Sim, é o que venho notado.

-O Faraó é sábio. Esta melim pode ser mesmo a solução.

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-Não tenha tanta certeza Melón, apenas estamos mais próximos do Mediterrâneo, é esperado uma mudança no clima e vegetação.

-Acredita que o grande Deus Rá, seu Ada, está errado, mei Amum?

-O Faraó é acima de tudo um homem. Homens erram. Vamos descansar aqui esta noite e amanhã desceremos até Ati. Monte acampamento. Temos o suficiente para a volta?

-Tudo muito bem calculado meu príncipe.

-Ótimo! Então depois descanse também. Não saberemos o que vamos ter que enfrentar para tirar aquela melim do templo. Se a fé deste povo for tão forte quanto a de nosso Faraó, então talvez toda a cidade venha contra nós. Não quero tragédias, presenciei muita perda e dor.Vamos entrar e sair, fazendo o possível para não usar a força.

-E se não der sem a força meu príncipe?

-Então a use com sabedoria e saiba pra onde apontar sua espada.

Dito isto, o general partiu para as suas obrigações. Damon se pôs a pensar em como entraria em Ati. Ele observava a cidade ao longe e em sua cabeça se passavam mil coisas.

-Meu príncipe... – era Meredith.

-Mai Naiumi.

-Sabe que será difícil tirar a melim do templo. Meu príncipe tem muita habilidade com a espada, mas não muita com as palavras.

-Sei exatamente o que dizer. Venho pensado nisso e assim como você, sei que estarei tentando fazer uma sacerdotisa renunciar seus deveres. Deve ser tão difícil quanto me tirar dos meus como soldado. Mas apenas temos que usar as palavras corretas.

-Mei Amum parece saber quais seriam tais palavras. – Damon pra sua concubina e sorri.

-De todas da casa glandi, você é a mais sábia. – sorriem um pro outro – Bem, não posso dizer se são as certas, mas são as que escolhi dizer e quando estiver diante dela direi.

-Então rezarei por sua sorte, mei Amum.

-Eu agradecerei.

Ela se afasta. Damon passou a noite pensando sobre a invasão ao templo de Ati. A cidade era fechada e certamente estavam a espera da comitiva real, o que não facilitava a entrada deles ali. O príncipe passou a noite inteira traçando uma estratégia de invasão ao templo. Ele seria o mais direto possível. Na manhã seguinte eles partiram e deixaram as mulheres e alguns soldados, bem como uma parte da comitiva no acampamento perto de Ati.

-O reino do alto Egito tem plantas traçadas das cidades dos nomos do baixo Egito. Então ontem, ao analisar bem, a de Ati. Eu decidi que a melhor entrada de acesso ao templo é esta aqui. Perto dos bueiros dos grandes muros do lado oeste. Será fácil, pois provavelmente não há muitos guardas ali. Eles nos acham prepotentes demais para uma invasão discreta, nos esperam direto pelo principal, isso deve nos dar o elemento surpresa, no entanto, cuidado. Eles podem esperar por isto também.

-É uma boa estratégia meu príncipe. – disse Niklaus.

-Assim espero melón.

Puseram-se todos em seus postos e começaram a invasão. Como Damon previu não haviam muitos guardas no local e logo uma boa parte de seus homens se aproximaram dos arredores do templo e outra parte ficou fora esperando o comando de ataque, se caso houvesse um. Todas as entradas do templo estavam vigiadas, no entanto não foi um problema entrar e logo Damon estava dentro do templo. Ele olhou ao redor e se indignou. Não havia local mais suntuoso a quilômetros, a quantidade de ouro, pedras preciosas ali eram gritantes, daria para matar a fome de grande parte dos vilarejos onde ele passara, ouro que a tempos o príncipe não via nem mesmo no palácio de seu pai.

-Você e seus homens não são bem vindos aqui, Amum do alto Egito. – Damon olhou para o homem diante dele que estava rodeado de mais cinco. Um sacerdote do templo.

-Eu percebi isto assim que notei tanta proteção diante de um templo. Mais o mais engraçado é que pensei que apenas a proteção de seus deuses fosse o bastante. Ou toda esta guarda é designada para proteger a fortuna que se ostenta atrás destas paredes? Seria mais compreensível, dada a situação fora daqui, onde o povo passa fome.

-Não ouse ofender os deuses. Nossos deuses deveriam ser os seus. Não há riquezas aqui, apenas depósitos de fé. – Damon gargalhou amargamente.

-Claro. Eu entendo. Tenho um investimento melhor pra tais depósitos. Imagine uma família pobre, cujo os pais não podem alimentar os filhos. Então a mãe ou o pai vem a esta casa e oferece a seus deuses o último chilim* que possuem, pedindo aos seus deuses uma intervenção. Ora molim* digo a você que seria melhor eles usarem este mesmo depósito para matar a fome de seus filhos, comprando ao menos pão para eles.

-Um príncipe do Egito que não possui fé. – um deles zomba.

-Eu possuo fé. Muita, dentro de mim. Em minhas ações. Não preciso ficar trancado em um templo fazendo orações em meio a grandes fortunas para supor que tenho mais fé que outros. Agora, você sabe por que estou aqui e não quero usar a força. Onde está sua melim?

-É muito divertido, ver você profanar os deuses e este templo, quando no momento está numa busca totalmente religiosa. Pra que quer nossa melim, se não acredita que os deuses podem resolver seus problemas Amum?

-A motivação do meu Faraó parece estar atrelada a presença de sua melim em nosso reino. Então se para que mei Ada acorde e faça algo pelo Egito eu tenha que levá-la é exatamente o que farei.

-Então talvez você possa nos dar bons motivos para deixá-lo sair daqui com nossa melim.

-Darei apenas um. Toda a fé do povo egípcio de uma hora pra outra está voltada para a sua melim, dada a crença que vocês criaram para ela. Uma fama que se espalhou por todo Egito, fama que faz com que as pessoas em Ati olhem feio para qualquer outra que julgam ser do reino de Rá. Eles temem que sua melim se vá, pois em todo reino corre o boato de que a seca não atingiu Ati e da mesma forma que o povo de Ati quer ela protegida por seus muros, todas as demais províncias do reino de Rá a querem na cidade cede, fazendo seja lá o que acreditam que ela faz por todo o Egito e não só por Ati. O Faraó, Meu pai, Deus Rá na terra solicita a presença dela. E se Rá é o deus supremo, então talvez seja muito bom pra vocês obedecerem sua vontade, ou apenas deixar que eu parta com sua melim e prove ao Egito que ela é de verdade a Deusa, o que aumentará ainda mais a popularidade e visitas ao seu templo.

Damon terminou seu discurso esnobe. Os sacerdotes o olhavam em silêncio, ele queria uma resposta e por minutos não a obteve.

-Como homens dos deuses, deveriam saber que obedecer a vontade de Amon-Rá é uma ação que não cabe discussões.

-Como pode um Medjay falar assim? – a voz era suave e Damon notou a comoção dos sacerdotes.

-Mai melim, pedimos para ficar dentro. – um deles diz e então Damon a vê, descendo de umas das escadas indo direto ao centro do templo e ficando de frente pra Damon e seus soldados. – Elena, criança. Entre!

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Damon apenas observava. Sim, pelo menos nisto os boatos eram reais, a melim era uma bela mulher, muito jovem e com uma beleza impar. Olhava para Damon com uma expressão imperiosa, cheia de si. Uma mulher certamente destemida.

-Você sabe o que significa a palavra medjay?

Damon apenas observa atentamente, enquanto ela espera sua resposta. Damon aceita a provocação.

-Sim, eu sei. A melim sabe o que significa obediência? – ela o olha séria e respira.

-Não irei com você Amum. Meu lugar é ao lado da deusa.

-Claro. Aqui é muito mais seguro, confortável e agradável.

-Não me insulte medjay.

-Sou seu príncipe, me trate como tal.

-Não peça respeito a mim. Você entrou nesta casa e desonrou os deuses.

-O que entende de honra melim? Das paredes de seu templo fica difícil enxergar as coisas lá de fora.

-Elena, volte para a cede.

-Me deixe falar com ele Ada. – a moça diz para o sacerdote que conversava com Damon antes dela aparecer. – Quero que ele me diga porque devo seguir o homem que invadiu o templo de Ísis, zomba dos deuses e ataca os guardas desta casa.

Ela volta a encarar o príncipe que tem os olhos firmes nela.

-E então Amum. Me diga! Porque devo segui-lo?

-Antes me responda uma coisa, melim... – ela apenas engole e assenti. – Os sacerdotes desta casa espalharam pelos ventos a crença de em você, como a reencarnação de Ísis. Crença que chegou aos ouvidos de meu pai. Você de certa forma faz com que as pessoas desta cidade pensem assim também. Ati é atualmente a cidade mais promissora de todo Egito, onde ainda se pode comercializar, vender, fornecer. A cidade que vem explorando e sugando todas as demais. E toda esta resistência e força de Ati contra a seca se deve, nas crenças de seu povo a você. Minha pergunta melim: Você é a reencarnação de Ísis?

-Apenas tenho fé medjay. Oro a deusa, peço proteção, consolo aos feridos e doentes, rezo e rogo pela generosidade da terra, do Nilo. É nisso que creio. Assim como o povo.

-Pois bem. O faraó de todo a Egito acha que você é a solução de todos os problemas desta terra, você acha que a fé move montanhas, então entenda meu lado melim. Sou um soldado, nasci para a guerra. A única coisa que pode salvar esta terra são seus habitantes.

-Você não é só um soldado. Não compreende o significado da marca que carrega em sua pele?

-Recebi esta marca pois fui capaz. Se é um dom dos deuses ou minha cina eu não sei, mas sei exatamente pelo que passei e eu escolhi não desistir. Os deuses não me deram nada. Eu conquistei.

-Você fala com mágoa amum. Não posso seguir ninguém assim.

-Escute, criança. Não precisa estar nesta discussão. Ele não vai levá-la.

-Ada, por favor. É minha vida.

-Sua vida é da Deusa.

-Minha vida é minha vida.

Elena encara o príncipe. Os sacerdotes silenciam. Ela chega mais perto.

-Saia da casa, da cidade. Diga a seu Faraó...

-Nunca fico sem cumprir minhas ordens.

-Oh, é apenas disto que entende suponho. Você é um guerreiro de Deus. Protetor dos vivos.

-Exato. Sirvo a meu pai, Deus na terra e estou a serviço dos que ainda vivem no Egito. Não quero usar a força melim. Apenas quero que seja sensata.

-Tenho votos.

- Mei Ada crê que és a reencarnação da deusa, quanto mais rápido eu te levar, mais rápido você volta. Ele vai perceber logo o que você já sabe. E tudo isto acaba. O povo de todo o meu reino crê que você pode nos ajudar, se você não pode acabe logo com esta farsa para que meu pai comece a agir, antes que seja tarde.

-Não posso sair do templo e certamente se pudesse não iria com você.

-Você não vê o que está causando? O povo sente fome, sede, cai em doença.

-Ísis proverá.

-Não, ela não vai. Por que só a fé não é o bastante. Se quer ajudar seu povo, saia destas paredes, venha comigo, para que eu possa te mostrar. Para que você possa ver e fazer meu pai ver que você não é a solução. Abra os olhos de meu pai melim, por sua fé ou pelo o que for. Salve o Egito da única maneira que pode, admitindo que não és a salvação.

Elena estava impactada. Ela sabia bem o que lhe esperava se ela aceitasse. Mas havia um chamado em seu coração, o príncipe lhe dissera que ela deveria ver além das paredes do templo, coisa que ela sempre quis. Ela sabia dos clamores e ouvia os choros e lamentos pela sua janela a noite. Ela orava a Rá, a deusa, a Osíris, pedia com toda força para os clamores acabarem. Ela sentia em seu coração que poderia fazer mais fora dali, mas não queria ir com ele.

-Se eu for...

-Elena!

-Dacô* Ada. Se eu for amum. Tem que me dar sua palavra que meus votos serão mantidos. Você não deixará nenhum homem me tocar e...

-Sua pureza será mantida melim. Não tocar é uma habilidade que meus homens e eu manejamos agora...

-E terá que prometer, que não me deixará cair. Não me deixe ir além do que me é concedido.

-Certo, manterei a tentação longe de você.

-Príncipe, você é um guerreiro sagrado. Tem esta marca não só porque a conquistou, mas a conquistou porque foste designado, destinado para tal. Não sei no que acredita, mas sei que um dia acreditou. Use sua fé no homem ou nos deuses e se me prometer colocar o coração na frente da razão, irei com você.

-Tem minha palavra melim.

Elena voltou-se para os sacerdotes.

-Não Elena, não pode.

-Ada, eu quero, me deixe ir. Voltarei.

-Mai melim, teu Ada, ele...

-O rei compreenderá. É minha escolha, ele nunca vai contra minha escolha.

-O povo não deixará eles te levarem sem derramar sangue para te manter aqui.

-Então eu a levo por onde entrei, e nenhum sangue foi derramado. Não quero uma batalha, há muitas mortes lá fora.

Os sacerdotes encaram o príncipe e seus soldados sem muita confiança, encaram a garota diante deles com seu olhar de súplica. Eles sabiam que a força dentro de Elena era grande demais para estar sendo detida naquele lugar, mas quando se tem algo tão precioso em casa, é difícil desapegar, mas é ainda mais difícil ver este bem ir embora, coagido, deprimido, por não ter satisfação em sua vida.

-Que a deusa te guie, mai melim.

-Datê* Ada.

-Vou com você medjay. – ela diz finalmente e Damon internamente agradece. Ele não vê a hora de acabar logo com tudo isso.

-Pegue o que precisa, saímos logo que terminar e ao cair da noite saímos de meu acampamento.

-Viajar a noite é a melhor opção?

-Acredite melim, não há outra mais sensata.

Elena engole e se afasta. Volta para perto dos sacerdotes e se vira para Damon.

-Guarde estas espadas amum. Eu irei com você.

Damon suaviza a postura e seus homens o seguem. Não demora muito para Elena estar de volta. Ela se despede, recebe as bênçãos. Damon designa um cavalo apenas para ela e seguem todos de volta para o acampamento.

De volta com resto de seus homens Damon desce de seu cavalo e observa Elena fazer o mesmo hesitante.

-Mei enaium. – grita Rebekah ao aproximar-se de seu príncipe. – Vejo que trouxe a melim.

-Sim, acomode ela na tenda com vocês.

-Não! – Elena faz todos a olharem. – Não posso estar em meio a suas naiumi. Primeiro por que não sou uma e segundo porque não é lugar para uma melim.

-E onde é o seu lugar, melim?

-Ora amum, com os seus sacerdotes. Sei que toda caravana viaja com um, mesmo a de um amum descrente.

-Sim, de verdade. Prefere a companhia de Abtabe? – Damon aponta para um senhor já de idade.

-Certamente. – Elena afirma.

-Longe de mim lhe desagradar melim. – Rebekah ri do zombamento.

E assim começa a viagem de volta para o reino do Faraó. A partir de agora só os deuses sabem o que pode acontecer. O que irão encontrar pelo caminho. Damon conseguirá cumprir o juramento que fez para Elena? Irá proteger ela? Muitas questões para se resolverem, muitos conflitos e agora apenas o tempo será o ditador.