Chegamos.

Encostei na porta para abri-la, mas não precisou, olhei para cima e vi o segurança a abrindo.

- Thank you. - agradeci.

Gentilezas demais para uma garota do interior? Talvez, mas estava gostando disso.

Lenn se colocou ao meu lado e entramos.

- Não tinha reparado no vestido. - sussurrou para mim.

- Jura? Não está tão curto assim.

- Já vi piores.

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- Podemos tomar uma bebida? Estou com sede. - Tentei mudar de assunto.

- Claro. - Parece que deu certo.

Nos dirigimos até o galpão.

- Então, o que vai querer?

- Humm, só um refrigerante por favor.

- Só refrigerante mesmo? Não quer mais nada? - Lenn olhou confuso.

- Não quero é passar da conta.

Ainda não sei o que é estar bêbada, e não pretendo mudar isso.

Sentamos em uma mesa e começamos a conversar, até eu perceber algo cobrindo a luz em um dos meus lados: era um homem alto e moreno.

- Hey, quer dançar? - Lenn ouviu e revirou os olhos.

- Sorry, talvez mais tarde. - Eu disse isso e ele voltou para onde estava.

Olhei para Lenn.

- O que foi? - Já não era a primeira vez que o pegava me fitando.

- Nada, nada. Gostei do estilo, só isso. Fica bem em você.

- Obrigada. - Não me convenceu, mas tentei disfarçar e mudar de assunto.

- Então, quer dançar agora?

- Let's go!

- Haha.

Entramos na pista, a nova música começa a tocar e claro, começamos a dançar.

I saw him dancing there by the record machine

Eu vi ele dançando ali perto da máquina de música

I knew he must have been about seventeen

Eu sabia que ele deveria ter uns dezessete

The beat was going strong

A batida estava ficando mais forte

Playing my favorite song

Tocando minha música favorita

Comecei a rir das gracinhas que ele fazia.

Tinha uma banda tocando, então eu fui lá em cima do palco, e o vocalista me entregou o microfone.

Eu segurei.

Me senti tão á vontade, que nem percebi que comecei a dançar e me soltar como nunca.

As pessoas cantavam junto, e dançavam (incluindo Lenn) .

Desci do palco e fiquei no meio das pessoas. Nem percebi que tinha começado a dançar atraentemente.

A música acabou então eu entreguei de volta o microfone para a banda.

Percebi uma cara diferente de Lenn.

- Hey, fecha a boca, vai cair baba. - Provoquei.

Ele obedeceu com um riso.

- Por que não cantamos juntos a próxima? - O vocalista disse, depois de muitos pedidos do público.

- Later. I promisse. - Respondi, com um sorriso cansado, mas estava animada.

Voltamos para a mesa onde estávamos. Então comecei a pensar como seria quando eu voltasse.

Como se lesse meus pensamentos, Lenn disse:

- Sabe, Anne, vou sentir sua falta quando voltar. Apesar de nos conhecermos a pouco tempo.

- Óin! - Fiz uma careta e apertei suas bochechas brincando.

Ele riu, e me deu um abraço apertado em seguida. Eu retribui.

- É sério. Faz algum tempo que não me divirto assim, com alguém que adora provocar, haha. - Ele agora acariciava meus cabelos.

Me soltei delicadamente e olhei para ele com uma cara de desconfiada.

- Ok, ok, mas com você é diferente.

- Vou sentir sua falta também.

- Caham. - Alguém interrompeu pigarreando.

Olhei para o lado. Era Jim, e estava com uma cara... Ele deve ter ouvido a conversa.

- Hey, Jim!, vai ficar com essa cara mesmo na balada mais esperada do ano?

- Obrigado, Lenn. Você também está ótimo. - Respondeu sarcástico.

- Thanks. Ahh você perdeu o fato mais empolgante da noite. Anne subiu no palco e foi incrível.

- Ah é?, mas você vai de novo pra mim ver né?

- Ah sim, com certeza.

A noite passou devagar, e foi sem dúvida uma das melhores noites da minha vida.

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Chegou a hora de ir. Já estava quase amanhecendo.

Dois carros. Uma carona. Jim ou Lenn?

Como já tinha vindo com o Lenn, optei por voltar agora com Jim.

- Então, tchau Lenn, até amanhã. - disse Jim

- Até!

- Tchau Lenn, e obrigada.

Ele me olhou intensamente por um segundo, e me puxou em um abraço apertado ainda mais forte que o de antes. Como se fosse a última vez que nos víssemos.

- Hã, Lenn...

Dei duas batidinhas nas costas dele, para que me soltasse.

- Ah, desculpe. Boa noite.

- Boa noite.

Entrei no carro. Jim com cara emburrada como uma criança.

Ele deu a partida e não aguentei segurar, comecei a rir alto da cara dele.

Ele acabou se contagiando com a minha risada.

E adormeci no caminho.