No outro dia, a principal escola de ensino médio de Flores estava a todo fervor. As aulas tinham recém começado e todos os professores estavam na sala de reunião conversando sobre os planos de aula. Renata se aproximou de Michael e perguntou:

— Como está a sua organização aí?

— Deu tudo certo. Consegui ficar com a parte da biologia que eu queria lecionar. E você?

— Pra mim também deu tudo certo! Quer tomar um café lá em casa? Estou convidando os professores todos. Vai ser divertido!

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— Lógico! Faz tempo que os professores não se reúnem para se divertir.

— Ótimo! Te espero as 17!

Laura correu para a sala de Alex. Tinha encontrando as amigas e perdeu completamente a noção do tempo. Entrou na sala e depois de desculpar-se falou:

— Cadê o orientando?

— Deve estar chegando. Sente-se, please.

— Se pudesse adiantar a linha de pesquisa dele.

Laura mal fez o pedido e um cara branco, loiro e de olhos castanhos entrou na sala com a respiração ofegante. Ele vestia uma camisa social azul e calça jeans e sapato social preto. A ruiva não acreditou no que via. Alex riu e disse:

— Bem vindo Herbert!

— Você faz mestrado em história?! — Perguntou Laura assustada.

— Vocês se conhecem? — Perguntou Alex.

— De certa maneira sim, professor Alex. — Afirmou Herbert sorrindo.

— Ótimo! Vão me poupar apresentações. Vocês combinem aí porque surgiu uma reunião para mim de última hora.

— Mas... mas... mas... Preciso da sua ajuda! — Exclamou Laura.

— Você é inteligente! Vai conseguir se virar! Bye! — Disse Alex saindo do escritório.

Laura não acreditava no que estava vendo. Por que o destino curte tanto fazer essas coisas comigo? A professora suspirou e disse:

— Pode sentar Herbert.

— Thank’s. — Agradeceu o alemão. — Sobre aquela noite queria me desculpar. Não quis te ofender ou te obrigar a algo.

— Não precisa se desculpar. Você não foi groso. Eu que não estava com bom humor naquele noite.

— Isso significa que estamos em paz?

— Claro que sim! — Afirmou Laura sorrindo. — Vamos olhar sua tese de mestrado!

As horas passaram e os relógios da cidade de Flores marcava 17:30. Michael estava na casa de Renata. A professora de geografia tinha falado para Michael que chamou todos os professores para um café. Contudo, já passava mais de uma hora e só ele estava lá. Tem alguma coisa muita errada nessa situação! Renata saiu do quarto de mãos dadas com Eduardo e ambos sentaram-se no sofá. Michael colocou a xícara em cima da mesa e indagou:

— Não vai ter nenhuma reunião né?

— Desculpa ter mentido para você! Mas era a única forma de te trazer aqui.

— Qual é o papo?

— É sobre a traição do Miguel.

— Eu não estou entendendo.

— O Miguel amava demais a Laura! Aí do nada o Miguel traí a nossa amiga? Essa história é mal contada! E sei que você também acha e que sabe de algo!

— Eu não sei de nada! Juro! Já faz tanto tempo! Não tem o porquê você fuxicar nessa história.

— O Miguel mora com você! — Exclamou Eduardo. — Você não percebeu o aspecto lamentável que ele está?

Michael ia retrucar, mas não conseguiu. Eduardo estava certo. Por mais que seu amigo mostrasse felicidade, por dentro estava péssimo. Com certeza tinha se arrependido do plano. Será que dá tempo para arrumar tudo? Michael suspirou e disse:

— Vocês têm razão. Vou contar tudo que aconteceu.