Quando a distância é grande de mais
Acusações
Sara chega ao hospital e encontra Carlos.
— Oi!
— Oi Sara!
— E então, ele já está acordado?
— Sim, mas... – Carlos não teve tempo de terminar, Sara já entrava no quarto.
Lá dentro encontra duas camas, uma com uma moça muito parecida com Doug e outra com o próprio que assim que a viu abriu um sorriso fraco.
— Ei! – Disse ela em um sussurro, a irmã de Doug ainda estava dormindo.
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— Eu estou maravilhosamente bem Doug, eu é quem preciso te perguntar isso não?
— Talvez! – Sorri mais uma vez.
— Sua irmã?
— Sim! Pra te ser sincero não sei muito o que aconteceu, quando acordei o médico fez alguns testes em mim e saiu porque alguém o estava procurando.
— Provavelmente fui eu. Me perdoe Doug, vou chamar Carlos pra te explicar melhor.
— Ok!
Alguns minutos depois e Sara voltou com Carlos.
— Então Sara, eu ia pedir a você para ir com calma, já que eu não tive tempo de explicar a ele todo o ocorrido!
— Me desculpe Carlos, eu realmente não via a hora de ver Doug falando novamente.
— Bem Doug, o que você se lembra?
— Honestamente não muito, lembro que nos estávamos comemorando o aniversário de Sara e ela tinha me dado um fora especial – Para um pouco para lançar um sorriso para Sara. – E depois que ela saiu do meu quarto tomei um banho e lembro de ter a intenção de ir dormir, acordei com uma dor no pescoço, quase como uma picada de mosquito, só que esse mosquito era bem grande. Depois disso lembro de abrir os olhos e vislumbrar uma pessoa em cima de mim e do susto tentei tirá-lo e o empurrei, senti algumas dores nas mãos e vi que a pessoa veio novamente numa nova investida, talvez eu tenha conseguido pelo menos lhe dar um lábio rachado, também não sei exatamente por quanto tempo eu estava realmente consciente.
— Foi encontrado um tipo de droga no seu sangue que é comumente usada para estupro por incapacitar a vitima e algumas vezes não deixar que a pessoa se lembre do ocorrido enquanto está sob efeito da droga. Acreditamos que a ideia da pessoa era incriminar alguém e provavelmente não tinha força física e nem inteligência suficiente pra isso. – Esclarece Sara
— Como assim?
— Eu fui acusada por tentar te assassinar.
— O que? Quem diabos iria pensar isso Sara?
— As evidências levavam a crer nisso Doug. Quem te atacou achou que uma dose comumente usada para dopar mulher fosse suficiente para você e na verdade não foi, vimos muitos ferimentos defensivos nos seus braços. – Só então ele levanta os braços e os vê enfaixados.
— E eu tenho como te garantir que fisicamente você não teria como ter me atacado daquele jeito, era um homem, eu tenho certeza.
— Não se preocupe com isso agora, você precisa se cuidar agora.
— Tudo bem, mas quero que me mantenha atualizado quanto a esse absurdo.
— Tudo bem. – Carlos que estava só de espectador resolveu intervir.
— Doug para que você fique 100% preciso que se ajude aqui ok? Precisa descansar bastante. – Se vira para Sara. – Eu vou precisar olhar outros pacientes Sara, diga a Grissom que espero que almocemos amanhã ok? Não vou aceitar que ele vá embora e vocês dois não nos façam uma visita, Luiza já está se preparando, não vou aceitar um não como resposta ok?
— Vou avisar a ele Carlos. – Disse e se volta um pouco envergonhada para encarar Doug.
— Quer dizer que eu finalmente vou conhecer seu marido?
— Você sabe que não estamos mais juntos Doug!
— Isso não é verdade, você nunca deixou de ser a esposa dele, agora vocês tem a oportunidade de se acertar.
— Não é tão simples.
— Pode ser!
— E você?
— Você não precisa se preocupar comigo, sabe disso! Eu estou bem!
— É? Vejamos, acabou de sair de uma cirurgia e receber varias bolsas de sangue para repor uma hemorragia devido a um ataque que sofreu por estar no lugar errado, na hora errada. Está maravilhosamente bem hã?
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— Se diz?
— Digo e repito! Quando Hanna acordar, pedirei pra chamar-te para que você a conheça ok? Agora vai decidir o que vai ser dessa aliança daqui pra frente. – Diz apontando pra mão de Sara de onde a aliança tinha saído.
— Ok! – Levanta e lhe da um beijo na testa. – Volto ainda hoje.
Sara vai embora ainda sem saber o que exatamente iria fazer.
...
No laboratório Grissom chega e pergunta a D.B. como serão os procedimentos com Sara.
— Grissom, nesse exato momento não é ela quem me preocupa...
— O que houve?
D.B. Aponta para a sala de testemunhas e vê um sujeito com cara de psicopata e com um olho roxo, porém Grissom sabia bem quem era o sujeito. Através de seus amigos ficou sabendo quem era exatamente a pessoa que Sara desconfiava ter armado para ela e resolveu falar com o cara. A única coisa que fez foi dizer que ele se mantivesse longe de sua esposa e com isso Basderick lhe disse que deveria ter vergonha de dizer que uma mulher como Sara era sua esposa, pois ela era uma qualquer que passava a noite em busca de companhia masculina quando ele não estava na cidade. Após tamanha asneira Grissom lhe deu um empurrão que o fez cair, já depois de caído Grissom disse que se ele se aproximasse dele ou de Sara novamente iria se arrepender. Ao ver a tal figura ali se perguntou quem teria lhe feito o favor de socar o cara.
— O que ele faz aqui? Conseguiu se meter em confusão com alguém?
— Parece que sim. Ele diz que você o procurou e o ameaçou caso ele não confessasse o crime.
— Como? Ele disse que eu dei aquele olho roxo a ele?
— Bem... Temos uma filmagem de uma garagem onde você o empurra e ambos saem da visão da câmera, sabe que para o advogado dele isso é o suficiente para te processar não?
— Não! O fato de me verem dando um empurrão nele não significa que o agredi.
— Não, mas faz com que o advogado dele te processe mesmo assim e complique a vida de Sara.
Grissom estava se sentindo frustrado com toda a situação e para piorar avista Sara se aproximando deles com cara de poucos amigos.
— Eu acabei de cruzar com Nick e ele me disse que Basderick está prestando queixa contra mim por uma agressão que você fez? Que diabos Gil?
Grissom se vira para Russel sem entender.
— Contra ela? A queixa não é contra mim?
— É contra os dois, ele está tentando mexer com a cabeça de vocês. Ok! O que vocês dois precisam é se acalmar e deixar que cuidaremos disso, por favor me esperem na minha sala. – Em seguida foi ao encontro de Basderick deixando Grissom e Sara para trás.
Ao chegar na frente do rapaz D.B. começa.
— Ok senhor Basderick, se entendi bem você quer prestar uma queixa por agressão certo?
— Sim!
— Pois bem, vou precisar que faça um exame de corpo de delito e... Isso é uma arma? – Nota D.B. uma arma presa a cintura de Basderick.
— Sim, não sei mais quando poderei ser atacado, portanto não saiu mais desarmado de casa.
— Bem, vou precisar que me entregue também a arma e suas roupas para que sejam processadas.
— Mas a arma não estava comigo quando tudo aconteceu.
— Bem, isso diz o senhor, temos de seguir protocolo e faz parte que suas armas sejam recolhidas para análise.
Sem poder protestar Basderick entrega a arma e segue Greg até uma sala para que suas roupas sejam coletadas.
D.B. vai até sua sala para não encontrar ambos seus encrencados lá, estava somente Sara.
— Cadê ele?
— Não sei, também não pergunte. Ele só saiu sem dizer nada.
— Sara, me perdoe se estiver extrapolando nosso nível de intimidade, mas não acha que esse problema de vocês já passa da hora de ser resolvido? Esta começando a se tornar quase infantil. – Inicialmente Sara sentiu um pouco de magoa pela acusação, mas ao mesmo tempo ficou triste por entender que tudo que ela queria a uma semana atrás esta bem a sua frente, porém estava se deixando cegar pelo orgulho.
— Eu vou pra casa D.B., preciso esclarecer meus pensamentos, me avise quando eu poder voltar a trabalhar, ou quando meu processo tiver algum progresso.
— Claro! – D.B. suavizou a voz percebendo o quanto ela ficara triste com sua declaração. – Sara? Eu não quero seu mal, quero apenas que tudo isso se resolva da melhor forma.
— Eu sei.
Enquanto isso Grissom rodava no laboratório a procura de Nick, o achou na sala de analise de vídeos.
— Nick?
— Ei! Como está indo com toda essa historia de agressão?
— Preciso de um favor seu!
— Ok...
— Preciso que aproveite que Basderick está sendo processado por Greg e dê um susto nele.
— Como assim Gil?
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