Uau! Que notícia!

– Um...?

– Adolescente.

– O quê? Você quer adotar um adolescente?

– Sim.

– Por quê? Ficou louca?

– Não. É que eu queria saber como é.

– Saber o quê?

– Como é ter em casa um adolescente.

– E a Rachel? Ela vai crescer.

– Sim, mas até lá...

– E eu? Não sirvo mais? - Fazendo cara de cachorro pidão.

– Ora! Pare com isso Greg! Não seja criança!

– Estou chocado. Minha namorada quer adotar um adolescente, e... Peraí! A quantos meses você tá planejando isso?

– Bom, eu começei a pensar nisso faz, acho que, uns três meses atrás.

House ficou boquiaberto.

– E aqueles papéis que você me escondia?

– Eram os papéis da adoção.

– E aqueles dias que você chegava tarde?

– Estava indo me encontrar com a minha advogada.

– Mulher, né?

– Sim, olha posso até te dar o cartão dela... - Disse enquanto procurava o cartão na bolsa - Puxa, não estou achando...

– É isso aqui? - House segurava um cartão rasgado, amassado e muito sujo.

– Sim, ao menos era. - Enquanto ela pegava o cartão das mãos de House com as pontas dos dedos - O que foi que aconteceu com ele?

– Eu tinha achado esse cartão na sua bolsa, peguei e ia ligar pra saber quem era...

– Mas tinha o nome dela no cartão.

– Sim, mas como você é muito esperta, você poderia ter colocado o nome dela mas era um homem. Entendeu?

– Sei... Será que você não pegou esse cartão só pra "falar" com ela? - Explicou/perguntou ela com aspas.

–Não! Imagina Lees, você é a única da minha vida. E eu te amo.

– Obrigado Greg. Você é o único da minha vida também. E eu te amo.

E os dois se beijam.

– E então...?

Lado de fora da sala de Cuddy

– Eles estão demorando demais lá dentro, e se o House matou a Cuddy? Eu vou arrombar! - Disse Wilson.

– Calma Wilson. Não estamos ouvindo nenhum grito desde que eles entraram aí dentro. Se o House matou a Cuddy ele já teria saido de lá chorando que nem uma criança que perdeu o brinquedo preferido. - Disse Foreman.

– Eita! Vocês ficam pensando besteira enquanto temos que ficar alertas caso precisem de nós. - Falou Treze.

– Eu vou voltar pro meu trabalho. - Disse Chase, indo embora.

– É, o Chase tá certo. Vamos voltar ao trabalho. VAMOS GENTE, CIRCULANDO! NÃO TEM NADA PRA VER AQUI! - Disse Foreman.

– É, vão vocês. Eu fico aqui, esperando. - Disse Wilson, muito preocupado.

Dentro da sala da Cuddy

– Você ouviu alguma coisa? - Disse Cuddy.

– Não, nadinha.

– Não, é sério!

– Deixa Cuddy, deve ser algum idiota querendo tirar a nossa atenção.

– Mas e se for importante?

– Não é, agora volta aqui. - House falou enquanto apontava para o sofá.

– Não, House! Aqui não!

– Por quê?

– Porque nós estamos muito tempo aqui, e daqui a pouco vão dar falta da gente, e arrombar essa porta. - Falou Cuddy apontando para a porta.

Lado de fora da Sala de Cuddy

– Ai, já chega. Eles estão tempo demais aí. - Disse Wilson com muita ansiedade.

– Não se preocupe doutor Wilson, todo dia é isso, eles ficam aí dentro uma hora ou mais, e o doutor House sai todo amassado e arranhado mas feliz da vida. Logo depois a doutora Cuddy sai também, um pouco amassada, cabelo desgrenhado e diz que tem que ir ao banheiro para se ajeitar. Vai saber o que eles fazem aí dentro, né? - Falou a secretária, enquanto arrumava a sua mesinha.

– É, vai saber... - Disse Wilson enquanto olhava apreensivo para a sala.

– É, mas pensando melhor, eles realmente estão tempo demais aí dentro.

– O que? Eles não ficam todo esse tempo aí dentro?

– Não.

– Ora, mas o que estamos esperando? Eu vou arrombar essa porta agora! - Disse Wilson pegando distância.

Sala da Cuddy

Cuddy estava sentada no colo de House.

– Pára Greg, em casa.

– Mas aí não tem graça...

– O que não tem graça?

– Fazermos escondidos.

– Escondidos o que?

– Você sabe...

– Não, não sei.

– Você sabe sim.

– Não, não sei.

Eles foram surpreendidos pelo Wilson arrombando a porta.

– Wilson!!! - House e Cuddy falaram em uníssono.