Princesa Industrial - Nova versão

O evento beneficente


— Obrigada - Sorri. Eu não sabia o que fazer naquele momento. Parte de mim queria correr enquanto a outra queria pular em seus braços. Ficamos alguns segundos nos encarando.

— Oi. - Ele disse. Canalha. Depois de tudo o que houve ele só consegue me dizer “oi”?

— Acho melhor eu voltar pra dentro, meu noivo deve estar preocupado.

— Espera. - Ele segurou a minha mão. Seu toque. Havia esquecido de como meu corpo reagia a ele. Parecia que uma corrente elétrica me percorria, deixando meu corpo mais quente. - Noivo, huh? - Ele soltou a minha mão. - Acho que você criou coragem de contar pro seus pais sobre seus relacionamentos, afinal.

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— É bem mais complicado do que parece. - Respondi. - Não é como se eu… Deixa quieto.

— Não deixo, não, Mirela. Me explica, por favor. - Ele dizia suplicante com os olhos azuis piscina me encarando. Aquilo me deixava sem chão. - Por quê não entendo como uma pessoa pode ter algo como tivemos e manter em segredo, mas conta pro mundo sobre aquele cara. Você acha que não vi? Vocês mal se tocaram desde que você passou por aquela porta.

— Achei que não tivesse me visto até eu vir para cá. - Respondi encabulada por descobrir que ele me observava o tempo todo.

— E tem como não te ver, princesa? Você ilumina onde quer que passe. - Ele me encarou alguns segundos em silêncio. - Mas por favor, não tente mudar de assunto. O que ele tem que eu não tenho?

— Nada, você não entende? - As lágrimas começaram a cair sem que eu percebesse. - Eu não tenho escolha.

— Mas é claro que tem escolha, todo mundo tem. A não ser que… - Ele fez uma pausa e mexeu a cabeça em negativa como se tentasse abandonar o pensamento. - Mirela, você está grávida?

— NÃO. Enlouqueceu? - Respirei fundo. - É confuso, nem eu entendo direito. - Eu precisava cortar o mal pela raiz antes que prejudicasse mais ainda a nós dois. E sabia exatamente como fazê-lo. Fiquei em silêncio alguns segundos e finalmente falei. - Isso - Eu apontei para mim mesma e para ele repetidamente. - nunca foi real.

— Você só pode estar de palhaçada, Mirela. - Ele respirou fundo. - Você sabe que foi. E vou te fazer lembrar. - Antes que eu pudesse perceber, nossas bocas já estavam coladas.

Ele me abraçou colocando uma mão na minha nuca e a outra na minha cintura. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi. Era impossível não ceder. A minha alma implorava por ele. Ficamos naquele beijo até o ar acabar. Quando nos soltamos, ele me olhou e sorriu. Eu sorri de volta. Mas eu não podia sorrir de volta. Eu tinha que me casar com Luan.

— Me desculpe. Tenho que voltar pro meu noivo. - Disse a ele com meu coração dilacerando em meu peito. Comecei a caminhar de volta para o salão.

— É sério? Depois de tudo isso você vai voltar pr ‘aquele cara? - Ele gritou enquanto eu caminhava. Parei sem me virar para dizer uma última frase.

— Eu realmente espero que um dia você possa entender tudo isso. - E saí