P.O.V. Pepper

Assim que o Tony me disse aquelas palavras eu não consegui me mexer, não tive nenhuma reação. Senti meu corpo enfraquecer, minhas pernas tremiam e escutei alguém falando comigo, mas eu realmente não conseguia falar, nem abrir meus olhos direito.

- Pepper, pelo amor de Deus me responde – O Tony me gritou desesperado ao meu lado, com seu rosto próximo do meu e com um copo d’água. Só depois que pude perceber que estava jogada no chão.

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- Tony pelo amor de Deus me diz que você estava brincando comigo... – Passei uma das minhas mãos pela testa enquanto tentava beber um pouco d’água depois que me lembrei do que ele tinha me dito.

- Você acha que eu iria brincar com algo sério assim, Virginia? – Ele me olhou sério. Pelo visto não estava brincando mesmo.

- Nunca se sabe, não é? Mas será que a gente pode parar de conversinha e pelo amor de Deus me leva pra esse hospital!

- Mas Pep...

- ANTHONY, ME LEVA! – Disse num tom mais alto, percebendo um pouco de tristeza no olhar do Tony. Sei que nosso encontro não tinha nem começado direito mas eu não ficaria com ele sabendo que minha mãe estava internada quase morrendo.

- Tudo bem, vamos. – Ele disse estendendo uma mão pra mim, que segurei firme e sai dali com ele. Quando chegamos ao lado de fora o carro dele já estava a nossa espera. Entrei correndo no lado do carona e fomos embora dali.

- Pepper, vai ficar tudo bem. – Ele me olhou rapidamente e forçou um sorriso, eu permaneci em silêncio olhando para o nada.

- Lembra quando eu disse que não queria mais viajar com elas? – Olhei pra ele, que balançou a cabeça fazendo sinal de “sim” – Então, foi porque tive um pressentimento que era pra ficar em casa, mas não sabia que era porque algo assim ia acontecer – Disse limpando minhas lágrimas que teimavam em cair.

- Chegamos. – Disse Tony depois de um certo tempo em silêncio. Saímos rapidamente do carro e corri até a porta de entrada da emergência. Tinha muita gente, e isso me deixava desesperada, não gosto de ficar em lugares pequenos rodeada de tanta gente.

- Pepper você está bem? – Tony segurou forte no meu braço, me puxando pra um abraço.

- Eu não posso perder minha mãe Tony. E nem minha irmã. – Disse me enrolando nas palavras enquanto tentava segurar o choro.

- Srta Potts? – Uma voz grossa me chamou, nos interrompendo logo quando Tony iria me falar algo.

- Sim? – Respondi rapidamente enquanto me desfazia do abraço de Tony. Por um momento me senti confortável em seus braços, não queria mais sair dali.

- Sou o Dr. Castle. Poderia me acompanhar por favor?

- Claro... – Disse olhando rapidamente para o Tony que piscou para mim e logo fui andando.

- Vai ficar tudo bem... – Escutei a voz dele enquanto me distanciava. Fui andando e em cada corredor diferente que passava meu coração acelerava. Até que finalmente chegamos na sala do médico.

- Então, sua irmã encontra-se bem, apenas com alguns ferimentos leves e logo será liberada.

- Ótimo. – Respondi logo, era um peso a menos no coração.

- Já a sua mãe, é algo mais delicado. Devido ao choque levado pela gravidade do acidente, talvez precisaremos fazer uma cirurgia delicada. – Disse num tom calmo. Queria saber como os médicos são tão seguros nesses casos.

- Tudo bem. E quais as chances disso dar errado? – Perguntei limpando minhas lágrimas.

- Bom, isso depende da situação em que ela está. Ainda estamos terminando de fazer os exames e assim que eu tiver tudo em mãos, te chamarei.

- Posso ver a minha irmã? – Tentei mudar de assunto, tudo o que queria era sair dali e vê-la logo. Como meus pais trabalhavam muito, era eu quem mais passava o tempo com ela, e se eu a conhecia bem, estava precisando de mim.

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- Claro! Me acompanhe. – Ele se levantou e fui logo atrás.

- Dependendo de sua recuperação, amanhã mesmo poderá voltar pra casa. – O médico acrescentou, apontando para a porta do quarto onde minha irmã estava.

Entrei devagar, examinei rapidamente seu corpo, e graças a Deus o pior que percebi era um corte no rosto. – Ei.. – Disse baixo acordando ela.

- Oi mana! Está linda hoje. – Disse num tom animado, nem parecia que a algumas horas atrás tinha sofrido um acidente.

- É.. então, eu estava num encontro. – Falei me aproximando dela e pegando em sua mão.

- Hum, então foi por isso que não quis ir com a gente, não é espertinha? – Ela piscou pra mim. Esse jeito dela me lembrava uma certa pessoa com quem eu estava acompanhada.

- Meu Deus você não perde uma oportunidade pra fazer piadas não é? – Ri enquanto concordava com a cabeça. – É, vamos dizer que é um dos motivos.

- E a mamãe, onde está? – Ela disse logo ficando séria. Sabia que iria me perguntar isso. Não tinha coragem de dizer que a mamãe estava perto de morrer, mas ela te 17 anos, idade suficiente pra entender.

- Ela terá que fazer uma cirurgia mas ficará bem. – Sorri para ela, tentando segurar as lágrimas – Mas agora vá descansar, amanhã volto pra te buscar.

- Tudo bem... – Ela disse um pouco triste. – O que quer que aconteça, não me deixa, tá? - Senti ela apertar minha mão, como se não quisesse que eu fosse embora dali.

- Nunca. – Disse e logo dei um beijo na testa dela. – Boa noite.

Sai dali em passos curtos tentando não pensar no pior. Quanto mais eu andava mais me dava vontade de chorar, até que cheguei num momento em que não poderia mais me segurar. Voltei a sala de espera e o Tony tinha uma cara de preocupação e uma senhora muito parecida com ele estava com a mão em seu ombro. Logo quando me viu ele se levantou rápido.

- E ai, tudo bem? – Ele parecia muito nervoso, não parava de se mexer.

- Tony, você parece mais nervoso que eu. – Não consegui segurar a risada que temeu em aparecer no meio do choro.

- Ah é que essas coisas me deixam nervoso, odeio hospitais. Tanto que o Jarvis logo fofocou para a minha mãe que correu até aqui para ver se eu estava bem...

- Ah, olá Sra Stark! – Logo fui cumprimentá-la, que me deu um abraço forte.

- Por favor, me chame de Maria. – Ela respondeu com um belo sorriso no rosto.

- Mas você não me respondeu, está tudo bem? – Tony interrompeu a conversa.

- Minha irmã poderá sair amanhã. E minha mãe terá que fazer uma cirurgia de risco. – Abaixei a cabeça.

- Hum, como eu disse, ficará tudo bem. Podemos ir agora? – Disse Tony meio nervoso, parece que ele realmente odeia hospitais.

- Poderia me levar em casa, por favor? – Pedi enquanto saíamos dali.

- De jeito nenhum, você vai pra casa com a gente. – Disse a mãe dele, logo sorrindo pra mim.

- Ah não precisa, não quero incomodar.

- Claro que não vai incomodar, querida. Vai com a gente e pronto!

- Ah... tudo bem então, já que a senhora insiste... obrigada.

Entramos no carro, escolhi ficar no banco de trás mesmo, não queria mais incomodar. Me acomodei no banco macio do carro e encostei a cabeça na porta. Estava perdida nos pensamentos tolos sobre o que poderia acontecer com minha mãe. Pela cara do médico ela tinha poucas chances de sobreviver e eu estava tentando me preparar psicologicamente para aguentar tudo que estaria por vir. Quando eu já estava quase pegando no sono senti o carro parando e uma mão um pouco grossa me tocando no braço.

- Cheguei a conclusão que meus carros faz você dormir. – Disse tentando ser um pouco engraçado, que deu certo pois não pude segurar a risada.

- Cala a boca Tony. – Dei um tapa em seu braço enquanto saía do carro.

Fomos andando até a porta da mansão dele e eu estava perdida tentando encontrar o final daquela mansão enorme que ele morava. Todos sabiam que ele nadava em dinheiro mas não sabia que a mansão era desse tamanho. A casa estava escura e assim que entramos fomos recebidos por uma voz que eu não sabia de onde vinha

- Bem Vindo de volta, Sr e Sra Stark. E olá, Srta Potts.

- Obrigada? – Disse olhando para os lados procurando de onde a voz vinha.

- Pepper, esse é o Jarvis, minha inteligência artificial. Qualquer coisa que precisar, peça a ele. – Disse num tom engraçado, talvez pela cara que fiz ao escutar sua inteligência artificial.

- Ah ok. – Continuei andando até que parei no meio da sala. – Tony será que eu poderia tomar um banho agora?

- Claro, quer me acompanhar? Minha banheira tem espaço suficiente. – Ele fez uma cara safada. Eu sabia que ele não perderia a oportunidade.

- Deus como é idiota. A única coisa que queria te pedir era alguma camisa sua, se não for muito incômodo.

- Claro que te dou! Olha se quiser no quarto de hóspedes tem algumas roupas que minha ex deixou ai. – Ele seguiu andando para seu pequeno bar, pegando um pouco de whisky.

- Venha comigo, te dou uma camisa do Tony e te mostro o quarto de hóspedes. – Apareceu a mãe dele da cozinha, logo subindo as escadas e fui atrás dela. Entramos no grande quarto do Tony e fiquei parada na porta esperando ela que sumiu da minha vista assim que entrou no imenso closet dele. – Acho que essa serve em você – Ela voltou com uma camisa um pouco grande, iria mais parecer um vestido. – E no quarto de hóspedes tem alguns shorts – Continuamos andando pelo corredor da casa até que chegamos no quarto. – Bom, qualquer coisa que precisar peça ao Jarvis que ele me avisará logo. As roupas estão nesse guarda roupas. Estarei lá em baixo preparando um café, não demore. – Ela disse num tom doce, me fazendo lembrar da minha mãe.

Logo entrei no quarto, procurei por algum short do meu tamanho e fui para o banho. Decidi lavar o cabelo, deixar a agua quente escorrer por todo o meu corpo, para ver se esquecia de tudo aquilo que tanto me perturbava. Mas pelo visto não deu muito certo, logo comecei a chorar e nem vi o tempo passar. Fui tirada dos pensamentos com o Tony batendo na porta do banheiro.

- Está tudo bem Pepper? – Sua voz parecia precupada.

- Ah.... sim... é... estou saindo. – Respondi um pouco nervosa, logo me secando e vestindo a roupa

- Estou aqui fora te esperando.

- Já vou. – Coloquei por fim a camisa dele, me parecia mais um vestido bem curto e o short de tão pequeno nem dava para ver, apenas se eu me curvasse. Sai do quarto ainda secando o cabelo e vi que o Tony não tirava os olhos de minhas pernas. Vestia apenas uma bermuda, seu cabelo molhado deixando a água escorrer pelo seu corpo e seu reator brilhava mais do que nunca. Sem contar o perfume masculino me deixando louca.

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- Enfim, demorei tanto assim pra você vir me procurar? – Disse colocando as mãos na cintura.

- Também. Mas é que o Jarvis me avisou que sua pressão estava caindo e que você estava chorando. – Ele disse apoiando sua cabeça com uma de suas mãos. Seu olhar parecia preocupado com algo.

- Eu to bem.

- Não você não está. Vejo isso nos seus olhos.

- Ficarei bem, não se preocupe. – Logo me virei indo em direção a porta quando ele me agarrou pelo braço e me puxando para ele, deixando nossos corpos juntos.

- Eu quero lhe prometer que se depender de mim irei fazer de tudo para te deixar bem. – Ele disse aproximando nossos rostos ainda mais, fiquei tão perdida em seu olhar que quando me dei conta já estávamos nos beijando. As mãos dele viajavam pelo meu corpo, me fazendo estremecer com cada toque dele. Levei minhas mãos para sua nuca tentando nos aproximar ainda mais, até que ficamos sem ar e nos afastamos.

- Tony, precisamos ir, sua mãe fez café e pelo cheiro está muito bom. – Disse me ajeitando, pois não sei como ele já tinha aberto a camisa que eu usava.

- Vamos. – Ele disse me puxando pelo braço enquanto caminhávamos pelo corredor.

- Nossa que bafo de whisky.

- Vá se acostumando. – Ele me olhou rapidamente com aquele sorriso perturbador e um olhar vencedor.

- Porque me acostumar?

- Porque terá que se acostumar e pronto. – Descemos rapidamente as escadas e me soltei das mãos dele.

- Pelo cheiro me parece muito bom, hein.

- Pensei que não viríam mais. – Disse a mãe dele colocando um pouco de café pra mim e um pedaço de bolo.

- Olha se esse bolo for de chocolate tira de perto de mim que vou comer tudo. – Disse num tom engraçado fazendo eles rirem.

- Por isso tá gorda assim não é? – Tony perguntou num tom sarcástico.

- Cala a boca idiota. – Disse sem nem lembrar que estávamos perto da mãe dele.

- Ok crianças, comam e vão direto pra cama, estou indo dormir, boa noite. – Ela disse dando um beijo na testa de Tony e fazendo o mesmo comigo.

- Boa noite – Respondemos juntos.

Terminamos de comer e fomos assistir alguns filmes. O tempo passou tão rápido que quando percebi já eram 3 da manhã. O Tony estava com a cabeça encostada no meu ombro e dormia feito criança. Sua cara estava tão linda que nem o acordei, encostei minha cabeça logo ali e demorei um pouco de pegar no sono lembrando do beijo que ele me deu. Eu não queria aceitar aquilo mas eu estava realmente gostando dele, mas algo me dizia que eu teria muito com que me acostumar.

Acordei com a luz do sol no meu rosto, eu estava no quarto. Acho que o Tony me levou até lá.

- Ei, ligação do hospital pra você... – Ele disse se sentando na cama, e mais uma vez parecia não ser uma ligação muito boa, como a da primeira vez.

- Srta Potts, bom dia. Queria lhe avisar que já pode vir buscar a sua irmã, quando chegar conversaremos sobre sua mãe. – Estremeci ao ouvir suas palavras. Pelo visto não era algo bom, mas tentei não pensar no pior, poderia apenas ser o resultado dos exames. Bom, a única coisa que queria escutar era que minha mãe ficaria bem, apenas isso...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.