“Ele é tão alto, e impossivelmente lindo
Ele é tão mau, mas faz do jeito certo
E quando nós nos beijamos pela última vez
Meu ultimo pedido é este:
Diga que se lembrará de mim
Ali parada, em um lindo vestido
Encarando o pôr-do-sol, baby
Lábios vermelhos e bochechas rosadas
Diga que irá me ver de novo
Mesmo que seja apenas em seus sonhos mais loucos”
— Wildest Dreams (Taylor Swift)

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Felicity Smoak
Eu e Thea descemos as escadas que levam para a sala juntas, depois de ela ter me ajudado a fazer minhas malas – ainda não entendo bem por que ela usou uma mala inteira só pra colocar milhares de coisas que, segundo ela, eu irei “necessitar” em apenas uma noite na fazenda, masss...Alguém consegue dizer não a Thea Queen?
Ao atravessarmos o ambiente para chegarmos à cozinha, encontramos um Oliver vermelho – alarme soando— à medida que conversa com mamãe, cujas mãos passeiam por seu tórax descaradamente.
Deus! Por que alguém não a controla?— suspiro, indo até lá e pigarreando para chamar a atenção dela, que tem a decência de se envergonhar por estar apalpando meu namorado amigo, e se afasta dele discretamente.
Ao perceber minha presença, Oliver se vira para mim com aquele sorriso que eu tanto amo, e que já percebi que é só meu, na minha direção. Sabe aquelas famosas borboletas no estômago? Acho que estou com um enxame delas dentro de mim agora!
— Oi... – ele murmura, me puxando pela mão para perto e plantando um beijo casto e doce na minha testa.
— Oi... – devolvo, sorrindo tímida quando ele me envolve pela cintura, nos mantendo próximos.
— Ai, minha diabetes! – mamãe suspira, zombeteira e Thea a acompanha.
— Me deu até dor de dente com tanta doçura... – ela emenda, sentando à mesa e enchendo uma xícara de café.
— Vocês são terríveis! – lanço um olhar reprovador para as duas que se entreolham e dão de ombros. Céus!Mamãe é uma péssima influência para Thea... E olha que ela já é impossível sem influências...— lamento comigo mesma. Sinto o corpo de Oliver tremer contra o meu com sua risada e me inclino para observá-lo. Fato: Adoro ver o sorriso de Oliver!— Eu falei em voz alta? – pergunto, encarando seu semblante divertido.
— Só eu ouvi, sweet... relaxe! – murmura, depositando um pequeno beijo no meu ombro. Outra coisa que notei: Depois do nosso reencontro, eu e Oliver não conseguimos passar muito tempo perto um do outro sem nos tocarmos de alguma forma.
— Acho melhor irmos antes que isso aqui seja censurado... – Thea provoca, fazendo com que nos viremos em sua direção, para vê-la encerrando sua bebida num gole só. Bem que ela podia queimar a língua...
— Não dessa vez, Smoak! – ela me dá uma piscadela, mostrando que falei meu pensamento em voz alta, e eu desejo queimar a minha própria língua também.
Ela lava sua xícara e caminha até mamãe lhe dando um beijinho na bochecha e depois vêm até nós.
— Tchau, mamãe... – me solto dos braços de Oliver e vou até ela, que me aperta com força entre os seus.
— Não deixe de me ligar, querida... – pede e eu assinto, com um sorriso, voltando para Oliver e entrelaçando meus dedos na mão que ele oferece.
— Tchau, Sra. Smoak... – ele acena para ela, que franze o cenho em desgosto por ser chamada de “senhora”, mas nada diz.
— Tchau, querido! – ela dá um pequeno aceno com a mão. – E Lissy...? – chama, quando já alcançamos a porta e sinto meu corpo queimar de vergonha por antecipação. – Lembre-se de que eu ainda não estou pronta nem psicológica e nem fisicamente para ser avó! Juízo! – exclama e eu arrasto Oliver para fora da casa sem nem sequer responder àquela provocação, enquanto Thea solta uma gargalhada sonora, falando algo sobre como adorou conhecer mamãe.

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~*~

He said “let’s get out of this town
Drive out of the city, away from the crowd”
I thought “heaven can’t help now
Nothing lasts forever
But this is gonna take me down”

Observo o rosto de Oliver à medida que ele mantém seu olhar fixo na estrada que leva à fazenda.
Após deixarmos Thea na mansão Queen, Oliver pegou um dos seus conversíveis para fazermos nossa viagem.
Há algo na forma em que o vento bate em meu rosto que me faz sentir como se estivesse flutuando, mas acho que isso é apenas mais um dos efeitos que Oliver causa em mim e do qual eu apenas não me lembrava. É impressionante o quanto minha “abstinência” dele aumentou minha percepção sobre as sensações que sua proximidade me traz.
— Você está me deixando sem graça... – Oliver murmura, sem tirar os olhos da estrada e eu sorrio. – O que tanto olha? – ele se vira para me encarar por breves instantes e depois torna a encarar a estrada.


He’s so tall and handsome as hell
He’s so bad but he does it so well
I can see the end as it begins
My one condition is
[…]

— Uau! O grande Oliver Queen não gosta de ser observado? – provoco, me aproximando mais dele, que sorri.
— Não é isso... É só que você estava me olhando mais ou menos como no dia em que nos conhecemos, no carro... – ele diz, me fitando rapidamente para checar minha reação. – Não vou negar que é um pouco assustador. – provoca e eu lhe dou um tapinha no braço.
— Você nunca me disse de verdade do que estava rindo naquele dia... – lembro, ainda o encarando e ele franze a testa, tentando recordar. – Disse que estava rindo da situação, mas não sei se compro essa. – ergo uma sobrancelha e ele ri novamente.
— Acho que agora me lembrei. – ele sacode a cabeça positivamente. – Você não pode me culpar por ter despistado, Felicity. Você mal suportava respirar o mesmo ar que eu, o que seria de mim se dissesse o verdadeiro motivo do meu sorriso? – justifica, dando de ombros.
— Bom, acho que agora que estamos nessa nova fase do nosso “relacionamento” – faço aspas e ele revira os olhos. – você pode abrir o jogo, não?
Oliver estica os braços, se afastando um pouco do volante e solta um suspiro de divertimento.
— Vejo que não estava errado em te julgar teimosa e insistente desde aquele dia... – ri pelo nariz. – Por maior que seja a coincidência, eu estava rindo da forma como você me observava, da forma como você me observa até hoje quando pensa que eu não estou vendo... – me encara por alguns longos segundos, para ver minha reação: um arregalar de olhos. – Te peguei! – ele aponta, cutucando minhas costelas com o cotovelo.
Como eu te observo? – me faço de desentendida e minhas bochechas coram com o riso curto que ele dá, me olhando com a sobrancelha erguida antes de se virar para frente.
— Como se eu fosse uma equação difícil de resolver. – ele responde com simplicidade, mas há sinceridade em cada palavra. Sei disso porque ele está certo. É assim que eu o observo.
— Como pode me ler tão bem? – questiono, deitando minha cabeça em seu ombro e mais sentindo do que ouvindo seu suspiro deliciado com minha aproximação.


Say you’ll remember me
Standing in a nice dress
Staring at the sunset, babe
Red lips and rosy cheeks
Say you’ll see me again
Even if it’s just in your wildest dreams


— É algo insano, admito. – ele dá um sorriso leve. – Mas sinto uma conexão sem igual entre nós. Adoro cada pequena coisa em você e isso me faz prestar mais atenção a essas pequenas coisas. Em como seus olhos mudam de cor quando você está encarando a luz do sol, ou como seus lábios, quase sempre avermelhados, se movem adoravelmente quando você balbucia ou como suas bochechas ficam rosadas logo após isso. – ele acrescenta e, como uma deixa, meu rosto cora.
Oh, Deus! O que será de mim desse jeito? Para quê negar? Estou irremediavelmente apaixonada por esse homem.— suspiro profundamente, aconchegando meu rosto ainda mais no seu ombro, me permitindo aspirar o cheiro delicioso que emana de sua camiseta de algodão.

[...]

Sweet...— ouço a voz grave de Oliver bem próxima a mim e me remexo desconfortável, sentindo cada articulação reclamar da posição em que acho que adormeci. – Chegamos. – ele murmura, beijando minha testa com doçura quando eu finalmente abro os olhos, piscando-os rapidamente para me acostumar à escuridão que já caía, afinal já era quase 8 da noite.
— Isso é bom. – minha voz sai rouca por eu ter acabado de acordar e eu me espreguiço, erguendo os braços sobre a cabeça e esticando-me no banco.
— Isso foi sexy... – Oliver comenta, quando percebo que ele me observa e o encaro.
Dou um peteleco em sua testa, sorrindo.
— Deixe seus pensamentos impróprios de lado, Mr. Queen. – provoco e ele ri.
— Meio difícil, sweet. – se aproxima, colocando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e me dando um selinho, mantendo nossos rostos próximos antes de continuar. – Se coloque no meu lugar. – sua mão começa a tramitar entre meus cabelos e desce por minhas costas, me arrepiando. – Eu estou num lugar deserto, numa noite fria, acompanhado de uma lindíssima e deliciosa mulher... – suas mãos acariciam todo o meu corpo com volúpia à medida que ele fala, me roubando o ar. – Num carro. Só nós dois... – acrescenta, trazendo seu rosto para a curva do meu pescoço e beijando a pele, para depois sugá-la lentamente, me fazendo gemer baixinho.
Autocontrole indo para o espaço em 5,4,3,2,1!


I said “no one has to know what we do”
His hands are in my hair
His clothes are in my room
And his voice’s a familiar sound
Nothing lasts forever
But this is getting good now


Surpreendendo Oliver e a mim mesma, solto o cinto de segurança do meu tronco e me levanto para sentar em seu colo, sentindo o quanto ele já está afetado por seu próprio joguinho de palavras.
Ele solta uma exclamação de surpresa, mas suas mãos automaticamente agarram meus quadris com força, ditando o movimento que faço com eles e ele despenca a cabeça para trás, entreabrindo os lábios de forma extremamente sexy e soltando um grunhido rouco e satisfeito.
Sua evidente excitação me deixa mais ousada e eu o beijo nos lábios com fervor, sem deixar de rebolar em seu colo.
Oliver logo desperta de sua letargia, tomando o comando do beijo e me fazendo perder completamente o que ainda restava de minha sanidade com os movimentos de sua língua. Suas mãos se arrastam por minhas coxas e quadris, adentrando por minha camiseta e tocando a pele de minha barriga, primeiro com delicadeza e depois com luxúria, deslizando sensualmente para minhas costas e descendo novamente em direção à minha lombar, o que me faz separar nossos lábios e arfar ao senti-lo me apertar com possessividade masculina.
— Você me deixa louco, sabia? – ele murmura contra meu pescoço, sua respiração ofegante me queimando. Ele desce as mãos novamente para minhas coxas, colocando dois dedos por baixo da beirada do meu shortinho e deslizando-os pela extensão da minha coxa, enquanto beija meu pescoço e clavícula.
— Posso dizer o mesmo de você. – retruco, arranhando suas costas por sob sua camiseta, onde os músculos se retraem ao meu contato.
— Mas nós temos que entrar... – ele murmura, aborrecido. – Logo vai começar a chover e, além do mais, eu não trouxe você aqui para transarmos em um banco de carro, sweet. – emenda, fazendo minhas bochechas corarem instantaneamente. - Acho que você merece mais. Nossa história merece mais... – explica, acariciando meu rosto, sua respiração ainda ofegante pelo pequeno momento que tivemos.
Derreto-me em cima dele com essa explicação.
— Eu quero amá-la de verdade, Felicity. Não só com meu corpo, mas com minha alma!
Espera um minutinho aí...
— Você disse amar? – pergunto abobadamente e ele me dirige um sorriso doce, inclinando a cabeça e depois se aproximando para me dar um beijo suave nos lábios.
— Sim, sweet. – fala, me olhando nos olhos. – Pensei que já estivesse claro, mas só pra não deixar dúvidas... – ele respira fundo, mantendo sua palma enorme e quente na lateral do meu rosto. – Eu amo você, Felicity! – diz finalmente com uma intensidade que leva à Lua.
Okay, pare mundo, que eu quero descer... Respira, Felicity, respira, respira, resp-... Eu não estou conseguindo!
Sabe quando você sente aquela sensação de estar levitando e parece que não há simplesmente nenhum problema no mundo que supere a plenitude do momento? Poucas foram as vezes em que eu a tive, mas nenhuma se compara remotamente com o que estou sentindo agora.
Oliver logo interpreta meu silêncio erroneamente e vejo sua expressão murchar aos poucos.
— Não estou te pressionando. Eu só quer-... – ele começa a se explicar de maneira desastrada, mas eu o interrompo, pondo uma mão em cima de seus lábios com um sorriso gigantesco no rosto.
— Dá pra você calar essa boca que é pra eu poder dizer que também te amo? – exclamo, numa falsa repreensão e o sorriso que Oliver abre para mim me faz ganhar o dia. – Eu amo você, Oliver Queen! – afirmo, para deixar claro.
Ele segura meu rosto entre suas mãos e me beija com uma delicadeza que quase me leva às lágrimas. Seu beijo é carinhoso, lento, esperançoso e, principalmente, repleto com todo o amor que compartilhamos.

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He’s so tall and handsome as hell
He’s so bad but he does it so well
And when we’ve had our very last kiss
My last request it is
[…]


~*~


Depois de entrarmos na casa, Oliver dispensa os empregados que terminavam de prepará-la para nossa estadia de uma noite.
— Você quer subir pra tomar banho enquanto eu ponho a mesa do jantar? – ele pergunta, já que, quando paramos em Starling para deixar Thea, ele mesmo havia tomado o seu.
— Tudo bem. – digo, dando de ombros e soltando a mão dele para sair em direção às escadas.
— Não está se esquecendo de nada, srt.ª Smoak? – ele me questiona quando eu já dei um ou dois passos para longe.
Viro-me, encontrando seu olhar brilhante de garoto e suspiro como uma boba apaixonada pelo capitão do time de futebol americano no colégio.
— Meu beijo... – ele explica, acompanhado de um olhar carente que me faz gargalhar.
— Você está muito mal-acostumado, garoto... – balanço a cabeça, caminhando até ele e lhe dando um selinho. Ele se limita a dar de ombros, fazendo pouco caso.
Subo as escadas em direção ao mesmo quarto em que dormi na última vez, ouvindo o leve sereno começar a cair. Pela primeira vez não temo pela tempestade, porque sei que, dessa vez, terei Oliver comigo o tempo inteiro.
Coloco minhas malas sobre a cama, abrindo uma delas para procurar alguma roupa levinha para o jantar.
Thea realmente não tem senso!— suspiro olhando para as centenas de peças que ela selecionou apenas para essa noite.
Depois de analisar as peças, escolho um vestido tomara que caia florido em vários tons de azul e rosa. Ele tem uma pala larga logo abaixo dos seios e é rodado, indo até uns 4 dedos acima dos meus joelhos.
Quando o tiro de cima da cama, um papel dobrado cai de dentro dele, me surpreendendo.
Abaixo-me para pegá-lo e sorrio inconscientemente ao ver que nas costas da carta há um bilhete escrito com a caneta rosa-shock que a Queen caçula sempre carrega consigo.
Pode me dar os parabéns por te conhecer tão bem! Sabia que você escolheria este! Por mais que você não tenha ficado tão empolgada como eu no dia das compras, eu sabia que esse estilo cairia muito bem em você e faria Ollie te olhar ainda mais bobo...kkk
Mas isso não é sobre roupas. É sobre vocês!
Desdobro a folha e me deparo com um enorme texto digitado. Provavelmente Thea só escreveu nas costas da folha pouco antes de viajarmos, mas essa carta ela trouxe consigo de Starling para Coast City. Começo a leitura:
Se você não ler essa carta até o fim, seu tablet preferido vai queimar hoje mesmo!
Rio da introdução dela e recomeço a ler:
Olá, Smoak!
Sei que não sou o maior exemplo de sensatez, mas se tem algo de que me orgulho é do quanto conheço meus irmãos, principalmente o Ollie.
E, vai por mim, ele é completamente louco por você, Felicity Smoak! Só Deus sabe quantas vezes nas últimas semanas eu tive vontade de enforcá-lo por ser incapaz de tocar sua vida sem você! Ele te ama, Fe, de verdade, como nunca o vi amando a ninguém, romanticamente falando. E isso é lindo, mas extremamente assustador também, eu sei. Eu sei por que é o que eu sinto toda vez que olho nos olhos de Roy: amor e medo, amor incondicional por ele e medo de que o que temos acabe! Quando você ama uma pessoa como o Ollie te ama, você entra numa via de mão dupla: onde pode ser imensamente feliz ou se ferir de maneira irremediável! E, não é por que ele é meu irmão, mas ele não merece sofrer outra vez.
Ele não amava Helena, achava que amava, mas depois viu que não era real. Ainda assim, aquela garota destruiu uma parte do coração dele que só você foi capaz de consertar e esse foi o verdadeiro motivo pelo qual eu te amei em questão de minutos: Você fez meu irmão brilhar outra vez, você o trouxe de volta!
Acontece que nas últimas semanas eu vi o outro lado dessa moeda. Eu percebi que o seu amor tem um poder ainda mais destrutivo sobre ele do que o de Helena jamais teve! E eu sei que, no momento em que você magoá-lo, ninguém poderá resgatar a alma dele novamente a não ser você mesma. Se você quebrá-lo, apenas você será capaz de consertar o coração dele outra vez!
Então eu estou te escrevendo essa carta como a garota que escreve à sua melhor amiga, como a garota que sabe que você carrega o coração do meu irmãozinho nas mãos: Cuide dele! Não o quebre! Eu te garanto que ninguém jamais vai te olhar da forma como ele te olha, que ninguém vai acender perto de você como ele acende e que ninguém te quer mais como cunhada do que eu quero ;)
Eu te amo nunca se esqueça disso, mas se você o magoar eu sou capaz de pensar em cinco formas diferentes de sumir do mapa com você e sair impune apenas usando meu carisma! :P
Essa carta é o plano B de Ollie. Na verdade, eu sou, mas ele não sabe que meu plano era te entregar isso (tenho quase certeza que ele contava com meu dom inato para embriagar pessoas...Não o julgue! Você sabe ser bastante teimosa quando quer!).
Dê logo uma chance a ele, Smoak! Vocês merecem! Os dois!
Mil beijos na sua cabeça dura!
P.S.: A propósito, se quiserem, já podem me encomendar uma sobrinha. Vou adorar estragar os filhos de vocês, mas por enquanto só quero uma garota para me acompanhar no shopping já que você não tem o menor talento para isso. É algo que está no sangue dos Queen, sabe?
Thea D. Queen :)
Nunca, em hipótese alguma, irei admitir que Thea Dearden Queen foi capaz de me levar às lágrimas dessa forma, mas ela me levou. Por mais maluca que ela seja, não posso negar que, principalmente depois dessa carta, eu a amo!
Guardo a carta dentro da minha mala novamente e seco as lágrimas que restaram em minha face, me dirigindo ao banheiro logo após.
Tomo uma ducha rápida e, depois de desembaraçar e secar meus cabelos, visto o vestido que escolhi. É lindo! Não posso negar que Thea tem um ótimo gosto apesar de tudo. Opto por deixar meus fios soltos mesmo e coloco dois brincos em forma de ponto de luz azul nas minhas orelhas. Calço uma sapatilha simplezinha, coisa que raramente faço, e volto ao banheiro para aplicar um batom vermelho mate sobre meus lábios.
Quando finalmente estou pronta e perfumada, saio do quarto e desço às escadas em direção à sala de jantar.
Ao chegar, me surpreendo ao encontrar tudo à luz de velas perfumadas. Observo a comida na travessa e os pratos que Oliver colocou juntamente com os talheres e copos, tudo muito belamente organizado.
— Gostou? – ele me pergunta, chegando por trás e me abraçando, aquela sensação boa de plenitude se apossando de mim outra vez com sua proximidade. Ele beija o ponto atrás da minha orelha, aguardando minha resposta.
— Com certeza, Oliver... – murmuro, me virando em seus braços com um sorriso estampado na face.
— Deixe-me vê-la melhor. – ele pede, segurando minha mão acima da cabeça e me fazendo dar uma voltinha, o que me deixa corada. – Você está maravilhosamente linda! – afirma e eu abaixo o rosto, para esconder meu rubor. – Está aí uma imagem que eu espero não esquecer tão cedo...


Say you’ll remember me
Standing in a nice dress
Staring at the sunset, babe
Red lips and rosy cheeks
Say you’ll see me again
Even if it’s just in your wildest dreams


Aproximo-me dele e o abraço, recostando a cabeça em seu peito, agora coberto por uma camisa de botões, azul marinho, combinada a uma calça jeans.
— Bobo. – murmuro, contra o tecido.
— Culpa única e exclusivamente sua, sweet! – ele afirma e eu me pego pensando nas palavras de Thea outra vez.
— Vamos jantar? – digo, puxando-o pela mão em direção à mesa. – Estou urrando de fome!
— Por que será que eu não estou surpreso? – Oliver ergue as sobrancelhas sarcasticamente, sentando-se na cabeceira à medida que eu me sento à sua direita.
— Nem comece! – dou um tapinha na sua mão, repreendendo-o.
— O.k. Parei. – ele diz, sorrindo. – Antes de comermos, tem uma coisa que eu quero dar a você... – murmura, puxando algo do bolso.
— O que é? – pergunto curiosa, vendo-o levantar um fino colar prateado nas mãos.
Ao invés de ter uma dessas pedras preciosas que os bilionários costumam oferecer para impressionar, o pingente é em forma de dois cisnes unidos pelos pescoços, num arranjo lindo.
— Oliver, isso é... perfeito! – exclamo, tocando o pingente delicado com a ponta dos dedos.


He’s so tall and handsome as hell
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— Para fazer jus à dona. – ele dá de ombros, se levantando. – Deixe-me colocá-lo em você. – pede, se pondo atrás da minha cadeira.
Pego meus cabelos e ergo, retirando-os do meu pescoço, e um arrepio bom me percorre ao sentir a frieza da correntinha em contato com minha pele.
Depois de pôr o colar, Oliver deposita um pequeno beijo na minha nuca antes de voltar para seu assento, com um sorriso singelo nos lábios.
— Por que cisnes? – questiono, segurando a peça entre os dedos.
— Sabe o que os cisnes representam? – pergunta e eu nego. – Fidelidade e amor duradouro. – explica, pondo sua mão sobre a minha. – Dizem que o cisne branco só ama uma vez e que só abandona sua companheira ao final da vida. Não acho que exista uma definição melhor de amor verdadeiro do que essa. Eu amo você, Felicity Smoak – ele afirma, pela segunda vez. – E já estou conformado de que nada vai mudar isso, independente de como as coisas vão caminhar daqui para frente. Sei que vou te amar com cada batida do meu coração até o fim dos meus dias, mesmo que você não esteja ao meu lado nesse meio tempo. – ele confessa e meus olhos se enchem de lágrimas. – E isso me assusta como o inferno! – ele dá um riso nervoso. – Por que eu não sei como vou suportar tanto amor dentro de mim se você me deixar! – explica e eu aperto nossas mãos.
— Não vai acontecer. – murmuro. – Porque eu te amo também, Oliver!
— Amor às vezes não é o bastante, sweet... – ele retruca com tristeza e eu me esforço para ignorar o fato de ele estar agindo como se fosse uma despedida, o fato de que eu mesma sinto como se fosse. – Mas cada vez que usar esse colar, você terá um lembrete do que eu sinto e do quanto isso é verdadeiro! – sua mão sobe para acariciar meu rosto e eu fecho os olhos, apreciando esse toque.
— Nunca vou tirá-lo. – afirmo, abrindo os olhos para encarar os dele. – Digamos que isso é algo que eu vou querer lembrar sempre. – brinco, para aliviar o clima, e ele sorri de uma maneira que me faz querer agarrá-lo, mas me controlo.
— Vamos comer? – ele propõe e eu assinto com vigor, o fazendo gargalhar.
— Nenhuma palavra. – advirto, com um olhar mortal, e ele passa um zíper imaginário por seus lábios, me fazendo rir.
Comemos entre uma conversa leve e descontraída. Algo que sempre apreciei em Oliver é o fato de ele parecer adorar me ouvir falar e criar novos assuntos apenas para conversar mais tempo comigo. Nem posso descrever o quanto senti falta disso durante o tempo em que estivemos separados!
— Estava tudo uma delícia. – elogio, recolhendo os pratos e levando para a cozinha, com Oliver vindo logo atrás.
À medida que coloco as louças na pia, observo pela janela a chuva engrossar.
— Tudo bem? – ouço a voz rouca de Oliver às minhas costas e logo seu corpo está colado ao meu, enquanto eu lavo as louças. Sua cabeça acha um caminho pela curva entre meu pescoço e meu ombro e ele afasta meus cabelos para encaixá-la ali, seus braços me rodeando pela cintura.
— Sim. – respondo simplesmente, me aconchegando mais e apoiando minhas costas contra seu peito, deliciando-me com o roçar de sua barba contra minha pele. – Você está aqui comigo, não poderia estar melhor! – completo e ele beija meu ombro devagar.
— Mas e a chuva? – quer saber, me fazendo derreter com sua preocupação.
Enxáguo as louças, rindo comigo mesma ao perceber que mais parecemos um casal recém-casado. Seco minhas mãos em uma toalha e giro em seus braços, jogando os meus sobre os ombros firmes dele e atraindo seu olhar para o meu.
— Você está aqui comigo. – repito, como se essa fosse a solução para todos os meus problemas. E realmente é! Com Oliver ao meu lado nunca há um problema maior do que toda a paz e felicidade que sua presença me proporciona.
Um sorriso lento se abre no rosto dele com minha resposta e ele une nossas testas, olhando em meus olhos fixamente.
— Você é a mulher mais incrível que já tive o prazer de conhecer, Felicity Smoak. – sentencia, beijando meus lábios calmamente, sem pressa. – Eu quero e vou te amar até que não sobre nada em meu coração, nem mesmo um pulsar.
— Me ame. – peço, em tom de súplica, acariciando sua nuca.
Os olhos de Oliver faíscam com meu pedido e ele me levanta do chão em um milésimo de segundos, me fazendo envolver seu quadril com minhas pernas e me segurando pelas coxas, antes de subir às escadas que levam até os quartos.
Meu coração palpita como se eu fosse uma adolescente quando Oliver me pressiona contra a porta do que deve ser o quarto dele, me beijando de maneira apaixonada e alucinante.
— Deus, como eu quero você! – ele exclama sem fôlego, adentrando o cômodo e me levando até sua cama extremamente macia.
— Eu também quero você, Oliver, mais que tudo. – respondo com a voz entrecortada, arrancando a camiseta dele sem paciência e espalmando minhas mãos em seu abdômen quente e definido enquanto ele beija meu pescoço e colo delicadamente.

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You see me in hindsight
Tangled up with you all night
Burning it down
Someday when you leave me
I bet theses memories
Follow you around


As mãos dele se arrastam por minhas pernas e ele tira minhas sapatilhas, jogando-as no chão antes de elas voltarem a subir, levando meu vestido junto.
Não é como se Oliver fosse o primeiro homem com que me relacionei intimamente, mas não consigo evitar corar quando seu olhar desce por meu corpo com desejo, parecendo lava líquida.
— Você é tão linda! – ele murmura com a voz rouca, voltando a se colocar sobre mim, me beijando com cada vez mais intensidade enquanto suas mãos e as minhas passeiam entre nossos corpos tensos, acariciando cada pequeno pedaço de pele que vai sendo exposta e ele beija cada centímetro do meu corpo, me fazendo ofegar cada vez mais alto.
Dizem que é diferente quando você está com alguém que ama, mas só agora, com Oliver, eu percebo a verdade dessa declaração.
Há algo na forma como nossos corpos reagem um ao outro ou em como nossas mãos parecem saber exatamente que caminho fazer, e que me leva ao êxtase a cada segundo.
Oliver não para em nenhum instante de dizer o quanto me ama e, quando não há mais nada entre nós e finalmente nos tornamos um só, ele se ocupa em demonstrar isso se movimentando de maneira enlouquecedora.
É uma coisa inexplicável! Não conseguiria resumir em palavras qual é a sensação de estar com ele, de amá-lo ou de senti-lo, porque é algo que está além de palavras ou de qualquer explicação. E isso me faz entender o que ele quis dizer quando falou que queria me amar de corpo e alma, pois é exatamente o que está fazendo.
Quando chegamos ao ápice e o corpo pesado de Oliver desaba sobre o meu sem, no entanto, me machucar ou incomodar, ele esconde seu rosto em meus cabelos e eu faço o mesmo em seu peito suado, cada um de nós tentando recuperar o controle de suas respirações.
— Eu amo você, Felicity Megan Smoak! – é a primeira coisa que diz, quando recupera sua voz, ajeitando-se na cama e me trazendo para deitar a cabeça em seu peito, nos cobrindo com o edredom.
— E eu amo você, Oliver Jonas Queen! – devolvo, me aconchegando ainda mais em seu calor. – Sempre e para sempre.
— Sempre e para sempre! – ele repete, beijando minha testa e aumentando o entrelace de nosso abraço. – Boa noite, sweet!
Com ele ao meu lado não há simplesmente nada que não seja bom...— é meu último pensamento racional antes de ser levada pela inconsciência.


Say you’ll remember me
Standing in a nice dress
Staring at the sunset, babe
Red lips and rosy cheeks
Say you’ll see me again
Even if it’s just in your wildest dreams