Já era domingo, e de manhã cedo todos se juntaram na mesa para um café em família. Então Lion recebe uma ligação que convocava ele para uma batida policial naquele domingo.

— Vou ter que ir, te vejo mais tarde - beijando a testa dela - tome cuidado.
— Não se preocupa, vamos ficar bem.
Então Lion saiu e ficaram só Dércio, Cácia e Letícia em casa.
— O que vamos fazer hoje? - Letícia pergunta.
— Não acho uma boa ideia sairmos, é perigoso para nós três. - a mãe repreende.
— Também acho que é melhor ficarmos em casa e tentar encontrar mais informações sobre o paradeiro de Daniel. - o pai termina.
— Mas como vamos fazer isso? - a filha questiona.
— Liga pro chefe dele, certamente o hotel onde ele está hospedado foi pago pela empresa. Pergunta o nome do hotel, e um ponto de referência. - Dércio conclui.
— Está bem!
Ela concede o pedido de seu pai, e liga para Ricardo :
— Oi Letícia, tudo bem?
— Sim, gostaria de te fazer uma pergunta.
— Pois não?
— Qual o nome do hotel onde vocês hospedaram Daniel?
— Hotel Barra Fly, é bem perto do aeroporto de lá e próximo à construção também. Foi o aeroporto mais próximo que encontramos.
— Sei, e qual o número?
— 110. Mas por quê estas perguntas? - ele pergunta, com um tom de voz suspeito.
— Nada, é que estou com saudades e estou pensando em fazer uma surpresa à ele. Obrigada, Sr. Ricardo.
— De nada, precisando... Estamos às ordens! - ele termina.
Após desligar a chamada e ter anotado tudo, ela conversa com seus pais sobre Lion.
Enquanto isso, vamos à Dominic.
— Oi meu amor - apertando o rosto da sua ex esposa - gostou da noite ontem?
— cuspindo na cara dele - Seu imundo! tenho nojo de você - gritando e chorando desesperada - Por que isso? Pra quê? - ela pergunta
— Calma Reyla - alisando o rosto dela - vai ficar tudo bem, são só mais alguns dias e depois vamos te vender para o mercado negro - risada tenebrosa - Sabia que tem muitos homens por aí ricos, pagando por uma mulher como você? Tem muitas boates por aí carentes de prostitutas, e eles pagam muito por cada uma.
— Eu quero sair daqui! Me tira daqui! - gritando.
— Olha, aqui só tem eu e os meus aliados de plantão na porta. Ninguém vai te ouvir, não adianta ficar berrando, estamos no meio do nada, e você está sozinha. - dando risadas maléficas.
— Se vai me vender a esses homens, por que me estupra toda vez que vem aqui? - ela pergunta com um tom de voz cansado.
— Ah, você sabe... - tocando em suas partes - você gosta que eu sei - rindo - preciso experimentar a mercadoria antes de vender.
— Você me dá nojo! - ela termina.
— Eu sei que está falando isso da boca pra fora. - limpando o cuspe de seu rosto - vou trazer sua comida, mas não pense que vou te soltar. - rindo - Sabe, em pouco tempo você vai ter uma companhia.
— Eu quero sair, me deixa sair. Meus pés estão doendo, essa corda está me apertando, minhas mãos já estão cortadas - ela fala chorando.
— Está bem, deixa eu ver...
Nesse momento ela o empurra, chutando o diretamente pro chão, em seguida corre em direção a porta mas é surpreendida por dois guardas que lhe seguram e a põe de volta no mesmo canto, e dessa vez com a corda mais arrochada do que estava antes.
Reyla era uma mulher de 23 anos, mais nova que Letícia. Ela tinha um filho de dois anos, foi casada com Daniel durante um ano e poucas semanas depois que eles terminaram ela descobriu que estava grávida. Daniel na época não ligou, conheceu Letícia, que seria sua próxima vítima, e antes de completarem seus dois anos, Reyla já estava guardada dentro desta casa em Dominic. Com Letícia demorou tanto, por que seu pai era policial aposentado e teria estragado toda a armação dele, ele precisava de um motivo pra viajar, e há muito tempo Letícia e Daniel não discutiam, então ele apelou pra essa viagem na empresa. Um álibi perfeito pra quem não quer ser descoberto.
Alem do tráfico de mulheres, a comercialização no mercado negro, tortura e estupro, também era um grande vendedor de drogas, onde fazia sua comercialização apenas com clientes antigos e ricos. A L4 era apenas um bom disfarce para ele, afinal, nem sua família fazia ideia de toda essa sujeira que ele estava envolvido. Claro que as vantagens disso tudo não eram múltiplas, mas uma só bastava para ele: o dinheiro.
Daniel é na verdade um psicopata, coleciona mulheres, as vende, tortura, estupra e ainda lucra com as drogas. Se for preso, talvez seja solto se alegarem que ele é louco, e que age fora de si.
A família estava preocupada, mas os pais de Letícia juntamente a ela, estavam cada vez mais próximos de alcançar Daniel.
— Já temos o suficiente pra fazermos uma visitinha para ele. - Dércio conclui.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.