Após alguns dias da entrevista, Elizabeth começou se sentir observada e retraída, pois a sensação de ser seguida era constante, então ela apenas ia para a redação do jornal, casa e lanchonete, evitava caminhos escuros e becos, não sabia o que esperar. E quanto mais pesquisava sobre Tomás e a sua empresa tudo era muito incerto, em si não aparecia nada demais nos documentos que conseguiu com Chloe e John, mas não teria uma acusação se não houvesse um motivo isso era obvio. O expediente na lanchonete estava acabando e Elizabeth limpava as mesas e organizava quando escutou a porta se abrir e a campainha da mesma mexer, havia um sino na porta que avisava cada vez que ela fosse aberta. Ela continuou a limpar a última mesa quando os passos foram se aproximando e olhando do chão para cima notou os sapatos sociais pretos brilhando e a calça social e quando viu Tomás estava parado na sua frente com dois seguranças e ela o encarou perplexa e ele abriu um sorriso sarcástico.

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— Temos que conversar senhorita. – Ele disse de forma cordial e cautelosa.

— Se veio aqui me ameaçar de novo. – Ela disse rispidamente terminando de limpar a mesa e pegando o pano e passando por ele.

— Não estou aqui para ameaçar ninguém, apenas conversar. – Ele disse olhando em volta. – Quero um café. – Ele pediu se sentando em uma das mesas e os seguranças em outras mesas afastados, ele ficou ali todo ereto e olhando Elizabeth voltar com o café e servi-lo e apontou a cadeira a frente para que ela se sentasse.

— Primeiramente, poderia parar de me seguir seja quem mandou fazer isso. – Ela disse baixo e grosseiramente. – Só quero a verdade, se você não tem nada para esconder, não tem porque me seguir.

— Primeiramente, não mandei ninguém te seguir, não preciso de ninguém te seguindo para saber o que você faz. – Ele disse arrogantemente e ela abriu a boca perplexa. – É exatamente por isso que estou aqui. Se você continuar a sua reportagem para saber sobre a propina, poderá se machucar e não por mim, mas como eu disse mais gente poderosa de Nova York está envolvido nisso.

— O senador Boyle – Ela disse baixo e ele concordou com a cabeça. – Se falar com o senador, diga que não tenho medo de nada e se alguma coisa me acontecer, farei todo mundo não só nessa cidade saber que a culpa é sua e dele.

— Eu admiro sua determinação senhorita Evans, mas estou apenas te avisando que se alguma coisa te acontecer, eu te alertei.

— Agradeço sua preocupação e toda sua boa vontade em vir nessa parte da cidade que acho que até ontem não sabia da existência. Se terminou todo seu discurso em parecer um bom moço pode ir embora. – Ela disse se levantando e vendo o sorriso de Tomás se abrir com sua atitude. – Café por conta da casa. – Ela se virou indo para dentro da lanchonete mas percebendo que Tomás ficou olhando ela, dentro da cozinha ela encostou na parede e respirava fundo sentindo que a adrenalina estava alta o suficiente.

Chloe e John estava no apartamento vendo os documentos e tentando encontrar algo, enquanto Chloe estava sentada, John estava atrás dela sobre o ombro conferindo os e-mails de Tomás, quando Chloe e John se olharam e ficaram assim por instantes, John aproximou seus lábios de Chloe que ficou imóvel, mas foram interrompidos com a chegada de Katherine, John disfarçando e dando volta na mesa e sentando.

— O que está acontecendo aqui? – Katherine perguntou indo a geladeira e pegando uma garrafa de água, ela apontava para a mesa e os papéis.

— Porque estaria acontecendo alguma coisa aqui? – Chloe com ajuda de John recolhia os papeis e ele ia guardando na pasta. – Estamos apenas analisando alguns dados, John está me explicando sobre algumas coisas para meu novo emprego.

— Nem me fala em novo emprego, ser secretária do Matthew é terrível, ele é um grosseiro. Mas me deu cortesia para uma boate que ele é sócio poderíamos ir né? – Katherine se sentou na mesa e John e Chloe estavam realmente incomodados com a interrupção. – Está rolando alguma coisa entre vocês?

— O que? – John disse se levantando e pegando suas coisas, um pouco exaltado. – Claro que não, imagina.

— Até porque seria no mínimo estranho, John é o melhor amigo da Liz e eu jurava que um dia iriam ficar juntos, não com a Chloe. – Katherine comentava no automático tomando sua água e John engolia seco indo para a porta.

— Tenho que ir, diga para a Liz que depois a gente se fala. – Ele disse sendo seguido por Chloe até a porta e se olhando ternamente novamente e indo embora, Chloe fechou a porta e fuzilou Katherine na cozinha indo a sua direção, foi na geladeira pegou água e sentou de frente com ela.

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— Porque fez isso? Não teria problema nenhum em ficar com John ele e a Liz nunca vão ter nada. – Chloe comentava um tanto chateada e Katherine escutava com os olhos arregalados.

— Se soubesse que ele gosta de você, tudo bem, mas até onde sei John sempre morreu de amores por Liz desde o colegial. Seria um estepe para ele e você merece mais que isso. – Katherine foi curta e grossa se levantando e saindo da mesa deixando Chloe com seus pensamentos enquanto terminava sua água.

Elizabeth chegou e as irmãs estavam vendo um filme aleatório na TV, na verdade Katherine estava no celular deitada no tapete enquanto Chloe olhava para a TV mas com o olhar distante, Elizabeth chegou sentando aos pés de Chloe e colocando os pés da mesma sobre seu colo e jogando a cabeça para trás, ambas olhou a irmã bufando e ela voltou o pescoço olhando as duas.

— Vocês não sabem quem foi na lanchonete. – Elizabeth falava pausadamente. – Tomás Ferguson, segundo ele foi me alertar sobre a reportagem, mas eu disse que não tenho medo dele. – Ela disse rindo e Katherine sentou olhando ela.

— Deveria, dizem que ele faz as pessoas sumirem. – Ela disse com a voz espantada.

— Ninguém faz ninguém sumir Kath. – Elizabeth disse sorrindo e apertando as bochechas da irmã. – Preciso de um banho e descaçar, tenho que estar amanhã cedo no gabinete do senador Boyle, consegui uma entrevista com ele. Elizabeth subiu e tomou seu banho demorado, seus pensamentos voando longe enquanto pensava na conversa com Tomás e se ele realmente estivesse sendo injustiçado e sobre isso de fazer pessoas sumir, se ele realmente faz isso? Saindo do banho, ela colocou um roupão e foi fechar as janelas e pode perceber do outro lado da rua, um homem olhando diretamente para ela, ela fechou a cortina e continuou a observar o homem que não se movia e era um dos seguranças de Tomás e isso a enfureceu, mas deitou com o pensamento que amanhã iria socar a cara daquele playboyzinho achando que ele poderia intimidar ela.

Katherine saiu cedo para o trabalho Matthew estava exigindo demais dela, e isso estava te custando o descanso que tinha. Quando chegou na empresa viu John entrando no elevador e resolveu seguir ele, vendo ele no departamento de Marketing. Ela foi até ele pisando firme, quando a viu ele engoliu seco.

— O que você está fazendo aqui? – Ela o questionou ferozmente e ele se encolheu na cadeira. – O que vocês estão planejando?

— Não posso falar nada, prefiro que Elizabeth te conte. – Ele disse calmamente e ela o fuzilou e saiu pisando fundo, furiosa sabendo que a irmã e John planejava algo, quando chegou na mesa, viu que Matthew já estava na sala, com alguém conversando, ela se sentou e começou a fazer seu serviço consultando na agenda quem seria, mas ninguém estava marcado. Passando quase uma hora saiu Matthew e o senador Boyle, um homem não tão velho, de porte médio, com sorriso irônico na cara que a olhou interessadamente e saiu dali, quando Katherine olhou Matthew ele fez sinal para que ela entrasse em sua sala.

— Já não disse dos seus horários senhorita? – Ele disse grosseiramente enquanto se sentava na sua cadeira. – Hoje preciso que faça hora extra, primeiramente para compensar sua falta de comprometimento com horário e segundo porque tenho uma reunião externa fora do horário comercial e preciso que você vá comigo.

— Eu não me atrasei senhor, você que chegou mais cedo, o senador não estava agendado se estivesse eu estaria aqui antes dele. – Katherine disse afobada e totalmente tremula após toda a ordem dada.

— Agora quero que saia e se possível antes dessa reunião vá para casa e tome um banho. – Matthew fez sinal para Katherine sair e assim ela fez, sentou na sua mesa e começou a trabalhar e pesquisou na agenda de Matthew essa reunião que não estava sequer agendada.

Chloe estava indo comer um cachorro quente na hora do seu almoço, quando John a alcançou e eles seguiram juntos, ainda em silencio pelo quase beijo da noite passada.

— Então, que situação noite passada. – John falava sem graça e pegando o cachorro quente dele e de Chloe e entregando a mesma.

— Nem me fale, pensei que íamos se beijar. – Ela disse em bom humor e eles se olharam.

— Estava falando da Katherine ver os papeis. – Ele disse sem graça e respirou fundo. – Claro que te beijar não seria nada mal, não quis dizer isso. – Ele estava sem jeito então mordeu o cachorro quente parando de falar.

— Claro, claro, - Chloe concordou sem graça e mordeu o cachorro quente sentando com John em um banco. – Acha que Katherine desconfiou de algo ontem?

— Não sei se desconfiou ontem, mas acabou me vendo hoje na empresa e agora está desconfiada, falei para ela falar com a Elizabeth. – John disse calmamente e eles riram e logo se olharam novamente. – Olha, fiquei muito sem graça em pensar que poderíamos ter se beijado ontem.

— Nossa nem me fala, pensa na situação que estaríamos. - Chloe apenas concordava, mas com certo pesar nas suas palavras e corando e deixando o lanche de lado. Eles terminaram de almoçar e voltavam para a empresa, quando Chloe foi um pouco na frente de John que parou por instantes e pressionou os lábios, Chloe se virou e fez uma careta. – O que foi?

— Quero saber qual vai ser a situação. – Ele falou voltando a andar e parando diante dela.

— Qual situ ... – John puxou Chloe pela cintura e a envolveu em um beijo intenso em frente a empresa, passando uma das mãos na nuca dela e logo a puxando mais para perto com a outra mão na cintura, foram alguns instantes, que para eles pareciam uma eternidade, para Chloe o mundo tinha parado ali, não que ela nutria algo por John, mas com a proximidade deles nas últimas semanas, John era um cara bonito, educado e prestativo e Chloe era humana, tinha suas vontades a serem supridas. Quando John ia parando o beijo com selinhos longos eles se olharam e sorriram uma para o outro, sem falar nada apenas entraram novamente para a empresa e se separaram cada um no seu andar.

A noite tinha chegado e Elizabeth estava procurando a chave para abrir o edifício em que morava, quando um carro preto parou e o vidro foi abaixando e Tomás a encarou e ela revirou os olhos.

— Claro que tinha que ser você. – Ela disse ironicamente. – Agora vai me perseguir até em casa obviamente.

— Preciso que entre no carro – Ele disse rigidamente. – É do seu interesse.

— Não quero, obrigada. – Ela disse achando a chave e abrindo a porta. – Tenha uma boa noite.

— Elizabeth, sua irmã corre perigo. E se ao invés de discutir comigo você entrar podemos evitar o pior. – Ele disse autoritário e sério, quando com o olhar preocupado fez com que Elizabeth mesmo bufando entrasse no carro com ele, sentando ao seu lado no banco de trás e engolindo seco sem saber para onde ia, apenas as frases de Katherine ecoando na mente quando diz que ele some com as pessoas.

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Katherine estava em uma sala a prova de som e com alguns caras conhecidos na cidade, junto de Matthew, cada um tinha levado sua secretária, ela se sentou em um canto com seu bloco de anotações e se encolheu, os homens conversavam entre si e bebiam, fumavam charuto e alguns usavam cocaínas em cima da mesa redonda que se encontrava, e agora entendia porque Matthew queria alguém de confiança, as mulheres estavam retraídas e com olhar assustado da situação, mas não conseguia entender o que estava acontecendo. Matthew se levantou e ajeitou seu palito e foi saindo, quando Katherine se levantou ele a encarou.

— Você fica, eu tenho que ir, mas preciso de você aqui. – Ele disse sorrindo de certa forma cordialmente e ela apenas engoliu seco e voltou a se sentar, Matthew saiu e logo um dos homens que era o senador Boyle ela conseguiu reconhecer se aproximou sorrindo e pegou na mão dela a fazendo levantar, deu seu lugar para que ela se sentasse. Os homens conversavam e continuavam a beber, quando ela olhou para trás viu um dos homens tocando no seio de uma das mulheres que estavam no canto com ela. Ela quis se levantar, mas o senador puxou seu cabelo para trás a fazendo virar, ela estando sentada virou o rosto e se deu de cara com o zíper da calça que o senador usava aberto e seu pau para fora. Ele enrolou o cabelo dela na mão e empurrava a cara contra seu pau, mas ela lutava em fazer algo.

— Vai dar uma de santinha, chupa cachorra. – Ele falava alterado e ela apenas tentava soltar a mão do cabelo dela.

— Me solta seu velho imundo. – Ela falava ferozmente e logo mais dois homens segurou seus braços a jogando na mesa que eles estavam usando e ela sapateando derrubou os copos.

— Ela é brava, fazia tempo que não pegávamos uma que lutava bravamente. – O senador falava rindo empolgado acompanhado por outros que ali viam a luta inútil de Katherine que chorava de desespero. Os homens amarraram ela com a perna aberta, sua saia de trabalhar agora estava erguida e mostrando toda sua vagina, a calcinha de lado e ela chorando de desespero e gritando enquanto três homens se masturbava olhando para ela ali, toda exposta. – O bom dessa sala querida é que você pode rinchar igual a porca que é, que ninguém te escutará. – O senador falava subindo na mesa e beijando o pescoço e peito de Katherine que chorava desesperada, já desistindo da sua luta e aceitando o que estava para acontecer, ela sentiu o dedo do senador entrar nela e fechou os olhos tentando acordar do pesadelo que estava vivendo, e sem entender o porquê daquilo estar acontecendo. Com os olhos fechados logo viu que era algo bem mais grosso que o dedo que a entrava ferozmente, ela sem lubrificação nenhuma, sentia ser machucada. Ela tentou olhar para o teto, mas sua cabeça foi para o lado, vendo as outras meninas sem expressão no rosto sendo fodida e nem ligando, como se aquilo já fosse normal para elas, e ela se doía pelas meninas. Logo ela já inerte pela situação, apenas desligando o que estava acontecendo, resolveu não lutar, não questionar, só queria que aquilo acabasse e fosse embora, sua perna foi desamarrada e jogada para cima, um dos homens penetrou seu ânus secamente, ela gritou, enquanto sentia o senador passar a língua pelo seu clitóris, ela viu a vista embaçada e tudo escurecer.

Elizabeth parou diante daquela porta de ferro, parecia um cofre. Tomás ao seu lado e mais três seguranças armados, seu coração parecia explodir não sabia o que estava acontecendo, como a irmã estaria em perigo, qual das suas irmãs? Quando após insistentes batidas e chutes a porta se abriu ela viu Katherine inerte na mesa, largada e mais duas meninas nuas no chão sujas. Ela caiu em um choro agoniante e desesperador, indo até a irmã ali, que recuperava os sentidos e acordava gritando a abraçou, e Tomás veio a cobrindo com o palitó que a tinha, os seguranças ampararam as moças que ali estavam cobrindo com seus palitós, Elizabeth desamarrou a mão da irmã e a abraçou, Katherine estava desnorteada e sendo abraçada por Elizabeth, que a encostava e protegia com seu corpo. Tomás a ajudou carregar Katherine para fora, passando pelo beco escuro e entrando no carro, levando ela que novamente desmaiou para o hospital, Elizabeth amparava a irmã inerte, olhando para Tomás que se encontrava com olhar assustado e preocupado. Eles cruzaram os olhares e ela sorrio cordialmente sussurrando um. “ Obrigada. ”