Powerful

Family Meeting


Preciso de um banho. - Adrien comentou após cheirar sua axila e fazer careta.

— Tem um riacho ali atrás das árvores. - disse Marinette.

— Como sabe?

— Sei lá, eu meio que sinto que tem. - deu de ombros - Deve ser coisa de filhos de Poseidon e tal.

— Impressionante. Mas eu não vou tomar banho num riacho no meio da floresta.

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— Ah, claro! - Alya exclamou, cruzando os braços - Eu só vou terminar de instalar o chuveiro nesse tronco de árvore e você pode tomar banho. Mas antes não esqueça de ajustar o termostato! - ironizou, fazendo a azulada rir e o garoto revirar os olhos.

— Vamos fazer assim: Enquanto um toma banho, os outros conversam sobre a missão. Depois vamos dormir, revezando também e amanhã continuaremos. - a garota sugeriu.

— Certo. Eu vou primeiro então. - Adrien foi para o lado do riacho - Só tentem não espiar, hein!

— Pode deixar. - agora foi a vez de Alya revirar os olhos.

As duas amigas ficaram conversando sobre o próximo destino e sobre as estratégias que poderiam utilizar contra as Empusae. Frisaram também, sobre os itens que poderiam ou precisavam encontrar.

— Cheguei garotas. - abriu os braços dando um sorriso convencido.

— Finalmente! Posso ir agora, ou você quer ir primeiro? - Alya questionou.

— Não, tudo bem. Pode ir. - Adrien sentou ao lado de Marinette, enquanto a amiga tomar um rápido banho. - Acha que vamos conseguir?

— Honestamente, no começo eu achei que não. Mas depois de sobreviver a Medusa, acho que temos chances. - sorriu.

— É, espero que sim. - a azulada mordeu o lábio, demonstrando preocupação. O garoto a encarou e pousou sua mão no ombro dela.

— Você é a líder dessa missão, e eu realmente acredito em você, assim como a Alya. Só que nós não podemos fazer nada, se você não acreditar em si mesma. - Marinette sorriu em agradecimento.

— Obrigada.

— Não há de quê. - respirou fundo - Sabe, Marinette, eu te acho incrível. - os dois coraram de leve - E, eu acho que gosto de você.

— Eu também acho que gosto de você. - disse baixinho. Adrien sorriu de leve e se aproximou. A azulada permanecia congelada, enquanto o filho de Apolo colocava sua mão na bochecha dela e ia se aproximando, até que os lábios se tocaram.

Para Marinette a sensação era completamente nova. Ela já tinha beijado outros garotos, mas com Adrien, tudo parecia diferente.

— Sua vez de tomar banho, Mari. - se separaram assim que ouviram a voz de Alya se aproximando.

— Claro, já estou indo. - sorriu timidamente para Adrien e foi na direção do riacho.

A garota olhou para os lados, se certificando que tinha ninguém e tirou as roupas, em seguida entrando no riacho, que era pequeno e na volta dele tinham pedras e arbustos.

Quando entrou na água, sentiu-se revigorada. Era como se todos os sentidos do seu corpo estivessem ligados e ela pudesse permanecer a vida toda ali dentro. Marinette mergulhou e ficou sentada em baixo d'água.

Para uma filha de Poseidon, ficar ali era maravilhoso. Ela aproveitou para pensar sobre o que estava acontecendo no momento. Precisavam concluir a missão. Adrien acreditava nela, Alya acreditava nela e até Dionísio acreditava nela. E ela estava começando a acreditar de verdade em si mesma, mas será que seu pai acreditava?

Marinette saiu da água e vestiu suas roupas, logo sentou na beirada do riacho e ficou encarando a água por um tempo. Desejava que um dia pudesse conhecer seu pai.

— Você me lembra muito a sua mãe. - a azulada arregalou os olhos e ficou de pé, encarando o estranho homem que se aproximava.

— Quem é você?

— Ah, sinto muito pelo susto. Sou Poseidon, o deus dos mares e seu pai. - Marinette o analisou. Homem grande, forte, cabelo e bigode claro, bermuda e camisa azul clara. Ela sabia que deuses podiam tomar forma humana, afinal, era assim que tinham filhos com humanos, mas porque seu pai estava ali?

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— É você mesmo? - ele assentiu e sentou, logo Marinette fez o mesmo. - Mas porque está aqui?

— Você tem dúvidas sobre sua capacidade e sobre eu acreditar em você, não é?

— Bem... Sim. - falou de cabeça baixa.

— Ouça, eu acredito que você vai conseguir concluir essa missão, assim como é uma grande líder e uma pessoa importante. Sinto tanto por não estar ao seu lado enquanto crescia, entretanto não pense que não acompanhei. Você é minha filha, Marinette, e eu me importo com você.

— Então porque o senhor nunca veio me ver? Quero dizer, eu sei que você tem deveres como deus, mas poderia ter vindo ao menos no meu aniversário e coisa do tipo.

— Porque, o meu irmão, seu tio Zeus, havia decretado que nenhum deus poderia ter contato com seus filhos com humanos. Ele fez isso após um dos seus próprios filhos tentar destruir o Olimpo. No entanto, após anos tentando convencê-lo do contrário, ele voltou atrás e agora aqui estou eu.

— Entendo. Me desculpe por insinuar que você não se importava comigo.

— Está tudo bem. Por anos fui assim com meus filhos, então quando Zeus fez o decreto, percebi o quão ruim era meu comportamento e agora estou tentando consertar as coisas. - a garota estava realmente muito feliz por finalmente ter conhecido seu pai. - Ah, quase ia me esquecendo. - Poseidon colocou a mão no bolso e entregou uma pulseira para Marinette - Esta joia, foi feita nas forjas do meu castelo e quando pressionar o pingente ele virará um escudo.

— Tipo a minha caneta-espada?

— Exato. E esse escudo é blindado e resiste ao grito de uma Empusa. Considere como um presente de aniversário atrasado.

— Obrigada, eu amei. - sorriu - Mas pensei que deuses não pudessem interferir nas missões.

— E não podem, mas eu estou te dando um presente que pode ou não ser útil para você algum dia. - ele piscou travesso e ela riu.

— Será que eu... Será que eu poderia te dar um abraço? - ele assentiu e abriu os braços. Marinette não hesitou em abraçar seu pai.

Assim que abriu os olhos, ele já não estava mais lá. Não teria sido ilusão de sua mente, não é? A garota olhou para as mãos e viu a pulseira de prata com um pingente em formato de tridente. Ela sorriu, feliz em saber que finalmente tinha conhecido seu pai.
*

— Já estamos chegando? - Adrien questionou impaciente.

— Se você perguntar daqui a cinco minutos a mesma coisa como anda fazendo a uma hora, não vai gostar de saber aonde vou enfiar esse seu arco. - Alya respondeu brava.

— Calma pessoal! - Marinette riu e se colocou no meio dos dois.

— Isso, controla sua amiga aí. - Adrien disparou.

— Mais fácil ela controlar o namorado. - a morena rebateu.

— O quê? - os dois falaram juntos.

— Pensam que eu não vi vocês dois se beijando ontem à noite. Por sorte não fizeram algo a mais. - Marinette ficou completamente vermelha e andou um pouco mais para a frente, como se nada tivesse acontecido. - Ah, olha. Chegamos. - apontou para um restaurante com aparência antiga e uma placa luminosa na frente. - Vamos lá. - Marinette saiu andando na frente e assim que Adrien ia fazer o mesmo, foi parado por Alya.

— O que foi? - ele estranhou.

— Se você pensar em magoar a Marinette, vai se ver comigo. Além de ser minha amiga, ela é uma ótima pessoa, então nem pense que...

— Eu não vou magoá-la. - respondeu um pouco alterado.

— Espero que pense da mesma maneira assim que chegarmos ao acampamento.

— Pessoal, vocês não vem? - a azulada parou e olhou para trás sorridente.

— Já estamos indo, Mari. - o loiro respondeu.

— Sinta-se avisado Adrien. Sei que também somos amigos, mas eu conheço sua reputação e não quero que a Mari sofra.

Os três entraram no restaurante e sentaram em uma mesa dos fundos. O lugar era limpo, bem organizado e estava quase cheio.

— O que vão querer? - uma atendente sorridente parou ao lado dele. A mulher vestia uma típica roupa de garçonete anos 80, assim como a decoração do local. - Recomendo o prato surpresa do dia que custa quinze dólares e por mais dois dólares vem com um copo de refrigerante.

— Queremos falar com o Billy. - Marinette falou baixo porém com um tom firme. O sorriso simpático da garçonete havia se transformado em um sorriso pretensioso.

— Meio-sangues, é? Bem que eu tinha sentido o cheiro. - ela riu baixo. - Venham por aqui. O chefe os aguarda. - Os três passaram por uma enorme porta de madeira e entraram na sala onde um homem estava sentado na mesa, escrevendo alguma coisa no papel. - Senhor, esses meio-sangues vieram falar com você. - ele levantou o olhar e sorriu, em seguida fez gesto para que eles sentassem nas cadeiras, e assim o fizeram.

— O que desejam?

— Dionísio nos mandou aqui. - disse Marinette.

— Ah sim, claro. - ele abriu a gaveta - Muito bem, filha de Poseidon. Creio que isso é para vocês. - colocou três cordões em cima da mesa.

— O que é isso? - Adrien perguntou segurando os fios dourados.

— Este cordão os protegerá do encanto das Empusae.

— Suponho que vai querer algo em troca, não é? - Alya cruzou os braços e perguntou ao homem.

— Na realidade não. Eu devia um favor a Dionísio e foi assim o jeito que ele arrumou para que eu o pagasse. Agora... - ele ficou de pé e Marinette arregalou os olhos assim que notou que Billy era um centauro. Obviamente ela já tinha visto um, já que Quíron era um centauro também, mas mesmo assim ficou surpresa - Preciso resolver algumas coisas. - abriu a porta.

— Certo. - a azulada pegou os cordões e colocou na mochila - Obrigada. - ele apenas assentiu e o trio saiu da sala, sentando na mesma mesa do restaurante que estavam antes.

— Ufa! Agora será que podemos comer? - Adrien perguntou.

— Qual o próximo destino, Mari? - Alya indagou enquanto Marinette lia o mapa.

— Toca das Empusae.