Pyrenia: The Fire Girl

Capítulo 3: The Village

Depois de andarem algumas horas tentando sair da floresta, Pyrenia e o lobo, chegam em uma trilha que levava até uma vila próxima dali. Eles resolvem seguir a diante até a vila.

Pyrenia: Parece que essa trilha vai direto para uma vila logo ali.

Lobo: Hmm...Então nós devemos ir para lá?

Pyrenia: Eu acho que sim, digo, deve ser interessante. Vamos pelo menos conhecer essa vila.

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Lobo: Certo.

Pyrenia e o lobo começam a seguir a trilha até a vila que eles haviam visto.

Algum tempo depois...

Pyrenia e o lobo estavam no meio do caminho em direção à vila e o sol estava se pondo.

Lobo: O dia esta escurescendo.

Pyrenia: Eu sei.

Lobo: Por acaso você tem algum poder especial sendo filha da lua?

Pyrenia: Eu não sei. Vamos ver...

Conforme o sol vai indo embora e a noite vai chegando, Pyrenia começa a ficar azul dos pés à cabeça e seu cabelo se torna platinado com alguns fios prateados. Seus olhos ficam azuis e os sinais em seu corpo brilham em tons azulados. Pyrenia olha para suas mãos que estavam azuis.

Pyrenia: O que aconteceu?

Lobo: Parece que você mudou. Você está diferente.

Então, o corpo todo de Pyrenia ganha um brilho branco radiante bem forte com raios de luz branca saindo do corpo dela e iluminando o caminho onde eles estavam.

Lobo: Uau! Você brilha no escuro!

Pyrenia: Eu o quê?

Lobo: Você parece estar brilhando para mim.

Pyrenia e o lobo continuam andando pela trilha. Pyrenia brilhava e iluminava o caminho enquanto eles andavam.

Pyrenia: Uau! Eu não sabia que eu ficava assim de noite.

Lobo: Você é um tanto misteriosa, sabia?

Pyrenia: Eu sei, é tão estranho...digo, esses...poderes.

Lobo: Então você agora é uma luz ambulante?

Pyrenia olha séria para o lobo.

Lobo: O que foi? Foi só uma piada.

Pyrenia: De dia eu posso correr rápido, de noite...

Pyrenia testa uma teoria. Ela posiciona seus braços como se estivesse atirando com arco e flecha, só que invisível e na hora que dispara a sua flecha, um arco de luz branca é criado do ponto onde eles estavam até o seu destino.

Pyrenia: Uau! Então eu posso fazer isso de noite?

Lobo: Eu estou impressionado. E agora, garota?

Pyrenia: Se atravessarmos o arco de luz poderemos chegar na vila rapidinho.

Lobo: Hmm...eu fico pensando se vai funcionar.

Então, Pyrenia e o lobo sobem pela ponta do arco de luz branca e começam a andar pelo arco em direção a vila.

Enquanto isso...

Na vila onde Pyrenia e o lobo estavam seguindo, estava escuro e não havia ninguém na praça. As pessoas haviam se fechado dentro de suas casas pois estavam com medo de um ser aquático que aparecia de noite.

A vila estava praticamente deserta. Até que, o silêncio da vila é quebrado por barulhos de passos.

Os barulhos iam se intensificando cada vez mais.

Uma enorme sombra surge no chão e revela uma criatura aquática de perfil feminino com guelrras no lugar das orelhas, nadadeiras nas costas, olhos amarelos e ovalados, uma boca semelhante a uma boca humana com lábios vermelhos, o tronco era coberto por escamas amarelas. Suas mãos e pés possuiam membranas. A criatura não era de todo má. Ela havia nascido em um rio perto dali e procurava por amigos pois se sentia muito solitária onde morava. Seu nome era Aqualine.

Aqualine: Porque todos correm de mim? Eu não sou má, eu só quero fazer amigos.

Aqualine anda pela praça da vila e encontra uma fonte de água. Lá, ela olha para a sua imagem refletida na água e mesmo assim não entende porque as pessoas corriam de medo dela.

Aqualine: Eu não entendo. Eu não sou feia! Porque eles correm de mim?

Então, Aqualine se senta na beirada da fonte, coloca as duas mãos no rosto e começa a chorar.

O seu choro era parecido com o canto de uma cigarra em um tom baixo, um tanto depressivo.

Aqualine: Eu não sou um monstro!

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Aqualine: Porque todos me tratam assim?

Nessa hora, Pyrenia e o lobo surgem perto de onde Aqualine estava e olham para ela sentada na beirada da fonte.

Pyrenia: Ela...Ela é como eu.

Lobo: Mas porque ela está tão triste?

Pyrenia: Vamos perguntar isso para ela.

Então, Pyrenia e o lobo se aproximam de Aqualine e perguntam porque ela estava tão tristonha.

Pyrenia: Porque você está triste?

Lobo: É, nós chegamos aqui e notamos que você estava chorando.

Aqualine: Vão embora! Ninguém quer ser meu amigo!!!

Pyrenia: Como é? Você está triste porque ninguém quer fazer amizade com você?

Aqualine tira as mãos do rosto e faz um “sim” com a cabeça.

Pyrenia: Então é isso? Qual o seu nome?

Aqualine tira novamente as mãos do rosto e responde.

Aqualine: M-Meu...Meu nome é...Aqualine.

Pyrenia: Aqualine? Que nome lindo você tem!

Aqualine olha para Pyrenia.

Aqualine: Você acha?

Pyrenia: Sim, eu acho. Você quer saber o meu nome?

Aqualine: Ahn...quero. Qual é o seu nome?

Pyrenia: Meu nome é Pyrenia.

Aqualine enxuga as lágrimas em seu rosto e fica mais tranquila.

Aqualine: Pyrenia?

Pyrenia: Sim.

Aqualine: E o que você está fazendo aqui com o seu amigo?

Pyrenia: Bem, eu sou filha do sol e da lua. Fui criada por um casal em um vilarejo que fica nas montanhas e quando eu cresci, eu resolvi sair em busca de aventura e...um pretendente.

Pyrenia: E o meu amigo aqui é um lobo que eu encontrei numa floresta.

Aqualine: Você é humana?

Pyrenia: Não, não sou. E eu assumi uma forma humana para não me verem como um monstro.

Aqualine: Você entende o meu problema. Eu tento fazer amizades com as pessoas, mas parece que me veem como um monstro, uma aberração.

Pyrenia: É, eu entendo sim. Acontece que no vilarejo onde eu fui criada as pessoas não se importavam com a minha aparência, mas o resto do mundo...? É desses que eu devo ter medo.

Aqualine: Entendo. Você foi criada de um jeito, logo quem esteve perto de você te aceita, quem não esteve....o contrário. É complicado.

Aqualine: Eu nasci nas águas de um rio perto daqui.

Pyrenia: Entendi. Mas, se você assumir uma forma humana que nem eu, talvez as pessoas não te achem diferente. Digo, não custa tentar. Eu acho.

Aqualine: Parece uma ótima ideia. Vou tentar.

Aqualine fecha os olhos por um momento. Magicamente seu corpo assume uma forma humana. Ela agora tinha cabelo azul comprido, olhos verdes, pele morena clara, vestia um longo vestido azul, e quando ela abre seus olhos, ela nota a diferença olhando para as suas mãos sem membranas.

Aqualine: Funcionou?

Pyrenia: Sim! Uau! Você está bonita.

Aqualine: Obrigada.

Pyrenia: Vamos ser amigas?

Aqualine: Claro. Eu aceito!!! (pulando de alegria)

Pyrenia: Legal! Eu fiz mais uma amiga. Você quer me acompanhar?

Aqualine: Claro que sim. Depois que você falou em aventura eu fiquei louca para tentar algo assim.

Pyrenia: Sério?

Aqualine: Aham.

Pyrenia: Certo. E você tem alguma sugestão para o próximo destino?

Aqualine: Hmm...deixa eu pensar....

Aqualine: Hmm...Eu não sei. Eu não conheço nada por aqui. Eu vim até aqui atrás de amigos, mas lá para frente eu não conheço nada.

Pyrenia: Tudo bem. Eu acho que nós teremos que descobrir por nós mesmos.

Lobo: É o jeito...

Pyrenia sente uma presença e então fecha os olhos e assume sua forma humana. As pessoas que estavam se escondendo dentro de suas casas saem para fora e se reúnem na praça da vila perto de onde o lobo, Pyrenia e Aqualine estavam.

—Com licença! (diz um dos aldeões)

Pyrenia: Sim? Quem chamou?

Pyrenia vira-se para trás e nota um grupo grande de aldeões querendo falar com elas.

—Ah-ham! Por acaso o monstro já foi embora?

Pyrenia: Bem...

Aqualine responde para os aldeões como se fosse uma vítima da criatura.

Aqualine: Eu acho que sim. Quando eu cheguei aqui, a criatura havia sumido e eu encontrei esses amigos.

—Ah Entendi. Que bom que ela foi embora. (diz o aldeão)

Aqualine: Sim. Eu espero não encontrar essa criatura de novo, senão eu vou dar uma surra nela.

Então, um homem da vila, cabelo preto bem curto, olhos castanhos, vestindo uma camiseta sem mangas branca, um colar com um dente de animal pendurado, um shorts marrom até os joelhos, e descalço, olha para Aqualine e se encanta com ela.

—Nossa! Você é muito bonita. Você é daqui?

Aqualine: Obrigada. Não, eu acabei de chegar na cidade.

—O meu nome é Ravin Shira.

Aqualine: E o meu é Aqualine.

Ravin: Prazer em conhecê-la, Aqualine.

Aqualine: O prazer é todo meu.

Ravin: Podemos ser amigos?

Aqualine: Claro.

Pyrenia: Parece que você fez mais um amigo.

Aqualine: Pois é.

Pyrenia: Então, podemos ir?

Aqualine: Claro, vamos indo.

Ravin: Vocês estão indo embora?

Aqualine: Não exatamente. Nós estamos em uma jornada. Estamos indo procurar aventuras.

Ravin: Parece emocionante. Posso ir com vocês?

Pyrenia: Se não for incômodo para você...

Ravin: Oh não! Por mim não tem nenhum problema.

Então, um dos aldeões faz um sinal com a cabeça querendo dizer: “Vá!” para Ravin e Ravin agradece.

Ravin: Obrigado. Eu vou voltar um dia.

Pyrenia: Então, nós partiremos agora.

Aqualine: Vamos! Tchauzinho para vocês,gente!

Ravin: Vamos.

Ravin, Aqualine, Pyrenia e o lobo deixam a vila e seguem pela trilha até o seu próximo destino.