Eu estava deitada sobre Harry, suas mãos passavam por minhas costas e nossos lábios quase se tocavam, minhas mãos agarravam seus cachos macios em punhos.
Suas mãos começaram a descer e se sorriso começou a aumentar, comecei a abrir seu macacão e as mãos dele chegaram à minha bunda. Meu coração batia tão forte. E então ele colou seus lábios nos meus, quentes e cheios.

Tomei um susto quando seus lábios se tornaram frios, suas mãos duras e um sorriso doentio se apossou de sua boca. Os cabelos macios se tornaram quebrados e secos.

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Me afastei de seu rosto, vendo uma mulher de olhos pretos, cabelos sem cor e sorriso rasgado.
Eu gritei alto e então abri os olhos.

Meu coração estava acelerado e minha respiração descompassada.

Mas que porra de sonho foi esse?

Apezar de tudo, a sensação dos lábios dele nos meus, mesmo que por um sonho, ainda estava nos meus pensamentos. Sem parar.

...

Assim que entrei no refeitório, andei até minha mesa e vi Tate sentado com um cigarro entre os lábios.

—Tate o que aconteceu com você ontem ?

—eu não sei. Mas acordei no chão. Você sabe o que aconteceu?

Ele não se lembra.

— Não. .. me dê um?- sorri timidamente. Ele sorriu e me deu um cigarro apagado.- me empresta o seu pra ascender?

Ele tragou e colocou seu cigarro novamente na boca, se aproximando de mim e ascendendo meu cigarro com o seu. Preso em seus lábios.

Corei e ele se afastou.

A fumaça ficou presa em minha garganta quando vi Harry caminhando para dentro. Queimando as costas de Tate com o olhar e depois meus olhos. Seus lábios atraíram minha atenção até ele sair da minha vista.

—senhor Langdon? Tem consulta agora.- uma enfermeira apareceu. Tate levantou e acenou com a cabeça em minha direção. E caminhando com ela e mais um guarda.

Soprei a fumaça em rodas, enquanto Harry vinha em minha direção. Sentou ao meu lado.

—eu vi algo hoje. - sua voz soou baixa- no corredor da minha cela.- eu olhei para seu rosto e me surpreendi com nossa proximidade.

Meus olhos fitaram suas esmeraldas e depois todo seu rosto, reparando em pequenas cicatrizes e marcas. Mas olhando novamente para seus lábios me lembrei do sonho. Levantei os olhos e olhei os seus, que descobri também estarem fitando meus lábios.

Virei meu rosto e traguei o resto do cigarro e o apaguei no cinzeiro.

—o que era?

— uma borboleta.- o olhei confusa e ele revirou os olhos -não existem janelas naqueles corredores e ela simplesmente sumiu pela parede.

Ficamos em silêncio. Pensando no que isso significava.

—você deveria comer. Não pode viver só de café. - ele disse de repente.

—não estou com fome Harry . - resmunguei e ele franziu as sobrancelhas me fazendo rir. Ele abriu um pequeno sorrisinho, que aqueceu meu coração. Era o sorriso que ele tinha no início de meu sonho.

—o que foi?- ele perguntou me encarando.

—nada- sorri e corei.- só lembrei de uma coisa que vi uma vez em um sonho.