Porque tudo acontece uma vez em Nova York

Charlotte, Histeria e Adeus


Após o nascimento de Charlotte todos estavam maravilhados com tamanha beleza, ela era carequinha com os olhos reluzentes como de Chloe, quase nem se escutava chorar, John parecia um falcão em cima e Tomás estava encantado pela pequena e ainda mais zeloso com Elizabeth, que tinha poucas semanas de diferença de Chloe e poderia também ter o bebê a qualquer hora. Katherine chegou correndo no hospital após escutar o recado de Elizabeth, o dia estava clareando e todos estavam tão cansados que mal se paravam em pé. Elizabeth bocejava e se escorava em Tomás que mal piscava olhando Charlotte dormir tranquilamente no bercinho, Chloe estava descansando e John debruçado sobre a cama sentado em uma poltrona ao lado.

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— Precisamos ir. – Elizabeth falava com a voz cansada e Katherine concordava com a cabeça. – O que faremos com o chá, está tudo pago e logo irão montar e decorar tudo.

— Deixamos o chá acontecer e depois falamos que Charlotte já nasceu. – Katherine falava bocejando. – Ela é tão linda, que quero comer ela. – Ela falava rindo para a sobrinha e todos babavam em cima da pequena. – Ela foi um dos acertos da Chloe, única coisa que fez certo. – Katherine falava rindo e baixo, logo Chloe abriu com dificuldade o olho e as irmãs sorriram cordialmente. – Vamos deixar a família descansar e Liz e eu vamos tomar conta do chá.

— Meu Deus, me desculpem meninas, mas foi imprevisível. – Chloe lamentava o chá e olhava apaixonada pela filha.

— Fica tranquila, vamos dar um jeito – Elizabeth falava sorrindo cordialmente e fechando o casaco de Tomás e se curvando para beijar a testa da irmã. – Descanse, depois de tudo a gente volta, mas qualquer coisa pode ligar. – Elizabeth foi saindo acompanhada de Tomás que colocou a mão no meio de suas costas te orientando para fora do quarto e do hospital. Katherine não demorou para sair com Matthew, todos se olhavam com olhares cansados e bocejando. – Vamos tomar café e comer algo? Estou faminta. – Elizabeth falava rindo e todos concordavam.

— Vamos no IHop? – Matthew falava com empolgação e Elizabeth já sentia o gosto da comida concordando com a cabeça empolgada. – Se vemos lá então. – Cada um foi para seu carro, o IHop ficava próximo a casa de Matthew e Katherine em Manhattan 235 East 14th Street e assim que chegaram lá todos olharam vendo os quatro de pijamas sentando para tomar café. Katherine revirava os olhos para todos que olhavam eles reparando a vestimenta, já que todos os clientes estavam muito bem vestidos.

— Nunca viu quatro pessoas tomando café de pijama? – Katherine falava alto para as pessoas pararem de olhar.

— Fala baixo Kath. – Elizabeth pedia fechando o casaco de Tomás e comendo sua panqueca. – Não podemos demorar, temos que tomar banho e receber os decoradores no apartamento. – Ela falava com a boca cheia de panqueca e empurrando bacon e ovos junto e bebendo suco por cima, o olhar dos três nela era inevitável, junto com a careta.

— Meu Deus, engravidei o Shrek – Tomás falava rindo e tomando apenas um café puro e logo recebendo um cutucão de Elizabeth na costela que o fez gemer. – Como se sente? Se Charlotte já nasceu, logo pode ser você.

— Vai demorar ainda, mais algumas semanas, então relaxa. – Elizabeth falava com a boca cheia e quase ninguém entendo o que ela falava.

— Liz, você está assustando a gente. – Katherine falava fazendo careta ao ver a irmã comer. – Acho que comer essa quantidade essa hora não te fará muito bem e acho que seu filho já nascerá com colesterol alto. – Ao escutar Katherine falar, Elizabeth a fuzilou e respirou fundo tomando suco por cima de tudo e engolindo, limpou a boca com total indignação.

— Não posso nem comer? Sabia que o café da manhã é a refeição mais importante do dia? – Elizabeth falava exaltada e todo mundo olhando como se ela fosse louca. – Eu estou gravida, preciso comer. – Ela falava olhando em volta e outros clientes a olhando. – Exatamente estou gravida meu povo, preciso comer. – Ela falava colocando o ultimo pedaço de panqueca na boca e se levantando respirando fundo. – Se me dão licença agora vou para casa. – Ela se levantou sobre o olhar de todos e saiu andando deixando os três sentados sem entender o porquê dela estar tão alterada, mas na verdade ela estava ansiosa e com medo, depois de tudo que viu a irmã passar. Ela andava pela rua de hobbie em direção ao apartamento com certa dificuldade pelo peso da barriga e quando chegou em frente ao edifício Tomás já estava lá o que a fez revirar os olhos. – Injusto você estar de carro.

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— Você também estava. – Ele falava autoritário. – Não pode sair andando assim, nas suas condições. Sua irmã foi tomar um banho e depois vem para cá com Matthew. – Ele falava indo até Elizabeth e colocando a mão no meio das suas costas a guiando para dentro do edifício. – Não faça mais isso.

— Para de me dizer o que eu devo fazer, eu sou capaz de decidir por mim ainda. – Ela falava com pesar e logo chorando enquanto entravam no elevador, Tomás estava inerte e sem reação, não queria fazer ela chorar e na verdade não entendia o porquê dela estar chorando. Quando abriram a porta do apartamento os empregados já organizavam tudo limpando e ela entrou pisando fundo sem cumprimentar ninguém seguida por Tomás que sorriu constrangido e cumprimentando, logo seguindo Elizabeth. Que deitou na cama da forma que estava e não demorou a dormir. Tomás viu a cena sem acreditar, Elizabeth chegava a babar no travesseiro e ele ria ao vê-la ali tão estressada, cansada e quase explodindo, deitando ao seu lado e observando ela enquanto acariciava seu cabelo.

Katherine tomava banho com Matthew que a pressionava contra a parede a enchendo de beijo, movimentando seu quadril contra o dela, a perna da mesma estava na cintura dele. Os beijos de Matthew no pescoço fazia Katherine gemer alto, a água quente caia sobre eles e o vapor tornava tudo difícil de ver. Logo os movimentos se tornaram mais intensos, Matthew desceu Katherine e a virou pressionando seu rosto sobre o azulejo frio e logo a fodendo com mais força ali, ouvindo o barulho que os quadris faziam ao se chocar com a água entre eles. Matthew então tirou seu pau de dentro dela e gozou em suas costas enquanto seu dedo a masturbava sem parar e vendo Katherine gozar ao mesmo tempo. Quando saíram do banho, ambos selaram os lábios e colocaram uma roupa leve e deitaram, Katherine se ajeitou no peito de Matthew enquanto o mesmo acariciava seu cabelo úmido.

— Eu te amo tanto Katherine. – Ele sussurrava beijando ternamente o topo da cabeça da mesma, que o olhou sorrindo e com os olhos brilhando.

— E eu te amo e sou tão feliz com você. Não vejo a hora de nos casarmos. – Ela falava empolgada e suspirando. – E ter uma família com você. – Ela falava mordendo o lábio.

— Quer filhos? – Ele perguntou empolgado.

— Você não? – Ela disse com os olhos brilhando. – E quero que sejam como você, lindos.

— Então serão sua cara. – Matthew disse sorrindo apaixonado e logo selaram os lábios ficando ali, Katherine adormeceu sentindo o carinho de Matthew em seu cabelo.

Elizabeth acordou com muito barulho e sozinha na cama, o sol estava forte entrando pela janela que queimava sua pele, quando olhou no relógio ao lado viu que estava atrasada, logo a porta do quarto se abriu com ferocidade e sua mãe entrou no quarto abrindo a janela e logo o closet jogando roupas em cima da filha, Elizabeth sentou na cama se situando e pegando a roupa que a mãe jogou nela, Katherine entrou no quarto revirando os olhos.

— Uma vergonha, fazer uma recepção e não estar lá em baixo para receber ninguém. – A mãe falava exaltada. – Vamos, se arrume. – Ela falava autoritária, Elizabeth olhou para Katherine fazendo uma careta de ajuda e a irmã respirou fundo. – Tome um banho rápido que todos já chegaram e cadê Chloe? Achei que isso fosse para ela.

— Chloe ... – Elizabeth falava levantando e olhou Katherine que negava com a cabeça. – Vai ser a última a chegar. – Elizabeth falava engasgando com a desculpa e indo para o banheiro.

— Tudo bem, mas você não pode ser a última. Então ande, seu pai está lá embaixo já nervoso com isso. – A mãe comentava exaltada, enquanto Elizabeth entrava em baixo do chuveiro revirando os olhos.

Quando Elizabeth desceu acompanhada de Katherine e a mãe, todos olharam. O pai conversava animado com Tomás e Matthew falando sobre o quão bom era o bairro e chique, quando Tomás viu Elizabeth seus olhos brilharam e ele sorriu a vendo ali. Indo até seu encontro e beijando seu rosto cordialmente e depois selando seus lábios e todos olhando, Matthew abraçou Katherine e entregou a ela uma taça de mimosa que logo bebeu uma grande quantidade. A recepção estava linda, cheia de flores em tons de rosas bebê, com ursinhos, a festa se arrastava quando todos não paravam de perguntar por Chloe Elizabeth, junto com Katherine bateu suavemente na taça chamando a atenção para anunciar o nascimento de Charlotte.

— Bom, todos estão aqui para presentear a chegada de Charlotte, que por obra do destino e o querer dela em nascer. – Katherine falava sorrindo e com olhos marejados lembrando da sobrinha. – Nas ... – A porta se abriu e ali estava Carolyn parada com o filho que esperava, recém-nascido e um riso no rosto. Todos a olhava, sem entender, Tomás engoliu seco, assim como Elizabeth que prontamente colocou a mão sobre a barriga e respirou profundamente. Katherine espreitou o olhar e Matthew teve que segurar a noiva. – O que essa mulher faz aqui? – Tomás abraçou Elizabeth, era visivelmente que o sorriso de Carolyn era de alguém totalmente perturbada, a criança chorava incansavelmente em seu colo, e ela com a pequena mala de mão colocou a mesma no chão.

— Olá meu amor. – Ela disse com o riso sádico no rosto, olhando todos e entrando devagar no apartamento, indo em direção de Tomás que recuava cada passo que a mesma dava. – Vim te apresentar nossa filha, olha que linda. Tem seus olhos. – Ela desenrolou o bebê da manta e mostrava para todos levantando para cima. Os pais de Elizabeth estavam petrificados, os pais de Tomás que estavam no pais para o nascimento do filho de Elizabeth olhavam horrorizados a cena, tendo que Tomás obrigou ela colher o DNA ainda gravida e sabia que o bebê não era dele. Carolyn nem parecia a mesma, estava com cabelo desgrenhado, arramados em um choque que estava se desfazendo, a roupa apertada e suja, a criança estava chorando de perder o folego, Elizabeth colocou a mão na boca vendo a cena e lagrimas escorriam pelo rosto.

Katherine e Matthew foi ao encontro de Carolyn a levando para o escritório junto com a bebê, Katherine pegou a criança dela enquanto Matthew a colocou sentada na cadeira de forma grosseira, Carolyn gargalhava de maneira histérica.

— O que está fazendo aqui maluca? – Katherine falava tentando acalmar a criança e gritava com Carolyn.

— Vim pegar o que é nosso de direito, Tomás tem que assumir a filha e eu obviamente. – Ela falava convincente e tentando ajeitar os cabelos. – Aquela mulher esta usurpando meu lugar, não me surpreenderia se estivesse dando o golpe em Tomás. – Ela falava avoada. – Vamos nos casar em Hamptons. – Carolyn estava delirando, Katherine olhou para Matthew que estava com olhar fixo na mesma e logo olhou Katherine assustado.

— Onde esteve esses meses Carolyn, não voltou para a Austrália? – Matthew perguntou cruzando os braços e de frente com a mesma.

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— A não, minha mãe disse que Tomás me pagou um SPA integrado para se preparar para o casamento. – Ela falava com o olhar fixo na parede e quando cruzou o olhar com Matthew o mesmo se assustou. – E agora está na hora da gente se casar. – Ela abriu um sorriso doentio.

— Carolyn, onde é esse SPA? – Matthew olhava Katherine que estava intrigada com o jeito que Carolyn se encontrava.

— Não sei. – Ela falava baixo e com voz chorosa. – Mas lá não foram gentis comigo e com minha filha aí fugimos, quis trazer ela para Tomás conhecer e para ele cuidar de nós. – Ela falava de forma avoada e Katherine engolia seco, a bebê tinha dormido e ela suspirou, a bebê era linda, com a pele bem branquinha e bochechas rosadas, assim como Charlotte era careca, mas era possível ver os fios loiros curtos. Katherine deixou Carolyn com Matthew e saiu do escritório, Elizabeth tinha dispensados todos do chá e já tinha contado aos pais que Chloe tinha ido ao hospital e que Charlotte tinha nascido. Todos a olhou quando saiu com a bebê no colo e contou o que tinha escutado, Tomás estava encostado na lareira com olhar distante, Elizabeth pegou a bebê de Katherine e usou o carrinho que tinham comprado para o bebê para coloca-la. Os pais de Tomás estavam tentando entrar em contato com os pais de Carolyn e os pais de Elizabeth estavam indignados com tudo que ouviram, quando Carolyn saiu do escritório amparada por Matthew e viu Elizabeth ali com a bebê seus olhos arregalaram e ela em um ataque de fúria voou em Elizabeth grudando em seu cabelo e gritando com a mesma. – É MINHA FILHA, MINHA E DE TOMAS, MINHA SÓ MINHA, LARGA ELA, MINHA. TOMAS. – Ela gritava por Tomás que tentava soltar Elizabeth das mãos de Carolyn e a protegendo. – COMO PODE PROTEGER ELA E NÃO A MIM E SUA FILHA?

— Carolyn você está doente, sabe que ela não é minha filha. – Tomás tentava falar com jeito, mas Carolyn o olhava de forma perdida. – Seus pais estão te procurando, precisa de ajuda. Mas quero que saia daqui, está colocando em risco a vida da minha noiva e do meu filho. – Tomás falava respirando fundo.

— Ela é sua filha, sei que é Tomás. – Carolyn falava desesperada e mostrando a bebê para ele. – Pegue ela um pouco, ela quer conhecer o pai. – Ela apontava para a bebê que dormia encolhida.

— Preciso que vá embora, agora. Pegue sua filha e vá. – Tomás falava autoritário.

— Tomás, não pode deixar ela nessas condições cuidar dessa bebê. – Elizabeth falava preocupada e engolindo seco. – Deixe ela ficar até os pais virem buscar.

— Quem tem que sair é ela, por bem ou por mal ela veio acabar com nossa família e com esse bastardo. – Carolyn falava agressivamente e foi se aproximando da bebê e de Elizabeth, tudo foi muito rápido. Tomás tentou segurar Carolyn mas ela logo avançou para Elizabeth com um abridor de cartas que provavelmente pegou no escritório, apunhalando a mesma no meio do tórax, Katherine gritou colocando a mão na boca, os pais correram até a filha que parecia ir caindo em câmera lenta, Tomás empurrou Carolyn fortemente que cambaleou e caiu de joelhos no tapete. Os pais de Tomás correram para segurar Elizabeth que estava deitada sobre o próprio sangue, ainda respirando com dificuldade, olhando Tomás que agora segurava sua cabeça no colo e com a mão sobre o abridor de facas. Ela olhou para Tomás com um sorriso gentil e o sangue escorria pelo canto da boca, Elizabeth sentia o sangue pela garganta e a mesma ir se fechando.

— Por favor Liz. – Tomás falava com lagrimas e a voz de suplica. – Aguenta, por favor. CHAMEM O SOCORRO. – Tomás gritava, Elizabeth tentava falar, mas cada vez o sangue a sufocava mais e ela começou a tossir expulsando o mesmo da garganta. Os pais de Elizabeth ligavam desesperado para o socorro, Tomás selou seus lábios ao de Elizabeth que sorria e os olhos escorriam lagrimas. – Eu te amo, não faz isso comigo, precisa aguentar. – Tomás falava abraçando Elizabeth que aos poucos sentia a vista embaçar e ouvir o choro de Katherine que era sufocado pelo abraço de Matthew.

— Tire ele, cuide dele. – Ela falava em meio ao sangue que escorria pela boca e logo sua vista escureceu e a última coisa que ouviu foi o choro da irmã e sentiu as lagrimas quente de Tomás pingar em seu rosto.