Era sábado de manhã. Sara demorou para se levantar da cama, ainda estava sonolenta por não ter dormido direito. Os sonhos ruins estavam ficando intenso a cada dia. Ela colocou uma roupa simples, e saiu para se encontrar com os amigos, o dia seria muito chato em casa, com todos aqueles preparativos para a festa da Spencer que seria hoje a noite. Sara foi com os amigos tomar sorvete, era o que eles faziam geralmente todos os sábados, o passeio durou alguns minutos, Yago e Hanna precisavam voltar logo pra casa. Sara não queria passar o dia em casa, quando voltou passou pelos floristas que estavam arrumando as flores e enfeites na sala de sua casa e foi até os fundos, onde Moly costumava ficar durante o dia.

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– Não saiu com seus amigos? - Perguntou Moly ao ver Sara em pé a seu lado. Moly estava cuidando de umas plantinhas que ficavam no fundo da casa dos Kelsin.

– Eles precisavam voltar logo pra casa, vejo eles a noite - Disse Sara, tentando ajudar Moly com um regador

– Não vai ficar para a festa?

– Jamais ficaria, sabe disso

Sara caminhou alguns passos ao lado de Moly e depois perguntou, o que ela já estava querendo perguntar desde que chegou ali

– Podemos ir a floresta encantada? - Sara falou rápido, o regador caiu das mãos de Moly

– Shiii, não podemos falar disso aqui - Advertiu Moly colocando o dedo na boca

– Quero conhecer um pouco mais o lugar onde meus pais viveram - Disse Sara na tentativa de convencer Moly, que parecia não ter gostado da idéia.

– Não sei se posso te levar lá, não é seguro ainda, você não aprendeu a usar seus poderes, nem controla los

– Mas eu não vou usar meus poderes

– Sara quando você fez dezesseis anos, seus poderes afloraram, você deve ter sentido isso. Agora você tem que aprender a usar de forma correta, pode ser um desastre se não souber usar, e muito pior, se não conseguir controla lo. Muitas bruxas ficaram más por não saber controlar os poderes, elas deixavam que os poderes a controlassem, e isso pode acontecer com você

Sara sentiu um amargo na boca, e um embrulho no estomago, foi um medo repentino que ela sentiu ao ouvir isso. Ela já estava se acostumando ao fato de ser uma bruxa, uma princesa, mas nunca pensou que isso pudesse afetar sua vida ao ponto de torna la má. Sara não insistiu, mas Moly resolveu a levar, com a companhia dela é claro. Moly era como uma mãe para Sara, ela não conseguia negar um pedido da garota, e ela sabia também o quanto seria chato ficar aturando Spencer ordenar onde deveriam colocar os enfeites e outras baboseiras.

As duas seguiram para o quarto de Sara, depois Moly ergueu sua varinha outra vez, aquele espelho na parede voltou a ser o portal. Não era tão estranho para Sara, mas ela ainda sentia um pouco de medo ao passar por ali. Quando chegaram havia muita correria, não era mais a mesma floresta calma e tranquila que Sara tinha visto no outro dia, algumas pessoas corriam com mochilas nas mãos, outras em cavalos, de longe se ouvia os gritos. Moly pegou Sara pela mão e correu até a cabana na floresta, a mesma que Sara foi no outro dia.

Ao entrar Sara notou que Verde estava ali com os olhos arregalados. A velha Prim estava sentada na mesma poltrona, ao me ver ela se assustou.

– Esconda ela - Pediu Prim com os olhos arregalados

– O que está acontecendo? - Moly perguntou sem entender nada

– A Rainha Amara conseguiu destruir a proteção das fadas - Disse Verde muito aflita

– Mas como? e porque? - Perguntou Moly

– Há algum tempo ela já tinha o feitiço para destruir, mas ela não tinha motivo. Ela deixou alguém disfarçado aqui dessa lado da floresta, alguém que disse que a princesa Sara esteve aqui, então ela destruiu a proteção das fadas e seus seguidores aterrorizaram todo povo, está uma guerra ai fora. Mas ela vai vir aqui, Temos que esconder Sara agora - Falou Prim, pegando um vidro com um liquido azul e deu nas mãos de Sara

– O que?... - Perguntou a menina

– Beba - Prim interrompeu

– Eu posso levar ela embora - Disse Moly

– Não dá mais tempo, as trevas já estão aqui - Prim falou olhando para s janelas ouvindo o som dos cavalos que se aproximavam

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– Beba logo - Gritou Verde

Sara virou o liquido na boca sem pensar, aos poucos ela foi mudando de forma, ela começou a gritar depois soltou o vidro vazio no chão, Sara caiu no chão e começou a se esticar como se estivesse doendo todo seu corpo. Depois algumas penas começaram a aparecer, Sara olhava assustada para sua pele que se tornava penas azuis, um bico se formou no lugar de sua boca, e seus olhos começaram a ficar dourados. Em alguns instantes Sara havia se tornado um lindo pássaro azul, com uma enorme calda, e lindas penas azuis. Verde pegou Sara e a colocou em uma gaiola e deixou um pouco escondida entre alguns móveis.

– Fique quieta - Ordenou Verde

Sara podia ouvir tudo, e conseguia ver perfeitamente, apenas não conseguia falar, o som que saia de sua boca era de pássaro. Depois Moly ergueu sua varinha, voltando a ser Azul, pois amara não sabia da existência de Moly.

Sara ouviu alguns sons de cavalos e carroceria. O som parou em frente a cabana. Prim ficou sentada, Azul e Verde fingiam uma discussão, para demonstrar que tudo ali estava normal. A porta se abriu, Sara observava tudo, Dois homens vestidos de preto, calças botas e jaquetas , eles seguravam a porta, enquanto outro abria a porta da carroceria, era uma típica de conto de fadas, como Sara tinha visto em filmes.

De Dentro da carruagem, Desceu uma mulher elegante, usava um vestido com decote em V, vermelho de veludo com detalhes pretos, usava também luvas pretas Combinando com um chapéu bizarro, que parecia ter algumas penas de pássaro preto. Sua expressão era vazia, fria, sua boca vermelha e seus olhos de maquiagem era o mais visível em seu rosto.

Ela desceu olhando fixamente na cabana, depois de uns olhares de desprezo pelo lugar, caminhou com o nariz empinado, com aquele chapéu estranho até dentro da cabana.

– Olha se não é as coisinhas coloridas - Debochou a rainha Amara olhando com desprezo para Azul e Verde

– Sabe senti seu fedor de longe - Retrucou Verde, azul deu um cutucão

– O que faz aqui Majestade? - Perguntou Prim

– Você sabe muito bem o que eu vim fazer aqui sua velha, não finja que é idiota, eu sei que você não é - Gritou Amara indo para o lado de Prim, que não se importou muito com os gritos da megera

– Onde ela está? - Perguntou Amara agressivamente, jogando algo que estava em cima de uma mesinha

– Você jamais saberá - Prim falou calmamente, pegando uma linha de trico e se ajeitando na poltrona

– Eu vou encontra la, assim como eu consegui dominar o resto da floresta encantada. Mesmo que você não diga

– Então boa sorte nas buscas

Amara caminhou até a porta, ela parou de repente e olhou para trás.

– Bom já que não consegui nada aqui, vou limpar o lugar - Disse Amara tirando uma das luvas,

– Você sabe que não pode matar uma fada - Azul falou irônica

– Eu sei - Disse Amara, ela levantou a mão e de repente Prim se levantou da cadeira.

Amara amassou nas mãos algo invisivel, nesse mesmo momento Prim caiu no chão depois de dar gritos de dores. Depois ela abriu as mãos e apontou a frente deixou esticada. algumas raizes começaram a brotar do chão, elas destruiram tudo, a cabana ficou toda destruida. Ela ria enquanto fazia isso, como se fosse divertido. Depois ela saiu, voltou a sua carruagem, os seus seguidores foram com ela, o som dos cavalos sumiram na estrada. Azul e Verde estavam ali no chão, segurando as mãos de Prim, as duas com lágrimas nos olhos.

Aos poucos Sara foi tomando sua forma humana de novo, por sorte Amara já tinha ido embora.

– Ela esta... - Sara correu para perto da senhora Prim

– Sim ela está morta - Azul disse abraçando a garota

– Mas ela nem ao menos tocou nela

– A rainha má é muito poderosa, ela esmagou o coração de Prim, como fez com várias pessoas no passado

– E porque vocês não fizeram algo? - Sara parecia indignada por Azul e Verde não terem feito nada, mesmo sendo Fadas

– Você não conhece Amara, isso que ela fez aqui não foi nada, comparado ao que ela poderia ter feito se nós revidássemos.

– Agora vão, eu vou cuidar de tudo por aqui - Disse Verde

Azul voltou ao disfarçe de Moly e correu com a garota para a floresta. Sara estava triste, estava se sentindo culpada pela morte de Prim, também estava furiosa com Amara, nunca viu tanta frieza em uma pessoa. Um sentimento correu nas veias de Sara, ela estava decidida, ela lutaria para derrubar o reinado de Amara, ela destruiria a rainha má, ela levaria de novo a paz a luz do sol, e devolveria a floresta encantada para s fadas. Esse era o objetivo de Sara a partir de hoje.