Problemas

Enlouquecendo garotos em uma festa


Pov Cebola

Os dias estava se passando rapidamente. Agora que eu quase não tenho um tempo livre, tem sido difícil perceber com atenção o que acontece ao meu redor.

Por isso decidi que vou pedir para a minha chefe para mudar o meu horário de trabalho, não quero que o tempo passe rápido de mais e quando eu menos esperar Maria Cebolinha já esteja mais velha e querendo namorar. Agora que eu cuido dela, preciso olhar para o presente.

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Também preciso estudar mais, a Mônica não pode ficar me dando aulas particulares para sempre (por mais que esta possibilidade seja ótima). Minhas notas andam decaindo, não muito, mas o suficiente para que os professores comecem a reparar.

Eu estava indo trabalhar e iria diretamente falar com a gerente o que eu queria. Ela é uma mulher legal, mas se ela não aceitasse a minha proposta eu iria ter que começar a procurar um outro emprego.

Eu trabalhava em uma loja de sapatos, era um lugar bem sossegado durante a semana, mas durante o fim de semana era realmente cansativo trabalhar. A todo momento as pessoas entravam, experimentavam vários pares de sapatos e acabavam não levando nenhum, principalmente as mulheres.

— Ângela — Eu digo assim que a encontro.

— Sim, Erick.

— Por favor, Ângela, não me chama de Erick.

— Você sabe que eu não posso chamá-lo por um apelido. Além disso esse é o nome que está no seu crachá. Agora fale logo o que quer.

— Bem... Eu posso mudar o meu horário de trabalho?

— Por quê?

Expliquei minha situação com meu pai e minha irmã, também sobre minha escola.

— Eu realmente preciso trabalhar, mas...

— Estudar também é importante. Eu sei. — Ela disse. — Que tal você trabalhar em horários mais fixos? Você trabalha quase todos os dias da semana. Você é o funcionário que trabalha mais horas por semana.

— Sério? Mas eu não trabalho em alguns fins de semana.

— Mas provavelmente é muito cansativo fazer isso. Você é um adolescente ainda. Você trabalha durante quatro horas por dia, certo? — Afirmo com a cabeça. — E se você trabalhar só segunda, terça e quanta, durante duas horas a mais?

— Por mim tudo bem. Mas meu salário vai diminuir por causa disso?

— Não, você vai continuar trabalhando um pouco menos, mas não vai prejudicar a loja. É só uma pena você não continuar trabalhando durante os fins de semana. Você tem atraído muita clientela.

— O quê? Como?

— As garotas muitas vezes só compram os sapatos porque você é o atendente. As meninas gostam de um garoto bonito. Não tinha percebido isso ainda? — Ela pergunta rindo.

— Não, mas percebi que elas pediam uns duzentos sapatos, mas não levavam nenhum.

— Não sabia que você era lento para essas coisas. — Ela fala rindo. — Agora volte ao trabalho, temos uma cliente. Seu novo horário vai se iniciar a partir da semana que vem. –- Ela diz e vai embora.

Eu vou até a garota que estava olhando os sapatos. E percebo que infelizmente a conheço. Vejo que todos os meus colegas também estão atendendo outras pessoas. Então sou obrigado a ajudar ela.

— Precisa de ajuda? — Pergunto.

— Cebola? — Irene pergunta surpresa. — Desde quando você trabalha aqui? E desde quando você precisa trabalhar, gatinho? — Ela pergunta enrolando uma mecha de seu cabelo em seu dedo indicador.

Eu aponto para o meu crachá e digo: — Me chame pelo nome que está escrito aqui.

— Pensei que odiasse ser chamado de Erick.

— E odeio, mas é preciso. Agora me diga... Qual deles você quer?

É o tempo vai se passando enquanto eu atendo aos pedidos de Irene. Ela pediu aproximadamente vinte sapatos e decidiu levar dez.

E a todo momento ela me mandava indiretas e arrumava seu cabelo. Eu realmente não consigo entender as mulheres, se ela quer me dizer alguma coisa porque não falar logo?

Antes de ir embora ela se vira para mim e fala: — Cebola, ou Erick, eu vou dar uma festa hoje à noite na minha casa e todo mundo foi convidado, você vai poder ir lá?

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— Eu não sei. Talvez?

— Vá. Eu gostaria muito de ficar com você. — Ela diz sorrindo e se vai de uma vez. E pela primeira vez eu percebo que a Irene é realmente bonita, mesmo que seja bem irritante.

[...]

Quando chego em casa percebo que Maria Cebolinha ainda não chegou. Provavelmente deve estar na casa da Mônica.

Olho no relógio e percebo que cheguei alguns minutos mais cedo, tinha algum tempo antes que a Mônica aparecesse. Então fui tomar um banho.

Eu me sinto mal às vezes que chego do trabalho, eu sempre quero tomar banho e ficar bonito, cheiroso e arrumado perto dela, mas também não é justo fazê-la esperar.

Assim que saio do banheiro, já vestido com a minha melhor roupa, ouço a campainha.

"É a minha garota. Quer dizer... a garota que eu estava esperando."

Eu abro a porta e seu perfume chega até a mim. Ela estava mais arrumada do que o normal, usava um shorts preto de cintura alta, estava com um salto da mesma cor, uma blusa azul e com um grande colar. Também, para completar, um chapéu.

Ela sorri: — Você também vai. Eu vim até aqui para combinarmos outro dia para estudar.

— O quê? Ir para aonde? — Eu pergunto confuso.

— Para a festa. — Então eu me lembro, Irene iria dar uma festa e convidou a todos. — Se você não vai, porque está tão arrumado?

— Eu vou. — Tentei disfarçar meu constrangimento. — Eu quis dizer outra coisa. Não posso sair, Mariazinha não está em casa. Eu pensei que ela estivesse na sua casa.

— E realmente está. Socorro está cuidando dela.

— Bem... Então vamos juntos? — Eu pergunto.

— Vamos. — Ela responde sorrindo novamente.

"Esse sorriso dela é realmente incrível, ela deveria sorrir mais vezes".

Vamos caminhando juntos até lá e eu percebo que estou realmente nervoso perto dela. Parece que eu fico parecendo um bobo perto dela o tempo todo.

Sinto minhas bochechas ficarem mais quentes quando lembro o que aconteceu a alguns dias. Eu estava acariciando a bochecha da Mônica e pretendia beijá-la, e então a Magali chegou e não aconteceu nada.

— O que é que eu tô fazendo?! — Eu pergunto para mim mesmo.

— Falando sozinho, Cebola? — Me sinto envergonhado novamente.

— Desculpa. Eu só tava... Pensando.

— Tudo bem, eu faço isso o tempo todo.

Andamos durante um tempo, até que começamos a ouvir uma música eletrônica muito, muito alta. Mônica parece se empolgar pois começa a caminhar com mais velocidade.

Sinto meu corpo vibrar com o som, já está escuro, e não sei como a polícia ainda não veio averiguar o que está acontecendo, mas provavelmente ninguém deve ter feito qualquer queixa. Todos devem estar lá.

Vejo a casa a qual está acontecendo a festa e Magali aparecer bem na frente. Mônica se vira para mim assim que a vê e diz: — Nos esbarramos por aí. — E sai correndo na direção da amiga.

Entro na casa e vejo todos os meus colegas no quintal. Fazia bastante tempo que eu não ia em uma festa. Mesmo que eu fosse o "mais popular da escola", eu nunca dava festas e nunca ia a nenhuma já que eu não tinha amigos.

Franja chega perto de mim e grita, por causa da música alta: — A quanto tempo, Cebola! Galera, ele voltou para a turma. — Um grito de comemoração é dado. Muito dos meus amigos vem me abraçar e me dar cascudos.

— Deixou de ser bundão e veio se misturar com a gentalha? — Perguntou Denise. — Se voltar a dar uma de bad boy de novo eu arranco seus testículos. — Ela sussurra em meu ouvido.

— Toma um ponche. — Titi me ofereceu um copo. — Está batizado.

— Não, obrigado. Prefiro um refrigerante mesmo.

Eu fico por lá bebendo e conversando com os meus amigos por um longo tempo. Até que do outro lado do quintal vejo Cascão acenando para mim.

— Vou ali ver o que o Cascão quer. — Aviso para o pessoal e ando até ele.

— Você viu a Magali por aí? — Percebo que ele está mais arrumando do que o normal e está com o perfume que só usa em ocasiões especiais que ele me mostrou a algumas semanas atrás.

— O que você está querendo com ela? — Pergunto desconfiado.

— Eu preciso perguntar uma coisa. Você viu ou não? Fiquei sabendo que ela estaria aqui hoje, mas a procurei por toda a casa e ainda não a encontrei.

— Ela está sim. Quando cheguei ela estava aqui fora.

— Me ajuda a procurar? — Afirmo com a cabeça e faço um sinal para meus amigos mostrando que vou ali.

Sinto meu corpo vibrar ainda mais por causa do som. Sinto vontade de dançar e meu coração se acelera.

— Fez as pazes com a galera? — Cascão grita no meu ouvido.

— Sim. — Respondo da mesma forma. — O que você precisa falar com a Magali é mesmo importante? Não dá para deixar para depois?

— Dá, mas a gente só se vê na escola, mesmo que sejamos vizinhos. E eu quero um lugar onde ninguém fique nos interrompendo.

Continuamos andando e perto da piscina (tem uma piscina aqui!), vejo Mônica dançando como uma louca. Se ela não parar ela vai cair, e eu não sei se ela sabe nadar.

— Cascão, eu vou ver o que a Mônica está fazendo você pode continuar sem mim? — Ele assente com a cabeça.

Me separo do Cascão e ando na direção daquela garota, percebo que ela segura um copo, é provável que seja do ponche batizado.

"Droga! Será que ela está bêbada?"

Antes de eu chegar onde ela estava alguém puxa meu braço e me faz recuar alguns passos. Vejo Irene me fitando com seus incríveis olhos verdes, logo após sorri e me abraça.

— Você veio. — Ela diz depois de encerrar o abraço.

— É...

— Está gostando da festa? — Assenti. — Que ótimo. Sabe, eu pensei que você não viesse por causa dos seus antigos amigos.

— A gente tá de boa agora. Eu nem precisei pedir desculpas, foi só aparecer aqui. Então eu te agradeço.

Ela me olha confusa e pergunta: — Agradece por…?

— Se não fosse essa festa, eu não teria conversado com eles e talvez eu iria continuar achando que eles me odeiam, quando na verdade eu sou um babaca que se afastou.

— Você não é um babaca, Cê. Na verdade você é incrível!

— Sério?!

— Para falar a verdade eu sempre gostei de você. — Ela diz e começa a se aproximar.

Ela coloca a mão na minha nuca o que faz o meu rosto se aproximar um pouco mais do seu. Sinto o seu perfume sensual e seu hálito quente em meu rosto.

— Irene, você é uma garota linda, mas…

— Quer conhecer meu quarto? — Ela sussurra no meu ouvido.

Eu fico sem palavras, confesso que a proposta é tentadora, mas eu não quero, não posso.

"Por que não? Você não a odeia como odiava a Carmen, e a Irene é linda e ela está propondo isso!" — Parte da minha cabeça pensou. — "Mônica" — Eu pensei antes de ouvir um estrondo na água.

Me viro de forma abrupta e percebo que meu propósito era ver se ela estava bem, mas comecei a conversar com a Irene e esqueci. Mônica estava na piscina, e ria como uma louca.

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Quando ela tentou sair, não conseguiu. Seus braços pareciam fracos e suas mãos estavam molhadas. Por isso, casa vez que ela tentava se levantar suas mãos escorregavam.

— Cadê a escada desta piscina? — Eu grito depois de sair correndo na direção dela. — Me dê as suas mãos. — Eu peço a Mônica.

Ela me dá suas mãos e eu a ajudo a sair da piscina.

— Eu estou toda molhada. — Mônica fala rindo.

— Você está bem? — Eu pergunto preocupado.

— Eu só quero dançar e esquecer da vida. — Ela fala com tristeza na voz, mesmo que estivesse sorrindo.

— Ela está bem, Cê. Deixa isso para lá e vem comigo. — Irene fala assim que se aproxima novamente.

— Desculpa, eu não posso. Vou levar ela de volta para casa.

— Não, fica! Por favor. — Ela pede segurando com delicadeza no meu braço.

— Mônica, sobe nas minhas costas. — Peço ignorando a Irene. Pego um dos braços da Mônica e enlaço em meus ombros, logo depois pego suas pernas e tiro-as do chão. — Droga! Você está me molhando.

— Ninguém quer ir para casa. — Mônica fala com uma voz esquisita.

— Então vamos, ninguém.

[...]

Pov Narradora

No outro lado da casa, Cascão procurava a Magali como louco. A música o deixava surdo e ele mal podia ouvir a própria voz. O andar de baixo na casa tremia, exatamente como Cascão por causa de seu nervosismo.

Ele já tinha a procurado por toda a casa, exceto no andar de cima. Por isso, era onde o garoto pretendia procurá-la.

Ele subiu as escadas e encontrou-se em um corredor escuro. Mas ele viu uma luz, vinha de um dos quartos e ele decidiu verificar. E lá era exatamente onde ela estava.

Aquele provavelmente era o quarto dos pais da Irene, e a garota que ele procurava estava em uma porta que ia para uma varanda. Cascão não sabia o que ela estava fazendo ali sozinha quando uma enorme festa estava acontecendo lá em baixo.

Ele começou a reparar na beleza dela, quando foi que o coração dele começou a acelerar tanto quando ele a via?

Ela se virou de supetão e percebeu que ele a fitava encostado no batente da porta.

— O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Eu vi a luz acesa e vim ver quem estava aqui.

— Você viu a Mônica? Depois que ela bebeu aquele ponche ela começou a falar coisas estranhas e dançar como uma louca. E depois sumiu.

— O Cebola foi ficar com ela. E eu precisava falar com você.

— Precisa ser agora? A Mônica…

A interrompi: — Está em boas mãos. Agora você pode me escutar?

Escutamos um barulho de passos na escada. Eu queria conversar a sós com a Magali, em consequência disso, fui até onde ela estava, pequei seu pulso e a levei até um banheiro que ficava no fim do corredor.

— Eu sei que não é o lugar mais apropriado para conversar, mas… eu não quero que ninguém nos interrompa.

Magali lembrou-se do conselho que Mônica deu a ela alguns dias atrás: Fazer dele um cachorrinho, com coleira.

— Tudo bem, fala logo. — Ela disse com ar de superioridade.

— Sobre o beijo… o que ele significou para você? Você gostou?

— Minha memória está falhando, não me lembro muito bem disso.

— Magali, você está se fazendo de besta? Porque é…

— Não. — Ela a interrompe. — Estou sugerindo outra amostra grátis.

Ela o empurra na parede e o beija novamente. O garoto inicialmente ficou com os olhos abertos e com os braços pendendo ao seu lado, mas quando Magali pediu passagem com sua língua, Cascão os fechou e enlaçou seus braços na cintura da garota, a trazendo para ainda mais perto.

As mãos dela, que antes estavam no rosto do garoto, passaram para a nuca e lá puxaram um pouco dos cabelos cacheados dele.

Quando ambos perderam o fôlego, Mága decidiu provocar um pouco mais. Beijou o pescoço do garoto e mordeu o seu queixo, deu um leve beijo em sua orelha o que o fez se arrepiar e buscar novamente os lábios dela.

Quando um novo beijo se iniciou ele estava a ponto de perder sua sanidade. Cascão não conhecia esse lado selvagem da Magali, ela sabia onde tocá-lo e seu beijo era intenso e calmo ao mesmo tempo.

Ele ergueu as pernas da garota e a colocou em cima da pia do banheiro, ficando entre suas pernas.

Desta vez, quando o beijo acabou, ele beijou o pescoço dela e passou uma mão em sua nuca. Ela quis gemer, mas segurou.

Ela pegou o queixo dele com brutalidade, fazendo com que o rosto de Cascão se virasse para ela, para que eles pudessem se beijar novamente. Magali o beijou de uma forma mais rápida e desejosa. Para logo depois soltar o rosto do garoto, abrir os olhos e separar seus lábios.

Cascão ainda com os olhos fechados buscou a boca dela mais uma vez, mas o que ele não esperava era que Magali o empurrasse e saísse do banheiro.

— Magali, espera. — Ele pediu ofegante enquanto andava atrás dela.

— Não quero. — Ela disse com indiferença quando ele pegou em sua mão a fazendo parar de andar.

— Tudo o que aconteceu ali… Não significou nada para você?

— O que aconteceu ali? — Ela pergunta.

Ela lhe lança um sorriso malicioso e dá um selinho rápido. Depois disso, a garota sai andando rapidamente e volta para a festa que acontecia lá em baixo, deixando Cascão sozinho e confuso.

— Ela me deixa louco! — Ele disse para si mesmo.

[…]

Pov Cebola

— Mônica, chegamos. — Eu disse para a garota que ainda estava suspensa em minhas costas.

— Onde?

— Na sua casa. — A coloquei no chão o que a fez se desequilibrar um pouco. Para que ela não caísse, eu segurei em sua cintura.

— Acho que a porta está trancada. — Ela falou e tirou uma chave de seu bolso. — Abre, por favor.

Abri a porta e percebi que tudo estava escuro. Não estava muito tarde, era só 21hs e aparentemente a casa estava vazia.

— Onde estão os seus pais? — Eu interroguei curioso.

— Foram viajar se a sua "filhinha amada"

— E a empregada.

— A Socorro? Foi visitar a mãe dela, parece que ela está doente. Então eu vou ficar sozinha durante uns dias.

— Mas ela não estava aqui com a Maria Cebolinha?

— Sim, mas ela avisou que iria sair e a Mariazinha disse que iria ir embora quando a Socorro fosse também.

— Entendi. Vamos entrar.

Assim que entramos juntos, quase caímos. Ela não conseguia se aguentar em pé sozinha e isso estava me deixando nervoso.

— Droga, Mônica! Você nem tem idade para beber, porra. — Murmurei estressado.

Eu a ajudei a subir as escadas e a levei para o seu quarto. Pedi que ela tomasse um banho o que a fez negar com a cabeça. Ela estava agindo como uma criança é aquilo estava me estressando.

A empurrei para o banheiro, eu estava envergonhado, mas eu precisava cuidar dela. Liguei o chuveiro e a empurrei para embaixo dele. Avisei que iria esperar ela fora do quarto.

Desci para a cozinha e peguei uma bolacha recheada que estava no armário, eu iria dar para ela quando ela terminasse, e enquanto isso não acontecia eu fiquei esperando na sala.

Cerca de dez minutos depois ouço um barulho de passos no andar de cima. Após alguns minutos ela desce e fala: — Você ainda está aqui?

— Estou. Come isso, eu ouvi falar que é bom comer doces depois de beber, parece que faz o efeito do álcool passar mais rápido.

— Deixa de ser chato, careca. — Ela diz rindo.

— Eu não sou careca! — Falo mais alto que o normal. — Você está passando muito tempo com o Cascão.

— Mas é sério! — Ela disse rindo. — Esse corte de cabelo não combina com você.

— É sério? — Ela assentiu enquanto comia uma bolacha. — Acho que você só está falando porque bebeu. — Ela nega com a cabeça.

— Provavelmente não. Vamos nos sentar no sofá.

— Desde quando você bebe? — Eu pergunto assim que nos sentamos.

— Desde umas quatro horas atrás quando eu fui abandonada… de novo. — Sinto tristeza na sua voz.

— O seu quarto é bem legal. Eu nunca tinha visto um abajur de balas.

— Meus pais tentaram me subornar com ele. Acham que um quarto legal iria me deixar mais feliz.

— O que está acontecendo? — Ela começa a chorar. — Não precisa me contar só…

— Meus pais me tratam como lixo. Eles foram para a Europa e nem tiveram a dignidade de esperar pelas minhas férias.

— Durante quanto tempo?

— Um mês e meio.

— Vamos conversar. — Eu peço. — Eu sei o que é ter uma relação ruim com os pais. — Seco suas lágrimas com meus polegares.

Ela me olha com seu olhos brilhantes e sorri melancólica.

— Eu só quero alguém que se importe.

— Eu me importo. — Sussurro.

Ela se inclina para mais perto do meu rosto e acaricia meu queixo. Mônica põe uma de suas mão em minha nuca o que faz com que eu me aproxime ainda mais. Encosto minha testa na dela e sinto seu hálito quente em meu rosto.

— Não posso. — Eu falo. — Você está bêbada. — Me levanto com velocidade, eu queria sair de lá o mais rápido possível ou acabaria fazendo algo ruim. — Não quero me aproveitar de você. Tchau, Mônica. E não durma tarde. — Essa foi a última coisa que eu disse antes de praticamente sair correndo da casa dela.