Prague delicious

Capítulo 15: Bye, Bye, "V".


POV.: Bryan.

Já tinha dado quatro da manhã, e nada de Avery em casa. Eu estava mais do que preocupado, eu estava desesperado. De repente o meu celular tocou, tirando-me de transe.

–Alô?- atendi, era o telefone da Avery.

–Olá, você é o namorado da Avery Medeline?- era um homem, ele estava ofegante. No fundo, o barulho estava super confuso, sirenes... vozes...

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–Eu, eu. Aconteceu alguma coisa com ela?- perguntei.

–Ela sofreu um acidente, junto de uma outra garota. Elas estão gravemente feridas, e, estão sendo levadas para o Hospital Central North.

–Okay, Okay, obrigado!- falei depressa. Corri para o quarto da minha mãe, para alerta-lá.

–MÃE, MÃE, ACORDA, A AVERY SOFREU UM ACIDENTE.- berrei da porta.

–Hãm?- ela acordou apavorada.

–Ela está sendo levada para o Hospital Central North, e a Sophie estava com ela.

–Meu santo Deus.- ela pousou a sua mão esquerda, com as suas unhas pintadas de vermelho sangue, em sua boca. Ela pegou a chave do carro e seguiu a diante.

–Mãe você vai de pijama mesmo?- perguntei, e ela virou a cabeça igual à menina do filme "O Exorcista".

A minha sobrinha está acidentada, e você quer mesmo que eu me preocupe com o que eu vou vestida?- ela perguntou, arqueando uma de suas sobrancelhas.

–Mas você está com uma pantufa rosinha bebê escrito, "Mãe Coruja", acompanhada de uma coruja que parece mais uma, capivara com aids.

–CALA A BOCA, e vamos.

No caminho ela deve ter levado mais de cinco multas, por vários motivos.

–Eu gostaria de ver a minha sobrinha, que acabou de chegar aqui.- ela falou, com um atendente que olhava constantemente para o iMac touch, que se encontrava sobre o balcão, cheio de papel.

–Qual é o nome da paciente?- perguntou, ainda sem tirar os olhos da tela.

–Avery Medeline.

–Hm... Deixa eu ver...- ele parou de falar, e teclou algumas coisas.- Ela não pode receber visitas.- concluiu.

–HÃM?- ela gritou, desacreditada.- Como assim?

–Ela está inconsciente ainda.- ele respondeu,

–Tá, tá...

–Calma mamãe.- murmurei, baixo o suficiente para somente ela ouvir.

–Eu pelo menos tenho o direito de aguardar por alguma notícia?- ela perguntou, em um tom de deboche.

–Claro, na sala de espera, logo ali.- ele se levantou para indicar o lugar. Ele levantou e apontou com o seu indicador para a direita.

–Obrigado.- eu agradeci, e nos direcionamos para a direita, a fim de chegar a tal sala.

Ficamos em silêncio durante um certo tempo, eu fechei o olho e cochilei, mas logo quando eu ouvi passos, saltei da poltrona branca.

–Notícias da minha princesa?- perguntei ao médico, que ainda estava se aproximando.

–Princesa?- murmurou a minha mãe, ai eu notei a burrada em que eu acabei de falar.

–Você é o namorado dela?- perguntou, olhando para mim firmemente.

–Sim...- comecei, mas fui interrompido.

–Não. Ele é o primo dela!- protestou a minha mãe, saltando da cadeira também.

–Mas ele... Hm...- o médico se confundiu, e balançou a cabeça a fim de afastar qualquer tipo de pensamento confuso.- Enfim, tenho duas notícias...

–Começa logo pela ruim.- interrompi-o, fazendo-o retornar o olhar metralhador dele em minha direção.

–Okay, a ruim é, ela está em coma.- nesse momento a minha mãe se jogou na poltrona e retornou a chorar, desabando-se.

–Senhor.- fiquei boquiaberto.- Mas, continua.

–A ótima é que ela não sofrerá nenhum tipo de sequela, nem física, muito menos mental, ela está em um quadro estável.- concluiu.

–MEU DEUS. A Ellen irá me matar!- afirmou a minha mãe, entre soluços.

–Calma mãe.- aninhei a sua cabeça em meu ombro, e fiquei acariciando o seu cabelo, a fim de tranquilizar ela.- Você acha boa ideia ligar para a tia Ellen?- perguntei.

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–CLARO NÉ, SEU IDIOTA.- ela se exaltou, sem eu nem saber o por quê.

–Tá, tá, desculpa...- desaninhei-a, e me afastei da titia leoa.

***

Sábado de tarde, acordei com o meu celular tocando Give me all your love, da Madonna, era o toque que a Evellyn havia escolhido para tocar quando ela ligasse, eu achava super gay, mas né. A minha mãe já havia me acordado mais cedo, para avisar que ela iria no hospital para tentar ver a Avery.

–Alô.- atendi, sem nenhuma empolgação.

–Oi, meu amor.- ela disse, super animada.

–Tá, o que quê foi?- perguntei, me levando a ser rude.

–Ah desculpa, eu soube agora pouco que a sua prima sofreu um acidente. Tadinha.

–Não sinta pena dela, por favor, ela não precisa disso.- pedi.

–Okay, okay, vamos falar da gente, posso passar ai?

–Agora?- perguntei.

–Sim.- respondeu-me.

–Okay, pode sim.

–Beij...- desliguei a ligação, antes mesmo dela terminar de mandar os beijos dela.

Ela poderia ser ruim com as outras pessoas, mas eu gostava dela, bem, eu estava tentando, por mais que eu estivesse... Fui arrancado dos meus pensamentos quando a companhia tocou.

–JÁ VOU!- gritei do meu quarto.

Quando eu desci e abri a porta ela não deixou eu nem dizer um simples "Oi", ela me agarrou, e colocou os seus braços em volta do meu pescoço, e me beijou, um beijo sensual, mas o sentimento, talvez, não seja tão reciproco assim. A coisa começou a esquentar.

–Amor, vamos subir para o meu quarto!- sugeri, ela assentiu, e ainda sim não me largou, continuamos subindo aos beijos.

Quando ela chegou no meu quarto, ela trancou a porta, enquanto eu tirava a minha roupa rapidamente, e logo depois, ela tirou a dela, e pulou em cima de mim, do mesmo jeito que a Avery fazia. Ela sentou em meu colo, e começou a rebolar devagar, depois foi aumentando a velocidade, gradativamente.

–Ahn, Avery. - falei, após gozar.

–Quem?- perguntou indignada.

–Já pode se retirar, já acabaram os seus serviços.- debochei, e ela saiu.

–Grosso.- ela murmurou, enquanto se vestia.

–Eu ouvi tá, meu bem.- debochei novamente.

–VOCÊ NÃO ERA ASSIM ANTES... NÃO ERA ASSIM... NÃO ERA.- ela ficou falando isso, até eu ouvir o estrondo da porta da sala.

Eu tinha certeza, que eu esperaria a Avery, quanto tempo fosse, pois nem o tempo mudaria o que eu sinto por ela.

E passaram-se duas semanas...

Passaram-se um mês...

***

POV.: Avery.

Eu acordei em um quarto de hospital, eu não fazia ideia no que estava acontecendo, até eu começar à gritar desesperadamente.

–SOCORRO, ME TIRA DAQUI. SOCORRO, TITIA!- gritei, logo chegou um enfermeiro.

–Doutor, ela acordou, vem cá. Ela acordou.- murmurou o enfermeiro. E então entrou um médico, que usava um jaleco branco, era alto, magro, com os cabelos grisalhos, um sorriso encantador, e era acompanhado de um crachá do lado esquerdo do peito, ainda com a visão muito turva pude ler, "Dr. Hilbert MIller".

–Oh, graças à Deus minha querida, já estávamos sem esperanças.- falou o médico esperançoso.

–Então...- pigarreei, sem muita força.- O que aconteceu comigo?

–Bem, você sofreu um acidente com a sua amiga Sophie, indo em direção à uma festa. E estava em coma.

–Tranquilo... Agora que eu acordei, posso ir embora?- perguntei.

–Vamos com calma mocinha, você ainda precisa passar por alguns exames e depois avisaremos à sua tia, e à sua mãe, pois elas estão muito preocupadas...

–Também né...- interrompi-o.- Teve um garoto alto de olhos verdes, vindo me visitar?- perguntei, com o coração pela boca, às vezes eu não me entendia, por mais que eu estivesse com raiva dele, eu estava com saudade.

–Bem...- ele desviou o olhar azul de mim.- O Bryan?- ele perguntou como se não soubesse.

–Sim, ele mesmo.

–Bem...- ele desviou o olhar de novo.- Ele vivia constantemente aqui no hospital, mas depois de duas semanas parou de vir.

–Entendi.- confesso que fiquei triste.

***

Dois dias depois fui liberada. A minha tia havia ido me buscar. Quando entramos em casa, eu me deparei com a horrível cena, de Evellyn e Bryan tomando café da manhã juntos, o que me irritou. Quando ela me viu sorriu maliciosamente.

–Oi Avery, que bom que voltou.- disse Bryan, sorrindo.

–Bem, Bryan, amanhã teremos um jantar de família, para comemorações e novidades.- avisou a minha tia.

–Arrãm.- disse Bryan. Nesse momento, Evellyn apoiou o braço dela no pescoço dele, e deu um sorriso.

–Avery, se quiser, pode subir, você deve estar cansada.

–Com certeza.- ironizei de um modo que eu tenho certeza que Bryan havia entendido.

Subi e deitei-me, fiquei ouvindo música no meu mais que novo iPod 5ª geração (azul), que meu pai havia me dado, só porque eu quase tinha morrido. Depois de uns trinta minutos bateram na porta.

–Pode entrar!- falei, na esperança de ser a minha tia.

–Oi! Tá melhor?- era a desgraça.

–Estou.- decidi colocar em pratos limpos essa história toda.- Então, me trocou mesmo?

–Por quem?- fez-se de desentendido.

–A Evellyn.- ele riu.

–Vamos dizer que sim...

–Então tá.

–Então tá.- ele repetiu as minhas palavras.

***

De tarde, Bryan tinha saído com a mais nova namoradinha dele para dar uma volta, resolvi ir no quarto dele... Só por intuito. Quando eu cheguei lá, encontrei um celular em cima da cama, era o celular da Evellyn, mas tinha senha, tentei o mais óbvio.

"Bryan"

E acertei. Abri a caixa de mensagens enviadas.

"Você pode me chamar de "V", "V" de vingança"

Puta que pariu.