Prague delicious

Capítulo 30: Figured You Out.


Eu gosto das suas calças em volta dos seus pés

Eu gosto da sujeira no seu joelho

E eu gosto do jeito que você ainda diz "por favor"

Quando você levanta os olhos para mim

Você é como minha maldita doença favorita...

Figured Out You - Nickelback.

***

Pov.: Avery.

Quando cheguei em casa, fui direto para o banho. Enchi a banheira, e coloquei alguns sais de banho. Enquanto eu estava tirando a minha roupa, eu estava pensando no ocorrido. Lembrei do cartão. Coloquei a minha mão no bolso.

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Que beleza.

O cartão não estava ali.

— Merda. — sussurrei para mim mesma.

Tentei não pensar nas milhares possibilidades.

Entrei no banho para tentar relaxar...

Impossível.

Não demorei muito para sair. Sequei o meu cabelo, e prendi-o em um coque.

Ouvi tocarem a campainha. Coloquei um roupão e desci correndo.

— Bom dia. — duas mulheres me cumprimentaram, logo quando eu abri a porta.

— Bom dia. — cumprimentei-as, sem entender nada.

— Onde nós podemos colocar as araras?

— Araras?

Elas saíram da minha frente, e eu avistei um Lexus preto. Tinha mais três mulheres do lado desse Lexus, cada uma com uma arara de roupa. Para ser mais exata, arara com vestidos de noiva.

— Hm... — parei para pensar. — Pode colocar ali. — falei, apontando para o meio da sala.

Elas assentiram e indicaram para as mulheres pra colocar as araras onde eu havia pedido.

Com certeza aquilo era coisa de Bryan... Sem dúvidas. E eu odiava isso nele. Eu odeio o jeito com que ele consegue me levar pra cama mesmo depois de termos brigado. Eu odeio o sorriso dele, que faz com que eu me derreta toda. Odeio como ele consegue me convencer...

Eu amo os lugares em que vamos

Eu amo as pessoas que você conhece

E eu amo o jeito que você não consegue dizer "não"

Muitos limites em seguida...

Uma das mulheres, que aparentava ser mais nova. Se aproximou de mim e me entregou uma espécie de bilhete.

— Aqui... — ela estendeu a mão para me entregar o bilhete. — para você. — ela disse, por fim.

"Pode experimentar todos esses vestidos, e escolher qual você quiser. Porém, mais tarde quero você sem nada. Quero você só pra mim...

Com amor, Bryan."

Com amor não. Com luxúria isso sim.

Bem, "que o jogo comece".

Fui para a primeira arara, tinha em torno de quinze vestidos. Experimentei todos.

Experimentei mais quinze vestidos da segunda arara.

Nada...

Na terceira arara, finalmente, encontrei o meu vestido. O vestido perfeito. O vestido que tinha sido feito para mim.

Bem, isso não é literal. Mas é como se fosse.

Logo depois que eu escolhi o meu vestido, elas retiraram as araras. E foram embora. Deixando só eu e o meu, lindo, vestido.

Dancei pela casa toda com o vestido. Eu parei em frente ao espelho e fiquei observando-o.

— Você está linda com esse vestido. — ouvi uma voz masculina.

Olhei para trás.

— Diego?

— Eu mesmo. Em pessoa. Como você está?

Eu me aproximei dele. Eu não tinha raiva ou nada contra ele.

Abracei-o. E ele retribuiu.

— Quanto tempo. — ele disse, colocando a mão no meu cabelo.

— Verdade.

Ficamos abraçados e em silêncio, por um tempo.

— Sem querer ser grossa, mas por que você veio aqui? — perguntei, quebrando o silêncio.

— Porque eu vim me desculpar, e ver como você está.

— Se desculpar de quê?

— Fui muito rude com você.

— Então eu também te devo desculpas.

Nós rimos, e passamos a nos olhar.

— Você está linda... — ele murmurou, e eu não pude conter um sorriso.

Nossos olhares estavam se sustentando. De uma maneira inexplicável.

Instantaneamente, os nossos rostos se aproximaram. Ele olhou nos meus olhos, e de repente nossas bocas entraram em contato. E selaram-se em um breve e cálido beijo.

— Desculpa. — ele murmurou, e virou o rosto de modo que eu não visse que ele estava corando.

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Eu sorri.

— Acontece.

Cessei por uns instantes.

— Vou me trocar.— avisei. — Se quiser esperar...

Ele sorriu.

— Não, eu já estou de saída.

Okay.

Abracei-o novamente, e ele retribuiu. Dei um beijo na bochecha dele e ele corou.

— Bem, até mais. — ele disse, e saiu.

— Até. — balbuciei para mim mesma.

E agora eu sei quem é você

Não foi tão difícil

Foi só entender você

E agora eu entendi, você pergunta por quê...

O beijo ficou rodando por minha cabeça. Foi errado. Consequentemente foi bom. Acho que se Bryan soubesse, alguém iria morrer.

Porque Bryan, aparentemente, é fofo e dócil. Como eu disse, aparentemente. Porque na realidade ele é uma pessoa possessiva e ciumenta.

Depois que me troquei, desci. E fui ler algum livro.

***

Pov.: Bryan.

Enquanto eu estava no trânsito, indo em direção à minha casa. Resolvi dar meia volta, e ir atrás do médico que está merecendo levar um soco.

Não, eu não estou com ciúmes.

Tá. Um pouco.

— Por favor, eu gostaria de falar com o doutor Gregory. — pedi educadamente, a secretária assentiu.

— Só um minuto.

Pedi para que ela dissesse que era uma pessoa querendo tirar dúvidas, só para o mané não suspeitar. Ela discou o ramal do tal "Gregory", e perguntou se eu podia entrar. Obviamente, ele liberou.

Entrei e fechei a porta de forma brutal. Gregory me olhou um pouco assustado. E arregalou os dois olhos azuis. Daqui a pouco, dependendo, um irá ficar roxo.

— Boa tarde. — ele disse, e se levantou para me cumprimentar.

Passei para o outro lado da mesa, ficando ao lado dele. Ele me encarou sério.

— O que você quer? — ele perguntou.

Não hesitei em agarrá-lo pelo colarinho. Deixando um espaço entre os pés dele e o chão.

— Foi você que deu essa merda aqui para a minha noiva? — perguntei entredentes, estreitando os meus olhos. Joguei o cartão em cima dele.

— Quem é a sua noiva? — ele perguntou.

— Avery Miller. — um silêncio tomou conta da sala, ele começou à rir. — Foi você não é seu filho da puta. — falei em um tom bem elevado, e soltei-o.

Ele cambaleou e caiu com tudo no chão.

— Nunca mais faça isso, se você quer continuar vivendo. — falei por fim, e dei um chute no estômago dele.

Quando eu entrei no meu carro. Estava um total silêncio, só o barulho da minha respiração e o meu coração palpitando. Suspirei fundo, e ri da situação.

Eu gosto das sardas nos seus peitos

E eu gosto do modo como você me acha o melhor

E eu gosto do modo como você não fica impressionada

Quando você me põe em teste

Eu gosto das manchas brancas no seu vestido...

***

Pov.: Avery.

Bryan entrou em casa sem perceber que eu estava na sala.

— Bryan... — chamei-o, mas ele me ignorou e foi em direção ao seu escritório.

Não dei muita importância. Voltei à ler. Porque, além do mais, uma hora ele vai voltar...

Esse que é o problema, uma hora se passou. E nada.

Me direcionei até o escritório dele. A porta estava aberta, então nem me cansei em bate. Ele estava anotando algumas coisas. Me aproximei de sua mesa. Ele levantou um pouco a cabeça.

— Ei. Olha pra mim. — falei, ele riu.

Mas continuou em silêncio.

— Não vai me dar atenção não? — perguntei, e cruzei os meus braços.

Ele se levantou, e me imprensou contra a parede. De uma forma que não me machucasse.

E eu amo o jeito como você passa a conta

E eu amo os bons momentos que você destrói

E eu amo sua falta de auto respeito

Quando você passa sobre as cobertas

E eu amo minhas mãos em volta do seu pescoço...

Envolvi o pescoço dele com as minhas mãos. E beijei-o. Nosso beijo foi interrompido pela falta de ar.

— Assim está melhor? — ele me perguntou, sorrindo.

— Bem melhor.

Abracei sua cintura com as minhas pernas, e ele colocou as mãos nas mesmas. Ele jogou algumas coisas, que estavam em cima da mesa, no chão. E ele me colocou sentada nela sem desgrudar nossas bocas. Em uma fração de segundos estávamos despidos. Ele me penetrou rapidamente me fazendo soltar um gemido. Depois de algumas estocadas, chegamos ao ápice juntos.

— Te amo. — ele disse. E Eu assenti sem ar.

— Pra sempre? — perguntei.

Pra sempre.

***

De manhã, acordei decidida à fazer uma visita surpresa para Bryan.

Já que agora eu sei o endereço. Acho que ele ficaria bem feliz.

Depois que terminei de me arrumar. Saí de casa e peguei o primeiro táxi.

Eu gosto das suas calças em volta dos seus pés

Eu gosto da sujeira no seu joelho

E eu gosto do jeito que você ainda diz "por favor"

Quando você levanta os olhos para mim

Você é como minha maldita doença favorita.

***

Pov.: Bryan.

Enquanto eu estava anotando algumas coisas, o meu telefone toca. De novo, novamente, outra vez...

— Sta... — comecei, porém fui interrompido.

— Bryan, tem uma pessoa aqui querendo falar com você urgente.

— Tá bom. Deixa entrar.

O otário aqui pensando que seria uma pessoa que eu gostaria de olhar na cara.

Mas não era.

Era a nossa queridíssima Evellyn.

— Eve... — a minha fala foi interrompida.

Sabe por quê? Porque essa vaca me beijou. Ela colocou a boca dela em contato com a minha. Contra a MINHA vontade. Me debati, na tentativa de conseguir me soltar. Falho. Ela me imprensou contra a cadeira com toda a força existente nela, ela parecia, neste momento, ter mais fora do que eu. Ela está fazendo musculação? Porque olha...

Isso parecia não ter fim...

***

Pov.: Avery.

Cheguei no trigésimo andar. Passei pela Stacy, que parecia querer me falar alguma coisa. Mas, simplesmente, ignorei.

Abri, cuidadosamente, a porta do escritório dele. Querendo não atrapalhar o que ele estivesse fazendo...

E pelo visto atrapalhei...

Vi uma cena que, sinceramente, nunca esperava ver. Bryan agarrando a Evellyn. Eu tive vontade de, primeiro, dar uma voadora na cara dessa vaca, e, segundo, socar Bryan. Na verdade, matar...

Pigarreei.

— Acho que estou atrapalhando alguma coisa...— falei, e, o peixe de água doce, Evellyn saiu de cima de Bryan.

Bryan virou pra mim e arregalou os olhos.

— Isso aqui... — ele indicou para o chão. — definitivamente, não é o que você está pensando.

(...)

E eu odeio os lugares em que vamos

E eu odeio as pessoas que você conhece

E eu odeio o jeito que você não consegue dizer "não"

Muitos limites numa censura...

Por que não depois? Você nunca tentou

Ir por bem, e é isso.

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